Farmacotécnica Especial

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
soluções DISPERSO DISPERSÃO DIPERSANTE
Advertisements

TENSOATIVO.
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CÉLULA
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS Profª: Marcia Conceição de Souza Silva
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS Profª: Marcia Conceição de Souza Silva
Saneamento Básico COAGULAÇÃO
Como expandir? Incorporação de agentes químicos que se degradam; Incorporação de dióxido de carbono sólido; Incorporação de microesferas expansíveis;
Como pode efectuar-se a extracção do DNA de uma célula?
Álcool gel Turmas Prof. Luiz Antônio Tomaz.
Pomadas Definição: São geles com deformabilidade plástica, que se destinam para seu uso sobre a pele ou sobre as mucosas. Podem conter medicamentos suspensos,
SISTEMA HOMOGÊNEO  UMA ÚNICA FASE
Forma farmacêutica: Suspensão
Polimerização em Emulsão Técnicas de Polimerização
O que você deve saber sobre
Misturas e Substâncias
Estudo dos Sistemas Dispersos
Estudo dos Sistemas Dispersos
Dispersões È a união de duas ou mais espécies químicas
AVALIAÇÃO E MODELAGEM REOLÓGICA DE FLUIDOS DE PERFURAÇÃO BASE ÁGUA
Carboidratos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA ENGENHARIA DE ALIMENTOS
TRATABILIDADE DE EMULSÕES
Colóide Colóides são misturas heterogêneas
Substâncias e misturas de substâncias
Aplicação de Defensivos Agrícolas
Métodos gerais de análise
Métodos gerais de análise
ESTUDOS DAS SOLUÇÕES.
QUÍMICA GERAL UNIDADE 9 – SOLUÇÕES Prof. Cristian Berto da Silveira.
POLÍMEROS CONCEITO Macromoléculas constituídas de unidades repetitivas, ligadas através de ligações covalentes. Moléculas são eletricamente neutras com.
ÉSTERES, LÍPIDES e SABÕES
“Classificação da matéria”
Conceitos Fundamentais Entendendo a composição da matéria
EMULSIFICAÇÃO E HOMOGENEIZADORES
A Base Molecular da Vida Prof(a): Alexsandra Ribeiro
MATERIAIS HOMOGÊNEOS E HETEROGÊNEOS
As substâncias puras podem ser classificadas em: SIMPLES e COMPOSTA
Formas farmacêuticas constituídas em sistemas dispersos heterogêneos
SUSPENSÕES E SOLUÇÕES.
Cápsulas.
Fração fibra.
ESTUDO DAS DISPERSÕES.
3ão – Energia Barreiros Prof. Mariana Falcão
Profa: Nádia Fátima Gibrim
SUBSTÂNCIA PURA & MISTURAS Química Professor: Jair Alberto
Capitulo 13 – Propriedades das soluções
BASES Função Inorgânica.
Substâncias e Misturas
ENGENHARIA BIOQUÍMICA/ BIOQUÍMICA INDUSTRIAL
Pastas, Supositórios e Óvulos
COMPORTAMENTO OPTICO DOS POLÍMEROS
Propriedades das Soluções
Formulações e Formas Farmacêuticas
PINTURA.
Adjuvantes São substâncias adicionadas à formulação herbicida ou à calda herbicida para aumentar a eficiência do produto ou modificar determinadas propriedades.
EMULSÕES.
Matéria Orgânica dos Solos
MATERIAIS POLIMÉRICOS
DISPERSÕES QUÍMICAS Prof. Júlio César.
Prof. ALEXANDRE D. MARQUIORETO
Classificação dos Produtos Cosméticos.
Propriedade das soluções Nomes: João Paulo Bruscadin Nº Rafael Truffa Nº Rafael Truffa Nº
SUBSTÂNCIAS PURAS E MISTURAS
Prof. Fernando Antonio Antunes de Oliveira
Misturas.
Disciplina: X Química Geral I
Sistemas transdérmicos:Pomadas, Pastas, Cremes e Loções
QUÍMICA GERAL E INORGÂNICA
Manipulação de Géis.
Pré-tratamentos do leite:
Álcool gel Turmas 300 Prof. Luiz Antônio Tomaz. Com o surto de casos de gripe A no Brasil, provocada pelo vírus H1N1, a demanda pelo uso de álcool em.
Transcrição da apresentação:

Farmacotécnica Especial GÉIS Profa.Ms.: Larissa Funabashi de Toledo Dias

GÉIS 1 - Introdução Géis ou geléias são sistemas semi-sólidos constituídos de pequenas partículas inorgânicas em suspensão ou por grandes moléculas orgânicas interpenetradas por um líquido.

GÉIS São bifásicos  se as partículas dispersas forem grandes (magma), São monofásicos  quando não se observa limites entre a fase dispersa (macromoléculas sintéticas ou gomas naturais) e a fase contínua (água, óleo, hidroalcoólica). A faixa de concentração usual dos agentes gelificantes situa-se entre 0,5 e 2%.

GÉIS Além do poder gelificante um gel pode conter outros componentes: Umectantes, Conservantes antimicrobianos (der. Parabenos, imidazolidiniluréia), Estabilizantes (EDTA), Filtros solares (benzofenona 4),

GÉIS Agentes antipegajozidade (der.silicones), Alcalinizantes (AMP, TEA, NOH). Terminologia associada a fabricação de géis: intumescimento, embebição, sinérese (% de água liberada), tixotropismo (sol-gel, é uma propriedade coloidal que se carcteriza pela aproximação e afastamento de micelas, formando os estados sol e gel).

2- CLASSIFICAÇÃO E TIPOS DE GÉIS CLASSE DESCRIÇÃO EXEMPLOS Inorgânicos Fase dispersa Geralmente bifásicos Al(OH)3; magma bentonita Orgânicos Geralmente monofásicos Carbopol, tragacanto Hidrogéis Fase contínua Contém água Metilcelulose, alginatos (colóides hidrofílcos) inorgânicos Idem Gel de Bentonita; Veegum® (silicatos) Hidrogéis orgânicos Pectina; CMC; Pluronic F127 Organogéis Fase continua Contém Hidrocarbonetos Plastibase (polietileno+óleo mineral) hidrofílicos PEGs alto PM (Pomada Carbowax)

GÉIS Exemplos de substâncias gelificantes: Der. Celulose, Resinas carboméricas (derivadas do ácido acrílico), Alginatos (der. Do ác. Algínico – algas), Bentonita, Veegum (silicatos de Al e Mg), Dióxido silício coloidal (Aerosil®), Gelatina, Amido, Pectina, Gomas arábica, adraganta, xantana, Poloxameros (co-polímeros de polioxietileno-polioxipropileno).

GÉIS 3 – PREPARAÇÃO   Hidrogéis são liogéis  são constituídos de matérias-primas sólidas que interagem e tem afinidade pela fase contínua (água) e podem ser formados por intumescimento ou por reação química de neutralização.

GÉIS 3 – PREPARAÇÃO   Polímeros solúveis em água têm a propriedade de gelificação térmica (sob aquecimento) enquanto as gomas naturais sob resfriamento (adraganto, pectina, gelatina, amido).

GÉIS 3.1 Formação de géis por intumescimento: der. Celulósicos quando dispersados em água gelificam por inchamento formando estruturas arrendadas com água preenchendo seu interior. O aquecimento do sistema acelera o intumescimento.

3.2 Formação de Géis por Reação Química Quando polímeros ácidos (carbômeros) são dispersos em água, suas estruturas assumem, inicialmente, conformações em hélice: Os sistemas formados por essas estruturas helicoidais e pela água resultam em líquidos viscosos e pegajosos (adesividade), devido ao fato de ainda não formarem esqueleto não podendo ser considerados como gel.

3.2 Formação de Géis por Reação Química Entretanto, após submeter o sistema a uma neutralização, as estruturas se distendem e enrijecem. O gel formado tem estrutura interna linear formando um compartimento que aprisiona a água em seu interior:

GÉIS 3.2 Formação de Géis por Reação Química A técnica de preparo aplicada deve resultar em produto homogêneo. Várias técnicas tem sido apresentadas. Geralmente requer a dispersão do colóide em sistemas água-conservante-umectante sob agitação (ou repouso) com posterior neutralização. Fragrâncias devem ser escolhidas de acordo com sua maior hidrossolubilidade e sua dispersão auxiliada através da adição de solubilizantes.

GÉIS 3.3 Técnica Modificada   Para se fazer esta técnica deve-se saber (descobrir) qual é a quantidade total de álcali necessária para neutralizar o carbômero.

GÉIS 3.3 Técnica Modificada Técnica de Preparo: I . Misturar o propilenoglicol primeiramente com o conservante, homogeneizar; II- Adicionar, sob agitação, toda a quantidade de água; III . Verter toda a quantidade de álcali no sistema; IV . Polvilhar o carbômero agitando; V- Verter os ativos e a essência.

GÉIS 3.3 Técnica Modificada   Quando as partículas de carbômero caem na solução alcalina, elas são desfeitas pela reação química de neutralização, o que acontece em poucos minutos quando o carbômero é novo. Dicas: 1,5% de carbômero pode ser parcialmente neutralizado com 1,2% de trietanolamina ou 0,7% de AMP 95 (caso se queira um valor de pH mais rígido deve-se quantificar a quantidade certa de álcali a ser usada).

GÉIS 3.4 Cremes-Géis A concepção de cremes-géis foi desenvolvida no Japão. A idéia baseia-se em modificar a formulação de um creme clássico em que a porcentagem de ceras é diminuída sensivelmente e a viscosidade é compensada com pequena quantidade de agentes gelificantes.

GÉIS 3.4 Cremes-Géis 3.4.1 Preparo por Neutralização Inicialmente pesam-se os componentes da fase óleo (com menos quantidade de ceras). Em seguida, os componentes da fase água são misturados e o agente gelificante é disperso.  

GÉIS 3.4 Cremes-Géis 3.4.1 Preparo por Neutralização As fases água e óleo aquecidas são misturadas segundo a técnica clássica de emulsionamento Quando o sistema já emulsionou e está morno adiciona-se o álcali na quantidade certa para neutralizar o gelificante.  

GÉIS 3.4 Cremes-Géis 3.4.2 Obtidos por Intumescimento   - Aquecer a 75ºC os componentes da fase óleo; II- Aquecer a 77ºC os componentes da fase água; III- Verter a fase predominante sobre a outra fase; IV- Polvilhar o polímero celulósico (Natrosol®), aos poucos, sobre a emulsão ainda quente e homogeneizar até desengrumar (agitação moderada);

GÉIS 3.4 Cremes-Géis 3.4.2 Obtidos por Intumescimento   - Aquecer a 75ºC os componentes da fase óleo; II- Aquecer a 77ºC os componentes da fase água; III- Verter a fase predominante sobre a outra fase; IV- Polvilhar o polímero celulósico (Natrosol®), aos poucos, sobre a emulsão ainda quente e homogeneizar até desengrumar (agitação moderada);