QUEM SÃO OS ALUNOS E ALUNAS DA EJA? ADRIANA, DAIANY, FERNANDA BEATRIZ E MARIA LUIZA – PEAD/UFRGS DORIS MARIA LUZZARDI FISS – Orientadora – PEAD/UFRGS O devido trabalho trata de uma pesquisa realizada com alunos do EJA, durante o segundo semestre de 2009, numa escola localizada em um bairro da periferia de São Leopoldo. Nossa pesquisa tem como objetivo a caracterização sócio-demográfica, sócio-cultural e sócio-cognitiva dos alunos e alunas da EJA na cidade de São Leopoldo. Para a coleta de dados, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com os alunos do EJA, além de diálogo com os professores e supervisora da escola. A EJA conta com mais ou menos 110 alunos com idades entre 15 e 64 anos. Esta faixa etária bem diversificada tem aspectos positivos e negativos, visto que há disparidade de ritmo, ideais e postura entre jovens e adultos. Enquanto os adultos procuram correr atrás do tempo perdido, tentando conciliar família, trabalho e estudo, a maioria dos jovens ainda estuda por cobrança da família ou para conseguir um emprego, que exige que eles estejam frequentando a escola. A escola fica localizada em um bairro da periferia de São Leopoldo onde residem muitas famílias que vieram de cidades do interior do Estado e até do Paraná, em busca de trabalho e melhores condições de vida. Com esta perspectiva, muitos alunos veem na escola um modo de inserção na sociedade em termos culturais ou como forma de qualificação na busca de melhores empregos. Boa parte dos educandos são casados ou vivem em união estável e muitos deles/delas, embora jovens, já têm filhos. Constatou-se que um grande número de alunos trabalha em pequenas indústrias com carga horária de, no mínimo, 8 horas diárias. O salário recebido não ultrapassa três salários mínimos. Outra parcela dos sujeitos entrevistados trabalha em empregos informais, sem carteira assinada e sem garantia de direitos trabalhistas. Em função disso, muitos veem a volta a escola como uma forma de modificar esta situação, pois o mercado formal exige cada vez mais estudo e qualificação dos profissionais. REFERÊNCIAS Parecer CEB no 11/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e AdultosParecer CEB no 11/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Relator: Carlos Roberto Jamil Cury OLIVEIRA, Marta Kohl. Jovens e adultos como sujeitos do conhecimento e aprendizagem. Contudo nossa pesquisa pode transpor a realidade do educando do EJA, indivíduos preocupados com o futuro e necessitados de muita compreensão por parte de nós educadores. A partir da articulação entre os dados coletados na pesquisa e leituras realizadas de textos de Marta Kohl de Oliveira e Carlos Roberto Jamil Cury, foi possível caracterizar os alunos da EJA numa região da cidade de São Leopoldo da seguinte maneira: trabalhadores, idade avançada em relação à série que estão cursando, com família e com expectativas imediatistas em relação à escola. Eles/Elas percebem a escolarização como uma forma de ampliar seus ganhos ou alcançar melhores posições dentro do mercado de trabalho. Meninas, o material está muito bom. No entanto, farei algumas sugestões: 1) buscar elementos nos autores mencionados a fim de avançar na reflexão, trazendo o que eles dizem a respeito do assunto e que têm relação com as descobertas de vocês. Podem ser citados pequenos trechos dos textos desses autores; 2) retirar a frase abaixo, porque ela ficou um pouco deslocada; 3) no quadro acima, em que vocês apresentam os resultados, tentar traduzi-los em números percentuais. Em outras palavras, quando falam que muitos alunos veem na escola um modo de inserção na sociedade em termos culturais, se trata de quantos alunos dos entrevistados (15%/, 35%?). Quando falam que outros a veem como forma de qualificação na busca de melhores empregos, quantos constroem essa representação (22%?, 47%?) e assim por diante; 4) sugiro quer procurem uma imagem mais relacionada à EJA.