Estabilidade em Prótese Parcial Removível

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Estabilidade em Prótese Parcial Removível

Introdução Próteses parciais removíveis são aparelhos protéticos que visam substituir os dentes naturais e tecidos bucais ausentes por elementos artificiais, que reproduzam a anatomia e função, devolvendo ao paciente a estética e fonética, proporcionando saúde e conforto e, acima de tudo, protegendo as estruturas remanescentes e restabelecendo o equilíbrio do sistema estomatognático

Objetivo O objetivo protético é melhorar e/ou estabilizar a dentição, ou seja, que ambas trabalhem em conjunto para formar uma unidade funcional estável que garanta um equilíbrio prolongado.

Biomecânica O planejamento e a execução das PPRs devem ser sustentados por conhecimentos que situem os componentes do sistema mastigatório relacionados entre si, através de leis mecânicas aplicadas a fundamentos biológicos

Biomecânica

Estabilidade Estabilização, segundo os princípios da estática – parte da Física que estuda o equilíbrio dos corpos sob a ação de forças – representa a situação de equilíbrio de um sistema e propõe energia potencial suficiente para que este se relacione estaticamente com outro sistema.

Estabilidade Esta é a propriedade que as Próteses Parciais Removíveis devem apresentar para que se mantenham em seu sítio próprio durante os atos fisiológicos do sistema mastigatório, resistindo às forças horizontais e verticais que tendem a deslocá-las.

Biomecânica Estabilidade Engloba uma ação de potencialidade energética instituída para desenvolver uma resistência ao deslocamento da prótese em qualquer sentido e direção os elementos mecânicos que as determinam apresentam uma atuação especifica dentro desses sistemas ou acumulam as funções de ambos Os grampos de oposição fazem parte, essencialmente do sistema de estabilização do dente pilar, e ainda, participam do sistema de retenção Estabilidade Influência de elementos mecânicos e biológicos mais genéricos e numerosos

Componentes Estabilizadores Os componentes estabilizadores de uma armação de uma prótese parcial removível são aqueles componentes rígidos que dão estabilidade à prótese contra os movimentos horizontais A finalidade desses componentes estabilizadores deve ser distribuir esforços equitativamente para os dentes de suporte sem que haja sobrecarga de nenhum desses elementos dentais

Componentes Estabilizadores Bases Protéticas Braço de retenção Braço de oposição Conector maior Conectores menores Apoios oclusal e incisal Planos guia Oclusão Sela e dentes artificiais Dentes na arcada

Bases Protéticas Moldagem Funcional As bases protéticas são as partes de uma prótese parcial removível localizadas nos rebordos residuais desdentados nas quais serão colocados os dentes artificiais É importante tomar vantagens dos tecidos circundantes para melhorar a estabilidade da Prótese Parcial Removível A mucosa oral é capaz de assumir dois tipos de comportamento: o primeiro é passivo e outro é de trabalho. Maior a área coberta pela base menor força incidente por unidade de área Harmonia funcional com os tecidos circundantes Moldagem Funcional

Braço de Retenção É a parte do grampo responsável pela retenção propriamente dita Quando unidos os grampos de retenção rigidamente e bilateralmente entre si pelos conectores, participa, efetivamente do sistema de estabilização.

Braço de Oposição O braço de oposição deve ser planejado de tal forma que produza também a estabilidade da prótese quando esta sofre a ação de esforços horizontais A localização correta e ideal, para que os braços de oposição propiciem o princípio biomecânico de reciprocidade, é que estes devem localizar-se sempre acima ou no máximo até a linha equatorial do elemento de suporte O grampo de oposição, ao se relacionar com o plano guia de inserção, apresenta a função primordial de estabilizar o dente pilar Os grampos de oposição, irão também contribuir para a estabilização da prótese, por apresentarem-se unidos rigidamente pelos conectores

Seleção do grampo O desenho e a fabricação do grampo pode influenciar na direção e magnitude das forças transmitidas no elemento de suporte.

Considerações Biomecânicas (forças) Direção, Duração, freqüência, e magnitude

Conector Maior Unir bilateralmente os retentores diretos e indiretos rigidamente, propondo a estabilização da prótese A rigidez do conector maior é essencial para proporcionar a estabilidade da prótese e para distribuir a força mastigatória, que incide sobre os dentes artificiais, ao maior número de dentes remanescentes, necessariamente usados como pilares Essa união rígida possibilita a transformação dessas forças laterais em forças verticais que são transmitidas aos pilares indiretos, situados distantes da incidência dessas forças

Conectores Menores Transferir o efeito dos retentores, apoios superficiais e elementos de estabilização para todos os componentes das PPR Transferir os esforços da mastigação que incidem sobre os dentes artificiais aos elementos suportes através de selas, barras de união ou conectores e apoios superficiais Direcionar o eixo de entrada e saída da prótese quando funcionam como planos guia Estabilizar o elemento de suporte quando da ação das cargas verticais, transmitidas pelo apoio, impedindo sua inclinação para o espaço protético

Apoios Oclusais Os apoios também funcionam como dispositivos auxiliares na retenção direta e indireta. Esta função esta diretamente relacionada aos aparelhos muco-dento-suportados, isto é, que apresentam extremidades livres ou espaços protéticos muito longos A e B) forças horizontais X) Eixo de rotação C e F) Ligamento periodontal comprimido D e G) Ligamento periodontal esticado

Apoios Oclusais

Apoios Oclusais

Planos Guia Os planos guia são importantes na conservação das estruturas de suporte (plano de inserção) Reduzem as forças de torque nos dentes pilares, fomentado a estabilidade Planos guia unidos regidamente geram estabilidade

Sela e Dentes Artificiais As faces vestibular e lingual dos dentes artificiais e da sela devem integrar-se funcionalmente com as estruturas musculares paraprotéticas, oferecendo ao paciente, além do necessário conforto e comodidade, uma condição de equilíbrio e estabilidade da prótese A superfície basal da sela deve mostrar-se como a cópia negativa do rebordo residual e manter-se sempre ajustada a esse elemento, principalmente nas próteses dento-muco-suportadas, onde a sua ação de suporte minimiza a condição de instabilidade proporcionada pela linha de fulcro que as caracterizam Prevenir desorganização dental, manter dimensão vertical, eficiência mastigatória, fonação, estética

Oclusão Ausência de contatos prematuros Ausência de interferências Dentes artificiais da região posterior de tamanho menor Dentes posteriores da região mandibular deverão ser posicionados sobre a crista Eficiência mecânica (intercuspidação)

Dentes na arcada Acondicionamento (extrusões, espaço inter-maxilar, plano de oclusão) Criar uma relação harmoniosa entre os procedimentos restauradores e os dentes naturais oclusão fisiológica Posicionamento dos dentes na arcada (polígono de apoio) Presença de mobilidade dentária Splinting

Retentores Indiretos A função básica da colocação de retentores indiretos é a de aumentar a área do polígono de apoio visando neutralizar principalmente os movimentos de rotação em torno das linhas de fulcro que se formam nos retentores diretos, podendo levar a trauma dos tecidos circundantes à prótese e torques nos dentes pilares pelo comprometimento da eficiência dos retentores diretos

Planejamento I

Conclusões Para obter êxito no desenho da PPR precisamos conhecimento do relacionamento mecânico e fisiológico da próteses parcial removível e os tecidos orais de suporte (Biomecânica) A PPR pode sim contribuir no tratamento preventivo e restaurador odontológico, sempre que não sejam negligenciados os elementos de estabilidade, saúde periodontal e oclusão. A condição de estabilidade da prótese parcial removível é dependente do número e da distribuição estratégica e bilateral dos retentores diretos e indiretos Para que essa condição se caracterize em toda a sua plenitude, há a necessidade de que esses elementos sejam unidos rigidamente entre si pelo conector maior A classe I de Kennedy (extensão distal mandibular), é a próteses mais difícil de conseguir estabilidade

Conclusões Os sistemas de estabilização e retenção das PPR´s apresentam total interdependência por se tratarem de entidades físicas análogas, diferenciando-se apenas na orientação das resistências de forças programadas para efetiva-las O sistema de estabilização é o mais importante e amplo, no funcionamento da PPR e os conceitos de biomecânica Baixo condições favoráveis a PPR pode ser utilizada na reabilitação oral sem correr risco de danificar o sistema mastigatório. O conhecimento dos elementos de estabilidade nos permitem planejar e executar próteses perfeitamente integradas aos componentes biológicos do sistema mastigatório