Psicopatologia do Trabalho Tradição francesa – Psicologia do Trabalho, Análise do Trabalho, Ergonomia da atividade, Ergologia. Crítica à psicotécnica, à Medicina do Trabalho. Le Guillant (1900 – 1968) – Psicopatologia do trabalho - estudo de síndromes que afetavam a saúde mental em certas profissões. Neurose das telefonistas.

Psicopatologia e psicodinâmica do Trabalho Cristopher Dejours – psicopatologia do trabalho, ergonomia, psicanálise. Psicopatologia do trabalho: relação entre organização e condições de trabalho e o adoecimento. Por que essa estranha ‘normalidade’ nas organizações? Nascimento da psicodinâmica do trabalho.

Psicodinâmica do Trabalho Ao não evidenciar doenças mentais específicas Dejours atentou para a existência de comportamentos ‘estranhos, insólitos ou paradoxais’ que denunciavam um contexto de trabalho que levaria ao sofrimento psíquico. Ex: alcoolismo em trabalhadores da construção civil. Organização do trabalho x carga psíquica x sofrimento x estratégias defensivas

Estratégias defensivas e Saúde mental Os trabalhadores são ‘sujeitos’ de seu trabalho, pensam sobre sua situação e organizam sua conduta, seu comportamento e seu discurso de forma coletiva. Reorganizam a lógica das pressões de trabalho e fazem aparecer estratégias defensivas coletivamente construídas para se contrapor aos efeitos desestabilizadores do trabalho (ex: ORT) Regras e acordos efetivados e partilhados informalmente. ‘Inteligência Astuciosa’/ ‘Inteligência Prática’

Estratégias defensivas e Saúde Levam à modificação da percepção que os trabalhadores têm da realidade que os faz sofrer. Ideologia defensiva x alienação (auto-aceleração, individualismo, banalização, etc) – sofrimento patogênico (sombra) Estratégias de mobilização subjetiva – sofrimento criativo

Condições de fortalecimento da Mobilização Subjetiva (p.43) Uso da ‘inteligência prática’ Uso de um espaço público de discussão Resgate do sentido de cooperação e solidariedade Espaço de reconhecimento

Contexto atual: precarização e vulnerabilidade no trabalho Banalização da injustiça social. Princípios ‘gerencialistas’/’produtivistas’ Imperativo da sobrecarga de trabalho ‘Maquinização’ do trabalho: pessoas que não erram, não falham, não sofrem (robôs, super-heróis) Acumular – consumir E a Saúde? (p. 46)