Profª Ms. Maria da Conceição A. Oliveira INDICADORES DE SAÚDE Profª Ms. Maria da Conceição A. Oliveira
O Jornal noticiou... Diário de Pernambuco: Edição de Quarta-Feira, 15 de Setembro de 2004 Violência continua em alta no Estado: Total de mortes violentas caiu, mas cresceu entre jovens de 13 a 17 anos Edição de sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007 Epidemia de dengue pode se alastrar ... 01/12/2006 Pernambuco IBGE: expectativa de vida chega a 67,5 anos
Como medir a saúde?
Conceitos básicos Dados Descrição limitada do real, desvinculada de um referencial explicativo Produto do processo de coleta, normalmente ininteligível Registro dos fatos, observação em sua forma mais primária Dados são códigos que constituem a matéria prima da informação, ou seja, é a informação não tratada. Os dados representam um ou mais significados que isoladamente não podem transmitir uma mensagem ou representar algum conhecimento.
Conceitos básicos Informação Representação da realidade a partir de referências e critérios pré-estabelecidos Devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde Informações são dados tratados. O resultado do processamento de dados são as informações. As informações tem significado, podem ser tomadas decisões ou fazer afirmações considerando as informações.
Conceitos básicos Risco É o conceito epidemiológico do conceito matemático de probabilidade. É a probabilidade de ocorrência de uma doença, agravo, óbito ou condição relacionada à saúde (incluindo cura, recuperação ou melhora), em uma população ou grupo, durante um período determinado.
Conceitos básicos Indicador Termo mais amplo e abrangente para medidas em epidemiologia (Pereira, Laurenti, OMS, RIPSA) Capacidade de revelar um determinado aspecto da situação de saúde-doença São construídos a partir de observações principalmente quantitativas
Indicadores Epidemiológicos Conceito “Medidas, contadas ou calculadas, e mesmo qualquer observação classificável, capaz de “revelar” uma situação que não é aparente por si só.” Merchán-Hamman E, Tauil PL, Costa, MP. Terminologia das Medidas e Indicadores em Epidemiologia: Subsídios para uma possível nomenclatura. Informe Epidemiológico do SUS 2000; 9 (4): 273 - 284
Indicadores Epidemiológicos A qualidade do Indicador depende: Das propriedades dos componentes utilizados na sua formulação (freqüência de casos, tamanho da população...) Da precisão dos Sistemas de Informação empregados como fonte de dados Validade (capacidade de medir o que se pretende) Confiabilidade (capacidade de se reproduzir em condições similares) Sensibilidade Especificidade
Atributos dos Indicadores de Saúde Integridade (dados completos) Consistência interna (coerência dos valores) Validade (sensibilidade, especificidade) Confiabilidade Relevância (contribuição para identificação, monitoramento, avaliação e/ou apoio ao planejamento e gestão) Obediência a Preceitos Éticos Questões Técnicos-Administrativos: Simplicidade Flexibilidade Facilidade de Obtenção dos dados Custo Operacional Compatível
Indicadores Epidemiológicos Os Indicadores de Saúde são expressos principalmente nas formas de: Proporção Coeficiente ou Taxa Razão Índice
Indicadores Epidemiológicos COEFICIENTE OU TAXA: “Nos dá a relação entre o número de eventos ocorridos e os que poderiam ocorrer, ou seja, é uma medida de PROBABILIDADE (RISCO)” *Numerador e Denominador têm unidade de medida diferente (eventos diferentes). ÍNDICE: “As relações entre frequência atribuídas das mesma unidade. * Numerador e Denominador têm a mesma unidade de medida.
INDICADORES MAIS UTILIZADOS I – Indicadores de Morbidade: Coeficiente de Morbidade Coeficiente de Prevalência Coeficiente de Incidência II – Indicadores de Mortalidade: Coeficiente de Mortalidade Geral Coeficiente de Mortalidade Infantil Coeficiente de Mortalidade Específica Coeficiente de Letalidade Coeficiente de Mortalidade Materna
INDICADORES MAIS UTILIZADOS II – Indicadores de Mortalidade Índice Índice de Mortalidade Infantil Proporcional Índice de SWAROOP & UEMURA (Razão de Mortalidade Proporcional)
I – Indicadores de Morbidade No de casos de uma doença Coeficiente de morbidade X 10n = população Refere-se a uma população predefinida, com clara localização espacial, intervalo de tempo e abrangência do estudo
Prevalência Descreve a força com que subsistem as doenças na coletividade. Engloba todos os casos (Novos e Antigos) de uma determinada doença numa população No de casos conhecidos de uma dada doença (novos + antigos) Coeficiente de Prevalência X 10n = População total
Prevalência de doenças em comunidades abertas Doentes Novos Doentes que imigram Prevalência Número de Casos Curas Óbitos Doentes que emigram Fonte: Rouquayrol, 1999
Incidência - significa a ocorrência de casos novos relacionados à unidade de intervalo de tempo, dia, semana, mês ou ano. No de casos novos (iniciados) num determinado período numa área X 10n Coeficiente de Incidência = População exposta ao risco de adquirir a doença no referido período
Relação entre Prevalência e Incidência
Alta Velocidade de Agregação Baixa Velocidade de Agregação Casos Novos Imigrados e Recidivas Casos Novos Imigrados e Recidivas Incidência Incidência Prevalência Prevalência
Coeficiente de Ataque - Incidência referida a uma população específica ou a um grupo bem definido de pessoas, limitadas a um período de tempo de dias ou semanas e localizadas em uma área restrita. No de casos novos surgidos a partir do contato com o caso-índice Coeficiente de ataque secundário = X 100 Total de contatos com o caso-índice
II – Indicadores de Mortalidade Mortalidade Geral Usado na avaliação do estado sanitário de uma população Número total de óbitos em determinado ano CMG = X 1000 Número total da população naquele ano
Mortalidade Infantil CMI Número de óbitos menores de 1 ano em certa área durante o ano X 1000 CMI = Número de nascidos vivos nessa área durante o ano Mortalidade Neonatal = óbitos de até 27 dias de nascimento. Neonatal Precoce: Até 7 dias Neonatal Tardia: de 8 a 27 dias. Mortalidade Pós-neonatal = óbitos entre 28 dias de nascimento e 1 ano de vida.
Mortalidade Infantil no Mundo – 1970-1991 11 6 SUÉCIA 1970 34 15 1991 HUNGRIA 13 5 JAPÃO 56 11 PORTUGAL 28 8 30 8 ESPANHA ITÁLIA 137 90 95 58 INDIA BRASIL 171 149 52 25 MOÇAMBIQUE ARGENTINA Fonte: Vermelho et al, 2002
Mortalidade Por Causas Específicas Depende da qualidade de preenchimento das CAUSAS BÁSICAS de óbito da D.O Número de óbitos por causas específicas X 100000 CMCE = População exposta
Coeficiente de Letalidade Número de óbitos de determinada doença CL = X 100 Número de casos dessa doença - Permite avaliar a gravidade de uma doença, considerando-se as variáveis idade, sexo, condições socioeconômicas da região onde ocorre.
Mortalidade Materna CMM X 100000 Número de óbitos por causas ligadas a gestação, parto e puerpério em certa área do ano CMM = X 100000 Nascidos Vivos no mesmo período
Índice de mortalidade infantil proporcional Número de óbitos com menos de 1 ano de idade IMIP = X 100 Números de óbitos totais
Indicador de Swaroop-Uemura Apresenta a proporção de óbitos em pessoas de 50 anos ou mais em relação ao total de óbitos ocorridos em uma população. Número de óbitos com 50 e mais anos de idade X 100 ISU = Número de óbitos totais 1º GRUPO: Igual ou superior a 75% 2º GRUPO: De 50 a 74% 3º GRUPO: De 25 a 49% 4º GRUPO: Inferior a 25%
Curva de Mortalidade proporcional Nelson Moraes MORAES (1959) partiu da idéia básica de Swaroop & Uemura para construir um indicador com uma curva de gráfica. Utiliza 5 grupos etários prefixados: Menores de 1 ano: grupo infantil De 1 a 4 anos: pré-escolares De 5 a 19 anos: crianças e adolescentes De 20 a 49 anos: adultos jovens De 50 anos e mais: meia idade e idosos
MP < 1 ano MP (1-4 anos) MP (5-19 anos) MP (20-49 anos) MP Número de óbitos de crianças < 1 ano de idade X 100 = Número de óbitos totais MP (1-4 anos) Número de óbitos de crianças 1-4 anos de idade = X 100 Número de óbitos totais MP (5-19 anos) Número de óbitos de 5-19 anos de idade = X 100 Número de óbitos totais MP (20-49 anos) Número de óbitos de 20-49 anos de idade = X 100 Número de óbitos totais MP (50 anos e +) Número de óbitos 50 anos de idade e + X 100 = Número de óbitos totais
Curvas de Nelson Moraes
Classificação segundo Moraes Moraes Classificou as curvas em: TIPO I: Típicas de regiões subdesenvolvidas; nível de saúde muito baixo TIPO II: (forma de “J” invertido): Nível de saúde baixo TIPO III: (forma “U”): Nível de saúde regular TIPO iv (FORMA DE “J” NORMAL): Nível de saúde elevado.
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