Risco e Retorno Módulo 7
Risco de Mercado - decorre das condições da economia, que podem fazer os juros, o câmbio, o preço das ações, etc, variar, para mais ou para menos, influenciando seu investimento de forma positiva ou negativa. Além disso, a capacidade de pagamento do emissor do título (ou o lucro desse emissor) também pode variar por conta das condições da economia, prejudicando seu investimento. Risco de Crédito - quando você investe, está emprestando dinheiro a alguém ou aplicando uma quantia em determinado empreendimento e, certamente, correndo o risco de que o tomador dos recursos não honre a obrigação, ou não pague os juros combinados, ou o que empreendimento não renda o esperado.
Risco Legal - está relacionado com eventuais problemas legais que poderão causar problemas no cumprimento das condições pactuadas. O título ou contrato pode ter defeitos jurídicos que impeçam ou dificultem o exercício dos direitos nele estabelecidos, permitindo ao devedor ou tomador não honrar as obrigações assumidas. Por isso é muito importante somente aplicar em investimentos regulamentados, nos quais o risco legal diminui bastante. Risco Operacional - está relacionado com as falhas ocorridas nas operações e negócios do tomador do investimento durante o período em que os recursos aplicados ainda não foram devolvidos. Poderão ser provenientes de problemas nas atividades ou equipamentos de uma companhia, falhas humanas no controle de custos e gerenciamento das quantias aplicadas, má administração dos recursos do emissor, etc.
A racionalidade do investidor Toda avaliação de investimentos tem como ponto chave a ponderação entre risco e retorno.
A racionalidade do investidor Risco pode ser percebido como a possibilidade de perda financeira. É utilizada freqüentemente como sinônimo de incerteza referindo-se a variabilidade de retornos de um ativo. Ex: Investimentos em títulos do governo. Ex: Investimento em empresas de software de paises emergentes.
A racionalidade do investidor Retorno: é o ganho ou perda sofrido por um investimento. Geralmente é expresso em termos do valor investido. Ex: Uma empresa comprou um equipamento eletrônico há um ano atrás por R$ 12.000, e seu valor de mercado atual é de R$ 12.700. Durante o ano o equipamento a utilização deste equipamento gerou uma receita de R$ 500.
A racionalidade do investidor Deste modo podemos calcular o retorno do investimento nesta máquina através da seguinte expressão: FC = Fluxo de Caixa Recebido período P = Preço Retorno= 500 + 12.700-12.000 = 0,10 ou 10% 12.000
Risco de um ativo individual A mensuração do risco de um único ativo pode ser efetuada através dos seguintes mecanismos: Análise de sensibilidade Amplitude: é uma medida pouco sofisticada que relata a diferença entre a maior cotação possível de um ativo e o menor valor esperado. Quanto maior for a amplitude, maior será a variabilidade e conseqüentemente o risco.
Exemplo: amplitude Ativo A Ativo B Investimento Inicial R$ 10.000 Taxa anual de retorno Cenário pessimista (1) 13% 7% Cenário Mais Provável 15% Cenário Otimista (3) 17% 23% Amplitude (3 -1) Um tomador avesso ao risco prefere o ativo A 4% 16%
Distribuição de Probabilidade A probabilidade de um evento corresponde a sua chance de ocorrência. A distribuição de probabilidade oferece uma visão mais quantitativa do risco de um ativo. Podendo ser melhor observada através do gráfico de barras.
Distribuição de Probabilidade Embora os ativos tenham o mesmo retorno mais provável (15%) os retornos do ativo B tem uma dispersão maior do que o ativo A. O ativo B é mais arriscado do que o ativo A.
Risco de um ativo individual O risco de um ativo pode ser mensurado de maneira quantitativa através de medidas estatísticas como o desvio padrão ( ) e o coeficiente de variação(CV).
Desvio padrão De maneira bem simplificada podemos afirmar que o desvio padrão mensura a dispersão em torno de um valor esperado. Este valor esperado corresponde ao valor mais provável, também conhecido como valor médio. Deste modo o primeiro passo para calcular o desvio padrão é conhecendo o valor médio, através do qual a dispersão será calculada.
Desvio padrão Média aritmética Ex: Suponha os possíveis retornos de uma ação nos cenários pessimista, mais provável e otimista. Cenário Retornos Pessimista 10% Mais provável 20% Otimista 24%
Desvio padrão A média aritmética limita-se a soma dos valores divididos pela quantidade de observações. Média = 10 + 20 + 24 = 18 3
Desvio padrão Média ponderada É realizada multiplicando o retorno por sua probabilidade, e somando o valor ponderado. Converter valor percentual em número decimal Cenário Retornos Probabilidade Valor ponderado Pessimista 10% * 0,25 2,5% * Mais provável 20% * 0,50 10% * Otimista 24% * 6% * Retorno esperado 18,5%
Desvio padrão Cenário Probabilidade Retornos Pessimista 0,25 13% Após relembrar o cálculo da média ponderada e aritmética podemos calcular o desvio padrão dos ativos A e B apresentados a seguir. Cenário Probabilidade Retornos Pessimista 0,25 13% Mais provável 0,50 15% Otimista 17% ATIVO A Cenário Probabilidade Retornos Pessimista 0,25 7% Mais provável 0,50 15% Otimista 17% ATIVO B
Retornos Possíveis Probabilidade Retornos Valor Ponderado Ativo A Pessimista 0,25 13% 3,25% Mais Provável 0,5 15% 7,50% Otimista 17% 4,25% Total 1 Retorno Médio 15,00% Ativo B 7% 1,75% 23% 5,75%
Desvio Padrão Kj = valor do retorno na ocorrência j Prj = probabilidade do ocorrência j N = número de ocorrências consideradas
Desvio padrão Ativo A Ki Ki - (Ki- )2 Pri (Ki - )2 x Pri 13% 15% -2 4 0,25 1% 0,50 17% 2 Ativo B Ki - (Ki - )2 (Ki - )2 x Pri 7% -8 64 16% 23% 8