Micro e Macroeconomia O mundo da economia se divide em microeconomia e macroeconomia. A microeconomia se dedica ao estudo do comportamento de pequenas unidades do sistema como famílias, empresas e governos no que se refere a suas decisões e escolhas diante da escassez. A macroeconomia – adota uma visão geral da economia. Em vez de se concentrar na criação de empregos num setor específico, considera o emprego total da economia, incluindo todas as industrias de um país, por exemplo. Assim, compreende as condições econômicas mais amplas

A Macroeconomia Desde a publicação da obra “A riqueza das Nações”, a ênfase do estudo econômico estava na microeconomia. Acreditava-se que a economia tinha a capacidade de se auto-regular (mão invisível) de forma a gerar o “pleno emprego” (capacidade de empregar todos os recursos disponíveis de forma eficiente). “Laissez-faire, laissez passer: le monde va de lui même” (“deixa fazer, deixa passar: o mundo anda por si mesmo” O Estudo da Macroeconomia ganhou impulso a partir da década de 30, com John Maynard Keynes.

A Grande Depressão e a Transição do pensamento Micro para o Macroeconômico Até a Grande Depressão de 1930, prevaleceram as idéias clássicas de auto regulação do mercado. Em meio a crise, acreditava-se que o mercado reagiria sem a intervenção do Governo. No entanto, esta tendência automática ao pleno emprego não foi verificada quando Houve a GRADE DEPRESSÃO. Keynes passa a defender a importância da intervenção do governo na economia e a Macroeconomia ganha força. Keynes é considerado o pai da macroeconomia. Surge a preocupação de calcular “Agregados Macroeconômicos” tais como Produto Agregado, Renda Agregada, Despesa Agregada etc.

Mas o que foi a GRANDE DEPRESSÃO? A Grande Depressão é considerada a pior e o mais longo período de recessão econômica do século XX. Este período de recessão econômica causou altas taxas de desemprego, quedas drásticas na produção, no preços de ações, e em praticamente todo medidor de atividade econômica, em diversos países no mundo.

Causas da Grande Depressão Durante a primeira Guerra Mundial, os EUA fortaleceram suas indústrias e passaram a ser os grande fornecedores para a Europa, que estava em envolvida na Guerra. A produção norte americana deu um salto gigantesco em vários setores, destacando-se a indústria bélica, de material de campanha, de alimentos. O consumo interno também cresceu, uma vez que o potencial de consumo no país aumentou com a elevação do nível de emprego.

A superprodução americana sofreu um grave declínio de demanda após a guerra, com o início da recuperação do setor produtivo dos países europeus. Essa situação expressou-se principalmente no setor agrícola. Os EUA não conseguiam mais vender seus produtos e os estoques cresciam enquanto os empregos eram extintos. O fim da guerra provocou a retração da economia norte americana, pois a industria de guerra diminuía o ritmo de produção, assim como os soldados que voltavam da guerra não eram absorvidos pelo mercado de trabalho.

O BIG CRASH Como as empresas americanas estavam tendo altos lucros, o preços das ações estavam em alta. Com a perspectiva de queda nas vendas, o preço das ações despenca. Sem dinheiro, os investidores passaram a vender suas ações, que perderam valor pois não havia compradores. Houve o Big Crash em 24 de outubro de 1929, na Bolsa de Valores de New York.

A Crise se espalha pelo mundo A crise rapidamente se espalhou: Os EUA haviam emprestado muito dinheiro a Europa e passou a fazer pressão para receber este dinheiro, descapitalizando a Europa. Os bancos americanos param de emprestar dinheiro à Europa. Com o desemprego, o consumo das famílias americanas caiu, o que afetou as exportações na América Latina. As classes médias viram-se afetadas pela multiplicação das falências no comércio, no artesanato e na indústria. A própria burguesia foi afetada por numerosas bancarrotas. Os camponeses ficaram arruinados e os operários no desemprego.

retrato da Depressão de30 A no mesmo ano Florense Owens – retrato da Depressão de30

A reação do Governo A reação inicial do governo norte-americano à "grande depressão" contribuiu para aprofundar ainda mais o ciclo recessivo, pois não houve qualquer tentativa do presidente Herbert Hoover de adotar medidas que estimulassem a recuperação das atividades econômicas e aliviassem as altíssimas taxas de desemprego norte-americanas

New Deal A ascensão de Franklin Roosevelt (foto a direita) à presidência, em 1932, abriu caminho para a adoção de uma política econômica intervencionista, o chamado New Deal (cuja tradução literal em português seria "novo acordo" ou "novo trato") foi o nome dado à série de programas implementados nos Estados Unidos. De fato, uma das principais conseqüências da depressão, a médio e a longo prazo, foi uma intensificação generalizada da prática da intervenção e do planejamento estatal da economia, que passou a vigorar não só nos Estados Unidos, mas também nos países europeus e na América Latina, seguindo as recomendações de John Maynard Keynes.