Russell J,Perkins AT,et.al Arthirits e Rheumatism - jan 2009

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Bigatti SM, Hernandez AM, et al. Arthritis & Rheumatism Jul 2008
Advertisements

Laboratório de Neurociências
Causas, sintomas e tratamentos
Transtorno de Personalidade e Uso de Drogas
Trabalho de Ciências Nome:Anderson,Daniela,João L. e Letícia G.
CUIDADO DE ENFERMAGEM COM ELETROCONVULSOTERAPIA
T A R MACHADO REUMATOLOGIA
Um subgrupo da depressão
DRA. LÚCIA MIRANDA M. DOS SANTOS
Maíra Bagodi Batista da Silva 4º ano – medicina FAMEMA
Ambulatório de Cefaléia – FAMEMA Mateus Matos Mantovani 2010
Migrânea Alunos: Lucas Herculano dos Santos Silva
Fibromyalgic rheumatoid arthritis and disease assessment Rheumatology 2010;49: Laurindo Rocha Clube de revista IAMSPE – 14/10/10.
Amanda Virtuoso Jacques
HIPERTENSÃO ARTERIAL DEFINIÇÃO
Colégio Americano de Reumatologia, 1990
Alexandre de Araújo Pereira Psiquiatra, Msc
Cefaleia Crônica Diária – Avaliação e Terapêutica
Desenvolvimento neurológico de prematuros com insuficiência respiratória grave descrito em estudo randomizado de Óxido Nítrico Inalatório Hintz SR et.
Curso de saúde mental para equipes da atenção primária (3) - Módulo II
The New England Journal of Medicine (04 janeiro de 2001)
Por: Esaú Alencar Tavares Graduando em Ciência da Computação (UFPB)
Metodologia Científica
DIAGNÓSTICOS NEUROPSIQUIÁTRICOS MERECEM TODA A SUA ATENÇÃO
Cefaleia Crônica Diária – Avaliação e Terapêutica
Reciclagem Ciclo 9.
Cuidados que devemos ter
Abuso de álcool e drogas no transtorno bipolar: aspectos clínicos e tratamento Fabiano G. Nery Programa de Transtorno Bipolar (PROMAN) - Depto de Psiquiatria.
A medicalização da educação
DPOC DEPRESSÃO ANSIEDADE DIAGNÓSTICO E MANUSEIO
UM MANUAL PARA CURA DA DEPRESSÃO
USO DE FÁRMACOS EM TERAPIA INTENSIVA E SUA RELAÇÃO COM O TEMPO DE INTERNAÇÃO INTRODUÇÃO OBJETIVOS METODOLOGIA RESULTADOS CONCLUSÃO A unidade de terapia.
Professor :João Galdino
DISCIPLINA: PSICOPATOLOGIA PROFESSORA LUCIANA MONTEIRO
Transtornos de Adaptação
FIBROMIALGIA Giselane Lacerda Figueredo Salamonde
FAP – Faculdade de Apucarana
Resistência aumentada da VAS
Prof. Esther Gonzaga Spiler
Does it Matter Which Exercise?
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
Ana Gregória Ferreira Pereira de Almeida
A instabilidade postural é um dos sintomas mais incapacitantes da DP, uma vez que leva à perda progressiva da independência dos pacientes.
Osteoartrose Disciplina Fisioterapia em Reumatologia
OBESIDADE Turma do 8º Ano de Ciências da Escola Evangélica Ágape
UM MANUAL PARA CURA DA DEPRESSÃO
Profº. Mestrando Gilberto Ribeiro Psicólogo
Universidade Federal do Rio de Janeiro Hospital Universitário Clementino Fraga Filho Programa de Tratamento da Dor e Cuidados Paliativos OPIÓIDES NA DOR.
ESQUIZOFRENIA.
OBESIDADE.
UNIÃO DE ENSINO SUPERIOR DE CAMPINA GRANDE FACULDADE DE CAMPINA GRANDE-FAC-CG Prof: Klenio Lucena de Sena Campina Grande 2015.
SAÚDE METAL E TRABALHO.
Cigarro - Companheiro ou inimigo do sofrimento psíquico
OPIÓIDES NA DOR NÃO ONCOLÓGICA
Tratamento da asma para controlar os sintomas e minimizar os riscos
Depressão.
ESQUIZOFRENIA.
A Relação Terapêutica Empirismo colaborativo
FIBROMIALGIA E OSTEOARTRITE
Formulação de casos Prof. Márcio Ruiz.
SÍNDROME DE RETT Dayana Canani Pedroso Jussara Mendes
Estudo randomizado controlado: interrupção diária de sedação em crianças criticamente enfermas. UTI PEDIÁTRICA DO HRAS/HMIB/SES/DF Apresentação:Letícia.
Cefaléias na infância e adolescência Aline Sacomano Arsie.
NEUROLÉPTICOS Os neurolépticos são também conhecidos como antipsicóticos, antiesquizofrêncos ou tranquilizantes maiores. Farmacologicamente são antagonistas.
ANATOMIA Esquizofrenia BRUNO ,CRISLENE,ELVIS,GILBERTO,MÔNICA.
Congresso Brasileiro de Reumatologia Alexandre Bueno Merlini.
Transcrição da apresentação:

Sodium 0xibate Relieves Pain And Improves Function In Fibromyalgia Syndrome Russell J,Perkins AT,et.al Arthirits e Rheumatism - jan 2009 Tatiane Galdino Leal

Introdução: A Fibromiagia (FM) é caracterizada por dor generalizada crônica , alodínea e o mínimo de 11 dos 18 tender points anatomicamente definidos positivos. Embora sendo mais comum em mulheres adultas, tem a prevalência de 2% na população geral, afetando 3-6 milhões de pessoas nos EUA.

Os critérios de classificação da FM foram realizados pelo ACR em 1990, tem sido ultilizados para diagnóstico,e embora seja classificada pela presença de dor , muitas outros sintomas tem sido identificados nesses pacientes, como insônia, fadiga, rigidez, cefaléia, disfunção cognitiva, sintomas afetivos e síndrome do cólon irritável.

Sua patogênese envolve predisposição genética, a partir do estímulo inicial, há desrregulação da função de neuro- transmissores. A presença de depressão e ansiedade nesses pacientes é grande em relação a população, mas a comorbidade psiquiátrica não é necessária para a patogênese.

O tratamento da FM atual é baseado na sintomatologia: com foco no alívio da dor, restauração do sono, melhora da função física. A terapia não farmacológica inclui educação, modificação de hábitos de sono e exercícios, já a terapia farmacológica é a base de neuromodulatórios, analgésicos e/ ou sedativos /hipinóticos para ajudar nas dores e insônia.

Nenhuma droga isolada demonstrou eficácia para todas as manifestações, atualmente somente a Pregabalina foi aprovada com a indicação específica para o tratamento da FM. O oxibato de sódio é um sal de hidroxibutirato, um metabólito do ácido aminobutírico aprovado pelo FDA para o tratamento de Cataplexia e distúrbios de excesso de sono naqueles com Narcolepsia.

Em estudos , o oxibato de sódio em pacientes com narcolepsia os quais também apresentavam sintomas de FM, houve melhora dos sintomas das duas doenças, então Schorf e colaboradores pensaram que também poderia ser benéfica nos casos de FM com insônia.

Em pequenos estudos randomizados placebo controlados com oxibato de sódio em FM houve melhora do sono e fadiga reduzindo a intensidade da dor e tender points. OBJETIVO: O objetivo desse trabalho randomizado duplo cego placebo controlado de 08 semanas foi determinar se essa medicação seria mais efetiva que o placebo na intensidade da dor, distúrbio de sono, verificar efeitos colaterais e segurança em FM.

MÉTODOS: Foram selecionados homens e mulheres em idades >18a que tiveram critérios para FM de acordo com ACR, era requirido que tivessem EVA > 40 nas 2 semanas anteriores a randomização,além da suspensão de opiáceos, antidepressivos, ciclobenzaprina, acupuntura, fisioterapia, massagem, analgésicos, restringindo a apenas um dos medicamentos( acetaminofen <4000 mg/d, ibuprofeno <1200 mg/d, naproxeno <660 mg/d, cetoprofeno <75 mg /d), álcool,e método anticoncepcional para aquelas que não tivessem com período mínimo de dois anos de menopausa.

Eram excluídos pacientes com doenças reumáticas inflamatórias, dor devido outra desordem, história de convulsões, distúrbios psiquiátricos, grávidas... O estudo foi conduzido em 21 lugares diferentes nos EUA. Os pacientes foram submetidos a um screnning para apnéia do sono, era recordado o EVA naquelas 2 semanas, era feita uma avaliação da intensidade no final da 4 visita, pacientes que apresentavam critérios eram randomizados para receber oxibato de sódio nas doses 4,5 mg , 6mg e 1ou 2 doses de placebo.

O oxibato tem meia vida 30-60 min, para controle de distúrbios de sono a dose era dividida, uma dose noturna e outra após 2,5 - 4 horas .O número de analgésicos que já não eram usados era avaliado após 14 dias. A eficácia era avaliada através de parâmetros que eram recordados em diários eletrônicos ( dor e fadiga), e eram avaliados em visitas após 2,4,8 semanas de tratamento, através de questionários a respeito do sono, qualidade de vida e impressão da global mudança feita pelo paciente.

A avaliação era feita pelo clínico após cada visita através da contagem de tender points, mudança no final do estudo, e a polissonografia realizada 2,4,7 semanas. Exames laboratoriais (hemograma, bioquímica , eas) eram realizados 1,4,7 visita e observados os efeitos colaterais.

Resultados: Dos 320 pacientes, 195 foram randomizados para receber tratamento, a a maioria era de mulheres brancas, o período de doença era de nove anos. O total 147(78%) completaram o protocolo, efeitos colaterais levaram a interrupçao 3 - 64 (4,7%) do grupo placebo, 5 dos 58 (8,6%) no grupo de menor dosagem,e 11 dos 66 (16,7) no grupo de maior dosagem.

Eficácia: Houve resposta (POV) em ambas dosagens: 4,5mg/d (20-58 = 34%, p=0,005), e 6mg (18-66 = 27,3%, p<0.005) superior ao grupo placebo. Tender points: Não houve diferença significante em relaçao a menor dosagem e o placebo (p= 0.06), mas houve na maior dosagem em relaçao ao placebo (p= 0,05).

Insônia:A maioria relatou distúrbio de sono (92% placebo, 95% 4,5mg, e 87% 6mg). Houve melhora do sono (p=0,004 4,5 x placebo, e p=003 6mg x placebo). Fadiga: Diminuiu em ambos os grupos em relação ao placebo (p=0,05). Qualidade de vida: Escore SF36 mostrou melhora da dor e vitalidade em ambas as doses :4,5mg: p=0,02(dor),e p=0,01 (vitalidade).

Na dose 6mg (p= 0,008 (dor) e p= 0,02 (vitalidade). Grande proporção de pacientes que estavam em tratamento se mostraram melhores que no grupo placebo. Não houveram mudanças importantes em exames laboratoriais. Efeitos colaterais:1 caso infecção com excerbação de asma,1 caso taquicardia e hipertensão, 22% descontinuaram devido sintomas menos importantes.

Placebo: dor torácica, ansiedade depressão. Menor dosagem: rash, palpitações, insônia, ansiedade, náuseas, edema, depressão. Maior dosagem: náuseas, vômitos, síncope, dor torácica, vertigem.

Discussão: A composição da mensuração da eficácia primária ( dor, limitação física, e impressão da mudança global ) apresentou-se semelhante ao guidelines do FDA para avaliação de efeitos farmacológicos na FM. Esse estudo foi baseado na análise de melhora de três variáveis. Significante benefício surgiu após a 5 visita (2 semanas).

Alta correlação foi encontrada sobre a impressão da mudança feita pelo paciente em diário eletrônico, com melhora de 30% nos escores. E razoável a hipótese que distúrbios de sono pode contribuir para dores difusas,a alta correlaçao dá suporte a essa, mas não prova relação causa-efeito. Cada dose demostrou melhora física e fadiga relacionadas a FM em questionários (FIQ), assim como melhora da dor e vitalidade no SF36, ( qualidade de vida).

Apesar de ter excluído pacientes com distúrbios psiquiátricos maiores, a depressão e ansiedade foram reportados em alguns casos e foram excluídos. Foi bem tolerado em FM, os efeitos colaterias foram os mesmos esperados no tratamento de narcolepsia ( náuseas, vômitos, vertigem), tendendo a desaparecer com a continuaçao da medicaçao.

Um grupo não respondeu a medicaçao. CONCLUSÃO: O tratamento com oxibato de sódio levou a diminuiçao da intensidade da dor e fadiga e melhora da qualidade de vida, com efetividade e segurança na FM.