Boas Práticas em Aferição da Pressão Arterial na Farmácia Comunitária

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Transcrição da apresentação:

Boas Práticas em Aferição da Pressão Arterial na Farmácia Comunitária Fernando Amaral de Calais Farmacêutico Generalista Especialista Atenção Farmacêutica Pós-Graduado em Tecnologia em Ensino a Distância Mestre em Ensino de Ciências da Saúde e do Ambiente fernando.a.calais@gmail.com Blog – www.afamur85.blogspot.com.br

Hipertensão Arterial O diagnóstico é estabelecido pelo encontro de níveis tencionais permanentemente elevados acima dos limites de normalidade. Portanto, a medida da pressão arterial é o elemento chave para o estabelecimento do diagnóstico da hipertensão arterial.

Aparelho de pressão aneróide

Aparelho de pressão aneróide

Aparelho de pressão aneróide

Som súbito, forte, bem definido, que aumenta em intensidade FASES DOS SONS DE KOROTKOFF Korotkoff 1 Korotkoff 2 Descrição dos sons fase I (K1) Som súbito, forte, bem definido, que aumenta em intensidade fase II (K2) Sucessão de sons soprosos, mais suaves e prolongados (qualidade de sopro intermitente) fase III (K3) Desaparecimento dos sons soprosos e surgimento de sons mais nítidos e intensos (semelhantes ao da fase I), que aumentam em intensidade fase IV (K4) e fase V (K5) K4: Os sons tornam-se abruptamente mais suaves e abafados, são menos claros. K5: Desaparecimento completo dos sons

Medida Indireta Pressão Arterial A medida da pressão arterial deve ser realizada na posição sentada, de acordo com o procedimento descrito a seguir: 1-  Explicar o procedimento ao paciente 2-  Certificar-se de que o paciente: - não está com a bexiga cheia; - não praticou exercícios físicos; - não ingeriu bebidas alcoólicas, café, alimentos, ou fumou antes. 3-  Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável.

Medida Indireta Pressão Arterial 4-  Localizar a arterial braquial por palpação. 5-  Colocar o manguito cerca de 2cm a 3cm acima da fossa antecubital, centralizando a bolsa de borracha sobre a artéria braquial 6-  Manter o braço do paciente na altura do coração. 7-  Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro anaeróide. 8-  Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para estimativa do nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar de 15 a 30 segundos antes de inflar novamente.

Medida Indireta Pressão Arterial 9-  Colocar o estetoscópio nos ouvidos. 10- Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva. 11-   Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento da medição. 12-   Inflar rapidamente, de 10mmHg em 10mmHg, até o nível estimado da pressão arterial. 13-   Proceder à deflação, com velocidade constante inicial de 2mmHg a 4mmHg por segundo, evitando congestão venosa e desconforto para o paciente.

Medida Indireta Pressão Arterial 14-   Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som (fase I de Korotkoff), que se intensifica com o aumento da velocidade de deflação. 15-   Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff), exceto em condições especiais.  Auscultar cerca de 20mmHg a 30mmHg abaixo do último som para confirmar sem desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa. Ob. Quando os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a pressão diastólica no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff).

Medida Indireta Pressão Arterial TALÃO DE SERVIÇOS FARMACÊUTICOS 16-  Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, complementando com a posição do paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a mensuração e se este já tomou medicação do dia. Obs. A escala do manômetro varia de 2mmHg em 2mmHg, evite arredondamentos. Exemplo: Anote 132 por 88mmHg e NÃO 130 por 90mmHg. 17-   Esperar de 1 a 2 minutos antes de realizar novas medidas. 18-   O paciente deverá ser informado sobre os valores da pressão arterial e a possível necessidade de acompanhamento médico.

Classificação da pressão arterial (maiores de 18 anos) PAD mmHg PAS mmHg CLASSIFICAÇÃO AÇÃO <85 <130 NORMAL Reavaliar em um ano 85-89 130-139 N. LIMÍTROFE Check-up médico reavaliar em 6 meses 90-99 140-159 H. LEVE - 1 Check-up médico reavaliar em 2 meses 100-109 160-179 H. MODERADA - 2 Consultar o médico reavaliar em 1 mês >110 >179 H. GRAVE - 3 Urgência, reavaliar em uma semana <90 >140 H. SISTÓLICA ISOLADA Consultar o médico

Crianças 1-     A largura da bolsa de borracha do manguito deve corresponder a 40% da circunferência do braço. 2-     O comprimento da bolsa do manguito deve envolver 80% a 100% da circunferência do braço. 3-     A pressão diastólica deve ser determinada na fase V de Korotkoff.

Idosos Na medida da pressão do idoso, existem dois aspectos importantes: 1- Maior freqüência de hiato auscultatório, que subestima a verdadeira pressão sistólica. 2- Pseudo-hipertensão, caracterizada por nível de pressão arterial falsamente elevado em decorrência do enrijecimento da parede da artéria. Pode ser detectada por meio da manobra de Osler, que consiste na inflação do manguito até o desaparecimento do pulso radial. Se a artéria continuar palpável após esse procedimento, o paciente é considerado Osler positivo.

Gestantes Devido às alterações na medida da pressão arterial em diferentes posições, atualmente recomenda-se que a medida da pressão arterial em gestantes seja feita na posição sentada. A determinação da pressão diastólica deverá ser considerada na fase V de Korotkoff. Eventualmente, quando os batimentos arteriais permanecerem audíveis até o nível zero, deve-se utilizar a fase IV para registro da pressão arterial diastólica.

Obesos Em pacientes obesos, deve-se utilizar manguito de tamanho adequado à circunferência do braço. Na ausência deste pode ser: 1. corrigir a leitura obtida com manguito padrão (13cm x 24cm), de acordo com as tabelas próprias; 2. usar fita de correção aplicada no manguito; e 3. colocar o manguito no antebraço e auscultar a artéria radial, sendo esta a forma menos recomendada.