Indústria Cultural e Comunicação de Massa

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Transcrição da apresentação:

Indústria Cultural e Comunicação de Massa TEXTO: Anamaria Fadul

Indústria Cultural e Comunicação de Massa Sumário 1. INTRUDUÇÃO. Aspectos gerais; Conceitos. 2. desenvolvimento. análise histórica e conjuntural; análise CRÍTICA. 3. CONCLUSÃO. vÍDEO

Indústria Cultural e Comunicação de Massa Crítica ao professor universitário pelo distanciamento da prática e a obsessão pela transmissão do saber adquirido). a importância da compreensão da Industria cultural para a educação, para a cultura e para a sociedade até porque todas as informações contemporâneas são mediatizadas pelos meios massivos e pela Indústria Cultural). Alerta para a formação de alunos que tenham conhecimento da Indústria Cultural que se pode ter a possibilidade de interferir para aperfeiçoá-la e melhorá-la. )

Indústria Cultural e Comunicação de Massa Para entender estes conceitos eles tem que ser vistos a partir de uma perspectiva histórica. Não tem sentido também fazer uma exposição académica que não indique perspectivas ou propostas de ação.) Assim o texto é dividido em duas partes: a primeira consistirá de uma análise histórica e de uma análise de conjuntura; a segunda discutirá perspectivas de intervenção e de ação.

Nazismo e sociedade de massa americana e sua cultura. Indústria Cultural e Comunicação de Massa análise histórica e conjuntural Esse conceito foi utilizado pela primeira vez por dois filósofos alemães, Theodor W. ADORNO e Max HORKHEIMER, em 1947, na obra “Dialética do iluminismo”. esses autores São professores judeus do Instituto de Pesquisas Sociais da Universidade de Frankfurt que, fugindo do nazismo em 1933, emigraram para os. Estados Unidos e aí permaneceram, vivendo num período muito importante deste país, até o final da guerra. PANO DE FUNDO: Nazismo e sociedade de massa americana e sua cultura. O PRIMEIRO Eles viram o que o nazismo fez com o rádio, repetindo, de certa forma, a estratégia já desenvolvida por MUSSOLINI na Itália. O Segundo que se traduzia no horror pela cultura de uma sociedade que, de certa forma, trazia uma série de elementos completamente desconhecidos na Alemanha no mesmo período.

Indústria Cultural e Comunicação de Massa análise histórica e conjuntural O livro “Dialética do iluminismo” anunciava a decadência cultural do Ocidente, depois do surgimento dos meios de comunicação de massa. Tal decadência foi estabelecida em função de um paraíso imaginário da cultura do século XIX. É preciso, portanto, interpretar o conceito de Indústria Cultural a partir do seu contexto histórico. De um lado, o nazismo; de outro, a sociedade americana vista pelos filósofos judeus emigrados como o sintoma da decadência cultural do Ocidente.

Indústria Cultural e Comunicação de Massa análise histórica e conjuntural Foi a partir dessas três características abaixo que ADORNO e HORKHEIMER tentaram mostrar como essa indústria realizava uma verdadeira manipulação das consciências. produção é em grande escala. um baixo custo. e padronizada, pois é a eterna repetição do mesmo. “ a sociedade de massa é também uma sociedade totalitária, porque os dominados não percebem até onde vai essa dominação.” CONCLUI: Os pontos de partida das teorias desenvolvidas pelos dois autores mencionados são o Marxismo e a Psicanálise.

Indústria Cultural e Comunicação de Massa análise CRÍTICA Ao se adotarem esses conceitos sem nenhuma análise crítica, corre-se o risco de uma dependência teórica, que ainda é muito forte no Brasil. Incorporam-se conceitos de forma acrítica, o que conduz a análises completamente equivocadas. Portanto, nós temos de analisar essas teorias a partir de uma perspectiva crítica e pensando na história cultural da América Latina e do Brasil. Com relação à comunicação de massa, tem já suas manifestações no século XIX claramente delineadas. Uma das primeiras formas de comunicação de massa mediadas por um veículo é identificada com o jornal diário. Percebe-se que existe aí uma outra realidade em ação, interferindo profundamente em toda a sociedade. Com o jornal diário, surgiram concomitantemente a caricatura, a fotografia e, um pouco mais adiante, o cinema.

Indústria Cultural e Comunicação de Massa análise CRÍTICA Pode-se ver NO discurso de BAUDELAIRE a mesma intolerância que os críticos têm hoje em relação à televisão, pois muitos artistas e filósofos, no século XIX, também viram o surgimento da fotografia pela perspectiva de destruição da arte. Segundo BAUDELAIRE, o gênio francês, a fotografia iria destruir não só a pintura, mas também a poesia e a literatura... Ela destruiria tudo.  A televisão é vista pela Escola como uma possibilidade de destruição da Educação, da cultura e da sociedade.

Indústria Cultural e Comunicação de Massa análise CRÍTICA Assiste-se assim ao surgimento de novas formas de comunicação e de arte. Fotografia e cinema já têm lugar no museu, embora os museus brasileiros ainda não incluam as obras fotográficas com o mesmo respeito que os grandes museus do mundo expõem as obras de pintura e de escultura. O cinema já é tranquilamente considerado arte. Existe o cinema comercial, mas também o cinema de arte. A televisão não; ela é puro comércio e não tem nada a ver com cultura. Trata-se de uma mercadoria vulgar, que só pode ser combatida, que não merece nem ser compreendida, porque seus proprietários têm muito lucro, considerado o verdadeiro estigma que cerca a Indústria Cultural.

Indústria Cultural e Comunicação de Massa análise CRÍTICA Vinte anos depois, a televisão, além de receber a colaboração das várias artes, na área específica dos roteiros, tem mantido uma íntima relação com os dramaturgos mais do que com outros artistas   É importante ressaltar que esse sucesso está relacionado com o fato de que a televisão brasileira chega a quase todos os lares, sendo poucas as regiões do País sem acesso a ela. Portanto, se a televisão tem essa difusão, percebe-se que é impossível compreender a sociedade brasileira sem compreender este veículo.

Indústria Cultural e Comunicação de Massa análise CRÍTICA Também estamos formando alunos com uma profunda incompreensão e um profundo desconhecimento da Indústria Cultural. Por que o grande inimigo da cultura brasileira é a Rede Globo? . Minha proposta é superar a dicotomia Escola-Meios de Comunicação de Massa, Escola- Indústria Cultural, porque os meios de comunicação de massa não são os únicos inimigos das classes trabalhadoras e da sociedade brasileira. Eles reforçam uma dominação que começa na fábrica, no escritório, na Escola, na família, na Universidade. É preciso educar os alunos para não aceitarem esta televisão que aí está, porque esta não é a televisão. Mas é preciso antes estudar e conhecer os meios de comunicação de massa.

Indústria Cultural e Comunicação de Massa análise CRÍTICA É importante ressaltar que temos uma ficção televisiva de Primeiro Mundo e uma informação de Quarto Mundo. A informação na Globo, por exemplo, é fragmentada e incompleta, embora às vezes consiga fazer uma boa cobertura. Esta não é a realidade das televisões públicas europeias. Até mesmo a Televisão Monte Cario na Itália, que é da Globo, teve na Guerra do Golfo uma cobertura elogiada pela imprensa italiana. Por quê? Porque ela compete com uma rede pública, as três televisões da Rei Italiana, que apostam na informação contextualizada. A história da Guerra do Golfo, a história do Leste Europeu não são contadas em pinceladas, mas de acordo com a complexidade do tema. É importante constatar TAMBÉM que nos países do Primeiro Mundo existe maior controle da televisão, por parte tanto do público quanto do Governo.

Indústria Cultural e Comunicação de Massa Conclusão “ é cometer um grande equívoco que buscar compreender a cultura e a Educação brasileiras, sem passar pela Indústria Cultural” “ É importante aprender com Esses dois exemplo( ditadores) que desenvolveram políticas de comunicação , que podem-nos ensinar a mobilizar uma sociedade não para o autoritarismo, mas para a libertação, a criatividade e a emancipação.” Anamaria Fadul