Alexander von Huboldt e Karl Ritter A sistematização da Geografia
Alexander von Humboldt (1769 – 1859) Pintura de Friedrich Georg
Karl Ritter (1779-1859)
A Alemanha e os primeiros institutos geográficos A diretriz “protestante” dos estudos: “A Reforma imprime uma nova orientação à Geografia na Alemanha luterana, pois enquanto para o geógrafo católico o objetivo básico da geografia seria "desenvolver a imagem do mundo criado por Deus", para o geógrafo luterano a preocupação central reside na demonstração de "como funciona o mundo criado por Deus".[1] [1] BÜTTNER, Manfred. El significado de la reforma para la nueva orientación de la geografia en la Alemania Luterana. Geo-Crítica. Barcelona: Ediciones de la Universidad de Barcelona (12): 5-22, nov. 1977.
A Alemanha no início do século XIX Não há um Estado Nacional, nem governo centralizado: a Alemanha é um aglomerado de feudos que possuem, em comum, alguns aspectos culturais; a estrutura feudal permanece intacta;
O caráter tardio da penetração do capitalismo Não há rompimento com a ordem vigente até então; Os latifúndios que até então produziam para uma economia fechada, com o capitalismo, passam a produzir para um mercado; A burguesia, pequena e inexpressiva, não consegue romper com as relações de trabalho.
O desenvolvimento alemão Napoleão Bonaparte - Jacques-Louis David.
O Bloqueio Continental e o Desenvolvimento Alemão O desenvolvimento industrial incipiente e o aumento do comércio interno; A “Confederação Germânica”: principados alemães e os reinos da Áustria e da Prússia e o fim dos impostos aduaneiros;
A Eclosão da Geografia - causas Falta de um Estado Nacional; A diversidade entre os membros da Confederação;
São preocupações da Alemanha O domínio e a organização do espaço, A apropriação do território;
“A Sociologia está para a França, como a Geografia está para a Alemanha.”
Entram em cena os nossos heróis: Humboldt, conselheiro do rei da Prússia e Ritter, filósofo e historiador, tutor de banqueiros;
Humboldt: naturalista, geólogo e botânico, viajou pelo mundo procurando conhecer a natureza física, porém tinha grande curiosidade pelo homem e sua organização social e política. Sua obra mais famosa: “Cosmos”
Humboldt “(...) reconhecer a unidade na imensa maioria dos fenômenos, descobrir pelo livre exercício do pensamento e combinando as observações, a constância dos fenômenos em meio as suas variações aparentes.” A Geografia como uma disciplina sintética, buscando as causas e conexões.
“Dos graus de prazer que a contemplação da Natureza pode oferecer.” Humboldt e o “Cosmos” “Dos graus de prazer que a contemplação da Natureza pode oferecer.”
Ritter A busca pela individualidade dos lugares; Para ele, a ciência era uma forma de relação entre o homem e o Criador; uma aproximação à divindade; a predestinação dos lugares; Proposta: Antropocêntrica; Regional; Valorização da relação Homem- Natureza;
Humboldt e o “Cosmos” Ritter e a “Geografia Comparada” Ambos compõem a base da Geografia Tradicional; Ambos dão início a uma linha de continuidade no Pensamento Geográfico; Ambos formarão as cátedras acadêmicas;