O MILAGRE ECONÔMICO BRASILEIRO Administração – 3° Semestre

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O MILAGRE ECONÔMICO BRASILEIRO Administração – 3° Semestre SEMINÁRIO DE ECONOMIA BRASILEIRA O MILAGRE ECONÔMICO BRASILEIRO Administração – 3° Semestre Prof°. Juvenal Anna Paula Wehner Karen Silva de Oliveira Leandro Roveri Marcos Alexandre Rodrigues Regina Theofilo Yu Ching Ching Outubro de 2009

O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 Expansão da Economia Financiamento Externo Itens Abordados Dívida Externa X Reservas Internacinais Questão Social Exílio - Censuras

O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 O Milagre Econômico Brasileiro Período de 1968 – 1973 comandado pelo General Emílio Garrastazu Médici. O governo considerado o mais repressivo do Brasil, composto por intenso crescimento do PIB e da produção industrial. Implementação da campanha publicitária "Brasil, ame-o ou deixe-o“. Crescimento econômico recorde, inflação baixa e projetos desenvolvimentistas como a Transamazônica e Ponte Rio-Niterói e grandes incentivos fiscais à indústria e à agricultura, construção de importantes rodovías. Conclusão do acordo com o Paraguai para construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Forte presença de capital estrangeiro como forma de investimentos e empréstimos.

O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 O Milagre Econômico Brasileiro Na área social, criação do PIS (plano de integração social), PRORURAL (benefícios de aposentadoria e assistencia saúde), MOBRAL (alfabetização de adultos), início do Projeto Rondon (melhoria nas condições de vida da Amazônia). Na área política destacou-se pela eliminação das guerrilhas de esquerda rurais e urbanas, manifestações populares, reivindicações salariais por trabalhadores. Apesar do crescimento econômico, o governo Médici foi marcado pelo aumento da miséria no Brasil e do aumento da concentração de renda. Como consequencia da presença de capital estrangeiro, a crise. Aumento da mortalidade infantil, falta de abastecimento de água, 65% da população da época apresentava quadros de desnutrição.

Crescimento Anual das Exportações Mundiais O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 A Expansão da Economia Adoção de uma política monetária expansiva, aumentando o crédito no setor privado, estimulando a produção para o mercado interno e externo. As políticas monetárias e créditos aplicados por Delfim Netto, durante o milagre econômico, foram fortemente expansionistas. Crescimento Anual das Exportações Mundiais Período % 1720-1820 0,9 1820-1970 4,2 1913-1950 1,1 1950-1985 5,8 1950-1973 7,3 1973-1985 3,3

Índice de Liquidez Real O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 A Expansão da Economia Índice de Liquidez Real Trimestres Ano 1° 2° 3° 4° 1960 8 11 6 5 1961 12 4 3 1 1962 -6 1963 -9 -12 1964 2 -7 1965 9 17 30 42 1966 21 -17 1967 -5 10 18 20 1968 1969 15 1970 7 1971 1972 1973 14 23 1974 22 -1

Desempenho da Agricultura O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 A Expansão da Economia Desempenho da Agricultura Período 1932-1976 1962-1976 1967-1976 Produção de exportáveis 4,26 6,26 9,09 Produção de domésticos 4,44 4,00 3,32 Produção total 4,58 4,80 5,11 Após o movimento militar, os gestores da política econômica procuraram criar uma nova estrutura para a política agrícola brasileira, visando a promoção de um forte processo de modernização agrícola do país, com o crescimento da produtividade do setor.

Crescimento da Indústria O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 A Expansão da Economia Crescimento da Indústria Indústria 1965-1967 1967-1970 1970-1973 1974-1977 I Bens de consumo 4,8 11,6 12,3 4,5 1 Duráveis 13,4 21,9 25,5 5,5 1.1 Transporte 13,1 23,9 24,5 -1,0 1.2 Elétricos 13,9 17,4 28,0 16,0 2 Não duráveis 3,6 9,7 9,1 4,2 II Bens de produção 13,7 15,7 8,6 1 Capital 22,5 8,4 2 Intermediários 10,8 13,2 8,7 Total 6,8 12,6 14,0 6,6

O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 Financiamento Externo Período classificado como crescimento conduzido por endividamento externo. O capital externo que entrou no país sob a forma de empréstimos teria sido fundamental no financiamento desse crescimento. A economia brasileira foi capturada, juntamente com várias outras economias, num movimento geral do capital financeiro internacional em busca de oportunidades de valorização. A dívida externa é uma das conseqüências das relações econômicas do país com o resto do mundo.

O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 Financiamento Externo Ano Divida Externa Bruta Reservas Internacionais 1960 3,1 0,3 1961 0,5 1962 3,2 1963 0,2 1964 1965 3,5 1966 3,7 0,4 1967 3,4 1968 3,8 1969 4,4 0,7 1970 5,3 1,2 1971 6,6 1,7 1972 9,5 4,2 1973 12,6 6,4 1974 17,2 1975 21,2 4,0 1976 26 1977 32 7,3 1978 43,5 11,9 1979 49,9 9,7 1980 53,9 6,9 1981 61,4 7,5 Evolução da Dívida Externa Bruta e das Reservas Internacionais (US$ Bilhões)

Dívida Externa Brasileira (US$ Bilhões) Dívida Externa Líquida O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 Financiamento Externo Dívida Externa Brasileira (US$ Bilhões) Ano Divida Externa Bruta Dívida Externa Líquida 1965 3,5 3,2 1966 3,7 1967 3,4 ,3,1 1968 3,8 1969 4,4 1970 5,3 4,1 1971 6,6 4,9 1972 9,5 1973 12,6 6,2

O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 Questão Social O crescimento durante o milagre econômico trouxe grandes benefícios para as classes de maior renda, incluindo a classe média assalariada. Registrou-se aumento dos acidentes de trabalho, conseqüência das horas extras e da grande intensidade de trabalho. Cresceu o número de pessoas empregadas por família. As conseqüências da política de exclusão social desse período foram dramáticas e podem ser sintetizadas no agravamento das condições de saúde da maioria da população, que se deteriorou, ocorrendo epidemias como a meningite, e no fato de voltarem a crescer as taxas de mortalidade infantil em todo o país. Milagre Econômico Brasileiro, um intenso crescimento da acumulação capitalista beneficiado por altíssimas taxas de lucro, resultantes da compreensão dos salários dos trabalhadores, de maneira tão exagerada que chegou a ameaçar a continuidade do processo de crescimento do país.

O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 Exílio – Censura - Torturas O governo de Medici é considerado o mais duro e repressivo do período, conhecido como " anos de chumbo ". A repressão à luta armada cresce e uma severa política de censura é colocada em execução. Jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística são censuradas. Muitos professores, políticos, músicos, artistas e escritores são investigados, presos, torturados ou exilados do país. O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e ao Centro de Operações de Defesa Interna ) atua como centro de investigação e repressão do governo militar. Os músicos brasileiros, na época da ditadura, tentavam expressar o que sentiam através da letra de suas músicas. Não havia liberdade de expressão e, por isso, as canções populares brasileiras eram censuradas e os cantores mais ousados sofriam perseguição, eram exilados, torturados e até mortos. O principais nome dessa conturbada fase são Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Geraldo Vandré. A música “Pra não dizer que não falei das flores” é considerada o hino nacional contra a ditadura.

O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 Exílio – Censura - Torturas As torturas, buscavam respostas a partir do sofrimento corporal insuportável, provocam a discórdia entre o corpo e a mente. As principais formas de tortura usadas na ditadura são o pau-de-arara, choque elétrico e afogamento. Pau-de-arara: tortura para aqueles que sofreriam interrogatório. Nessa posição, levavam choques, eram espancados e afogados. Afogamento: consistia na prática de colocar uma mangueira de água corrente pela boca e outra pelas narinas, as quais era obrigado a respirar uma vez que recebia choques elétricos. Choque: eletrochoques dados com telefone de campanha, com fios longos ligados ao corpo, normalmente aplicado nas partes sexuais, dedos, língua e orelhas.

O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 Fases do Milagre Fases do Milagre Econômico, A estratégia de desenvolvimento; Gestão do projeto nacional - Brasil Grande Potência; O modelo "agrícola-exportador“, A execução da política econômica: 1970-1973; A administração do "milagre": 1970-1971; Política monetária: crédito e juro; Política fiscal: financiamento do capital de giro a custo zero; Os fundos PIS/PASEP e a melhoria das condições de crédito; Mudanças operacionais na política monetária; Incentivos às exportações de manufaturados; Apoio "estratégico" à agricultura: incentivos à elevação de produtividade; Política industrial: Plano Siderúrgico Nacional, incentivos ao investimento e à indústria de bens de capital; A conjuntura 1972-1973 e as contradições da política econômica do "milagre"

O Milagre Econômico Brasileiro 1968 - 1973 Título do tema do slide