LIBERAÇÃO PARAMÉTRICA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL - SGSSO
Advertisements

Maintaining the Nuclear Option in Latin America
Osny Ferreira de Camargo
LABORATÓRIO DE ANÁLISES DE ALIMENTOS SEM PAPEL
Segurança no Transporte dos Trabalhadores do
LOGÍSTICA EMPRESARIAL
GGTPS- Gerência Geral de Tecnologia de Produtos de Uso em Saúde
Programa de Qualidade: certificações, etapas e custos
Uma visão teórica de um Sistema de Vigilância
Administração e segurança de redes
ANÁLISES DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE
BOAS PRÁTICAS DE FABRICAÇÃO E CONTROLE BPF
Tecnologia de Impressão Offset – Qualidade e Produtividade: GESTÃO DA QUALIDADE Notas de Aula 2o. Semestre 2011.
Segurança de Qualidade Analítica
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA
Validação versus Verificação
Boas Práticas Clínicas: Protocolo Clínico
Boas Práticas Clínicas Monitoramento do Estudo
Elaboração: Rosane Schlatter Revisão: Nadine Clausell
Gerência de Inspeção e Certificação de Medicamentos e Insumos Farmacêuticos (GIMED/ GGIMP) Liberação paramétrica.
NBR ISO Diretrizes para auditorias de sistema de
GMP INDÚSTRIA FARMACEUTICA
Manutenção Produtiva Total - TPM -
APPCC – Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle
FORMAÇÃO DE AUDITORES INTERNOS RONALDO COSTA RODRIGUES
Método Analítico para controle de qualidade microbiológico de produtos estéreis – TESTE DE ESTERILIDADE Conceitos Método de inoculação direto Método de.
Auditoria da Qualidade
Projeto: Capacitação em GP
NBR ISO Diretrizes para planos de qualidade
Liberação Paramétrica
CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO ENGENHARIA DE PROCESSSOS
FMEA 3ª Edição Análise do Modo e Efeito de Falha Potencial ou
ISO Validação de Selagem como parte do Processo de Esterilização
CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO
MÉTODOS E FERRAMENTAS PARA AUMENTO DA CONFIABILIDADE
Seminário Nacional sobre Controle de Infecção
Processo de Aquisição Adilson de Almeida Cezar Meriguetti
Experiência Laboratorial Privada ( BASF ) na Acreditação em BPL
Instrutor: Objetivos:.
AUDITORIA, avaliação de Desempenho e Qualidade
Instrutor: Objetivos:.
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
Teste de Software Conceitos iniciais.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária Métodos de ensaio e calibração e Validação de métodos NBR ISO/IEC 17025: INMETRO.
Programa de prevenção de riscos ambientais – PPRA
EPR16 – Planejamento e Gestão da Qualidade Professora Michelle Luz
PAULO COSCARELLI Diretor de Avaliação da Conformidade, Substituto Congresso Brasileiro de Sprinklers O Mercado de Sprinkler Certificação de Equipamentos.
AVALIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES
Instrutor: Objetivos do Workshop:.
NR-9 PPRA A NR 9 trata do PPRA, ou Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. O Objetivo dessa norma é garantir a saude e a integridade física do trabalhador.
OFICINA DE DIVULGAÇÃO DO GHS A implantação do GHS na Indústria Química
Introdução à Validação de Processo e Controle de Alterações Formação de Auditores CPG FAT02SP Ricardo P. Moisés Instituto RACINE Data da aula: 24/07/2009.
ELABORAÇAÕ DE PROCEDIMENTOS
ISO 9000.
Análise Crítica de Pedidos, Propostas e Contratos
Agência Nacional de Vigilância Sanitária FUNASA / ANVISA/ INCQS Ministério da Saúde CURSO DE AUDITORIA INTERNA E DE GESTÃO DA QUALIDADE.
Controlo de Qualidade Alimentar
Gestão da Produção e Logística
DOQ-CGCRE-033 (Revisão 00 – AGO/2012) Parte 2 Vanderléa de Souza
Conteúdo programático
ISO9001:2000 para Software Professor: Alexandre Vasconcelos Equipe: Amanda Pimentel Börje Karlsson Danielly Karine Erika Pessoa Jorge Cavalcanti Jose Edson.
FMEA Prof. Jocélio VALENTE
Revisão da Norma ISO 9001:2008 Revisão da Norma ISO 9001:2000 para ISO 9001:2008 Impactos sobre o Sistema de Gestão da Qualidade Informativo Técnico.
Processos de Software Ludimila Monjardim Casagrande 1º Semestre Desenvolvimento e Qualidade.
4.4 Implementação e Operação
Engenharia de Produtos
Trabalho realizado por: Fernando Roseiro Diana Campos Diana Cortês.
A SEVENGEL No mercado desde 1999, a Sevengel fabrica produtos para higiene e limpeza profissional, com soluções prontas para todos os segmentos de limpeza.
A IMPORTÂNCIA DA CERTIFICAÇÃO PARA AS USINAS NO CENÁRIO MUNDIAL
Transcrição da apresentação:

LIBERAÇÃO PARAMÉTRICA 2010/2011

Liberação Paramétrica Como tudo, a liberação paramétrica surgiu da necessidade de se fortalecer a garantia do processo via estudo das demandas, tendências, e, do entendimento de que quanto mais aplicamos a ciência, a tecnologia (C&T) e ferramentas de controle do processo de fabricação, na mesma proporção, e, em direção contrária, nós temos a contraposição na forma de confiabilidade e robustecimento do processo. Histórico

LIBERAÇÃO PARAMÉTRICA Definição European Organization for Quality “O sistema de Liberação Paramétrica deve dar a garantia de que o produto possui a qualidade planejada baseada nas informações adquiridas durante o processo de industrial e em conformidade com as Boas Práticas de Fabricação” Pharmaceutical Inspection Convention, 2004, p.1

LIBERAÇÃO PARAMÉTRICA Eliminar os testes de esterilidade rotineiros para produto acabado, enfase no processo de fabricação, com um abrangente, completo e robusto estudo de validação que garanta segurança microbiológica. O FDA vem aprovando a liberação paramétrica há aproximadamente 20 anos (Wilson, 1998, p. 487) Objetivo

LIBERAÇÃO PARAMÉTRICA Na liberação de lotes de produtos com esterilização terminal baseada na conformidade dos parametros críticos de esterilização, sem a realização de teste de esterilidade. USP 27/National Formulary 22 - 2004 Aplicação

Objetivos do Projeto Liberação Paramétrica Promover e disseminar o conceito e o conhecimento sobre o tema via educação técnica com cursos de informação e formação Discutir com o orgão regulador formas de internalizar a discussão técnica com vistas a regulamentação da prática Criar condições para o desenvolvimento, implantação e monitoramento da Liberação Paramétrica no Brasil Propor seja escrito um capitulo de Liberação Paramétrica à Comissão Permanente de Revisão da Farmacopéia Brasileira e s c o p o g e r a l

O início... A pergunta... O ensaio de esterilidade garante que por sí só que um lote de produto esteja estéril ?

A resposta.. O ensaio de esterilidade negativo ou sem crescimento de microrganismos ‘não garante por si só’ que um lote esteja estéril’.

CONTEXTUALIZAÇÃO “O ensaio de esterilidade aplicado ao produto deve ser considerado como a ultima de uma série de medidas de controle, através do qual é garantida a esterilidade. O resultado do ensaio somente pode ser interpretado em conjunto com os registros sobre as condições ambientais e os registros relativos à fabricação do lote”.

As limitações do teste de esterilidade São: Procedimentais- O teste só recupera um espectro limitado de bacterias, fungos e leveduras Probabilisticas- Estatisticamente tem-se que não é possivel detectar pequenos níveis de contaminação por mais que se aumente as quantidades de amostras

Extremófilas? Hipertermófilas, Arqueobactérias Existem evidencias de que em muitas situações de carencia de nutrientes, radiação UV, carbono e a temperaturas entre (-)15 a (+)115C, nada do que existe isoladamente disponível em nível de garantia de esterilização, daria segurança absoluta ao processo de esterilização, o que nos leva a concluir que a autoclavação tende a ser (aliás é…) uma das etapas importantes no processo de garantia da esterilidade do produto, e não a única. uma não

Indicadores biológicos.. Até se adquirir experiencia, via acreditação do processo de fabricação, aconselha-se o uso de indicadores biológicos para acompanhamento de cada ciclo de esterilização.

Ciência e Consciencia No Processo - Visão Hierarquisada - Serviços Ordinários Serviços Semicriticos Serviços Críticos

P R I N C A S Amplifica o conceito que Qualidade se constrói ao longo do processo de fabricação Elimina o teste de esterilidade para liberação do produto acabado, quarentena, espaços de armazenagem, materiais de testes e amostras mediante processo validado Principais Atributos A T R I B U O S

P R I N C A S O produto pode ser liberado assim que a revisão dos dados do processo ofereça seguridade, aceitabilidade e aprovação. Redução do tempo de aproximadamente duas semanas para liberação do produto. Principais Atributos A T R I B U O S

Segurança do Produto Acabado I N C A S Segurança do Produto Acabado Em termos probabilisticos provê de maior margem de proteção o consumidor com relação ao teste de esterilidade propriamente dito. A T R I B U O S

F E R A M N T S P R E S U O T P R I N C O S

Princípios e Pressupostos Processo de esterilização bem conhecido e entendido U.S.P. Parametros físicos de processo bem definidos, previsíveis e mensuráveis U.S.P. Letalidade do ciclo microbiologicamente validado através de uso apropriado de indicadores biológicos U.S.P. Controle absoluto do processo de esterilização, bem documentado e com o dados de validação. U.S.P.

Princípios e Pressupostos General Requirements CGMP implantada e de alto nível Ativismo Técnico/Profissional Comissão de Auto Inspeção regulamentada e atuante

Questões a Considerar A falha de um parâmetro de processo crítico para um determinado grupo assegura a rejeição do lote e não há prova adicional que possa reformar esta rejeição. Tratamento de situações atípicas e resultados fora dos limites. Os custos para uma extensiva validação de uma série de elementos e PCCs.

Esterilizar Destruir ou remover todas as formas de vida microbiana capaz de se desenvolver em ambiente considerado, através de processos fisicos (fisico-mecanicos) ou quimicos

Esterilidade É a incapacidade de desenvolvimento de formas sobreviventes ao processo de esterilização durante a conservação e utilização do produto

Manutenção do Nível de Esterilidade Garantir o prolongamento da vida útil do produto e depende das operações de pré esterilização, esterilização e pós esterilização.

Agentes Esterilizantes e Principais Produtos Agentes da esterilização: o calor, a filtração, a radiação, o ETO, outros… A escolha do método Procurar adequar o método compatível com o produto, depende da natureza e da carga microbiana inicialmente presente ao ítem considerado São Produtos: farmacêuticos, médico- hospitalares e alimentícios

Indicadores Biológicos: Definições e Uso É uma unidade que contém um tipo especifico de MO, com cc conhecida, resistente ao agente e que obedece a uma taxa de morte previsivel quando exposto a determinados parametros. Assegurar o nível de esterilidade do processo Monitorar os ciclos de autoclavação, garantindo o processo de esterilização e estabelecendo as bases da revalidação

PORQUE ? Além de monitorarmos momento a momento o que fazemos, temos que caracterizar muito bem os pontos frios do processo. Conhecer a taxonomia do ecosistema residente

A escolha do indicador biológico Labilidade da molécula ativa e/ou seus coadjuvantes/veiculos Resistência da Embalagem Geobacillus Sthearotermophilus ((Bacillus Atrophaeus))

Garantia de Esterilidade O processo de Garantia da Esterilidade inclui: Todos os Colaboradores O desenho e Controle do Produto O controle da biocarga (material, componentes auxiliares e ambiente) A segregação de produtos esterilizados e não esterilizados Processo de liberação

Garantia de Esterilidade Fundamental a formação do Comitê G.E. Farmacêuticos microbiologistas, tecnologos, engenheiros que conheçam automação Experiência comprovada em fabricação e processos esterilização Senioridade, competência, bagagem, autoridade Cada qual entender qual o seu papel

Controle do Produto Validação do Processo de manufatura Revisão no processo Controle de Mudanças (CM) – toda e qualquer mudança terap que ser documentada. Críticos - água, ar, vapor, calor, mudança de projeto de/do produto

Controle da Biocarga Pré Ter controle da Biocarga do produto antes da esterilização Valorizar o controle ambiental Atenção para os detalhes como frequência de limpeza, deslocamento/descolamento de biofilme, etc…

Controle do Processo Definir e controlar o tempo entre a manipulação e a esterilização Controle microbiologico dos sistemas de envase e o contato com a solução Garantir a execução dos POPs vigentes para desenho do produto, limpeza, sanitização, manutenção preventiva (Controle de Mudanças)

Controle do Processo Controle dos Sistemas de Produção Ex: Preparação Ex: Filtração Ex: Processo de Esterilização

Processo de Liberação do Produto Todos os itens que seguem devem ser confirmados a um antes da recomendação para a liberação do produto acabado nível apropriado de autoridade

Processo de Liberação do Produto A recomendação para a Liberação do Produto acabado deve certificar: detalhes da integridade do produto e cumprimento das especificações todos os critérios microbiológicos de esterilização devem estar atendidos e garantidos ….. …..

Processo de Liberação do Produto Reconciliação qualitativa e quantitativa total do produto esterilizado Registro do ciclo de esterilização revisado e aprovado pela produção

Processo de Liberação do Produto Confirmação pela GQ de que os registros dos ciclos de esterilização estão dentro da especificação, além da produção No caso de ocorrência de um ciclo fora das especificações, a recomendação de liberação será dada pelo Comitê de Garantia de Esterilidade

Portões de Fechamento Em grande parte hoje o teste de esterilidade serve para minimizar as possibilidades de se ter uma mistura entre produto esterilizado e não esterilizado Sabemos, entretanto, que preferentemente este expediente deve acontecer em função da organização da logistica interna e na definição precisa do fluxo

Portões de Fechamento: Atributos Ser unidirecional, progressivo, sem contra fluxos, ter barreiras físicas como ‘cercas’, portões e ‘cancelas’ de sentido único, e sistemas redundantes

Portões de Fechamento: Necessidades Rigorosa reconciliação do lote indicando quantidade e razão para cada unidade removida do lote Garantir que não haja retorno inadvertido de amostras para o lote Ex: amostras para biocargas (laboratório) antes da esterilização, amostras de MKT, retrabalho, etc

Ferramentas Mínimas de Análise e Controle a Utilizar

Análise de Efeito e Modo de Falha FMEA – Failure Mode And Effect Analisys Modelo matemático gradualista que visa detecção, via análise, de falhas potenciais, no projeto do produto ou do processo. Risco no Processo

Análise de Risco e Pontos Críticos de Controle HACCP - Hazard Analisys and Critical Control Points É a análise documentada do processo para identificar PCCs e proporcionar detalhes para os métodos de controle e as tolerancias definidas (Definition of Pharmaceutical Inspection Convention, 2004.p2) Risco Humano

Resultados fora de Especificação É o que não está de acordo com os critérios de aprovação de um determinado teste

Principais Condicionadores de RFE - informações conflitantes entre os Manuais e os procedimentos aplicados - manutenção de um programa ineficiente de validação do processo - condução de retestes multiplos sem ponto final definido - falta de validação do método

Avaliação de resultados fora de especificação Realizar estudos de caso transformando o erro em ferramenta de acerto

Resultados Fora de Especificação É a principal causa das cartas de advertencia emitidas pelo FDA

Referências USP 28/NF23. 2005; Annex 17 – EU Guide to Good Manufacturing Practive – 2001 Guidance on Parametric release – Pharmaceutical Inpection Cooperation Scheme(PIC/S) – HPFB Inspectorate 2001

Referências Note for guidance on Parametric Release –EMEA (The EuropeanAgency for the Evaluation of medicinal Product) 2001 Disposicion 2819/2004 – Buenas Practicas de Fabricación para elaboradores, Importadores/Exportadores de Medicamentos Argentina 2004

Referências Norma Brasileira ABNT NBR 15245:2005 32 páginas, primeira edição 29.07.2005 e válida a partir de 29.08.2005 Produtos para Saúde. Medical Devices-Validation and routine control of ethilene oxide esterilization USA- USP, o método já é aplicado (FDA) CEE - Pharmaceutical Inspection Convention 2004, p.1 RDC17(abril de 2010) CP 29 (abril de 2010)

joao.elias@segmenta.com.br