Modernismo no Brasil profª sandra.

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Transcrição da apresentação:

Modernismo no Brasil profª sandra

Foi um amplo movimento cultural que repercutiu fortemente sobre a sociedade brasileira na 1ª metade do século XX, sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas. O movimento no Brasil foi desencadeado a partir da assimilação de tendências culturais e artísticas lançadas pelas vanguardas europeias no período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial, como o Cubismo e o Futurismo.

Começou em 1917 – Anita Malfatti fez, no Brasil, sua 1ª exposição com obras Expressionistas e Cubistas.

Exposição de Anita Malfatti – tinham 53 trabalhos (figuras), na Casa Mappin. Da esquerda para a direita O homem amarelo, A mulher de cabelos verdes e A estudante russa.

Futurismo

Dadaísmo

Dadaísmo

Essa exposição provocou a ira de Monteiro Lobato, então crítico do jornal O Estado de São Paulo, que publicou um artigo crítico “Paranoia ou Mistificação”, fazendo com que os modernistas se unissem a Anita Malfatti, que ficou famosa na época. Esses modernistas planejaram uma Semana de Arte Moderna, que aconteceu somente 5 anos depois, no Teatro Municipal de SP, de 11 a 18 de fevereiro de 1922.

A literatura, como um todo, estava representada por Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Ronald de Carvalho, Graça Aranha, Guilherme de Almeida, Menotti del Picchia e Ribeiro Couto; a música, por Heitor Villa-Lobos e Guiomar Novaes; na escultura, por Victor Brecheret; na pintura, por Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Tarsila do Amaral. Essa semana foi considerada por Mário de Andrade como uma “baita sacudidela nas artes nacionais”.

Capa de Di Cavalcanti para o catálogo da Semana de Arte Moderna

Anárquicos, inovadores, demolidores, os “futuristas” brasileiros mostraram, no Teatro Municipal de SP, a arte nova, moderna, que deixou a cidade boquiaberta. Os jornais desmoralizaram o que lá estava acontecendo: “Precisa-se de um moço honesto que saiba fazer versos futuristas. Exige-se atestado de ignorância”. Na Semana, Ronald de Carvalho leu a poesia “Os sapos”, de Manuel Bandeira (sátira à poesia “Profissão de Fé”, de Bilac);

Mário de Andrade leu, nas escadarias do Teatro, trechos de seu livro A escrava que não é Isaura; houve uma série de acontecimentos inesperados, risos, piadas, latidos na plateia. Quando Menotti del Picchia iniciou sua conferência, houve relinchos, miados, vaias, gritos, latidos. Junto dele, estavam vários “futuristas”, mas foram hostilizados. Para tentar amenizar, Guiomar Novaes e Villa-Lobos executaram algumas músicas. Depois, houve algazarra e até brigas.

A Semana de Arte Moderna fez um pequeno escândalo na cidade de SP, porém tudo voltou ao normal. O evento projetou-se como um momento transformador da linguagem literária e nas artes em geral. Seu caráter renovador, comprometido com a crítica, a experimentação, a carnavalização, deu um fôlego novo ao que era passadista. “Maluquice, imprevidência é o que foi.[...] Oh! Semana sem juízo. Desorganizada, prematura. Irritante. Precipitada. Divertida. Inútil”. (Mário de Andrade)

A Revista Klaxon Klaxon quer dizer buzina, aquelas de som ardido, do início do século XX, tocadas à mão, situadas na parte exterior do carro. Pedem passagem, mostram quem está chegando. Assim, Klaxon chegou em maio de 1922, como um dos primeiros desdobramentos da Semana de Arte Moderna. Inovadora, com design luxuoso, teve 9 números (durou 9 meses), com linguagem renovadora.

São Paulo, na época, era a 4ª capital mais populosa do país; tinha sua linha de bondes, conhecidos como “camarões”, que percorriam 13 km (início do século XIX), inclusive, ganharam até marchinhas famosas e, em 1901, havia 4 automóveis X 5000 carroças e carros de bois nas ruas; começaram a aparecer muitos edifícios e avenidas novas foram abertas para atender às mudanças do novo padrão urbano de consumo e comportamento social e econômico.

Cinemas foram construídos e teatros que abrigassem, à maneira europeia, a burguesia paulistana. A modernização veio com o capital inglês, que propiciava o serviço de bondes, gás, água e energia elétrica. Quem fornecia toda a infra-estrutura para a urbanização de SP era a companhia inglesa Light. A exportação de café patrocinava um modo de vida europeu aos burgueses, em contraste com os populares, com situação econômica difícil, que eram 75% da população.

As novas linguagens modernas colocadas pelos movimentos artísticos e literários europeus foram, aos poucos, assimiladas pelo contexto artístico brasileiro, mas colocando como enfoque elementos da cultura brasileira. Considera-se a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em 1922, como ponto de partida do Modernismo no Brasil. Porém, nem todos os participantes desse evento eram modernistas: Graça Aranha, um pré-modernista, por exemplo, foi um dos oradores.

Não sendo dominante desde o início, o Modernismo, com o tempo, suplantou os anteriores. Foi marcado, sobretudo, pela liberdade de estilo e aproximação com a linguagem falada, sendo os da primeira fase mais radicais em relação a esse marco. Didaticamente, divide-se o Modernismo em três fases:

*A primeira fase (1922-1930): fase de implantação ou heroica, de resistência; foi demolidora, mas renovou a mentalidade artística no país, cheia de irreverência e escândalo; *A segunda fase (1930-1945): fase de consolidação, mais amena, que formou grandes romancistas e poetas; *A terceira fase: também chamada Pós-Modernismo por vários autores, que se opunha de certo modo a primeira e era por isso ridicularizada com o apelido de Parnasianismo.