AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE E ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO EM MULTIRÃO DE SAÚDE PEDIÁTRICO VOLUNTÁRIO NA CIDADE DE SOROCABA – SP FERREIRA, FT; STEFFEN,

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Transcrição da apresentação:

AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE E ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO EM MULTIRÃO DE SAÚDE PEDIÁTRICO VOLUNTÁRIO NA CIDADE DE SOROCABA – SP FERREIRA, FT; STEFFEN, JÁ; FURLAN, AY; PEREIRA, DA; HIRAI, RT; CASTILLO, VDP; TAMEGA, IE. INTRODUÇÃO Promover tem o significado de dar impulso a; fomentar; originar; gerar (Ferreira, 1986). Promoção da saúde refere-se a medidas que "não se dirigem a uma determinada doença ou desordem, mas servem para aumentar a saúde e o bem- estar gerais” (Leavell & Clarck, 1976). Atualmente, o termo Promoção da Saúde, associa-se a valores como: vida, saúde, soli­dariedade, equidade, democracia, cidadania, desenvolvimento, participação e parceria. Além disso, está relacionado à idéia de “responsabilização múltipla”, uma vez que envolve as ações do Estado, dos indi­víduos e coletividades, do sistema de saúde e das parcerias interseto­riais (BUSS, 2003). A promoção da saúde trabalha através de ações comunitárias concretas e efetivas no desenvolvimento das prioridades, na tomada de decisão, na definição de estratégias e na sua implementação, visando a melhoria das condições de saúde. O centro deste processo é o incremento do poder das comunidades – a posse e o controle dos seus próprios esforços e destino. (CARTA DE OTTAWA, 1986). É com esse intuito que a Liga de Pediatria ´Dra. Izonete Tereza Palmieri, da Faculdade de Medicina de Sorocaba, realiza o “Projeto ABC Criança”. Através dessa ação, uma comunidade escolhida previamente é beneficiada com o atendimento de crianças por pediatras voluntários e alunos de medicina e enfermagem da PUC-SP. Durante um dia inteiro esses atendimentos são realizados em esquema de mutirão e além das consultas são fornecidos lanches, brindes, medicamentos, orientações higieno- dietéticas para os responsáveis e encaminhamentos para serviços de maior complexidade, de acordo com as necessidades do paciente. Essa ação social também tem papel de Educação em Saúde, pois através das atividades envolvidas os acadêmicos adquirem conhecimento e experiência com as situações encontradas pois tomam conhecimento da realidade social da comunidade que irão atuar, das principais patologias encontradas, como promover qualidade de vida para a população infantil e, portanto, como ser um agente multiplicador das orientações de prevenção. OBJETIVOS O presente trabalho tem como objetivo principal analisar a importância da realização de multirão de saúde, com ênfase em pediatria, em uma escola publica de um bairro de baixa renda em Sorocaba - SP. Além disso, analisar as patologias mais prevalentes em determinadas faixas etárias, além de conhecer o perfil de crescimento e desenvolvimento nos dias atuais e conhecer o limite superior de idade predominante do aleitamento materno nos locais. MÉTODOS Todos os dados foram obtidos através do Projeto ABC Criança, multirão de saúde pediátrico voluntário organizado pela Liga de Pediatria da Faculdade de Medicina de Sorocaba, composta por acadêmicos de Medicina e Enfermagem da PUC-SP e professores e residentes na área de pediatria, onde foi feito atendimento médico completo, realizado em 19 de junho de 2010, atendendo 137 crianças, sendo 86 do sexo masculino e 51 do sexo feminino, com faixa etária entre 3 a 11 anos. RESULTADOS Quanto à análise de peso, 25% se encontravam dentro do percentil 50, porém 32% das crianças estavam acima do percentil 90, sendo 12% acima do percentil 99, comprovando que a preocupação da atualidade não é mais o baixo peso (correspondente a 1,46% nesse trabalho) mas sim a obesidade, pelo próprio avanço tecnológico e pelo aumento da violência. Se tratando da altura, nenhuma criança estava acima do p99, e 0,73% estavam abaixo do p5, porém 24,82% se encontravam no p50 e 20,44% no p75, comprovando que o crescimento, apesar do sobrepeso, está normal. Em relação ao aleitamento materno, 3,65% nunca amamentaram, 6,57% amamentaram menos de 1 mês, 15,33% até 5 meses, e a maioria, 21,17% até 6 meses. Questionado quanto ao aleitamento exclusivo, após explicação, 4,38% das mães afirmaram que nunca foi exclusivo, apesar de dar dado seu leite ao lactente, 37,96% refere ter sido exclusivo até o 5 mês, mas a maioria que acompanhava a rotina em unidade básica de saúde, 37,26% afirmaram a exclusividade até 6 meses de idade. A queixa mais prevalente foi tosse e falta de ar, 18,25%, apesar da maioria das consultas terem sido referidas como rotina, 32,85%.A segunda mais frequente foi ronco e rinorréia, 10,85% acompanhado de distúrbio nutricional (criança come pouco ou come muito) 10,85%, enquanto a cólica abdominal ficou em quarto, com 6,57% dos casos. Já quanto à patologia mais prevalente obtivemos a infecção de vias aéreas superiores, 35,04%, seguido de cáries, 7,30% e distúrbio nutricional, 6,57%. Foram realizados os seguintes encaminhamentos: unidade básica de saúde (UBS) 10,22%, nutricionista localizada na própria unidade básica 6,57%, odontologista 5,11%, otorrinolaringologia 4,38%, além de 4 casos que precisaram ser encaminhados ao pronto atendimento da cidade, sendo um deles provável apendicite, e 3 casos encaminhados para cirurgia pediátrica (2 casos de hérnia umbilical e 1 caso de criptorquidia). 59,85% dos pacientes não necessitaram de encaminhamento, resolvendo seu problema no próprio local, assim como aquisição de medicamentos, além de vermífugos distribuídos a todas as crianças, em farmácia improvisada. CONCLUSÃO Pode-se concluir a necessidade de maiores quantidades de multirões para a população menos assistida, assim como esclarecimentos sobre as patologias,principalmente Infecção das vias aéreas superiores, mais frequentes, hábitos alimentares, principalmente orientação sobre exercícios físicos, alimentação saudável não hipercalórica, visto a grande porcentagem de crianças acima do p99, hábitos higiênicos, e a importância do incentivo ao aleitamento materno. REFERÊNCIAS 1.Leavell & Clarck, 1976: 19). 2.Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 15(4): , out- dez, CONCEITO DE SAÚDE E A DIFERENÇA ENTRE PREVENÇÃO E PROMOÇÃO 3.Dina Czeresnia 4.Manual técnico de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças na saúde suplementar - 3ª edição revisada e atualizada -Agencia nacional de saúde suplementar 5.Carta de Ottawa, 1986.