O sacerdócio: Uma questão pertinente na catequese actual.

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O Evangelho dominical animado em slides. Meditado por: Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa CS Adaptação para Portugal por: Pe. Manuel José Torres Lima O MEU.
O Evangelho dominical animado em slides. Meditado por: Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa CS Adaptação para Portugal por: Pe. Manuel José Torres Lima O MEU.
Transcrição da apresentação:

O sacerdócio: Uma questão pertinente na catequese actual

O que é a vocação?

Vocação não se trata de um sentimento (uma “comichão interior”), de uma profissão (em que temos um horário de trabalho), ou de uma predestinação (na qual tudo nos é imposto). Antes, é o caminho pessoal e único pelo qual encontramos a felicidade. Caminho esse feito de dom e de tarefa. De dom, porque parte da experiência de se ser amado (e escolhido) gratuita e totalmente por Deus. De tarefa, porque desafia a corresponder com a mesma radicalidade do amor. A nossa forma única de alcançar a felicidade inscreve-se em três grandes tipos de vocações: a vida laical (onde se insere o serviço como catequista); a dos ministros ordenados; e a dos consagrados.

Ser catequista só se compreende enquanto serviço ao despertar vocacional. Ou seja, o catequista é alguém que se põe a caminho com a criança, com o jovem, ou com o adulto (de uma maneira pessoal) para com ele encontrar o seu caminho único de felicidade. Assim, o catequista é aquele ou aquela que primeiro faz experiência da loucura do amor de Deus por cada pessoa humana, para depois apontar a outros esse mesmo acontecimento transformador. É aquele ou aquela que, descobrindo a sua forma própria de corresponder a esse amor divino, ajuda outros a desprenderem-se do comodismo, do medo, ou da indiferença, dando toda sua vida em prol de um projecto de felicidade.

Que desafios encontram ao abordarem a questão do sacerdócio?

Se muitas e variadas dificuldades são hoje encontradas na abordagem à vocação ao sacerdócio, maior deverá ser a certeza que ela é antes de tudo, um caminho de felicidade, e por isso, uma questão pertinente! Caminho que se traduz em servir uma comunidade concreta, ensinando-a, santificando-a e guiando-a, particularmente pela eucaristia, pela confissão e pela santa unção. Vejamos… Servir, uma vez que, como Jesus Cristo, é chamado a dar totalmente a sua vida em favor do próximo Uma comunidade concreta, porque o amor em abstracto nunca terá força no mundo Ensinando-a, pelo testemunho e pela palavra, como mestre Santificando-a, pela celebração dos Sacramentos E guiando-a, pela caridade pastoral Particularmente pela eucaristia, já que só ele pode realizar o sacrifício eucarístico (sem o qual não existiria Igreja), fazendo as vezes de Cristo, e oferecê-lo a Deus em nome de todo o povo Pela confissão, que permite ao pecador receber, pelo ministro ordenado, o abraço misericordioso de Deus Enfim, que se traduz em assumir de novo criativamente, a sua última e única identidade: servir o sacerdócio de cada cristão, à maneira de Jesus Cristo. E pela santa unção, pela qual o doente recebe uma peculiar Graça de Deus para que não perca o ânimo na aflição, nem venha a fraquejar na fé, pela falta de confiança no Senhor

Se um dos vossos catequizandos hoje vos dissesse que queria ser padre, saberiam como o encaminhar? Dizer-lhe que etapas teria que percorrer? Eis algumas noções… Sabendo que cada vocação é única, assim também cada percurso para a concretizar é único. No entanto, existem alguns pontos em comum. 1º Esclarecê-lo sobre o que significa ser padre 2º Contactar o pároco ou o responsável diocesano pelo pré- seminário, para que o vosso catequizando possa ter alguém que o ajude no seu discernimento vocacional

Todo o jovem precisa de um espaço de discernimento do chamamento: «sinto-me chamado?». Podendo esse discernimento, numa segunda fase, concretizar-se: «sinto-me chamado a ser padre diocesano?» O pré-seminário pretende criar as condições para que estas questões possam ter lugar (ainda no seio da família), por meio de Encontros mensais Experiência dos doze Experiências de voluntariado Experiência de Taizé Estágio Campo de férias Retiros Peregrinações Sensibilização paroquial Sensibilização escolar Encontros mensais com equipa alargada Actividades com SDPV – Espaço D Participação nas actividades do SDPJ

Depois de criadas as condições para as perguntas surge então oportunidade para uma resposta mais séria e efectiva na concretização desse chamamento: os Seminários. Eles são uma continuação na Igreja da mesma comunidade apostólica reunida à volta de Jesus, escutando a Sua palavra, caminhando para a experiência da Páscoa, e esperando o dom do Espírito para a missão.

Que contributos dar como catequista?

Ao aceitarmos o chamamento de Deus para sermos catequistas, aceitamos também ser evangelizadores. Evangelizar implica, em primeiro lugar, convocar e chamar à fé, mediante um “primeiro anúncio” que provoca o despertar religioso (conversão) naqueles que nunca ouviram falar de Deus, que O negaram, ou que simplesmente o ignoraram. Evangelizar implica também iniciar na fé e na vida cristã (com o auxílio da família e do ensino escolar da religião), mediante a catequese e os sacramentos de iniciação, aqueles que se convertem a Jesus Cristo. Evangelizar é, enfim, educar permanentemente à fé, fornecendo aos cristãos iniciados nos elementos de base, o alimento e o amadurecimento constantemente da sua fé, até que atinjam a plenitude da perfeição (felicidade).

Sendo assim, Antes de tudo, a catequese deve apresentar-se como um serviço válido à evangelização da Igreja, encontrando na oração o seu alicerce e tendo uma acentuada característica missionária; Deve anunciar os mistérios essenciais do cristianismo, promovendo a experiência trinitária da vida em Cristo como centro da vida de fé; Deve propor aos catequizandos todos os caminhos de realização vocacional: o sacerdócio, a consagração, o matrimónio ou outra vocação laical. Seguindo o exemplo da catequese patrística, deve formar a personalidade daquele que crê e, portanto, ser uma verdadeira escola de pedagogia cristã; Deve considerar como tarefa prioritária a preparação e a formação de catequistas de fé profunda.

Por todos estes gestos e atitudes, construirão com os vossos catequizandos a felicidade que tanto procuram, pois as suas vidas estarão edificadas sobre a rocha, que é Cristo Jesus!