FACULDADE BATISTA DE MINAS GERAIS CURSO DE TEOLOGIA DISCIPLINA: TEOLOGIA E PÓS-MODERNIDADE PROF. REINALDO ARRUDA PEREIRA

Tema da aula: Teologia do processo

REFERENCIAIS PARA PENSARMOS E COMPREENDERMOS A TEOLOGIA DO PROCESSO Heraclito de Éfeso (540 – 470 a.C.) – filósofo pré-socrático. Sua concepção da realidade é que tudo flui. Alfred North Whitehead (1861-1947) – lógico, matemático e metafísico britânico. Nos seus últimos trabalhos Whitehead inclinou-se para uma filosofia muito heterogênea que incluía a metafísica, a religião e os princípios do conhecimento. Whitehead desenvolveu uma filosofia do processo e essa filosofia tornou-se a base para a teologia do processo.

REFERENCIAIS PARA PENSARMOS E COMPREENDERMOS A TEOLOGIA DO PROCESSO Na filosofia do processo Whitehead propaga a relação recíproca entre: Transcendência e imanência Deus e o mundo Os conteúdos com que trabalhamos na teologia são condicionados, do começo ao fim, pelos mundos sociais e culturais. Mas, estes conteúdos não são simplesmente determinados por estes mundos. Há sempre um elemento transcendente e um momento de auto-determinação.

Nessa perspectiva, o processo é uma contínuo conexão de relações; PROCESSO, O QUE É? Para Whitehead não se pode pensar ou falar em processo separado da realidade. Nessa perspectiva, o processo é uma contínuo conexão de relações; É uma relação, um torna-se, uma devir. A realidade é um transformar-se continuo. É infantil entrar no domínio do pensamento com a questão simplista: De que o mundo (ser, realidade, coisas...) não mudam e nem se transformam

“Para alguns talvez seja possível ler as afirmações anteriores de um modo modenista, dicotômico, do século XIX – isto é, como pregando uma doutrina de não-Deus, pró-vitalista. Mas, conforme Davies (1988), Griffin (1989), Peacocke (1986) e outros pensadores e teólogos do processo salientam, esta não precisa ser a interpretação. Passar de uma Cosmologia que postula um universo predeterminado, estável, criado ex nihilo – onde a ordem é estável – para um universo emergente, instável e in continuo – onde a ordem está continuamente tomando forma – modifica mas não nega o conceito de uma divindade. O ateísmo não é a única alternativa para a Teologia modernista; a teologia do processo é igualmente viável e muito mais empolgante. Ela mantém um enquadre orientado para Deus e, ao mesmo tempo, modifica o nosso entendimento da natureza e da existência de Deus”.

PRINCIPAIS PENSADORES DA TEOLOGIA DO PROCESSO Charles Hartshorne (orientador de John B. Cobb Jr. da graduação até o doutorado) David R. Griffin John B. Cobb Jr.; John B. Cobb Jr. é um dos mais renomados teólogos da teologia do processo. Nossa abordagem e o estudo sobre essa teologia serão feitos a partir desse teólogo.

Era uma pessoa piedosa e buscava profunda comunhão com Deus. O teólogo John B. Cobb Jr. Nasceu em 1925. Era filho de missionários. Até os15 anos viveu com os pais nos campos missionários, no Japão. Por causa da II Guerra Mundial, voltou à Geórgia para morar com sua avó. Era uma pessoa piedosa e buscava profunda comunhão com Deus. Porém, se tornou intolerável por causa de seu lado MORALISTA. Ingressou no programa de mestrado em Chigaco e “perdeu a sua fé”.

A TEOLOGIA DO PROCESSO Surgiu como uma tentativa de dar credibilidade à fé cristã já que no mundo moderno a fé perdeu espaço. A Teologia do Processo trabalha com a situação de declínio da credibilidade da crença cristã no mundo moderno. Porque a fé cristã perdeu credibilidade? As formulações de fé que a igreja faz muitas vezes não merecem crédito e por isso não são aceitáveis. Teologia não é mero divertimento; por tratar do divino, do transcendente e da igreja, a teologia precisa de credibilidade para ser colocada em prática.

É uma construção teológica não só da fé, mas também da igreja, de modo que ambas venham satisfazer os desafios da vida moderna. A teologia do processo como escola teológica é uma tentativa de restabelecer a doutrina de Deus em um mundo extremamente CÉTICO CETICISMO é uma atitude critica que questiona sistematicamente a possibilidade de conhecer a Deus e que não se pode ter a certeza de que a revelação vem de Deus.

PRINCIPAIS PERSPESCTIVA DA TP Teologia em diálogo com a economia e a educação; Teologia deve se preocupar em dizer sobre a ecoloogia Teologia se faz para o acadêmico, mas também para o leigo; Teologia reflexiva e Teologia prática Igreja e comunidades de fé Academia e intelectuais

PRINCIPAIS PERSPESCTIVA DA TP DEUS É visto pelo prisma do Ateísmo e do Panteísmo Afirma que o universo é Deus, mas Deus é mais do que o universo; Deus está dentro e também além ou fora do universo; Deus é um fluxo permanente Panenteísmo

Deus está dentro da história e do tempo, e não acima dele. Como Deus é o universo e este é um fluxo permanente, o próprio Deus está inserido neste fluxo. Deus está dentro da história e do tempo, e não acima dele. Deus está subordinado ao tempo e deixa de ser o Deus, no sentido bíblico do termo, onisciente e onipotente. Como se vê, acabaram adotando uma perspectiva panenteísta (Deus se confunde com a natureza, ainda que seja maior do que ela), afastando-se da teologia cristã histórica. Portanto, a ideia sugerida é que Deus é um ser mutável e que está numa espécie de processo evolutivo.

DEUS, o que se NEGA a seu respeito na teologia do processo? Sua imutabilidade; Sua transcendência; Sua onipotência Sua eternidade;