PROJECTO eTWINNING: PRÉMIOS NOBEL DA LITERATURA Escola Secundária EB3 Dr. Jorge Correia – Tavira PORTUGAL PROJECTO eTWINNING: PRÉMIOS NOBEL DA LITERATURA José saramago - prémio nobel da literatura - 1998 Turma: 10º A2 Professora: Ana Cristina Matias Ano lectivo: 2007/2008

1. O Homem José Saramago

José Saramago Filho e neto de camponeses pobres e sem grande estudos. Seu avô, Jerónimo Meirinho, era pastor e contador de histórias, embora analfabeto. Sua avó, Josefa Caixinha, tinha uma formosura invulgar. Seus avós paternos, João e Carolina, são aqueles que ele “nunca aprendeu a amar”.

José Saramago Sua mãe chamava-se Maria da Piedade. Seu pai, José de Sousa, serviu na I Guerra Mundial, em França. Após o serviço militar, tornou-se agricultor. Mais tarde, foi para Lisboa, onde se tornou polícia.

José Saramago NOME: José de Sousa Saramago NATURALIDADE: aldeia de Azinhaga, concelho da Golegã, Ribatejo, Portugal NASCIMENTO: 16 de Novembro de 1922. Alunas: Sílvia Fernandes e Marina Amorim, 10º A2

José Saramago: região de naturalidade RIBATEJO

José Saramago: região de naturalidade RIBATEJO Região do centro de Portugal que abrange os terrenos da bacia do Tejo, logo tem excelentes aptidões agrícolas. É cortado a meio pelo rio Tejo no sentido NE-SO Região famosa pelos seus bons vinhos, boas pastagens para touros e cavalos, campinos e touradas à portuguesa.

Santarém, capital do Ribatejo José Saramago: região de naturalidade Santarém, capital do Ribatejo

GOLEGÃ José Saramago: concelho de naturalidade Divide-se em duas freguesias: Azinhaga, terra de origem de José Saramago; Golegã, conhecida pela tradicional feira de cavalos.

AZINHAGA José Saramago: terra de naturalidade Freguesia do concelho da Golegã, bastante tradicional e repleta de encantos. José Saramago recorda a sua terra de origem com saudade e alegria, chegando a escrever um livro onde diz isso mesmo e onde lembra a família e amigos que lá permanecem. Alunas: A. Rita Ribeiro e Joana Pereira, 10º A2

A sua Infância/Idade adulta José Saramago A sua Infância/Idade adulta Escritor português laureado com o prémio Nobel da Literatura

O “problema” da sua infância Quando o pai, José da Silva, foi matricular o seu filho na escola, esta foi rejeitada porque o filho não tinha o mesmo nome do pai. O pai de Saramago teve, então, de mudar de nome de José da Silva para José Saramago para que o seu filho pudesse estudar. Quando tinha 3,6 e 10 anos

JOSÉ SARAMAGO: Aos dois anos veio viver com os pais para Lisboa. Aos doze anos, por problemas económicos, teve que transferir-se para uma escola técnica. Só aos onze anos recebe o seu primeiro livro (O Mistério do Moinho), mas aos 18 já frequentava a Biblioteca do Palácio das Galveias e lá lia tudo o que podia.

JOSÉ SARAMAGO: Em 1944, casou com a pintora Ilda Reis, de quem se divorciou em 1970. Em 1947, nasce a filha Violante e publica a “Terra do Pecado” , o seu primeiro romance. Trabalhou como serralheiro, desenhador, funcionário da saúde e da previdência social. Em 1949, escreveu Clarabóia, que foi recusado pela editora.

JOSÉ SARAMAGO:  Em 1966 estreia-se na poesia com Os Poemas Possíveis Em 1970, publica um novo livro de poesia, Provavelmente Alegria.   A partir de 1968, passa a escrever crónicas para jornais, reunindo-as posteriormente em livro: Deste Mundo e do Outro (1971) e A Bagagem do Viajante (1973). Alunos: Diogo Carmo e Helena Martins, 10ºA2

Com o 25 de Abril de 1974, Portugal passa para um regime democrático e Saramago é chamado para trabalhar no Ministério da Comunicação Social. 1975 - É nomeado director-adjunto do Diário de Notícias, mas é despedido a 25 de Novembro. Dedica-se à escrita e à tradução, mas a partir de 1976 já vive exclusivamente do seu trabalho literário.

Muitos foram os livros e os prémios que conquistou, como: 1980- Que Farei com Este Livro? (teatro) e Levantado do Chão (Romance). É-lhe atribuído o Prémio Cidade de Lisboa e o Prémio Internacional Ennio Flaiano, Itália 1982- Recebe dois prémios: PEN Clube Português e o Literário do Município de Lisboa, pelo seu novo êxito, Memorial do Convento. 1985 - Condecorado Comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada. Alunos: Milton Brito e António Kamota, 10ºA2

José Saramago & Pilar del Río María del Pilar del Río Sánchez nunca tinha ouvido falar de José Saramago até ao dia que leu o romance Memorial do Convento (1982). A cada página, pensava para ela que aquele homem tinha um olhar sobre o mundo absolutamente moderno e contemporâneo.

Em Lisboa, aconteceu o primeiro encontro, onde houve uma atracção num princípio intelectual: ambos eram apaixonados pelo poeta Fernando Pessoa. Passado seis meses, reencontraram- se em Sevilha e a relação entre ambos estava mais próxima.

O seu relacionamento com Pilar del Río começou em 1986. Passado dois anos casaram-se. O casamento realizou-se no dia 16 de Julho de 1988, em Castril, na Espanha

Em 1992, foi viver para Lanzarote, Ilhas Canárias (Espanha), porque nessa altura José Saramago ficou desgostoso com as críticas de alguns políticos portugueses à sua obra, nomeadamente, O Evangelho Segundo Jesus Cristo. Como a sua mulher tinha uma casa em Lanzarote, foi para lá viver e escrever com tranquilidade. As alunas: Andreia Domingos e Andreia Sousa, 10º A2

Atribuição do Prémio Nobel a José Saramago 9 de Outubro de 1998 Atribuição do Prémio Nobel a José Saramago

Em 1998, foi atribuído a José Saramago o Prémio Nobel da Literatura pelo conjunto da sua obra que ganhara grande notoriedade após os romances Memorial do Convento e Ensaio sobre a Cegueira, entre outros. No seu discurso, Saramago salientou e agradeceu aos seus avós maternos.

Uma das reacções do escritor José Saramago: «Sou português, não quero nem posso ser outra coisa, mas por circunstâncias várias a minha Pátria cresceu, que é o que mais podemos desejar. ... Não nasci para isto ... O facto de ser Prémio Nobel não significa que seja o único que o merecia em Portugal. Fernando Pessoa merecia mil prémios Nobel.» Hélio Queimado e Tatiana Nascimento, 10ºA2

2. A obra literária 2.1 Contos Objecto Quase (1978) O Ouvido (1979) Saramago tem uma vasta obra. Já publicou contos, romances, poesia, diários e peças de teatro, entre outros. 2.1 Contos Objecto Quase (1978) O Ouvido (1979) A Ilha Desconhecida (1997) A Maior Flor do Mundo (2001)

Objecto Quase Compilação de seis contos: - Cadeira; - Embargo - Refluxo - Coisas - Centauro - Desforra

A Ilha Desconhecida No Conto A Ilha Desconhecida, um súbdito vai à porta das petições do palácio e pede ao rei um barco para ir à procura de uma ilha desconhecida, mas o rei negava a existência de ilhas desconhecidas. Por insistência e boa argumentação, consegue o barco. Parte, então, à descoberta, acompanhado pela mulher da limpeza. Alunos: João dos Santos e Hélio Valente, 10ºA2

2. A obra literária 2.2. Romances

Desde que se dedicou à escrita, Saramago já publicou 14 romances: Terra do Pecado, 1947 Manual de Pintura e Caligrafia, 1977 Levantado do Chão, 1980 O Ano da Morte de Ricardo Reis,1984

A Jangada de Pedra, 1986 História do Cerco de Lisboa, 1989 O Evangelho Segundo Jesus Cristo, 1991

Ensaio sobre a Cegueira, 1995 Todos os Nomes, 1997 A Caverna, 2000

O Homem Duplicado, 2002 Ensaio sobre a Lucidez, 2004 As Intermitências da Morte, 2005

Memorial do Convento Um romance cuja acção decorre no reinado de D. João V ( século XVIII) e que foca a construção do Convento de Mafra, a primeira experiência de navegação aérea pelo padre Bartolomeu Lourenço e duas personagens ficcionais, Baltasar e Blimunda.

O ano da morte de Ricardo Reis Ricardo Reis, heterónimo do famoso poeta Fernando Pessoa, chega a Lisboa, vindo do Brasil, com vontade de rever os seus amigos. Porém, o seu criador , Pessoa, já morrera e ele só tem mais uns meses de vida para poder desfrutar da capital portuguesa. Alunos: Ângelo Leal e Tiago Avô, 10 A2

Diários José Saramago retrata nos seus diários os acontecimentos dos anos em que os mesmos foram escritos. O primeiro foi Cadernos de Lanzarote I, 1994, tendo este continuação até ao V.

Diários Cadernos de Lanzarote I, 1994 Cadernos de Lanzarote II, 1995 Cadernos de Lanzarote III, 1996 Cadernos de Lanzarote IV, 1997 Cadernos de Lanzarote. Diário – V, 1998

Livros de poesia: 1966 - Os Poemas Possíveis 1970 - Provavelmente Alegria 1975 - O Ano de 1993

Esta foi a primeira obra de poesia de José Saramago (1966). Os seus poemas clamam pela liberdade, pela fraternidade e pela luta. Uma luta disfarçada, pois a repressão nos anos sessenta, período salazarista, era severa. Colectânea de poemas de sombra e de luz, de trevas e de mar, de uma certa amargura e tristeza bem portuguesas, mas também de amor.

Poemas de desespero, de alerta, mas também de esperança. Poemas sem rima que os aproximam da prosa, focando o futuro da própria escrita de Saramago. Poemas de desespero, de alerta, mas também de esperança. Alunas: Tânia do Carmo e Verónica Rodrigues, 10º A2

José Saramago já escreveu várias peças de teatro. A noite. (1979)‏ Que farei com este livro? (1980)‏ A segunda vida de Francisco de Assis. (1987)‏ In Nomine Dei. (1993)‏ Don Giovanni, ou o Dissoluto Absolvido, 2005

A acção passa-se na redacção de um jornal em Lisboa, na noite que ficou famosa para a História de Portugal: 24 para 25 de Abril de 1974 A ironia passa também pela história desta noite em que administradores e redactores entram em conflito.

A pergunta é formulada pelo grande poeta português do século XVI, Camões, quase no final da obra, e o livro a que se refere é Os Lusíadas. Esta obra decorre entre a sua chegada a Lisboa, vindo da Índia e Moçambique, e as dificuldades que teve para publicar 'Os Lusíadas‘, uma epopeia de elogio ao povo português.

Nesta peça há uma luta entre a razão e a força. Estamos em 1986, já há computadores, mas muita coisa mudou. "As coisas já não são o que eram", diz a certa altura uma das personagens. "Houve muitas mudanças e nem todas estão à vista."

In Nomine Dei Aluno: Kush Lescrooge, 10º A2 Uma citação da peça: «Entre o homem, com a sua razão, e os animais, com o seu instinto, quem, afinal, estará mais bem dotado para o governo da vida? Se os cães tivessem inventado um Deus, brigariam por diferenças de opinião quanto ao nome a dar-lhe.» Aluno: Kush Lescrooge, 10º A2

Os livros de Saramago já foram traduzidos para 42 línguas e alguns adaptados à ópera e ao cinema.