Núcleo tecnológico da indústria Brasileira

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Transcrição da apresentação:

Núcleo tecnológico da indústria Brasileira Oportunidades no mar João Alberto De Negri 23/09/2011 – Rio de Janeiro

Oportunidades Oportunidades que surgem a partir de um novo ciclo de desenvolvimento econômico: Seletividade das ações de investimento e inovação tecnológica A sustentabilidade/continuidade do ciclo de distribuição de renda depende de ganhos de produtividade Os ganhos de produtividade da economia brasileira são fortemente dependente da diversificação da produção de empresas brasileiras Uma parte relevante dos investimentos na economia nos próximos anos será realizada pelas empresas vinculadas a cadeia produtiva do petróleo; “95% de seu comércio exterior por via marítima e possui 90% de suas reservas de petróleo e gás, em explotação e ainda a explotar, nas áreas marítimas adjacentes ao seu Território” (II Simpósio C,T&I da Marinha) As políticas que miram em conteúdo local não são suficientes para o desenvolvimento tecnológico

Inovação e crescimento Reconhecimento do impacto dos processos de inovação no crescimento econômico: Nos países mais próximos da fronteira tecnológico a inovação desponta como o principal fator a orientar e sustentar todo o desenvolvimento econômico e social; Países emergentes como o Brasil, com produção intensiva em recursos naturais e em trabalho, pauta exportadora dependente de commodities, os processos permanentes de inovação é a garantia de futuro; Como os países fazem inovação tecnológica? Qual a posição do Brasil em relação ao mundo? É possível ousar e desenvolver endogenamente tecnológica capaz de sustentar um crescimento mais acelerado?

Características do núcleo tecnológico da indústria brasileira

Questões para o debate As empresas líderes na indústria brasileira - As empresas líderes no Brasil têm capacidade de geração endógena de tecnologia suficiente para sustentar competitividade internacional? Fomentar o investimento em P&D das empresas causa aumento no investimento em capital físico e acelera o crescimento da firma no Brasil? O Brasil é diferente da média dos países em desenvolvimento? Sustentabilidade do crescimento depende do processo de diversificação das firmas – ampliação das competências das empresas brasileiras – este é o papel da C&T no Brasil

Empresas líderes da indústria brasileira Tipo de empresa Número de empresas (Nº) Faturamento anual (média – MI R$) Pessoal ocupado (média - Nº) Participação no faturamento (%) Participação no emprego Líderes 1.114 501,2 979 43,3 21,0 Seguidoras 10.102 63,1 253 49,4 Frágeis 20.028 4,3 73 6,6 28,2 Emergentes 469 17,9 149 0,6 1,4 Toda indústria 31.715 4,07 163 100 Ano: 2005

Atividades de P&D Líderes 652 (58,5%) 305 (27,4%) 495 1.674 17.450 Empresas com P&D contínuo Empresas com Laboratório de P&D* Pessoal com dedicação exclusiva em P&D Doutores Mestres Outros Líderes 652 (58,5%) 305 (27,4%) 495 1.674 17.450 Seguidoras 1.124 (11,1%) 340 (3,4%) 333 815 12.962 Frágeis 699 Emergentes 355 (75,7%) 98 56 176 1.903 Total 2.133 (6,7%) 743 (2,3%) 884 2.665 33.025 * Empresas com departamento de P&D e que possuem mestres ou doutores com dedicação exclusiva em P&D Ano: 2005

Quais são as características das firmas que mais crescem Percentil de crescimento Faturamento MI R$ Produtividade Mil R$ Inovadoras % Escolaridade Anos Investimento em inovação / Faturam. % Inferior 14,35 29,814 27 7,42 2,1 Médio Inferior 67,09 45,788 39 7,82 2,63 Médio Superior 69,40 57,895 48 8,16 3,04 Superior 72,12 60,826 8,25 3,38

Investimento em capital fixo de firmas com P&D R$/Trabalhador Firmas com P&D contínuo 63.545 Firmas com P&D eventual 33.517 Firmas sem P&D 33.196

P&D e investimento Os resultados são favoráveis a comprovação da hipótese de que as firmas brasileiras que investem em P&D investiram em média 17% a mais em capital físico Quem investe em conhecimento cresce de 21% a mais do que aqueles que não investem O Brasil é um país de especialização produtiva e tecnológica intermediária

Atuação da FINEP, do BNDES e da Petrobras 305 Empresas industriais acima de 500 PO que investem em P&D BNDES (533) Petrobras (246) FINEP (87) 305 146 46 36 1 53 4 Fonte: IPEA, BNDES, FINEP e Petrobras

Sistema MCT (FINEP e CNPq) no “núcleo da indústria brasileira” Núcleo da indústria: 1714 Empresas Empresas vinculadas a grupos pesq. apoiadas pelo FNDCT Empresas vinculadas a grupos de pesq. não apoiados pelo FNDCT 245 1214 empresas não integradas ao Sistema MCT 70 84 14 Empresas que recebem apoio direto do FNDCT 88 Multinacionais: 380 PETROBRAS: 399 BNDES: 1123 Empresas que fazem P&D =~ 750 Empresas integradas ao Sistema MCT atingem 501 delas, 70%

Inserção de empresas de capital nacional no Subsea e Downhole A grande oportunidade de do Brasil estar inserido em uma fronteira da ciência e da inovação mundial: Inserção de empresas de capital nacional no Subsea e Downhole

Participação Fornecedores Características das firmas fornecedoras da PETROBRAS do setor industrial e de serviços com mais de 30 pessoas ocupadas em 2006. Variáveis Não Fornecedores Fornecedores Participação Fornecedores Nº de Científicos (% do PO) 63.984 (0,73%) 37.711 (2,21%) 37,08 % Nº de Engenheiros 44.455 (0,51%) 29.276 (1,71%) 39,71 % Nº de Pesquisadores 3.276 (0,04%) 2.020 (0,12%) 38,14 % PO com 3º Grau 1.143.219 (13,10%) 481.960 (28,19%) 29,66 %

Inovação e salário nos fornecedores da PETROBRAS • Contratação pesquisadores, engenheiros e profissionais científicos: 1999-2001: + 6% para fornecedoras; -3% para não-fornecedoras 2003-2005: + 13% das fornecedoras; + 6% das não-fornecedoras. • Participação dos assalariados com no mínimo ensino superior incompleto entre 2002 e 2006 : 15%, nos fornecedores de menor intensidade de contrato, 64%, nos fornecedores de maior intensidade de contrato. • Crescimento do fornecedor em relação a seu mercado: 6,8% a mais no primeiro ano; 11,1% no segundo ano e 21,1% no terceiro. • Salário médio dos trabalhadores em relação ao setor: 2,7% a mais no primeiro ano; 5,2% no segundo e 8,1% no terceiro

Exportações • As firmas que se tornaram fornecedoras da PETROBRAS exportam 16,8% e 18,8% a mais no primeiro e segundo ano depois de se tornarem fornecedoras da PETROBRAS quando comparado com firmas similares não fornecedoras 1.195 empresas que não eram exportadoras antes de ser fornecedoras da PETROBRAS e passaram a exportar nos dois anos subseqüentes a assinatura o contrato. 509 empresas eram exportadoras antes de ser fornecedor da PETROBRAS e passaram a não exportar nos anos subseqüentes O resultado líquido uma ampliação da base exportadora de aproximadamente 4,5%, ou seja, é 684 exportadoras a mais

Participação de firmas estrangeiras Fornecedores da PETROBRAS Nacionalidade dos fornecedores Número de fornecedores Part. % Valor das compras (R$ mil) Valor médio (R$ mil) Dos setores industriais Empresas brasileiras de capital nacional 8.441 94% 9.421.958 44% 1.116 Empresas brasileiras de capital estrangeiro 503 6% 11.968.478 56% 23.794 Total 8.944 100% 21.390.436 2.392

Foco tecnologico • Dois empreendimentos para ampliação do capital nacional em subsea downhole: Setor 1 – Produtos e serviços de Sísmica, completação de poço e bombeamento artificial Setor 2 – Produtos e serviços de instalação e manutenção de equipamentos como Dutos e umbelicais, arvores de natal; • As capacitações (áreas científicas e domínios tecnológicos) necessárias para atuação de empresas de capital nacional são substancialmente diferentes e portanto são empreendimentos diferenciados Primeiro empreendimento: o conhecimento em matemática, física, geofísica e geologia são determinantes, associados aos conhecimentos de engenharia permitem a atuação das empresas na completação de poço, perfilação, perfuração direcional e serviço de pesca bombeamento artificial; Segundo empreendimento: o conhecimento de engenharia, engenharia de materiais etc. A firma produz o duto flexível pode prestar o serviço de instalação dos dutos e umbelicais.

Setor naval brasileiro

Características dos estaleiros Coreia do Sul Conglomerado Áreas de atuação Faturamento e estratégias de P&D Hyunday CN, plantas industriais, sistemas eletro-eletrônicos, pesquisa e desenvolvimento, offshore, equipamentos, equipamentos de construção. Receita em 2008: US$14,5 bilhões. Institutos de pesquisa e design: Hyunday Maritime Research Institute, Hyunday Industrial Research Institute, Techno Design Institute Daewoo CN Receita em 2008: US$ 7,3 bilhões. Áreas de P&D: tecnologia de solda desenvolvimento e teste de materiais, mensuração, sistemas, meio ambiente, estrutura, hidrodinâmica, vibração e ruído, sistemas de produção, robótica de automação, equipamentos marítimos, produtos futuros, negócios futuros. Samsung CN, construção, negócios digitais, desenvolvimento de tecnologia Receita em 2008: US$ 7,7 bilhões. Institutos de pesquisa: SHI Research Institute STX Áreas de P&D: análise estrutural, análise de vibração, análise de fatiga Hyunday Mipo Dockyard Receita em 2008: US$ 2,8 bilhões.

Características dos estaleiros Japão Conglomerado Áreas de atuação Faturamento e estratégias de P&D Mitsubishi CN, plantas industriais, sistemas eletro-eletrônicos, pesquisa e desenvolvimento, offshore, equipamentos, equipamentos de construção. Receita em 2008: US$ 37,5 bilhões. Institutos de pesquisa e design: vide Quadro 3 Ishikawajima CN, espacial, turbinas de jatos, energia, armazenagem, ambiental, equipamentos logísticos, sistemas de distribuição, pontes e estruturas metálicas, equipamentos de construção, equipamentos industriais, máquinas e equipamentos, equipamentos para uso civil, sistemas de tráfego e estacionamento, tecnologia de segurança Receita em 2008: US$ 15,8 bilhões. Institutos de pesquisa: Ishikawajima Inspection & Instrumentation Co. e Technical Research & Development Institute. Sumitomo Heavy Industries Marine & Engineering CN. Afiliada a grupo que atua em: equipamentos médicos, software, equipamentos industriais, sistemas de meio ambiente e energia, semicondutores, infraestrutura, sistemas de laser, equipamentos logísticos. Ênfase em P&D: mecatrônica e tecnologias de sistemas, com ganhos em áreas como aparelhos de controle de precisão e componentes chave. Hitachi CN, estruturas metálicas e equipamentos de construção, equipamentos de processamento, sistemas de prevenção de acidentes marítimos, sistemas ambientais e plantas industriais, equipamentos de precisão. O Technical Research Institute é um departamento do Business & Product Devolpment Center, que responde ao presidente. Mitsui CN, reciclagem ambiental, infraestrutura, sistemas avançados, TI, plantas industriais, sistemas logísticos, sistemas de energia. Institutos de pesquisa: Tamano Technology Center, Chiba Tecnology Center, CAE Center, Akishima Research Center, Tsukuba Research Center.

Participação do capital estrangeiro Indicador Tipo de empresa Seguidoras Frágeis Emergentes Total Nº de firmas 21 83 5 109 Nacionais 14 81 100 Estrangeiras 7 2 — 9 Faturamento (R$ MI) 1.059 1.444 26 2.530 Nacionais (%) 12% 57% 100% 39% Estrangeiras (%) 88% 43% 0% 61% Salário médio 1.808 1.244 1.131 1.374 Produtividade média 54.780 38.571 4.049 41.564 Fonte: Pia, Pintec, Rais e Secex.

Inovação nas firmas no setor naval brasileiro Indicador Tipo de empresa Seguidoras Frágeis Emergentes Total Nº de empresas 21 83 5 109 Nº de inovadoras 8 10 23 38% 12% 100% 21% de produto 0% 6% 9% de produto novo para o mercado 3 4% 3% de processo 2 20 44% 18% de processo novo para o mercado 24% 5% Fonte: Pia, Pintec, Rais e Secex.

Esforços de Inovação nas firmas no setor naval brasileiro Indicador Tipo de empresa Seguidoras Frágeis Emergentes Total RLV (R$ milhões) 976 1.409 26 2.411 Gastos em atividades inovativas 1,42 8,35 1,57 11,34 (R$ milhões e % da RLV) 0,15% 0,59% 6% 0,47% Gastos em P&D interno e externo 0,24 0,30 0,67 1,21 0,02% 2,58% 0,05% Pessoal total ocupado em P&D 4 7 10 21 Doutores 2 5 0% 19% Mestres 14 1% Fonte: Pia, Pintec, Rais e Secex.

Dinâmica do setor de navipeças Produção naval:Tecnologia de Grupo A sequência de trabalho é realizada em oficinas com máquinas e pessoal específicos; Os navios são comumente construídos em blocos ou anéis porque geralmente há limitações de espaço físico próximo ao mar. A velocidade da manufatura está fortemente associada à gestão do processo de montagem e a coordenação no fornecimento das peças necessárias para a construção da embarcação A contratação dos projetos e dos EPCistas define a organização da produção e dos fornecedores do estaleiro

Competências da metal mecânica no Brasil e necessidade para Navipeças Petal-mecânica possui? Importância para navipeças Fundição muito muito alta Usinagem Muito alta Precisão alta Montagem Conformação média Soldagem Pintura Corte baixa Comando Confecção de circuitos elétricos terceirizada Montagens elétricas Fonte: Favarin et.all. (2008) Exemplo da Randon e Usiminas fornecendo vagões para ferrovias

Mapeamento das CNAEs que fornecem peças para o setor naval Grupo CNAE Componentes chaves segundo Favarin et.al. (2008) Setores identificados como Navipeças em Oliveira (2007) Cadeia produtiva naval segundo Matriz Insumo Produto 248 Tintas 252 Plástico 271 Aço e Derivados 272 273 274 281 Produtos de Metal 282 Caldeira a óleo 289 Âncoras e Hélices Produtos de metal 291 Motor principal, bombas, compressores Bombas, compressores, motores a gás e Diesel, turbinas Motores e Bombas 292 Guindaste de carga Guindastes e guinchos Guindastes e outros 311 Geradores e motores elétricos Painéis elétricos; grupo geradores 312 Subestação de transformação Transformadores 332 Sistemas de automação Instrumentação 333 Instrumentos e Sist. Automação

Potencialidades do setor naval A demanda do setor naval brasileiro está fortemente associada a compras da PETROBRAS e TRANSPETRO Os indicadores das firmas do setor naval em 2005 mostram que não há uma estratégia robusta de inovação tecnológica nos setor. A indústria brasileira possui competências acumuladas capaz de reerguer de forma competitiva a produção naval no Brasil associada à produção de petróleo e gás off-shore As competências da indústria no Brasil estão associadas às capacitações disponíveis na engenharia que estão presentes em diversas firmas de capital nacional e estrangeiras da indústria brasileira. Há uma fragilidade especialmente relevante nos mecanismos de financiamento as atividades de P&D e a articulação universidade empresa. Nas primeiras etapas da produção industrial naval as firmas brasileiras têm forte dependência da importação de partes peças e componentes dentro dos pacotes tecnológicos vindos do exterior. A escala de produção e a desarticulação da rede de fornecedores sempre serão os grandes desafios da produção naval no Brasil.

O Mar e a Finep De 2006 a 2010 foram 102 projetos de pesquisa apoiados em: Construção Naval ( tecnologias de embarcações , construção de embarcações e sistemas produtivos ); Transporte Aquaviário (sistemas logísticos marítimos e fluviais, desenvolvimento de equipamentos e instrumentos, segurança do transporte aquaviário, sistemas equipamentos e simuladores, desenvolvimento de equipamentos e instrumentos de coleta e monitoramento de dados ambientais) Total de Projetos de Pesquisa: R$ 76 milhões 06 encomendas da Marinha Total de Encomendas: R$ 113 milhões Valor total dos apoios : R$ 189 milhões Das 102 propostas, 62 apresentaram empresas ou estaleiros como intervenientes 29

Conclusões • O pré-sal abre uma janela de oportunidade para que o Brasil dê um salto em seu domínio tecnológico e que firmas nacionais se transformem em empresas de classe mundial. • Exige que tanto o setor público quanto o privado mantenham-se obsessivamente orientados pela busca permanente da qualificação dos recursos humanos e da inovação tecnológica. • Os noruegueses tomaram decisões para desenvolver ativamente um aparato tecnológico com forte ênfase no conhecimento (na criação de centros de pesquisa e na formação intensiva de recursos humanos) e em empresas de capital norueguês. • O domínio mesmo que parcial de atividades altamente intensivas em conhecimento por um grupo de empresas nacionais encurta a distância que nos separa dos países que hoje produzem na fronteira tecnológica A expressão “maldição do petróleo” está associado as estratégias de exploração de petróleo daqueles que deixam de investir nas pessoas e em tecnologia