LITERATURA PORTUGUESA

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
TROVADORISMO EM PORTUGAL
Advertisements

Literatura TROVADORISMO x HUMANISMO Profª. Mara Magaña.
O que estudar para a prova de Literatura do ENEM
Trovadorismo Origem do trovadorismo, os trovadores, literatura medieval, literatura portuguesa, história da Idade Média, cantigas de amor, cantigas de.
A Transição Demográfica
ANÁLISE LITERÁRIA POEMAS COMPLETOS DE ALBERTO CAEIRO (Fernando Pessoa)
TEORIA DO CINEMA E DOCUMENTÁRIO
Metodologia Científica


TROVADORISMO Panorama Histórico Cronologia Poesia Trovadoresca
Oswald de Andrade.
Idade Média Trovadorismo.
Literatura de Cordel.
Resumex I.O que é literatura?
Literatura Informativa
Textos narrativos ficcionais e textos poéticos. Michele Picolo
Cantigas de Amigo As Cantigas de Amigo têm origem tradicional-popular e baseiam-se num lirismo muito antigo. Como características basilares destacamos.
Coordenador de Curso Profa. Márcia Nome: Alexandre Violin Garcia
Literatura de Cordel Projeto interdisciplinar – II Média Professora Daniela Mendes e Sara Porcu.
Metodologia Científica
LITERATURA PORTUGUESA
Linguagem, alfabetização e letramento
Literatura (do latim littera: letra)
ROMANTISMO.
LITERATURA NO BRASIL CONTEXTO HISTÓRICO
REVISÃO PARA A PROVA TEMAS DE 01 À 09 AULA 9 DATA: PROF. ANTONIO IANOWICH FILHO.
Fundamentos Sócio Antropológicos da Educação
Fundamentos Socioantropológicos da Educação
Literatura Linhas de Pesquisa
Organizado por Andréa Motta
TROVADORISMO -- Primeira manifestação literária da língua portuguesa.
Trovadorismo: Local de Produção: Modo de Circulação:
Trovadorismo: cantiga de amor cantiga de amigo
Trovadorismo Literatura – Aula 1.
Profa. Karen Neves Olivan
METODOLOGIAS DA ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS
Origem do Teatro Português
Literatura Gêneros Literários.
Prof.ª Carol TROVADORISMO.
MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO Prof
CLASSICISMO Renascimento.
PRÉ-MODERNISMO Uma introdução Daniele Leite de Morais
Como fazer a leitura de obra de arte?
Trovadorismo e humanismo
OS GÊNEROS LITERÁRIOS A tradição fixou uma classificação básica em três gêneros, que englobam inúmeras categorias menores comumente chamadas subgêneros:
O objecto da Ciência da Literatura. O que quer dizer «Literatura» De acordo com o significado da palavra, abrange toda a linguagem fixada pela escrita.
Professora: JAQUELINE RODRIGUES
Bernardo França lima Turma:201
CLASSICISMO Renascimento.
Professora: JAQUELINE RODRIGUES
Relatórios de pesquisa na Graduação em Direito
Material de Literatura Prof. HIDER OLIVEIRA

SÍNTESE: DO TROVADORISMO AO ROMANTISMO
O TROVADORISMO MARCO INICIAL: A RIBEIRINHA, 1189/1198 Autor: Paio Soares de Taveirós Gênero: Cantigas (poesia) e novelas de cavalaria.
TROVADORISMO HUMANISMO CLASSICISMO
Estilo de Época Moreninha Moreninha, Moreninha Tu és do campo a rainha
COLÉGIO BONFIM TURMA 1001 Correção pag. 22 e 23 – nº 1, 2 e 3
Idade Média (Primeira manifestação literária portuguesa)
Teoria e Prática de Leitura Daniel Bom Queiroz Turma A-2015
Leitura e interpretação de texto
Períodos Literários e estilos de época
Programa de disciplina PESQUISA EM COMUNICAçÃO
Meio Ambiente & Sociedade - Prof. Dr. Evandro Sathler
DICAS DE LITERATURA.
Literatura Medieval (séc. XII a XV)
A ARTE NO PERÍODO DO REALISMO
Análise dos dados da pesquisa qualitativa.
BNCC: currículo, educação e língua portuguesa
Transcrição da apresentação:

LITERATURA PORTUGUESA Prof.º Ms. Augusto Sarmento Universidade do Estado do Pará - UEPA

Estrutura do Curso Proposta de periodização da literatura portuguesa: a galego-portuguesa medieval (poesia trovadoresca, poética dos cancioneiros); o nascimento da prosa literária; a poética do cancioneiro geral; o teatro de Gil Vicente; poesia épica e lírica de Camões; principais representantes do Maneirismo e do Barroco; o Neoclassicismo na poesia; a prosa e a poesia românticas; a prosa e poesia realista; a poesia Simbolista; a prosa e a poesia Moderna; a Heteronimia de Fernando Pessoa; a prosa e a poesia Contemporânea.

Competências Compreender os fundamentos das literaturas portuguesa e suas perspectivas no âmbito dos conceitos e métodos da teoria literária.

Habilidades Levantar a bibliografia teórico-crítica sobre o panorama da literatura luso-brasileira Analisar e Interpretar a poesia e a prosa da Literatura Portuguesa das eras: Medieval, Clássica, Romântica, Moderna e Contemporânea. Discutir os aspectos essenciais das recorrências poéticas na literatura lusa.

Plano de Aulas Núcleo Era Medieval (24 horas) U C Conteúdo CH Atividades Recursos Avaliação I Periodização da literatura luso-brasileira. 04 Aula expositivas e discussões teóricas. TV, régua e computador. Debate e Elaboração de Painel. II A poesia trovadoresca: a lírica e sátira. 08 TV, Quadro de giz, régua e computador. Debate e análise de poesias III O nascimento da prosa literária: novelas de cavalaria Aula expositiva, leitura fílmica, representação cênicas novelística. TV, DVD, quadro de giz, computador, teatro. Produção escrita, debate representação cênica. IV Humanismo: Teatro de Gil Vicente Aula expositiva, leitura e análise de peças. Debate e análise de peças teatrais.

Plano de Aulas Núcleo Era Clássica (26 horas) U C Conteúdo CH Atividades Recursos Avaliação I Poesia épica e lírica de Camões 10 Aula expositivas e discussões teóricas e leitura e análise de textos. TV, quadro de giz e computador. Debate e Elaboração de Painel. II Literatura de Informação e catequética 02 Aula expositiva, debates, leitura e análise de textos poéticos. TV, Quadro de giz e computador. Debate e análise de poesias III Principais representações do Maneirismo e do Barroco Aula expositivas, análise de poemas e discussões teóricas. IV O Neoclassicismo na poesia luso-brasileira. 04 Aula expositiva, leitura e análise de textos poéticos. TV, DVD, quadro de giz, computador, teatro. Produção escrita e debate.

Plano de Aulas Núcleo Era Romântica I (20 horas) U C Conteúdo CH Atividades Recursos Avaliação I Representações do Romantismo na Literatura. 04 Aula expositivas e discussões teóricas, leitura, análise de textos e análise fílmica. TV, quadro de giz, DVD e computador. Debate e Elaboração de Painel. II Literatura Romântica: poesia As três gerações 08 Aula expositiva, debates, leitura e análise de textos poéticos e seminário TV, Quadro de giz e computador. Debate, seminário e análise de poesias III Literatura Romântica: prosa Aula expositivas, análise de fragmentos de romances e discussões teóricas. Debate, seminário e análise de romances.

Plano de Aulas Núcleo Era Romântica II (20 horas) U C Conteúdo CH Atividades Recursos Avaliação I Representações do Realismo e do Naturalismo na Literatura. 04 Aula expositivas e discussões teóricas, leitura, análise de textos e análise fílmica. TV, quadro de giz, DVD e computador. Debate e Elaboração de Painel. II Literatura Realista: prosa e poesia 08 Aula expositivas, análise de fragmentos de romances e discussões teóricas. TV, Quadro de giz e computador. Debate, seminário e análise de poesias III Literatura Simbolista: poesia Aula expositiva, debates, leitura e análise de textos poéticos e seminário Debate, seminário e análise de romances.

Plano de Aulas Núcleo Era Moderna (20 horas) U C Conteúdo CH Atividades Recursos Avaliação I Representações das Vanguardas na literatura. 03 Aula expositivas e discussões teóricas, leitura, análise de textos e análise fílmica. TV, quadro de giz, DVD e computador. Debate e Elaboração de Painel. II As Gerações Modernas na poesia 06 Aula expositiva, debates, leitura e análise de textos poéticos e seminário TV, Quadro de giz e computador. Debate, seminário e análise de poesias III As Gerações Modernas na prosa Aula expositivas, análise de fragmentos de romances e discussões teóricas. Debate, seminário e análise de romances.

Plano de Aulas Núcleo Era Contemporânea (15 horas) U C Conteúdo CH Atividades Recursos Avaliação I Considerações sobre Moderno, Pós-moderno e Contemporâneo 03 Aula expositivas e discussões teóricas, leitura, análise de textos e análise fílmica. TV, quadro de giz, DVD e computador. Debate e Elaboração de Painel. II Poesia de expressão Contemporânea: Principais autores. 06 Aula expositiva, debates, leitura e análise de textos poéticos e seminário TV, Quadro de giz e computador. Debate, seminário e análise de poesias III Prosa de expressão Contemporânea: Principais autores. Aula expositivas, análise de fragmentos de romances e discussões teóricas. Debate, seminário e análise de romances.

I – Periodização da Literatura luso-brasileira

Questões de Periodização As fronteiras da periodização são apenas didáticas e não podem, nem devem ser apresentadas como amarras da linha virtual temporal existente tanto na história quanto na literatura. A relação Literatura e História é indubitável, mas não podemos avaliar a literatura somente sob a égide histórica, já que sua concepção ultrapassa os compassos históricos e enseja o caminho da multiplicidade de influências, que passa pela história, pela filosofia, pela política, pela sociologia, pela lingüística, pela psicologia...

Trovadorismo Português Canções Lírico-Amorosas Canções Satíricas Amor Eu Masculino Vassalagem Coita Diferença Soc. Mesura Senhora Dama Estrut Complic Palaciano Refrão Amigo Eu Feminino Companheiro Saudade Igualdade Soc. Amado Estrut Simples Popular/Camp Refrão (raro) Escárnio Indiretas Velada Ambigüidade Ironias Mal Dizer Diretas Clareza Obscenidade Baixo Calão Sem Mesura A crítica não escolhe classe social e funciona como um ralo da moral social e religiosa.

Estrutura Poética As poesias trovadorescas utilizavam a forma poética medieval que fundava-se nas redondilhas. Eram classificadas como maior (com 7 sílabas poéticas) e menor (com 5). Uma característica dessa forma medieval e a recorrência poética do paralelismo, principalmente entre as canções de amigo e nas canções de escárnio. Já as canções de amor e de mal dizer são marcadas por uma liberdade maior quanto a estrutura poética, quase nunca apresentam refrão, essas aproximam-se do cancioneiro popular encontrado, principalmente no norte e no nordeste do Brasil (os repentes).

Sistema de Rimas Emparelhadas Interpoladas Misturadas Alternadas [269] Estaua-m’em San Clemenço, hu fôra fazer oraçon, e disse-mh o mandadeyro que mi prougue de coraçon: «agora uerrá ’qui uoss’amigo». Estava-m’en San Clemenço, hu fora candeas queimar, e disse-mh o mandadeyro: dremosa de bon semelhar, agora uerrá ’qui uoss’ amigo. hu fora oreçon fazer, e diese-mh o mandadeyro: «fremosa de hon parecer, agora uerrá ’qui uoss’ amigo». abcbe.adcde.afcfe Emparelhadas Interpoladas Misturadas Alternadas Mistas

Estaua-m’em San Clemenço, hu fôra fazer oraçon, e disse-mh o mandadeyro que mi prougue de coraçon: «agora uerrá ’qui uoss’amigo». Estava-m’en San Clemenço, hu fora candeas queimar, e disse-mh o mandadeyro: dremosa de bon semelhar, agora uerrá ’qui uoss’ amigo. hu fora oreçon fazer, e diese-mh o mandadeyro: «fremosa de hon parecer, agora uerrá ’qui uoss’ amigo». abcbe.adcde.afcfe E disse-mh o mandadeyro: fremosa de bon semelhar», por que uyu que mi prazia, ar começou-me a falar: «agora uerrá ’qui uoss’ amigo». E disse.mh o mandadeyro: «fremosa de bon parecer» ar começou-me a dizer: E disse-mh o mandadeyro que mi prougue de coraçon; por que nyu que mi prazia, ar disse-m’ outra uez enton: (Torneol, CV 808) abcbe.adcde.afcfe

Estaua-m’em San Clemenço, hu fôra fazer oraçon, e disse-mh o mandadeyro que mi prougue de coraçon: «agora uerrá ’qui uoss’amigo». Estava-m’en San Clemenço, hu fora candeas queimar, e disse-mh o mandadeyro: dremosa de bon semelhar, agora uerrá ’qui uoss’ amigo. hu fora oreçon fazer, e diese-mh o mandadeyro: «fremosa de hon parecer, agora uerrá ’qui uoss’ amigo». abcbe.adcde.afcfe E disse-mh o mandadeyro: fremosa de bon semelhar», por que uyu que mi prazia, ar começou-me a falar: «agora uerrá ’qui uoss’ amigo». E disse.mh o mandadeyro: «fremosa de bon parecer» ar começou-me a dizer: E disse-mh o mandadeyro que mi prougue de coraçon; por que nyu que mi prazia, ar disse-m’ outra uez enton: (Torneol, CV 808) cdgde.cfgfe.cfgfe