1964 – 1973: Da Recessão ao Milagre Econômico

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1964 – 1973: Da Recessão ao Milagre Econômico Economia Brasileira 1964 – 1973: Da Recessão ao Milagre Econômico

O Período Pré-1964 O Governo JK enfrentou dificuldades no controle da inflação e do seu déficit fiscal Tentativa fracassada de acordo com o FMI e Banco Mundial Jânio Quadros é eleito Presidente, e toma posse em 1961 Jânio implementa políticas severas de controle dos gastos, desvaloriza a moeda e restringe a política monetária

A Instabilidade Política e o Início da Estagnação Jânio consegue re-estabelecer relações com os credores internacionais e novos empréstimos são concedidos Jânio renuncia, Goulart assume Imediato descontrole das políticas monetárias, fiscal e de crédito A partir de 1962 acontece crise severa de na balança comercial com queda acentuada de exportações e na entrada de capital estrangeiro

A Estagnação e o Golpe Plano Trienal (1963-1965) é instituído, inclusive com reforma agrária, bancária, fiscal, etc… Política industrial de substituição das importações Dificuldades de se atingir as metas de controle inflacionário levam o PIB a “crescer” 0,6% e a inflação a disparar (52% a.a). A economia pára. Atitudes do Governo Goulart não repercutiram bem com os EUA Novas leis de remessas de lucros Intervenção governamental em empresas privadas Cancelamento das concessões na exploração de recursos naturais

A Estagnação e o Golpe Diferenças exacerbaram-se com a instituição, por parte do Brasil, da política de independência externa Nacionalismo e isolacionismo Déficits fiscais recordes Interrupção do investimento externo, inclusive do FMI e Banco Mundial Golpe de 1964

Os Militares no Poder Entre 1964 e 1967 Roberto Campos e depois Octavio Bulhões implementam o Programa de Ação Econômica Indexação da inflação à taxa de câmbio, juros, salários e preços Principal tarefa: estrita política de estabilização fiscal, i.e., redução dos gastos, restrição de moeda, etc… Tentativa de re-estabelecimento, de novo!, com os credores internacionais. Investimentos externos são negligenciados e endividamento externo inicia-se

Os Militares no Poder Em 1967 assume Delfim Neto como Ministro das Finanças (1967-1974) Crescimento econômico é o novo objetivo Crédito externo barato é o principal propulsor do crescimento econômico. Juros pós-fixado. Milagre militar? Não. Astúcia militar? Talvez. A base industrial construída nos anos 50 e 60 foi melhor utilizada

Os Militares no Poder Entre 1968 e 1973 a média de crescimento do PIB foi de 11,2% Entre 1968 e 1973 a dívida externa passou de US$ 3.780 para US$ 12.571 bilhões O sonho acaba: a amortização da dívida (a conta chegou) e a crise do petróleo acabam o “milagre”

Resumo da Ópera Crises políticas Descontrole fiscal Isolacionismo Hoje fazemos, amanhã vemos como é que pagamos a conta! Crises externas Mudança radical do perfil produtivo brasileiro: agricultura, indústria e serviços

Obrigado! Michael Jonas mjonas@terra.com.br 9135-8280 www.michaeljonas.hpg.com.br