Interferências clínicas envolvendo dosagem de glicose

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HIPERGLICEMIA E HIPOGLICEMIA
Transcrição da apresentação:

Interferências clínicas envolvendo dosagem de glicose HIPERGLICEMIA / HIPOGLICEMIA GLICOSÚRIA

Glicemia é a quantidade presente de açúcar no sangue, substância que serve para manter o organismo funcionando durante todo o dia, sendo a principal fonte de energia para todas as células e tecidos do corpo humano.

HIPERGLICEMIA Primeiros sinais: . Sede excessiva . Fadiga . Fraqueza Características: Está diretamente relacionada a não produção ou transporte ineficiente da insulina, que é um regulador da glicose e faz com que o indivíduo se torne diabético. Sintomas mais frequentes: . Perda de peso . Urina com glicose A hiperglicemia é verificada quando o nível de açúcar é maior de 100 mg/dia entre as refeições e 140 mg/dia ou mais logo após as refeições.

HIPOGLICEMIA Primeiros sinais: .Desidratação . Sonolência . Palidez . Tonturas . Tremores . Dificuldade para se concentrar . Em quadros mais graves de hipoglicemia os sintomas podem ser : fome, dor de cabeça intensa, formigamento dos membros, convulsão e coma.

Tanto a hiperglicemia como a hipoglicemia pode acontecer diariamente no organismo e não causam sérias complicações, entretanto, em indivíduos com diabetes a hiperglicemia ou a hipoglicemia podem levar ao óbito. Tratamento: Hiperglicemia - Realizar exames de glicemia – Ter dietas equilibradas - Praticar exercícios físicos Hipoglicemia - Se hidratar - Comer a cada 3 horas.

Diabetes Diabetes tipo 1 ou insulinodependente, diabetes infanto-juvenil e diabetes imunomediado. A produção de insulina do pâncreas é insuficiente pois suas células sofrem o que chamamos de destruição autoimune. Os portadores de diabetes tipo 1 necessitam injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais. Há risco de vida se as doses de insulina não são dadas diariamente. O diabetes tipo 1 embora ocorra em qualquer idade é mais comum em crianças, adolescentes ou adultos jovens.

Diabetes Diabetes tipo 2 ou não insulinodependente ou diabetes do adulto (90% dos casos de diabetes). Ocorre geralmente em pessoas obesas com mais de 40 anos de idade embora na atualidade se vê com maior frequência em jovens, em virtude de maus hábitos alimentares, sedentarismo e stress da vida urbana. Neste tipo de diabetes encontra-se a presença de insulina, porém sua ação é dificultada pela obesidade, o que é conhecido como resistência insulínica, uma das causas de HIPERGLICEMIA. Por ser pouco sintomática o diabetes na maioria das vezes permanece por muitos anos sem diagnóstico e sem tratamento o que favorece a ocorrência de suas complicações no coração e no cérebro.

Diabetes Diabetes Gestacional Presença de glicose elevada no sangue durante a gravidez. Geralmente a glicose no sangue se normaliza após o parto. No entanto, as mulheres que apresentam ou apresentaram diabetes gestacional, possuem maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 tardiamente, o mesmo ocorrendo com os filhos.

EXAMES PARA DETECÇÃO DE DIABETES O exame mais comum para medir o nível de glicose no sangue chama-se Glicemia de Jejum. É um teste feito através do sangue venoso. Resultado normal – Variável entre 70 até 110 mg/dl. Se o resultado ficar em torno de 110 a 125 mg/dl, o indivíduo é portador de glicemia em jejum inapropriada. Assim, torna-se necessário à realização do exame conhecido como “Teste Oral de Tolerância à Glicose”. Ocorrendo um resultado igual ou acima de 126 mg/dl, em pelo menos dois exames consecutivos, fica então confirmado o diagnóstico de Diabetes Mellitus. Já com uma glicemia superior a 140 mg/dl, mesmo sendo recolhida a qualquer hora do dia, já se confirma o diagnostico do diabetes.

Preparo Especial para o Exame de Glicemia de Jejum Para se submeter ao teste, é preciso permanecer em estado de jejum por pelo menos 8h. O que não acontece com o teste aleatório. No entanto, para se preparar à curva glicêmica, outros cuidados serão necessários. Manter uma dieta habitual sem restrição de carboidratos (massas, açúcar, doces), nos três dias antecedentes ao exame. É necessário também manter as seguintes atividades: Realizar o exame em período matutino, em estado de jejum entre 8 e 12 horas; Interromper qualquer medicação que possa interferir no metabolismo de carboidratos; Manter repouso e jamais fumar durante o teste.

Teste Oral de Tolerância à Glicose Em laboratório médico, a pessoa com suspeitas de diabetes ingere 75g de glicose diluída em água. Após duas horas de espera, é feita a coleta de sangue para medir a taxa de glicose. No caso do resultado apresentar uma glicemia igual ou superior a 200 mg/dl, considera-se o indivíduo como portador de diabetes. Se a glicemia estiver entre 140 e 199mg/dl, então o diagnóstico é de intolerância glicídica (pré-diabetes).

CURVA GLICÊMICA O exame da curva glicêmica é feito da seguinte forma: Inicialmente é feita a coleta de sangue em jejum. Depois é dado ao paciente um vidro com conteúdo açucarado que deve ser bebido imediatamente. Após 1, 2 e 3 horas é feita a retirada de uma pequena quantidade de sangue que é então avaliada em laboratório. Recomenda-se que o exame seja feito em jejum de 8 horas. E durante o exame não deve-se comer, nem beber nada, sendo necessário ainda ficar de repouso, sentado relaxadamente. Valores de referência para a curva glicêmica Os valores de referência da curva glicêmica são: Inicial: 95mg/dl. Após 1 hora: 180mg/dl. Após 2 horas: 155mg/dl. Após 3 horas: 140 mg/dl. O diagnóstico de diabetes é dado quando em dois dias diferentes os valores máximos são ultrapassados.

HEMOGLOBINA GLICADA OU GLICOSILADA Os glóbulos vermelhos do sangue renovam-se a cada 2 ou 3 meses. A hemoglobina glicosilada ou glicada, também conhecida como A1C, é um teste que permite a medição da quantidade de glicose que se combinou com a hemoglobina de forma irreversível. Esse exame permite medida aproximada do controle do Diabetes nos últimos 2 ou 3 meses. As médias da glicose no sangue se refletem na quantidade de glicose agregada à hemoglobina. Se a glicose do diabético estiver alta nos últimos 2 ou 3 meses (hiperglicemia), teremos mais quantidade de glicose na hemoglobina. Se estiver baixa (hipoglicemia), teremos menos camadas de glicose agregada. O controle diário da glicose é sempre necessário, e o teste de Hemoglobina Glicada não o substitui. É importante realizar o teste sempre no mesmo laboratório, pois os valores podem variar de acordo com o método utilizado. De acordo com a Associação Americana de Diabetes, todo paciente diabético deve fazer o teste pelo menos duas vezes ao ano. O ideal é manter seu A1C menor do que 7 (4.5 a 6.5%).

Teste Oral para Gestantes É importante que todas as mulheres grávidas acima de 25 anos, não obesas e sem histórico de diabetes na família, sejam testadas. Deve-se realizá-lo entre a 24ª e a 28ª semanas de gestação. Primeiramente, o teste consiste na ingestão oral de uma dose de 50g de glicose. O sangue será colhido nos tempos basal e 60’. Os resultados normais são até 80mg/dl e 140mg/dl, respectivamente. Resultados superiores a esses valores, determinam a realização de novo teste com a ingestão de 75g de glicose, e avaliação da glicemia nos mesmos tempos. Considera-se com Diabetes, as mulheres que apresentem glicemia maior que 126mg/dl, no tempo basal, ou igual ou maior que 200mg/dl.