Max weber busca explicar o capitalismo através de fatores externos à economia. Para Weber, o capitalismo se constitui a partir da herança de um modo de.

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Transcrição da apresentação:

Unijui O Capitalismo Cleber Rodolfo Ribeiro Dejalma Cremonese 23/04/2007

Max weber busca explicar o capitalismo através de fatores externos à economia. Para Weber, o capitalismo se constitui a partir da herança de um modo de pensar as relações sociais ligada pelo movimento do protestantismo de Lutero.

A idéia principal neste modo de pensar refere-se à extrema valorização do trabalho, da prática de uma profissão (vocação) na busca da salvação individual. A criação de riquezas pelo trabalho e poupança seria um sinal de que o indivíduo pertenceria ao grupo dos “predestinados”.

O CAPITALISMO EM GERAL De acordo com Weber apenas no Ocidente existe a “ciência” num estágio que reconhecemos como “válido”. Assim com a Arte, com o sistema de ensino, com a organização política partidária e com a instituição do parlamento: todas estas esferas estão marcadas na cultura ocidental por uma forma peculiar e determinada de racionalidade que não se faz presente nas demais civilizações.

Weber procurou mostrar como algumas manifestações de capitalismo também surgiram em outras culturas e igualmente tentou analisar um aspecto que particularizasse o capitalismo do Ocidente da Idade Moderna. Salienta também que mesmo a empresa capitalista e o empreendimento capitalista existiam de longa data e em toda a parte.

Aborda também sobre o catolicismo que exigia como requisito fundamental o despreendimento dos bens materiais deste mundo, com base no protestantismo que valorizava o trabalho profissional como meio de salvação do homem.

No luteranismo o termo “vocação” passa a significar algo praticamente sinônimo a “profissão”. O homem é “chamado” por Deus não apenas para que tenha uma atitude contemplativa, mas sim para cumprir sua providência neste mundo através de seu trabalho e de sua profissão.

No calvinismo acentua-se uma valorização religiosa da atividade profissional e do trabalho, onde se prega a renúncia a todos os gozos e prazeres deste mundo. Segundo a pregação calvinista o homem deve combater sua tendência ao prazer e ao gozo. O calvinista considera que somente através do trabalho e da profissão rende-se honras e glórias a Deus.

Nesse sentido, o capitalismo seria a cristalização objetiva destas premissas teológicas e éticas, segundo as quais o homem, em virtude de seu trabalho e da riqueza criada por este trabalho, encontra um modo sensível e concreto de conquistar sua salvação individual. Sendo o objetivo do capitalismo, sempre em todo o lugar, aumentar a riqueza alcançada, ou seja, aumentar o capital.

O MODO DE PRODUÇÃO CAPITALISTA O capitalismo é um sistema de em que os utensílios e as ferramentas, edifícios e matérias-primas com que é obtida a produção (capital) são predominantemente de propriedade privada ou individual.

Segundo Marx, propriedade privada, divisão do trabalho e troca são características fundamentais da sociedade produtora de mercadorias. E à produção de mercadorias dedicam-se os produtores independentes privados que possuem a sua força de trabalho, os seus meios de produção e os produtos resultantes do seu trabalho.

Os produtos dos diferentes trabalhos privados têm de ser, na sociedade capitalista, trocados. A troca é condição necessária para a subsistência de todos nesta sociedade, e a esse produto a ser trocado, resultado do trabalho, denomina-se mercadoria.

A mercadoria é uma coisa ou um objeto que satisfaz uma necessidade qualquer do homem, como uma coisa que se pode trocar por outra. Cada mercadoria considerada isoladamente não representa portanto senão uma certa parte do tempo de trabalho socialmente necessário.

O valor da mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho necessário à sua produção. Esta mercadoria é o dinheiro. Assim o dinheiro é o intermediário da troca de mercadorias, servindo como meio de circulação: Mercadoria –> Dinheiro –> Mercadoria

A mercadoria é existente da força de trabalho humana A mercadoria é existente da força de trabalho humana. E como todas as coisas tornam-se mercadorias ao serem trocadas por produtos de igual valor, a força de trabalho torna-se também mercadoria ao ser trocada por dinheiro. O valor de cada mercadoria é determinado pelo tempo de trabalho necessário à sua produção e manutenção.

O valor da força de trabalho é o valor dos meios de subsistência necessários para a manutenção do trabalhador, ou seja, para que o conjunto da classe operária produza a sua força de trabalho é necessário que esteja e continue viva, que se alimente, durma , se agasalhe e se reproduza. Sem isto, não poderia voltar diariamente aos latifúndios e às fábricas do capital, para lá vender a sua força de trabalho.

A razão deste círculo vicioso esta na mais-valia, onde o assalariado vende a sua força de trabalho para sobreviver, e o capitalista lhe compra a força de trabalho para enriquecer.

No espaço de um dia, de uma semana ou de um mês de trabalho, o trabalhador produz muito mais do que seu salário, e essa diferença – entre o valor do que produz e o valor de seu salário-, chamada mais-valia, é apropriada pela classe capitalista e é a sustância de toda a sua riqueza.

A classe trabalhadora produz mais mais-valia do que consome, e enriquece os proprietários dos meios de produção. Enfim, a burguesia vive às custas da classe trabalhadora.

REFERÊNCIA: CATANI, Afrânio Mendes. O Que É Capitalismo REFERÊNCIA: CATANI, Afrânio Mendes. O Que É Capitalismo. São Paulo: Brasiliense. 22ª ed. 1986