Sociedade e música popular brasileira

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Transcrição da apresentação:

Sociedade e música popular brasileira A música como manifesto sociocultural Prof. Webster Pinheiro

1. A formação etnicocultural do povo brasileiro Atualmente a população é estimada em cerca de 190 milhões de pessoas. Nossa cultura é produto da intensa miscigenação de indígenas, europeus, africanos, asiáticos, árabes etc, proporcionando uma realidade cultural peculiar, que inclui aspectos dessas várias culturas.

2. História da música popular brasileira O “lundu” é um gênero musical e uma dança brasileira criado a partir dos batuques dos escravos bantos vindos de Angola e de ritmos portugueses. O lundu é considerado por muitos o primeiro ritmo afro-brasileiro, sendo precursor do samba; O “samba” é um gênero musical de raízes africanas. Considerado uma das principais manifestações culturais populares brasileiras, o samba se transformou em símbolo de identidade nacional. O lundu praticado no séc. XVIII, em gravura de Rugendas.

Contudo, o samba era considerado marginalizado Contudo, o samba era considerado marginalizado. Foi somente na década de 30, inclusive incentivado pelo nacionalista período varguista, que Noel Rosa e Ary Barroso levaram o samba para outros grupos sociais com músicas como “Conversa de Botequim” e “Aquarela do Brasil”, Noel Rosa Ary Barroso Carmem Miranda, que, com “Taí” e “O que é que a baiana tem?”, obteve grande sucesso nos Estados Unidos.

A brincadeira do carnaval foi introduzida no Brasil pelos portugueses, provavelmente no século XVI, com o nome de “Entrudo”. Já na Idade Média, costumava-se comemorar o período carnavalesco em Portugal com a presença de grandes bonecos, chamados genericamente de "entrudos". Sua principal característica era o lançamento mútuo de todo tipo de líquidos (até urina)ou pós que estivessem disponíveis. Entrudo, em 1885 Entrudo, em Belo Horizonte, 2002

O termo "Zé Pereira" era usado para qualquer tipo de bagunça carnavalesca acompanhada de zabumbas e tambores, semelhantes ao que chamaríamos hoje de bloco de sujo. O Zé Pereira foi a adaptação, no Brasil, do Entrudo português.

No final dos anos 1950, durante a época da redemocratização pós-Estado Novo, surge nos grandes centros urbanos do Sudeste o “forró pé de serra”, tendo em Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião”, seu maior expoente. No Norte, Pinduca personificou o “carimbó”.

A Bossa Nova, surgiu por volta de 1958, quando João Gilberto revolucionou a interpretação da canção “Chega de Saudade”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Era um estilo considerado elitizado fazendo sucesso junto ao público jovem, sobretudo universitários. Recebeu forte influência do jazz e da música erudita. Vinicius e Tom João Gilberto

A Jovem Guarda, que teve como principais nomes Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléa, Martinha, Paulo Sérgio e Ronnie Von, era uma imitação do rock abordava sempre o comportamento playboy da juventude dos grandes centros urbanos do país. Não trazia nenhuma noção de comportamento político e sofria forte influência dos Beatles. Roberto, Wanderléa e Erasmo

Por outro lado, como fruto da realidade política imposta no país nos idos da década de 1960, desponta um novo estilo musical: a Tropicália. Esse estilo contagiou a juventude engajada nos movimentos estudantis, com forte caráter de politização. As canções de Caetano Veloso, Gilberto Gil e outros nomes carregavam mensagens políticas que incentivavam a luta e a participação da juventude.

A década de 1960 termina sob uma forte tensão, devido à assinatura do Ato Institucional no 5. A partir de então, muitas canções foram censuradas e muitos de seus compositores, exilados. Nessa época, destacaram-se canções como: “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré; “Apesar de você”, “Roda viva”, de Chico Buarque; “Cálice”, interpretada por Milton Nascimento; “Não chores mais”, de Gilberto Gil, dentre outras tantas.

Na década de 1970, destacaram-se as canções “ufanistas”num reflexo da ideologia do “Brasil grande”, exaltado nos dizeres “Brasil: ame-o ou deixe-o!”, ou ainda “Ninguém segura esse país”, engajadas com o “milagre” econômico, do governo Médici. A vitória do Brasil na Copa do México (1970), reforçou essa mentalidade. O país vibrou ao som de “Pra frente Brasil”, hino da campanha futebolística da seleção brasileira naquele campeonato mundial.

Por fim, ante à crescente insatisfação popular com a ditadura, teve início a distensão lenta e gradual, rumo à redemocratização do país. Com a lei de Anistia e o fim da censura, novas canções, como “O bêbado e a equilibrista”, de João Bosco, e “Vai passar”, de Chico Buarque, viravam trilhas sonoras de uma onda que tomava as ruas dos grandes centros urbanos do país: a campanha das Diretas Já!, barrada pela derrota, no Congresso Nacional, da Emenda Dante de Oliveira.

Entre as décadas de 1980 e 1990, houve uma significativa redução dos enredos politizantes, que mesmo assim continuaram a existir nas vozes de Cazuza e Renato Russo. Em “Ideologia”, Cazuza critica justamente o esvaziamento ideológico ocorrido em vários setores da sociedade, numa sociedade já tida como democrática. No mesmo tom, Renato Russo critica a realidade da sociedade em que viveu, citando até mesmo injustiças ocorridas desde o período de colonização até os tempos atuais, como em “Índios”.

A música baiana, popularmente conhecida como “axé”, ganhou espaço na musicalidade brasileira, o que é uma realidade até os tempos atuais, sendo que sua mensagem aborda geralmente coisas do cotidiano das pessoas, sem trazer consigo um conteúdo político-social.