Manejo parcelar de solo e água para o produtor

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Transcrição da apresentação:

Manejo parcelar de solo e água para o produtor Disciplina: Atividade Agrícola e Meio Ambiente Prof. M. Sc. Kleber de Oliveira Fernandes Eng. Agrônomo. Montes Claros, Março/Setembro de 2010

“Irrigar é levar água para as plantas na quantidade necessária e no tempo certo” Vantagens: Resolve o problema da seca; Molha a terra quando falta chuva; Permite cultivar no inverno e no verão; Permite produzir quando a safra dá dinheiro; Permite trabalhar o solo; Aumenta a produção. Fatores importantes: Água; Clima; Solo; Planta.

Consumo de água pela plantas Evapotranspiração: Soma da água que evapora e transpira. Estômatos: A planta retira do solo a água e minerais que vão formar seus troncos, ramos, folhas, flores e frutos.

Solos Dividido em 3 camadas: Camada superficial: grande nº de microrganismos, fogo vilão, tratos culturais do solo; Subsolo: entre a rocha e a camada superficial, mais clara, pouca M.O. e menos raízes; Rocha: dura e sem vida, origem do solo.

Qualidade e textura do solo Areia, limo e argila. Tipos: Arenoso: baixa capacidade de retenção de água Intervalos pequenos entre as irrigações; Irrigação localizada; Argiloso: alta capacidade de retenção de água Difíceis de trabalhar secos, pegajosos e duros; Irrigações de 8 em 8, até 10 em 10 dias ou mais; Franco ou Médio: retêm muita água, melhores solos Quantidades quase igual de areia e limo e menos argila; Pouco pegajosos e pouco soltos

Reconhecimento da textura 1º- Pega-se um punhado de terra cuja textura se quer conhecer; 2º- Coloca-se um pouco de água, nem muito seca nem muito molhada; 3º- Amassa-se terra com as mãos procurando formar uma bola Textura grossa: Quando se forma uma bola muito quebradiça, que desmancha facilmente quando apertando um pouco; Ao soltá-la, muito pouco ou nenhuma terra fica agarrada nas mãos; Não é possível enrolá-la ou formar figuras.

Textura média ou franca: Quando amassa forma uma bola ou figura, ainda firme, mas que se conserva enquanto não for muito apertada; Ao soltá-la, fica um pouco de terra agarrada na mãos; Não se forma rolos compridos porque se quebram. Textura fina: Se forma uma bola, não se desfaz facilmente, ficando a terra grudada nos dedos; Esfregando entre os dedos sente-se que é macio como goma; Forma-se rolos compridos que não se quebram.

Estrutura do solo Torrões As estruturas podem ser: Grãos simples: solo arenoso, infiltração rápida, sem reserva de água. Granular: torrões pequenos, solos médios, boa infiltração, torrões nos 1º’s cm do solo.

Blocos: torrões mais ou menos quadrados e grandes, franco-argiloso, infiltração moderada, guarda muita água. Prismática: torrões grandes e longos, argiloso, infiltração moderada a lenta. Colunar: colunas, não infiltra, solos chamados “salão”, não recomenda-se irrigação. Laminar: não permite infiltração e penetração das raízes.

Profundidade do solo Medida da superfície do terreno até a rocha. Mínimo recomendado: 1,20m Vantagens: Bom para as plantas; Lavouras de sistema radicular profundo; Sistematização, se adapta a qualquer irrigação; “Os melhores solos são profundos e de textura média”.

Defeitos do solo Pedras grandes e pequenas → dificulta os tratos. Pé de arado → formada abaixo da área arável. Lençol freático → salinização. “O agricultor deve conhecer as qualidades do seu terreno para tirar o máximo proveito dele”.

Topografia Forma dos terrenos Para irrigação devem ser mais ou menos planos. Para irrigação em sulcos deve-se ter declive de 0,1 a 1,0% no máximo. Por aspersão é possível irrigar terrenos com até 10% declive

As plantas Clima, água e manejo dos solos→ boas colheitas (dinheiro). Para aumentar a produção não é preciso ↑ gastos, mas sim fazer as coisas certas: Plantio de variedades de época certa; Rega malfeita desperdiça água, maltrata plantas e erodi o solo; Aplicação de defensivos e adubos fora de época e de forma errada gera prejuízos; O custo do trabalho certo é o mesmo do errado.

Aproveitamento máximo da água de rega Seco ↔duro e difícil de arar Úmido↔tratos que beneficiam as raízes ↔germinação das sementes ↔dissolução e lixiviação pelo perfil do solo ↔decomposição dos restos orgânicos ↔destruição de larvas do solo, antes que se tornem pragas.

Como a água se comporta no solo Água ↔ parte evapora, parte infiltra, escorre superficialmente. “O mesmo que uma toalha encharcada, no varal...” Solo encharcado ↔ infiltra no solo ↔ fim da infiltração = capacidade de campo (infiltração máx de água retida pelo solo que será utilizada pelas plantas). “Logo que a toalha para de escorrer, muita água ainda é liberada com uma pequena torção”. “Continuando a torcer sai cada vez menos água”. “Chega um ponto que não sai mais água apesar de ainda haver umidade”. No solo ocorre da mesma maneira: Menos água ↔ fechamento estomático ↔ queda na produção A água passa pelo sistema devido a força de extração das raízes ser maior que a força de retenção do solo. Ponto de murchamento ↔ água do solo indisponível Horas mais quentes do dia ↔ MURCHA TEMPORÁRIA

Água disponível para as plantas ≠ entre C.C. e P.M.. Então é o seguinte: Pouca força de sucção ↔ muita umidade Muita força de sucção ↔ pouca umidade

Períodos críticos de irrigação

Métodos de irrigação

Irrigação por sulcos Desvantagens: Vantagens: Difícil de operar à noite; Exige terrenos planos; Gasto maior de água; Exige nivelamento do terreno; Tratos culturais mais difíceis; Vantagens: Gasta menos energia; Mais fácil de operar e manter; Plantas mais saudáveis; Vento não afeta irrigação; Pode ser mais barato.

Aspersão convencional A água é aspergida em forma de gotas, simulando assim uma condição de chuva. Pode ser fixa ou móvel, dependendo das linhas laterais serem portáteis ou não. Principais vantagens Se adapta a diversas culturas e a qualquer tipo de condições topográficas. Possui um custo de implantação mais baixo, quando comparado a irrigação localizada; Não é exigente na qualidade da água de irrigação.

Gotejamento Principais vantagens A água é aplicada diretamente no solo próximo ao sistema radicular das plantas. Mais eficiente no uso da água, sendo por isso o que mais vem crescendo nos últimos anos na agricultura brasileira. Principais vantagens Proporciona maior produtividade; Maior eficiência no controle fitossanitário; Maior potencial de uniformidade de distribuição d’água; Diminui a infestação de daninhas; Não interfere em outras práticas culturais; Proporciona economia de mão de obra; Proporciona economia de água e energia; Permite a fertirrigação. “Mais eficiente no uso da água, se adapta a diversas culturas e a qualquer tipo de condições topográficas”.

Microaspersão Principais vantagens Proporciona maior produtividade; Irrigação localizada onde a água é aspergida através de microaspersores (miniaturas de aspersores) próximo ao sistema radicular das plantas. Principais vantagens Proporciona maior produtividade; Maior eficiência no controle fitossanitário; Proporciona economia de mão de obra; Proporciona economia de água e energia; Permite a fertirrigação. É largamente utilizado em fruticultura, irrigação em casas de vegetação, jardins etc. Se adapta a diversas culturas e a qualquer tipo de condições topográficas.

Pivô central Principais vantagens È um sistema de movimentação circular, autopropelido a energia hidráulica ou elétrica. É constituído, em geral, de uma linha com vários aspersores, de 200 a 800 metros de comprimento, com tubos de aço de acoplamento especial, suportada por torres dotadas de rodas, imprimindo à linha um movimento de rotação, em torno do ponto pivô, que lhe serve de ancoragem e de tomada de água. Principais vantagens Possibilidade de controlar a direção de deslocamento do equipamento; Bom potencial de uniformidade de aplicação de água; Baixa exigência de mão de obra.