Faixas vegetadas Curva de nível Cultivo em nível Angela Bernardon Anelise Hagemann Driéli Reiner Gabrielli Dedordi Jéssica Faversani Moira Schmeng Ricardo Carnieletto
Faixa de retenção Espaços deixados numa plantação para serem ocupados por um outro tipo de planta, para que a água da chuva não leve as plantas. Por exemplo Em uma plantação de algodão devemos plantar nos espaços da plantação uma outra planta como a cana-de-açúcar para segurar a chuva e não levar a plantação de algodão.
Culturas em faixa de retenção Função: Servir de barreira ao escoamento superficial, proporcionando cobertura parcial da superfície do solo e fracionando a rampa de declive.
Culturas utilizadas Devem possuir as seguintes características : Ciclo longo Parte aérea bem desenvolvida Sistema radicular abundante Permitir adensamento populacional Desenvolvimento rápido Poder ser explorada economicamente
Culturas utilizadas Exemplo: cana-de-açúcar, erva cidreira, gramínea, leguminosas, vegetação espontânea.
Aplicação Áreas com até 6% de declividade com rampas irregulares Com o passar do tempo as faixas passam a ter a função de terraço devido à retenção de materiais (filtro).
Culturas em faixa de rotação São faixas distintas com diferentes culturas que têm como função diminuir a erosividade (d’água) através do parcelamento da rampa com diferentes densidades populacionais de plantas (veloc. de escoamento diferentes), cultivo do solo em épocas diferenciadas (tratos culturais executados em diferentes épocas).
Aplicação Áreas classificadas quanto à capacidade de uso nas classes I e II com declividade até 6%. Em áreas de classes III e IV até 15% de declividade, podem ser aplicadas faixas em rotação com terraceamento.
Manejo As faixas de rotação devem ter um planejamento de rotacionalidade das culturas, ou seja: Classes I e II: Culturas anuais com mecanização intensa (milho e algodão).
Manejo Classe III: Culturas com menor intensidade de mecanização e densidade populacional maior (trigo). Classe IV: Culturas que exigem pouca mecanização (forrageiras e adubo verde).
FAIXA-FILTRO: ESTRUTURA VEGETADA UTILIZADA NA REDUÇÃO DE SEDIMENTOS EM ESCOAMENTO SUPERFICIAL LUDOVICE, M.T.F., ROSTON, D.M., FILHO, J.T., VIEIRA, S.R. Publicação VII Simpósio Nacional de Controle de Erosão Goiânia (GO), 03 a 06 de maio de 2001 VII = 7
Alternativas para o controle de erosão Faixa-filtro vegetada Utilizada na interceptação do deflúvio superficial sendo estabelecida como parte de um sistema de conservação Os trabalhos relatados A faixa-filtro é uma alternativa conservacionista eficiente e tecnicamente viável Defluvio= É o nome que se dá à parcela das águas de chuva que corre sobre a superfície da terra, em direção aos rios.
Trabalho conduzido por Poa radensis L., Pearce et al. (1997) Demonstraram que a eficiência da faixa na retenção de sedimentos está relacionada mais com a sua largura do que com a altura de sua vegetação, ratificando Hoffman (1995) McGregor et al (1999) As faixas vegetadas são altamente efetivas na redução da perda de solo Recomenda mais estudos dessa faixa para determinar sua aplicabilidade em áreas maiores, com grandes volumes de escoamento superficial
Objetivo do estudo Verificar o volume de sedimentos Avaliar a eficácia da faixa vegetada na retenção de sedimentos
Material e Método Nove parcelas durante um mês Com 6% de declividade Três blocos, contendo cada bloco três parcelas de 10 m X 3 m, cultivadas com milho Três parcelas contêm a faixa de 0 m, As outras três, as de 5 m Nas três últimas, as de 10 m Foram cultivadas com milho e suas faixas-filtro semeadas com Braquiária
Material e Método As parcelas foram fechadas por chapas em metal galvanizado O escoamento gerado por chuva artificial Coletado manualmente via tubulação de PVC adaptada nas soleiras, localizadas na parte inferior das parcelas Para evitar possível interferência de chuva natural Construiu-se estufa
Material e Método A intensidade das chuvas simuladas 60 mm/h, aplicados em cada parcela durante 1h e 50 min Simulou-se 4 eventos havendo Interrupção de 5 dias entre os dois primeiros e os dois últimos Um intervalo de 24 h entre o primeiro e o segundo e o terceiro e o quarto As amostras de água foram coletadas manualmente após 5 min do início do escoamento Analisou-e Sólidos Suspensos Totais (SST).
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Variabilidade das Concentrações Médias de Sedimento para cada Largura de Faixa-Filtro em 4 eventos: 14.04.2000, 17.04.2000, 25.04.2000 e 27.04.2000.
Resultados e discussão A variabilidade de SST para a faixa vegetada com largura 0 m é maior que a das faixas de 5 e 10 m As faixas de 5 e 10m não variam muito entre si A concentração de material particulado na parcela sem faixa foi o maior (60,9mg/L).
Resultados e discussão As perdas foram decrescendo à medida que os eventos foram sendo realizados, essa ocorrência era esperada, pois a efetividade da faixa filtro diminui com a deposição de sedimentos na mesma (Barfield et al 1998).
Conclusão As faixas são efetivas na retenção dos sedimentos A eficiência da faixa de 10 m, comprovou que a diminuição da velocidade do escoamento permite a diminuição dos processos erosivos.
Conclusão A utilização da faixa-filtro representa uma excelente estratégia para o controle da erosão do solo, devendo sempre estar associada a outras práticas conservacionistas Demanda, mais estudos para que se possa adequá-la às mais diversas condições naturais do país
Curvas de Nível
Curva de Nível É uma maneira de representar graficamente as irregularidades, ou o relevo, de um terreno É considerada uma linha ou curva imaginaria, ou a linha geométrica no terreno de pontos que tem a mesma cota ou altitude
Curvas de Nível e os Principais Acidentes Geográficos Elevação : superfícies nas quais as curvas de nível de menor valor envolvem as de maior valor
Curvas de Nível e os Principais Acidentes Geográficos Depressão: superfícies nas quais as curvas de nível de maior valor envolvem as de menor valor
Curvas de Nível e os Principais Acidentes Geográficos
Curvas de Nível e os Principais Acidentes Geográficos Espigão: superfície de maior altitude da linha divisória de água
Curvas de Nível e os Principais Acidentes Geográficos Corredor: faixa do terreno entre duas elevações de grande extensão
Curvas de Nível e os Principais Acidentes Geográficos Talvegue: linha de encontro de duas vertentes opostas e segundo a qual as águas tendem a se acumular formando os rios ou cursos d’água
Curvas de Nível e os Principais Acidentes Geográficos Vale: superfície formada pela reunião de duas vertentes opostas, podendo o fundo ser de forma côncavo, de ravina ou chato. As curvas de maior valor envolvem as de menor valor.
Curvas de Nível e os Principais Acidentes Geográficos Dorso: superfície convexa formada pela reunião de dois cumes, podendo ter forma alongada, plana ou arredondada.
Características das Curvas de Nível Todos os pontos de uma mesma curva tem a mesma elevação ou cota Duas curvas de nível nunca se cruzam
Características das Curvas de Nível Duas curvas de nível não podem se encontrar e continuar numa só O espaçamento entre as curvas indica o tipo de terreno quanto ao declive
Características das Curvas de Nível Curvas relativamente afastadas significam terreno pouco inclinado Curvas muito próximas indicam um terreno com declive acentuado
Características das Curvas de Nível Curvas regularmente espaçadas indicam que o terreno apresenta um declive uniforme A menor distancia entre duas curvas de nível representa a linha de maior declive do terreno
Representação de Curvas de Nível Tridimensional
Representação de Curvas de Nível Altimétrica
Classificação do Relevo De posse de uma planta planialtimétrica de um terreno ou região é possível analisar e classificar o relevo Classificação Relevo Plano Com desníveis próximos a zero Ondulado Com desníveis menores que 20m Movimentado Com desníveis de 20m a 50m Acidentado Com desníveis de 50m a 100m Montuoso Com desníveis de 100m a 1000m Montanhoso Com desníveis maiores que 1000m
Locação das Curvas de Nível Locação com Esquadros Calcular a declividade do terreno e após usar tabela para calculo de niveladas ou linhas mestras A demarcação deve ser iniciada a partir da parte mais alta, com alternância de posições do trapézio ou do triângulo, no sentido transversal à linha de declive Os pontos da mesma cota são obtidos pela centralização da bolha no nível de pedreiro ou pela verticalidade dada pelo fio de prumo, e nos pontos nivelados colocam-se piquetes
Locação com Nível de Trapézio Locação com Nível Triangular
Locação das Curvas de Nível Locação com Nível de Mangueira Deve – se alternar réguas graduadas, com a mangueira esticada, procurando os pontos da mesma altitude Que são dados pela coincidência dos níveis de água em cada uma das réguas graduadas, colocando-se varas para orientação dos trabalhos mecanizados
Locação com Nível de Mangueira
Locação das Curvas de Nível Locação com nível de precisão ou teodolito Processo mais preciso Calcular a declividade e o espaçamento entre as niveladas, a partir da parte mais alta Instalar o aparelho no ponto inicial da linha de nível a ser locada, visando uma baliza, colocar uma referência na altura correspondente à visada, efetuada com o fio médio da luneta. Para marcar os outros pontos, o balizeiro caminha de 20 a 30 metros, sempre no sentido perpendicular ao declive, até que o fio médio da luneta do aparelho coincida com a marca feita na baliza
Locação com Nível de Precisão ou teodolito
Curvas de Nível A realização das operações de preparo do solo, de semeadura e tratos fitossanitários deve ser rigorosamente em nível, acompanhando-se “curvas de nível”
Cultivo em Nível
O que é o cultivo em nível? Realizar cultivos em nível significa fazer as operações de preparo do solo, plantio e todas as operações de cultivo no sentido transversal a pendente – cortando o declive -, seguindo curvas de nível – linhas em nível, linhas em contorno, onde uma linha em nível é aquela que possui todos os pontos em uma mesma altura no terreno
Cultivo em nível Objetivo Em uma área cultivada em nível Reduzir a erosão Facilitar os tratos na lavoura Em uma área cultivada em nível As operações são feitas praticamente em nível Fileira de plantas, pequenos sulcos e leiras e restos culturais Formam uma barreira contra a enxurrada diminuindo a sua velocidade e energia Aumentando a infiltração de água
Cultivo em nível Preparo do solo realizado “morro abaixo” Processo erosivo é favorecido e acelerado Sulcos, leiras, linhas de culturas Formam corredores por onde a água desce e adquire velocidade para causar erosão Essa água é perdida devido a pequena taxa de infiltração Levando consigo o lucro do produtor
Cultivo em Nível
Cultivo em nível Cultivo em nível Proporciona Prática básica e simples no controle da erosão Proporciona Maior qualidade e eficiência no estabelecimento de outras práticas complementares baseadas na orientação em contorno
Cultivo em nível Culturas anuais, perenes, pastagens e reflorestamento Implantadas e conduzidas em nível Áreas com declive maior que 4% Uso de práticas conjuntas Culturas em faixas, faixas de retenção, cobertura morta, capinas alternadas, plantio direto, terraceamento, etc.
Cultivo em nível A efetividade do cultivo em nível diminui dos solos argilosos para os arenosos a medida que a declividade do terreno aumenta e das culturas mais densas para as menos densas
Como fazer Inicialmente marcam-se linhas mestras para servirem de guia no traçado das linhas das plantas Estas serão marcadas paralelamente as niveladas básicas, podendo seguir diferentes métodos Paralelas para baixo das niveladas Paralelas para cima das niveladas Paralelas tanto para baixo como para cima das niveladas e Paralelas ora para baixo ora para cima das niveladas
Paralelas para baixo das niveladas As linhas são tiradas paralelamente em relação a nivelada superior, indo terminar na linha nivelada inferior, onde também terminarão as ruas mortas Sistema recomendado para terrenos pouco permeáveis
Paralelas para baixo das niveladas
Paralelas tanto para baixo como para cima As fileiras de plantas são paralelas a partir da nivelada superior e a partir da nivelada inferior até se encontrarem no meio, onde ficarão também as ruas mortas Sistema recomendado para terrenos de permeabilidade média e de topografia acidentada
Paralelas tanto para baixo como para cima
Paralelas ora para baixo ora para cima As fileiras de plantas são tiradas ora para baixo ora para cima, entre as duas niveladas, de forma a fazê-las com caimento num único sentido, rumo a canais escoadouros Sistema recomendado para os terrenos de fraca permeabilidade, onde haja necessidade de prever o escoamento dos excessos da enxurrada
Paralelas ora para baixo ora para cima
Paralelas para cima das niveladas Tem a vantagem de que as ruas mais próximas do nível, junto as linhas básicas inferiores, é que deverão receber maior volume de enxurrada, tornando o plantio em contorno mais eficiente
Paralelas para cima das niveladas
Características da chuva e perdas por erosão sob diferentes práticas de manejo do solo Daniel F. de Carvalho, Eleandro S. da Cruz, Marinaldo F. Pinto, Leonardo D. B. Silva & José G. M. Guerra
Manejo da cobertura do solo e de práticas conservacionistas nas perdas de solo e água em Sumé, PB Abel W. Albuquerque, Francisco Lombardi Neto, Vajapeyam S. Srinivasan & José R. Santos
Preparo do solo em nível O preparo do solo deve ser em nível Não há razão bastante forte Justifique o preparo “morro abaixo” Se houver possibilidade de fazê-lo em nível Se plantio convencional A aração e a gradagem seguem os mesmos princípios
Aração em áreas terraceadas Terraço Não fica pronto nem perfeito logo após a sua construção Com o tempo ele ganha forma e resistência Fica bom após 3-4 anos Mas somente se usado o esquema correto de aração
Aração de áreas terraceadas com arado reversível Deve ser feita Do camalhão do terraço superior para o canal do inferior A terra é jogada para cima Deve ser feita de maneira a alargar o canal do terraço inferior e alargar e levantar o camalhão do terraço superior Deve começar no alto do camalhão do terraço superior e ir descendo Encostando a terra para cima até a margem do canal inferior
Aração de áreas terraceadas com arado reversível
Aração de áreas terraceadas com arado reversível Limpeza do canal Pode ser feita antes, durante ou depois da aração – mas deve ser feita É feita jogando a terra de dentro do canal para cima do camalhão Deve começar no topo do camalhão e ir até a margem do canal jogando terra para baixo Deve-se dar 2 ou 3 seqüências de passadas
Aração de áreas terraceadas com arado reversível
Aração de áreas terraceadas com arado fixo Duas maneiras No 1° ano Deve ser feita de fora para dentro – começar no alto do camalhão do terraço superior e nas margens do canal do terraço inferior e ir fechando para dentro até encontrarem-se A terra é sempre jogada para fora
Aração de áreas terraceadas com arado fixo
Aração de áreas terraceadas com arado fixo Se este sistema for usado por muitos anos seguidos Haverá formação de um sulco no centro da faixa No 2° ano A aração é feita a partir do meio da faixa entre terraços, e vai abrindo para fora, em direção do alto do camalhão, jogando terra para dentro
Aração de áreas terraceadas com arado fixo
Aração de áreas terraceadas com arado fixo Se usado por muitos anos seguidos Provoca problemas Formação de barranco ou degrau na parte inferior do camalhão Para se evitar esses problemas Deve-se alternar esse sistema com o anterior Um ano usa-se um, no ano seguinte o outro
Aração em áreas não terraceadas Primeiro passo Marcar as linhas mestras Elas é que darão orientação ao tratorista Ele movimenta o trator sempre paralelamente, acompanhando essas linhas
Aração em áreas não terraceadas Linhas mestras Podem ser marcadas Nível de pedreiro colocado sobre uma armação de madeira Nível de borracha Nível de engenharia A distância entre uma linha e outra é bastante variável Depois de marcadas é só acompanhá-las
Aração em áreas não terraceadas
Distâncias entre linhas mestras Depende Tipo de solo Textura Topografia Declividade Regularidade Cultura Mais densa ou menos densa Exige mais cultivos ou menos cultivos Mecanização etc. Práticas conservacionistas complementares etc
Aração de áreas não terraceadas com arado reversível É feita entre duas linhas mestras Toma-se uma como guia e vai-se paralelamente a ela realizando as passadas até chegar a outra Pode-se começar tanto na linha de baixo quanto na de cima O ideal é alternar, um ano ara pra cima outro ara pra baixo
Aração de áreas não terraceadas com arado reversível
Aração de áreas não terraceadas com arado fixo 1° - marcar as linhas em nível 2° - trabalhar com faixa de 3 linhas de nível Começar a aração na linha inferior jogando a terra para baixo No final da linha, suspender o arado, voltar arando junto a linha superior jogando a terra para cima No final da linha, suspender o arado e voltar pela de baixo Fechar a aração na linha em nível do meio
Aração de áreas não terraceadas com arado fixo
Observações para melhorar o preparo do solo Na colheita Não queimar os restos culturais, eles devem Ser picados e deixados na superfície Enterrados, com aração, logo depois da colheita Usar na colheitadeira um picador de palha Colher quando o material estiver devidamente seco, para que o picador possa triturar bem a palha
Observações para melhorar o preparo do solo No preparo do solo Iniciar a aração quando a palha estiver seca Evitar o preparo do solo quando este estiver muito úmido Deve-se mudar a cada ano a profundidade de aração – “piso-de-arado” Implementos bem regulados No caso de existência de camada compactada, utilizar subsolagem Nunca realizar o preparo morro abaixo Reduzir ao máximo o número de operações
Plantio de culturas permanentes em nível Antes de começar as alocações Conhecimento da gleba Tipo de solo Grau de erosão Água de fora Formato da gleba Estradas de acesso Implementos existentes Cultura a ser implantada Espaçamento da cultura Tamanho ideal dos talhões
Plantio de culturas permanentes em nível Antes de começar as alocações Carreadores de divisa Largura Carreadores transversais Número Posição Carreadores pendentes Controle de doenças e pragas Práticas de controle a erosão a serem utilizadas
Plantio de culturas permanentes em nível
Plantio de culturas permanentes em nível
Aversão pelos agricultores
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