Métricas e Medição de Software

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Métricas e Medição de Software

Métricas e Medição de Software Métrica significa o que e como medir. Medir, por seu turno, tem o intuito de avaliar. Por exemplo, podemos medir as dimensões de mesa para: Avaliar se ela tem as medidas que eu pedi ao marceneiro Avaliar se ela cabe no escritório Avaliar o desperdício de maneira Existem também diversos tipos de medida. Utilizando o exemplo da mesa, podemos medir: Comprimento Largura Espessura

Em Engenharia de Software, mede-se um software por várias razões: Indicar a qualidade do produto Avaliar a produtibidade das pessoas que produzem o produto Avaliar os benefícios derivados de novos métodos e/ou ferramentas de software Estabelecer uma baseline para futuras comparações e estimativas Justificar o pedido de novas ferramentas ou treinamento adicional

Tipos de Métricas Existem diversos tipos de medidas, que podem ser divididas em duas classes principais: Métricas de produtividade São aquelas que permitem avaliar a produtividade do processo. Ou seja, avaliar a eficiência do processo em relação a custos, prazos, recursos, etc. Métricas de qualidade São aquelas que permitem avaliar a qualidade do software. Isto é, verificar se o número de erros está muito grande para o tamanho do programa, etc. Em qualquer das classes, elas podem ser também classificadas em duas outras categorias: Medidas diretas – por exemplo, o comprimento de uma mesa ou o número de linhas de código Medidas indiretas – a “qualidade” do parafuso ou a qualidade de um software.

Exemplos de medidas diretas: custo do software em R$, US$, etc. tempo gasto para produção número de linhas de código produzidas Velocidade de execução (em segundos, por exemplo) de uma tarefa do software. Tamanho de memória ocupado pelo software Número de erros encontrados em um espaço de tempo Exemplos de medidas indiretas: qualidade do software usabilidade do software manutenibilidade funcionalidade eficiência confiabilidade

Métricas orientadas ao tamanho São métricas diretas São também o tipo de métricas mais simples Geralmente se baseiam principalmente no número de linhas de código de um software. O termo utilizado para descrever o tamanho do programa é LOC (Lines of Code), ou linhas de código Também é comum fazer a medida em termos de milhares de linhas de código, ou KLOC (Thousand Lines of Code). Se a organização fizer um registro de suas atividades, as medidas de tamanho são computadas quase automaticamente.

Projeto Esforço R$ KLC Págs. docum Erros Pessoas Tempo (meses) 01 24 500 12,1 365 29 3 8 02 45 1000 20,5 1020 86 5 9 03 40 2500 10,8 870 64 4 10 04 60 2000 17,8 900 34 6 Utilizando esses registros, podemos calcular várias medidas, tais como as seguintes: Produtividade = KLC/esforço Qualidade = Erros/KLC Custo = R$/KLC Documentação = Págs/KLC

VANTAGENS Fáceis de serem obtidas Existem vários modelos e literatura que se baseiam nas linhas de código DESVANTAGENS O número de LOC depende da linguagem de programação Programas bem projetados, pequenos, serão injustamente classificados como improdutivos. Linguagens não procedimentais não podem ser avaliadas por estas medidas Não se pode utilizar essas métricas para fazer estimativas na fase de planejamento.

Métricas orientadas à função São métricas indiretas Em vez de contar o número de linhas de código, concentra-se na funcionalidade e utilidade do software. Geralmente utiliza-se o conceito de “pontos por função”, ou function point. Os pontos por função são computados utilizando cinco tipos de informações baseadas no software. Número de entradas do usuário Número de saídas do usuário Número de consultas do usuário Número de arquivos Número de interfaces externas

Entradas do usuário – cada ponto do software onde o usuário entra com qualquer tipo de dado. Saídas do usuário – pontos onde o software fornece informações ao usuário, tais como relatórios, telas, mensagens de erro etc. Consultas do usuário – pontos do software onde o usuário entra com um dado, por meio do qual o sistema gera uma saída (a resposta à sua consulta). Arquivos – Número de arquivos que compõem o software. Interfaces externas – meios de comunicação do software com entidades externas a ele, tais como disquetes, impressora, etc. Após a computação desses valores, preenche-se a seguinte tabela:

Fator de Ponderação Parâmetros de medida Contagem Simples Médio Complexo N. de entradas do usuário X 3 4 6 = N. de saídas do usuário X 4 5 7 = N. de consultas do usuário X 3 4 6 = N. de arquivos X 7 10 15 = N. de interfaces externas X 5 7 10 = Contagem Total

Os valores constantes da equação são determinados empiricamente. Após preencher os dados da contagem, deve-se multiplicar por um valor de complexidade. Cada empresa utiliza seus próprios critérios para definir se a complexidade é pequena, média ou alta. Após definir a contagem total, calcula-se um valor final FP (Function Point): FP = contagem total x [ 0,65 + ( 0,01xSOMA ( Fi ) ) ] Os valores constantes da equação são determinados empiricamente. Os valores de Fi também se referem a ajustes de complexidade, com base na resposta das 14 perguntas a seguir:

O sistema requer backup e recuperação confiáveis? São exigidas comunicação de dados? Há funções de processamento distribuídas? O desempenho é crítico? O sistema funcionará num ambiente operacional existente, intensivamente utilizado? O sistema requer entrada de dados on-line? A entrada de dados on-line exige que a transação de entrada seja elaborada em múltiplas telas ou operações? Os arquivos-mestres são atualizados on-line? A entrada, saída, arquivos ou consultas são complexos? O processo interno é complexo? O código foi projetado de forma a ser reusável? A conversão e a instalação estão incluídas no projeto? O sistema é projetado para múltiplas instalações em diferentes organizações? A aplicação é projetada de forma a facilitar as mudanças e o uso pelo usuário?

A resposta para cada uma dessas perguntas é padronizada, variando de 0 a 5: 0 – Sem influência 1 – Incidental 2 – Moderado 3 – Médio 4 – Significativo 5 – Essencial Após calcular o valor FP, pode-se calcular medidas de forma semelhante ao realizado com as LOC, ou seja: Produtividade = FP/pessoa-mês Qualidades = defeitos/FP Custo = R$/FP Documentação = Páginas de documentação/FP

Outro tipo de valor que pode ser calculado é o chamado “ponto de particularidade”, ou Feature Point. É recomendado para aplicações em que a complexidade algorítmica é elevada. Aplicações de tempo real Software embutido Tanto os “pontos por função” quanto os “pontos de particularidades” representam a funcionalidade ou utilidade de um software. O cálculo final utiliza a mesma fórmula FP apresentada anteriormente. A diferença reside em dois fatores: O ponto de particularidade inclui a categoria algoritmos. Algoritmo é definido como um “problema computacional delimitado”. Por exemplo, inverter uma matriz ou manejar uma interrupção. Os valores de ponderação são diferentes.

Parâmetros de medida Contagem Ponderação N. de entradas do usuário X 4 = N. de saídas do usuário X 5 = N. de consultas do usuário X 4 = N. de arquivos X 7 = N. de interfaces externas X 7 = Algoritmos X 3 = Contagem Total

VANTAGENS DESVANTAGENS Independe da linguagem de programação Pode ser utilizada no começo da evolução de um projeto DESVANTAGENS O método inclui contagens de dados subjetivos. O valor FP não tem nenhum significado físico direto – é apenas um número.

Fim Fim