A Primeira Guerra Mundial ( )

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Transcrição da apresentação:

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) Uma guerra pensada para acabar com todas as guerras e durar quatro semanas

Antecedentes da Primeira Guerra Embora comumente se aponte o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando da Áustria como o causador da guerra, é preciso pensar como um incidente isolado coloca o mundo num conflito generalizado.

1815 – O Congresso de Viena Com a derrota de Napoleão Bonaparte em 1815, foi reunido na Áustria, sob a presidência do Príncipe Metternich, um Congresso com representantes dos países que lutaram contra Napoleão e o representante francês, Tayllerand. O objetivo desse congresso era redefinir o mapa geopolítico da Europa pós-Napoleão.

O Princípio da Legitimidade O Congresso de Viena é visto como um regresso ao conservadorismo do Antigo Regime. Propunha o restabelecimento das famílias que haviam sido derrubadas do poder durante a Revolução Francesa e a expansão napoleônica: Portugal: D. João VI deveria retornar ao país sede do império. Espanha: O rei deposto deveria retornar ao seu trono. França: O herdeiro de Luís XVI seria reconduzido ao trono.

O Equilíbrio Europeu Definiu-se uma estratégia para impedir o surgimento de novas potências que ameaçariam o poder dos países dominantes no período. Os alvos eram, principalmente, os povos não unificados da Europa: Alemães Eslavos Italianos

A Santa Aliança A formação de um exército permanente, mantido pelos países membros do Congresso visava a combater as unificações, as revoluções liberais na Europa (contrárias ao regresso conservador) e as independências na América. O exército fracassou devido à saída da Inglaterra que tinha interesse na ampliação de mercados a partir das libertações e independências.

O pensamento socialista Até o século XIX, o pensamento iluminista era o elemento que unia trabalhadores e burguesia em torno dos ideais de construção de um mundo melhor, mais fraterno e humano. O Iluminismo propunha também a criação de uma cultura universal que eliminaria as manifestações regionais e nacionais e que conduziria a humanidade no sentido da civilização e do progresso.

As péssimas condições de vida e trabalho, a superexploração e uma crescente organização dos trabalhadores levaram ao surgimento de novas formas de pensar a sociedade humana. Para os novos pensadores ligados à causa operária, a igualdade civil e jurídica propostas pelo Iluminismo e a noção de felicidade associada ao exercício pleno de direitos civis, não era suficiente para atender às necessidades dos trabalhadores.

Uma nova concepção de igualdade é apresentada aos trabalhadores do mundo todo: a igualdade social, com a proposta de derrubada do capitalismo, da sociedade burguesa, da propriedade privada e do Estado, instituição criada e mantida para defesa dos interesses da burguesia e do capital. Em 1948, Marx e Engels publicam o Manifesto Comunista, chamando os trabalhadores para a revolução: “Trabalhador unido jamais será vencido”.

A Segunda Revolução Industrial Ao mesmo tempo em que avançam a organização e as conquistas do movimento operário na Europa, aceleram-se as contradições do capitalismo: a cada país que se industrializa, aumenta a disputa por mercados (consumidores, fornecedores de mão de obra barata, matérias primas e fontes de energia). A necessidade de ampliação das possibilidades de lucro leva ao confronto entre as potências industrializadas.

As Unificações A despeito da santa Aliança, os projetos de unificação na Europa ganham corpo, liderados por Estados em processo de industrialização. Mais do que uma unificação de povos e culturas, o que se propõe é a unificação de mercados. Nos territórios germânicos e italianos, as ideias burguesas competem diretamente com as propostas anarquistas e socialistas. Na França, a organização dos trabalhadores também era uma ameaça.

1870-71 1870: Concretizada a unificação italiana com a adoção do regime de monarquia constitucional e a coroação de Victor Emanuel como rei: “Fizemos a Itália, é preciso fazer os italianos”. 1871: Concretizada a unificação alemã com a criação do II Reich, o Império germânico governado pelo Kaiser Guilherme e o Chanceler Otto von Bismarck. *O I Reich foi o Sacro Império Germânico criado com o tratado de Verdum, na Alta Idade Média.

A Comuna de Paris Ainda em 1871, após a queda e prisão de Napoleão III, derrotado na guerra Franco- Prussiana, os trabalhadores de Paris tomaram o governo da cidade e realizaram a primeira experiência concreta de autogestão democrática e popular. O governo da comuna estabeleceu o fim do serviço militar obrigatório, a igualdade plena entre homens e mulheres e o pagamento de pensões para órfãos e viúvas.

A Comuna de Paris foi derrotada após 72 dias pela Terceira República Francesa com a ajuda dos alemães. Vinte mil pessoas foram mortas na resistência popular e setenta mil foram exiladas para a Guiana Francesa.

O Estado-Nação Embora pareça natural falar de nacionalismo e patriotismo, esses eram termos cujo sentido era bastante restrito até a primeira metade do século XIX. O Avanço do movimento operário, as propostas revolucionárias do anarquismo e do comunismo e as disputas por mercados entre as potências industrializadas, acirradas pela unificação da Itália e da Alemanha, levou ao advento de uma nova concepção de Estado: o Estado-Nação.

Não há consenso entre os historiadores, filósofos e pensadores da ciência política sobre o que vem a ser Nação: alguns se fixam na identidade histórica, outros na existência de um conjunto de tradições culturais ou mesmo na língua. O fato é que a ideia de nação conforme conhecemos hoje, não existia no século XIX: trata-se da construção de um discurso ideológico de grande força e penetração.

O Estado-Nação foi a resposta encontrada para fazer frente às propostas de criação de uma grande comunidade de trabalhadores- o socialismo e o anarquismo, ao proporem a extinção do Estado, pregam o fim das fronteiras e das diferenças entre os povos. Também era um importante instrumento na defesa dos mercados e do capitalismo nacional. Apoiado pela burguesia, o Estado responderia parcialmente às necessidades dos trabalhadores, afastaria o risco da revolução (anarquistas e comunistas tornaram-se os grandes inimigos da nação) e empreenderia um política de ampliação de mercados e de expansão territorial

1884-85: A Conferência de Berlim A disputa por mercados ameaçava a paz entre as potências industrializadas. Na tentativa de redefinir os territórios coloniais na África, reuniram-se representantes dos diversos países com interesses no continente. A Alemanha defendia a redivisão de territórios como um direito e reparação pelas guerras que precisou travar para se formar como país.

O Fracasso das negociações Após dois anos de discussões, a Conferência não solucionou os problemas: quem tinha territórios não estava disposto a ceder e quem não tinha, lutava por eles. Ao término, os problemas se agravaram. Numa solução inusitada, decidiu-se que os países que tinham domínios no litoral, poderiam estendê-los até o interior, fechando ainda mais a possibilidade de acesso aos que não tinham territórios ou tinham poucos.

A Paz Armada Com o fracasso da Conferência, a saída seria a guerra. Tem início a corrida armamentista em que as inovações tecnológicas da segunda Revolução Industrial foram utilizadas para o desenvolvimento de armas de destruição em massa, equipamentos de suporte às tropas e um novo conceito de guerra: a guerra em escala industrial.

A Política das Alianças Com vistas a aumentar suas chances num eventual conflito, os países beligerantes iniciam uma intrincada teia de construção de alianças defensivas, norteadas por interesses comuns, dependência econômica ou afinidades históricas.

A Tríplice Aliança A Aliança dos Impérios Centrais começou a ser esboçada após a Guerra Franco Prussiana (1870-71). Para a Alemanha, era vital isolar a França no continente. Em 1873, Bismarck criou a Liga dos Três Imperadores: Alemanha, Áustria-Hungria e Rússia. Em 1878, a Liga se desfez devido às disputas entre Áustria e Rússia na Questão Balcânica. Em 1883, Foi criada a Tríplice Aliança, com a adesão da Alemanha, Império Áustro-Húngaro e Itália.

A Tríplice Entente Somente no final do século XIX a França começa a romper o isolamento imposto pela Alemanha. Em 1894, foi assinado um acordo militar com a Rússia e em 1904, foi criada a Entente Cordiale para defender os interesses comuns entre França e Inglaterra, sepultando séculos de divergências entre os dois países. Com a adesão da Rússia, firmou-se a Tríplice Entente.

A Posição da Itália A situação da Itália era ambígua: de um lado, nutria ressentimentos com a Áustria devido aos chamados territórios Irridentos. Por outro, havia a desconfiança em relação à França, resultante da intervenção desastrosa da França no processo de Unificação Italiana. Após romper com a Aliança e firmar acordos secretos com a Rússia a Itália declara-se neutra e somente em 1915 posiciona-se ao lado da Entente.

A Questão Balcânica Um dos principais pontos de atrito entre as potências do período pré-guerra foi a disputa pelos Balcãs: Enfraquecimento do Império Turco Otomano. Forte presença do imperialismo francês e inglês. Pretensões russas de criar uma Liga Pan-Eslava, colocando esses territórios sob seu domínio. Forte presença austríaca e o projeto de unir a Sérvia à coroa dual formada por Áustria e Hungria.

O Atentado de Sarajevo A tensão na região balcânica atingiu o ápice com o assassinato do herdeiro do Império Áustro-Húngaro na cidade de Sarajevo. O projeto do Arquiduque Francisco Ferdinando era criar uma Tríplice Coroa formada por Áustria, Hungria, Bósnia e Herzegovina, à qual a Sérvia se opunha. O assassinato levou a um ultimatum da Áustria contra a Sérvia e sua subsequente invasão.

O estopim do conflito Em 1º de agosto de 1914, a Áustria invadiu a Sérvia. A Rússia posicionou-se ao lado do pequeno país eslavo detonando o sistema de alianças. Em um mês, os grandes exércitos europeus marchavam para a guerra. A Tríplice Entente contou com o apoio da Itália, Japão, Romênia e Grécia. A Tríplice Aliança contou com o Império Turco e Bulgária.

As Fases da Guerra: 1. Guerra de Movimento: A ofensiva alemã baseava-se no Plano Schlieffen elaborado em 1905 que previa um ataque fulminante à França atravessando a Bélgica e a Alsácia-Lorena. Somente com a conquista de Paris os alemães pensavam abrir uma frente de combate com a Rússia. A violação da Bélgica deu o pretexto para a entrada da Inglaterra e uma inesperada ofensiva russa obrigou a Alemanha a enviar tropas para o Leste.

2. Guerra de Trincheiras No natal de 1914, as tropas já estavam estacionadas na frente ocidental: durante meses, os combates não resultavam em nenhum ganho significativo para nenhum dos lados. A guerra passou a ser travada em trincheiras, com os exércitos posicionados frente à frente, separados por uma área chamada de “terra de ninguém”.

A Frente Oriental Enquanto a guerra empaca na Frente Ocidental, no Leste a situação para a Rússia se torna caótica. O Império não possui tecnologia suficiente para resistir à ofensiva alemã. Para resistir, a Rússia usa o que tem: soldados. Milhões de homens morreram enquanto a população civil sofria toda a sorte de privações. As pressões para a saída da guerra se tornam cada vez maiores.

A Revolução Russa de 1917 No entanto, o Czar não pode sair do conflito devido aos fortes compromissos e dependência em relação aos capitais europeus investidos no país. França e Inglaterra ameaçavam retirar seus investimentos e fechar suas fábricas na Rússia caso o país saísse da guerra. Em 1917, ocorreram duas revoluções na Rússia, culminando com a assinatura do tratado de Brest-Litovski e a saída da Rússia do conflito.

A entrada dos Estados Unidos Os Estados Unidos haviam adotado uma posição de isolamento em relação aos problemas europeus desde 1823, com a criação da Doutrina Monroe. Nos anos que precederam à guerra, os EUA passaram por um rápido desenvolvimento industrial e já eram uma potência considerável no quadro dos países capitalistas.

Mas foi a Guerra que tornou o país americano em uma superpotência\; vendendo alimentos, produtos industrializados e armamentos para seus aliados europeus, os EUA passaram a ter sua economia fortemente ligada aos países da Entente. A iminente derrota Inglesa e Francesa leva à necessidade de romper com o isolacionismo e os EUA usam o pretexto do afundamento do navio Lusitânia para declarar guerra à Alemanha.

3. Guerra de Movimento Em 1917, os Estados Unidos declaram guerra à Alemanha, mas somente em janeiro de 1918 as tropas chegam à Europa. A entrada dos Estados Unidos muda os rumos da Guerra. O povo alemão estava saturado e sacrificado pela guerra que se estendia sem perspectivas de terminar em curto prazo e pressionava o Kaiser a por fim ao conflito.

A chegada de soldados jovens, bem nutridos, com armas modernas e grandes estoques de munições forçou o recuo alemão. Os aliados forçam os alemães a entregarem os territórios conquistados e em novembro de 1918 a Alemanha assinou o armistício após a renúncia do Kaiser. O armistício foi favorecido pela proposta de um acordo pelos americanos, os 14 Pontos de Wilson.

O tratado de Versalhes Os 14 Pontos de Wilson foram rejeitados pela Inglaterra e França e a Alemanha foi submetida às duras condições do Tratado de Versalhes: Considerada perdedora e culpada pela guerra, teve de pagar indenização de cerca de 30 bilhões de dólares. Foi obrigada a entregar a Alsácia-Lorena à França, assim como todas as colônias ultramarinas. A marinha foi entregue à Inglaterra.

A Alemanha foi proibida de manter indústria bélica. O exército foi reduzido a um efetivo de 100 mil homens. O território alemão foi cortado pelo “corredor polonês”, uma faixa que garantia acesso ao mar para a Polônia. O Tratado de Versalhes tinha o propósito de enfraquecer a Alemanha de modo que o país não voltasse a ser um concorrente para as potências imperialistas da Europa.

A Liga das Nações O único ponto que foi preservado do plano apresentado pelos Estados Unidos foi a criação da Liga das Nações. A proposta de um Fórum mundial para negociar conflitos não contou com a participação da Alemanha e da Rússia. Por não concordarem com as condições de Versalhes, os EUA voltaram à sua posição de isolamento frente aos problemas europeus.

O Fim dos Impérios Centrais Em 1919, o Império Áustro-Hungaro foi desmembrado. O Império Turco-Otomano perdeu grande parte de seus territórios, ficando reduzido à atual Turquia. Polônia, Tchecoslováquia, Hungria e Reino Sérvio tiveram suas independências reconhecidas.

O Saldo da Guerra Longe de resolver os problemas que a provocaram, a Grande Guerra deixou um lastro de destruição e o saldo oficial de 9 milhões de soldados, algumas estimativas apontam até 40 milhões. As duras condições do Tratado de Versalhes fomentaram o nacionalismo e o revanchismo do povo alemão e abriram caminho para a ascensão de Adolf Hitler e do Nazismo.