POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Proposta da Rede Nacional Primeira Infância
Advertisements

São Paulo, 08 de fevereiro de 2006.
SECRETARIA NACIONAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA AGENDA TERRITORIAL – EJA
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS Secretaria Nacional de Renda de Cidadania - SENARC Foro de Diálogos Brasil-Espanha: Desenvolvimento.
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS
Seminário SANTA CATARINA ECONOMIA E MEIO AMBIENTE Macro diretriz: Aumentar, de forma sustentável, a competitividade sistêmica do estado Áreas de.
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO AMBIENTAL
JA Juventude em Ação: construindo a Agenda 21 na Escola
As políticas públicas setoriais: expectativas dos ministérios do Trabalho, da Educação, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Ciência.
V CINFORM Encontro Nacional de Ciência da Informação
Administração Estratégica
PLANO DE GESTÃO.
A GESTÃO DO CONHECIMENTO
FORUM PERMANENTE DE ARTE & CULTURA
APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL
Rio de Janeiro, 6 de julho de 2011
Novas Perspectivas de Apoio e de Avaliação de Políticas para MPEs em Arranjos Produtivos Locais Seminário RedeSist-SEBRAE Rio de Janeiro, 4 de julho de.
“O papel social do profissional bibliotecário”
GESTÃO PARTICIPATIVA Nova tendência mundial de gestão empresarial embasada na valorização do conhecimento, circulação de informação e participação coletiva.
GESTÃO MODERNA DE RECURSOS HUMANOS NOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
Escola Superior de Guerra
Universidade Federal de Santa Catarina
Desenvolvimento e Capacitação: o papel da gestão de pessoas
G ESTÃO DA M EMÓRIA E P OLÍTICAS DE I NFORMAÇÃO Prof. Elmira Simeão Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação.
Criado na década de 50, tem como missão promover o desenvolvimento do setor de informação, mediante proposição de políticas, execução de pesquisas e.
Reformas educacionais na América Latina
Talentos para Inovação
Secretaria de Inovação Orientações Para Diagnóstico do Mercado de Nanotecnologias no Brasil: (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças)
1 Inovação na Gestão e Desenvolvimento Regional 2. Congresso Internacional de Inovação Margarete Maria Gandini Coordenadora-Geral de APLs – DECOI/SDP Porto.
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO NO CRAS/SUAS
Premissas Dados das Microrregiões.
“Pensar o Serviço Social na contemporaneidade requer que se tenha os olhos abertos para o mundo contemporâneo para decifrá-lo e participar da sua recriação.”
PLANO DE DESENVOLVIMENTO DOS INTEGRANTES DA CARREIRA
A FORMAÇÃO DO ENFERMEIRO: CURRÍCULO DE ENFERMAGEM
PLANEJAMENTO ESCOLAR Importância e significado do planejamento escolar
Escola de Formação Política Miguel Arraes
INOVAÇÃO – O BRASIL E O MUNDO
COOPERAÇÃO BRASIL-CANADÁ Intercâmbio de conhecimento para a promoção de equidade de gênero Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica Brasil,
GESTÃO DEMOCRÁTICA E QUALIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UM DESAFIO DOS CONSELHOS DELIBERATIVOS DA COMUNIDADE ESCOLAR.
UNIMINAS Curso de Pedagogia-Gestão e Tecnologia Educacional Aluno: Polyana Vieira Mota de Faria Profª: Gilca Vilarinho Setembro/2005.
GT das Grandes Cidades Brasília, agosto de 2008
AGENDA 2020 O Rio Grande que queremos. Crescimento econômico Elevação da qualidade de vida Eqüidade social e regional Referência em inovação e tecnologia.
O projeto profissional do Serviço Social do INSS
PSICOLOGIA E POLÍTICAS PÚBLICAS
Políticas Públicas Profª MSc. Catharina Teixeira MARÇO 2014
SIMPÓSIO SOBRE POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE
1 Encontro Nacional das Escolas de Governo Sejam Bem-vindos ao Brasília,
Planejamento da Divisão de tecnologia Balanços dos Meetings 2006 Aprovação da Proposta de Diretrizes Nacionais para TIC Divisão de Tecnologia Agenda.
Plano Estadual de Saúde e Planos Operativos Anuais – 2008 a 2011 Contexto, Alcances e limites Ou “A retomada do planejamento” II Mostra SES, 04/11/2008.
26/3/2004 X Congresso Brasileiro de Energia 1 Reformas e inovação tecnológica no setor elétrico brasileiro João Lizardo R. H. de Araújo, CEPEL.
UNIMINAS Curso de Pedagogia - Gestão e Tecnologia Educacional Aluna: Ângela Cristina da Silva Prof ª: Gilca Vilarinho 3º Período G 1.
Uma Escola do Tamanho do Brasil
Uniminas – Uniao Educacional de Minas Gerais
UNIMINAS Curso de Pedagogia Gestão e Tecnologia Educacional Aluna: Ingrid S. David Prof. Gilca Vilarinho Setembro-2005.

UNIMINAS Aluna – Aurilene de Paula Caixeta Professora – Gilca Vilarinho Setembro 2005 Curso de Pedagogia Gestão e Tecnologia.
OTTAWA CARTA DE INTENÇÕES - SAÚDE PARA TODOS NO ANO 2000 E APÓS.
DIDÁTICA A inter-relação da Educação com a Licenciatura, a Pedagogia e a Didática Objetivos: Estabelecer relações entre Educação, Licenciatura e Pedagogia.
Coordenação executiva - Problemas de articulação versus
Programa de Modernização da Gestão Thaner Castro Nogueira
5ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional
Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Audiência Pública “Pirataria, Prevenção, Repressão e seus Impactos na Economia do País” Rodolfo.
2014 Ministério do Turismo. Missão Desenvolver o turismo como uma atividade econômica sustentável, com papel relevante na geração de empregos e divisas,
Integração do Ensino Médio com a Educação Profissional Jul/2015.
Defesa agropecuária e integração dos entes da federação Tania Lyra Consultora em Defesa Agropecuária.
A PESQUISA COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO Ana Paula Palheta PRÓ-REITORIA DE PESQUISA, PÓS-GRADUAÇÃO E INOVAÇÃO.
twitter.com/funasa.
PROMOÇÃO DA SAÚDE: CONCEITOS E PRINCÍPIOS
POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM - JUNHO DE 2004.
A AGENDA 21 Profª MS. Milena Beatrice Lykouropoulos.
Transcrição da apresentação:

POLÍTICAS NACIONAIS DE INFORMAÇÃO ALDO DE ALBUQUERQUE BARRETO CINFORM – SALVADOR - JUNHO DE 2004

DISCURSO COMO PROMESSA Toda política mostra uma exterioridade de discurso e uma condição interna voltada para a execução de ações. O discurso é uma simples promessa de verdade nos contextos da esperança; já a ação um atuar com vigor dinâmico.

AÇÃO Na ação temos o inicio, do que não iniciou antes e que vai resultar sempre em uma modificação; ainda que possa ocorrer uma volta, para uma permanência ao estado inicial, o processo para realizar a ação, em si terá modificado a realidade.

PLURALIDADE A ação é uma atividade que só pode ser exercida com outros homens. Corresponde a condição humana da pluralidade, uma condição da vida política do homem na terra.

RITUAL DE PASSAGEM Uma política de informação então seria um ritual de passagem  passagem de uma intenção formal de um discurso de governo para sua implementação como uma ação coordenada de governo. Um caminho que vai do discurso político  atuação de governo

Intenção da Política O destino final de uma política nacional de informação é controlar a geração, e a organização das atividades de informação;  Visando uma distribuição socialmente justa desta informação, com a intenção de gerar  conhecimento no indivíduo e induzir seu  desevolvimento pessoal e do seus espaço de convivênvia

A Necessidade da Política A política norteia o curso da ação, pauta as atividades A SEREM REALIZADAS no setor e indica estratégias revelantes e prioritárias. Discurso  generalista Ação  especifica, detalhada Deus e o diabo habitam os detalhes e os detalhamentos

Primeiros pensamentos de uma política nacional de informação Em 1975, primeira Reunião Brasileira de Ciência da Informação (Rebraci) discutiu as diretrizes de uma política em ICT e os objetivos da política em ciência e tecnologia; Em 1980 já passada a fase de substituição do IBBD pelo IBICT, o 1.° Congresso Latino-Americano de Biblioteconomia e Documentação, realizado em Salvador, teve como um de seus temas a questão da política de transferência de informação, o que levou a questão maior da política de informação. O documento de Ação Programada em ICT, de outubro de 1984, quando do último dos PBDCTs era uma política de ICT,

Intenção Explícita da Política Nacional (1984) – AÇÃO PROGRAMADA EM ICT 1. Compete ao Estado instituir e manter um sistema de informação científica e tecnológica, de âmbito nacional, em todos os campos do conhecimento. 2. Na instituição desse sistema, será adotada uma estrutura descentralizada, com coordenação central, integrando num todo coerente e cooperativo os organismos do setor público, com a iniciativa privada 3. O planejamento das atividades de ICT deve ser efetivamente integrado nos planos nacionais de desenvolvimento, 4. No planejamento e operação das atividades de ICT, deve ser assegurada a plena democratização do acesso e utilização da informação, por parte de todos os usuários. 5. Em todos os segmentos das estruturas de ICT, da geração a distribuição, deve ser devidamente considerado o importante papel a ser desempenhado pelos conhecimentos produzidos no país.

Estratégias e alternativas O atuar DA POLÍTICA expõe a uma sucessão de alternativas das quais, a mais intrincada é o equilíbrio entre: esforço e a prioridade que se colocará na coordenação ou execução de produtos e serviços de informação

Coordenar e induzir Ação de coordenação, indução REPRESENTA convencimento para que terceiros realizem o que o governo julga ser uma necessidade Da Política. Vários recursos são necessários para a COORDENAÇÃO, mais é a credibilidade (da Agência) que realiza as articulações para o convencimento.

Executar produtos e serviços de informação Representa: competir em um mercado privado densamente povoado de exclusivos e caros equipamentos; recursos humanos escassos e de alto custo, tecnologias intensas em inovação com pesados investimentos e rápido envelhecimento; mercado em mutação constante e necessidade de decisões rápidas e maleáveis

Serviços e Produtos próprios do Estado o Estado deve executar serviços e produtos que sejam próprios : a) aqueles que pela sua qualificação exigem um alto grau de centralização b) aqueles que por seu caráter inovador estão nos limites do desenvolvimento da pesquisa e por isso possuem uma estrutura custos e de retorno do capital que está aquém do interesse privado.

Serviços do Estado: em qualquer base ou através de qualquer canal os catálogos coletivos nacionais; os serviços de representação internacional; as bibliotecas nacionais, em qualquer base o fornecimento de cópias de documentos - país de geografia continental; manter alguns estoques da produção intelectual nacional (BBTD); a difusão e o incentivo para atuação dos atores com as novas tecnologias de informação e da comunicação atuar para  + inclusão informacional em qualquer base

O profissional da informação participação na inclusão social do indivíduo Em todo seu agir, o homem de informação, há de ser mais estratégico em suas opções que econômico, pois lida com uma mercadoria de características bastante diferenciadas e com intensa participação na inclusão social do indivíduo pelo conhecimento, colocando-o em novos limites de liberdade, participação e auto-gestão nos espaços de sua convivência

Barreiras Estruturais da política Nível de renda da população Nível de instrução Condições do: habitar, alimentar, vestir saúde, instrução Competência para decodificar os códigos de inscrição da informação Participação política, cidadania Competências individuais de assimilação da informação

Nível de educação da sociedade

BARREIRAS NA APROPRIAÇÃO DA INFORMAÇÃO

O espaço da política

AS PIRÂMIDES INVERTIDAS

O Livro Verde da Sociedade da Informação Editado no ano 2000 = esforço compreensivo para delinear uma Política Nacional de Informação, considerando as tecnologias digitais; aborda sete itens: 1. Mercado, Trabalho e Oportunidades 2. Universalização de Serviços para a Cidadania 3. Educação na Sociedade da Informação 4. Conteúdos e Identidade Cultural 5. Governo ao Alcance de Todos 6. P&D, Tecnologias-chave e Aplicações 7. Infra-estrutura Avançada e Novos Serviços 8. Base Legal

Porque não deu certo a Sociedade da Informação no Brasil O documento está direcionado prioritariamente, para fornecer subsídios tecnológicos para a oferta de informação digital O programa sociedade da informação se localizava em um dos ministérios do governo e por estar neste nível hierárquico, não teve força política para sua implantação, ou para inserção no planejamento global. O documento tinha duas opções: ser abrangente como esta’ e arriscar ser um trabalho de referência  ser específico, por exemplo, tratando só do acesso universal, e correr o risco de não ter uma platéia muito grande. O plano verde escolheu ser grande e abrangente e perdeu-se na burocracia das intenções de poder de cada setor do Governo.

"National information policies" FID O estudo realizou uma análise das características principais de uma política nacional de informação. Contexto de 25 países em desenvolvimento.

Pontos a serem considerados na formulação da Política Convergindo informação para o conhecimento arcabouço teórico;  a informação como mediadora do conhecimento Preservando e Promovendo Democracia sistemas de informação modernos e em redes se preocupam inclusão social; inclusão digital Liberdade de Acesso à Informação todos tenham acesso a informação e a tecnologia nova. Liberdade de Informação não há qualquer sentido em melhorar o acesso a informação se a própria informação estiver sujeita a restrições.

Pontos 2 Segurança da Informação e da Comunicação proteger de intrusão ilegal os dados pessoais e comerciais Direitos de Propriedade Intelectual um marco legal importante em uma política de informação. Promover o Desenvolvimento de Recursos Humanos desenvolver habilidades de informação entre a população. Conteúdos de informação devem refletir a Cultura Qualquer grupo cultural, étnico ou minoria de um país deve poder desenvolver seu próprio conteúdo

Pontos 3 Idiomas Locais importância de usar idiomas locais Desenvolvendo a Indústria de Informação introdução ou expansão da industria de hardware e de software de informação; Comércio Eletrônico facilitar e acelerar transações comerciais nacionais Informação e o Trabalho treinar mão-de-obra para trato com a informação e suas técnicas  mercado de trabalho

Pontos 4 Desenvolvendo a Infra-estrutura de Informação infra-estrutura de telecomunicações a expansão do acesso de Internet aplicativos para bibliotecas, outros estoques pesquisa em tópicos relacionados a informação padrões de informação nacionais e internacionais. Interoperabilidade Mantendo dentro da Lei aspectos legais no uso da informação: crimes com uso do computador, como também as implicações legais do uso inapropriado da informação.

Pontos 5 Informação no serviço público serviços públicos como área de aplicação da informação. Aplicações prioritária da Informação aplicação de informação em setores específicos e prioritários, como agricultura, saúde e transporte, e para grupos específicos, como o idoso, jovens e aqueles fisicamente prejudicados. Estruturas Organizacionais prever modificação nas estruturas organizacionais existentes.

FIM O professor responsável pelo desenho da SI, dizia que o desafio de uma Política Nacional de Informação está relacionado: (i) A identificação de uma política para informação cientifica e tecnológica com a qual o Governo Federal efetivamente se comprometa; (ii ) A definição de uma Agência e o seu papel dentro do contexto proposto por (i); e (iii) A capacitação pessoal e provimento de outros recursos para a Agência para implementar (i) e ter esse papel reconhecido pela comunidade de informação, no Brasil e no exterior, e completava: No Brasil não existe (i), (ii) ou (iii) acima indicados

Algumas indicações IBICT. Ação programada em ciência e tecnologia; IBICT. Brasília, p. POLÍTICA DE INFORMAÇÃO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA, Antonio Agenor Briquet de Lemos.Conferência pronunciada no 14. ° Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, realizado no Recife, de 20 a 25 de setembro de 1987 ( Documento da FID sobre Políticas Nacionais de Informação – feito para a UNESCO em 1999, inglês (

Sobre o palestrante: Aldo de Albuquerque Barreto URL: DataGramaZero Lista a-barreto-l