DIAGNÓSTICO DO BAIRRO MONTE SERRAT

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Transcrição da apresentação:

DIAGNÓSTICO DO BAIRRO MONTE SERRAT Bruna Cunha Mendes1, Erika Penha Basqueroto1, Juliana Cavalheiro de Andrade1, Marina Bastos Paim1, Marina Saldanha da Silva1, Thamiris Pereira da Silva1, Letícia Carina Ribeiro2. 1Estudante da quarta fase do Curso de Graduação em Nutrição. Universidade Federal de Santa Catarina. 2Professor da disciplina NTR 5607 – Planejamento e Programação de Ações em Alimentos e Nutrição. Departamento de Nutrição. Universidade Federal de Santa Catarina. INTRODUÇÃO O território do Monte Serrat localiza-se na encosta do Morro da Cruz, parte central de Florianópolis, também conhecido como Morro da Caixa ou Morro da Copa Lord. Nesta comunidade vivem pessoas de baixo poder aquisitivo que vieram para Florianópolis em busca de uma vida melhor. Em 2009, de acordo com a estimativa da prefeitura a população foi de 12.999 pessoas que estão dividas em duas áreas, a 120 e a 121, o posto de saúde encontra-se na área 120 localizado na base do morro. O local é íngreme, possui uma rua principal pavimentada, vielas e travessas por onde as pessoas foram expandindo a construção de suas casas, sendo estas construções díspares conforme se vai subindo o morro. Com o processo de territorialização sucedido durante as quatro fases cursadas nesse novo currículo do curso de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) pode-se detectar algumas dificuldades que a comunidade vem enfrentando, por meio do convívio no local e pelas observações realizadas na comunidade, tornando possível identificar problemas na infra-estrutura, na distribuição dos estabelecimentos, na área da saúde, na educação e na segurança. Tais dados coletados auxiliaram para a identificação dos problemas encontrados na comunidade , os quais servirão de base para a construção do planejamento estratégico em saúde, alimentação e nutrição com a perspectiva de mudança para a melhor qualidade de vida de todos os moradores do Monte Serrat. OBJETIVO Realizar um diagnóstico da comunidade, utilizando os dados coletados nas visitas, identificando os problemas que a assolam e consultando dados secundários, a fim de desenvolver planejamento estratégico em saúde, alimentação e nutrição e posterior intervenção no local. MATERIAIS E MÉTODOS Para a construção de tal diagnóstico aplicou-se os conhecimentos com o processo de territorialização desde o primeiro semestre até a atual fase. O reconhecimento do local foi iniciado em 2009, na primeira fase com a prática de territorialização, observando os fatores que influenciam a vida dos indivíduos que lá habitam. Na segunda fase o foco estava nos programas governamentais de alimentação e nutrição, estudados em sala de aula, realizando entrevistas com os responsáveis das instituições locais sobre o conhecimento e a existência de tais programas nesse território.Já na terceira fase realizou-se as seguintes atividades de acordo com suas respectivas matérias: em Vigilância Sanitária Alimentar (VISA) visitou-se o Supermercado Imperatriz e suas referentes subunidades como o açougue, a padaria, o almoxarifado, e loja e em Avaliação Nutricional realizou-se a antropometria, ou seja, medir e pesar as crianças da Escola Estadual Básica Lúcia do Livramento Mayvorme, da 2° e 3° série. Em relação ao planejamento, optou-se em aula a utilizar o Planejamento Estratégico Situacional, o qual trabalha com a complexidade da realidade e admite que não há um conhecimento único e que a explicação da realidade depende da inserção de cada ator que participa do problema, sendo assim parcial e múltiplo. RESULTADOS Abaixo serão elencados os problemas verificados no território durante os processos de territorialização: Espaço físico insuficiente para a demanda Possui ESF incompleta, sem nutricionista; A localização do CSF; Rotatividade dos profissionais de saúde; A falta de inserção dos alunos na escola; Falta de área de Lazer; Armazéns não aceitam vale alimentação; Ruas estreitas de mão dupla; Calçada quase inexistente; Levando em consideração o conceito de saúde ampliado e as práticas da terceira fase, averiguou-se que as condições de habitação, nutrição, poder aquisitivo e qualidade de vida da população do Monte Serrat estão intimamente ligadas ao acesso à saúde, por isso a investigação gradual e contínua do território se faz necessária. Nesse momento, o grande obstáculo encontrado e que não contávamos foi a escassez de dados secundários do bairro, os quais são quase inexistentes, criando assim dificuldades para futuras ações. Apesar disso, os dados levantados foram suficientes para mostrar problemas nas áreas de infra-estrutura urbana, atuação dos profissionais de saúde, a deficiência na execução das políticas públicas e falta de conhecimento dos direitos e deveres dos cidadãos. A infra-estrutura é um conjunto de obras que constituem os suportes do funcionamento de um bairro, quando adequados melhoram a qualidade de vida da população, tornando a circulação eficiente. Por isso, o difícil acesso à comunidade gera uma precariedade no funcionamento dos sistemas do bairro, como saneamento básico, rede elétrica, coleta de lixo e abastecimento de água insuficiente; movimentação de pessoas, veículos e transporte público sem segurança; o que acaba gerando conseqüências indesejáveis que necessitam de intervenção pública para garantir os direitos básicos da população. Escadarias de construção própria; Presença de lixo nas ruas; Tratamento de esgoto inadequado; Abastecimento de água insuficiente; Canos de água finos e expostos; Coleta de lixo somente na via principal; Falta de policiamento no bairro; Compra de mantimentos prejudicada (morro íngreme, feiras, supermercados e farmácias na base do morro).