HANSENÍASE.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Ricardo Alexandre G Guimarães
Advertisements

Tumores cutâneos.
FISIOTERAPIA NA HANSENÍASE
Polineuropatias Periféricas
Doenças sexualmente transmissíveis
HANSENÍASE Sensibilização
HANSENÍASE.
Marco Andrey Cipriani Frade Professor Doutor Dermatologia – FMRP - USP
CASO CLÍNICO Masculino, branco, 44 anos, frentista, reside em Curitiba há 14 anos Encaminhado do dermatologista por apresentar parestesias QP: amortecimento.
HANSENÍASE COMPONENTES: JOSANE GOMES ITAIARA PEREIRA KELLY SHABRINA
POLINEUROPATIA PERIFÉRICA
Exame Dermato- neurológico e Prevenção de complicações da Hanseníase
região posterior do antebraço
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS DE CURVELO - FACIC
Neuropatia Hansênica.
ALUNOS: ANDRÉ FELIPE MAGALHÃES GABRIELA SILVA DETRANO RODRIGUES
AVALIAÇÃO CLÍNICA DO PÉ DIABÉTICO Autores:
Tratamento das Reações : O que devemos e o que podemos fazer.
Incapacidade física e participação social em pessoas acometidas pela hanseníase após alta da poliquimioterapia Igor Eli Balassiano Natalia Regina.
X Insuficiência terapêutica recidiva em hanseníase multibacilar
Doenças Bacterianas Carol 1º ano EM.
HANSENÍASE UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Hanseníase Dra. Nadia Almeida CRE Metropolitano – Curitiba PR.
Hanseníase Virchowiana
FUNÇÃO NEURAL Capacitar os treinandos a:
Informe sobre a situação da Hanseníase no Paraná
Informe sobre a situação da Hanseníase no Paraná Maria Elizabet Lovera Consultor do Grupo Tarefa -Hanseníase MS/UNESCO– PR.
Informe sobre a situação da Hanseníase no Paraná Maria Elizabet Lovera Consultor do Grupo Tarefa -Hanseníase MS/UNESCO– PR.
Informe sobre a situação da Hanseníase no Paraná Maria Elizabet Lovera Consultor do Grupo Tarefa -Hanseníase MS/UNESCO– PR.
Informe sobre a situação da Hanseníase no Paraná Maria Elizabet Lovera Consultor do Grupo Tarefa -Hanseníase MS/UNESCO– PR.
SITUAÇÃO DA HANSENÍASE
DOENÇAS BACTERIANAS Prof. Ana Luiza Nunes.
Hanseníase Acadêmicos :Aline Rosa, Andrielly Caliare , Fabiana Rezer, Rodrigo Rios.Rosana Rodrigues de Santana, Poliany Medeiros , Karen De Sousa Rodrigues.
AVALIAÇÂO DOS COMUNICANTES DE HANSENÍASE
Doenças de pele.
HANSENÍASE DIAGNÓSTICO CLÍNICO
Informações sobre Hanseníase.
Tuberculose e Hanseníase
PROGRAMA ESTADUAL DE CONTROLE DE HANSENÍASE
Vigilância Epidemiológica da Hanseníase
ITÁPOLIS - SP 2013.
Paracoccidioidomicose
PROGRAMA ESTADUAL DE CONTROLE DE HANSENÍASE
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
TENOSSINOVITE D´QUERVAIN
“GRIPE” A influenza ou gripe é uma infecção viral aguda do sistema respiratório que tem distribuição global e elevada transmissibilidade. Classicamente,
Tuberculose.
Ações de Enfermagem em Saúde Pública
Leptospirose Definição: Bactéria do gênero Leptospira.
Profa. Ana Claudia S. C. Bastos
Profª Karen Borges de Andrade Costa
PREVENÇÃO DE INCAPACIDADES EM HANSENÍASE
Hanseníase Definição: Grande cronicidade Baixa transmissibilidade
Febre Tifóide e Hanseníase
Hanseníase Disciplina de Dermatologia - Curso de Medicina -
Paralisia Braquial Obstétrica
Hanseníase Prof. João Galdino.
1 Médica Residente em Clínica Médica do Hospital Regional de Cacoal. 2 Médica dermatologista e Preceptora do Programa de Residência em Clínica Médica do.
Enio R. M. Barreto Paulo Machado
NEURITES QUANDO INDICAR / O QUE ESPERAR DA CIRURGIA VISÃO DO CLÍNICO
O QUE É HANSENIASE Doença provocada pelo micróbio- Bacilo de Hansen que atinge principalmente os nervos. Sensação de formigamento, fisgadas ou dormência.
Aluno:Gabriel Cerqueira e Paula de Paula Professora(o): Ionez Camargo Professor STE:Marcos Fernandes Data:31/05/11 Disciplina:Ciências Ano: 7ª Turma:A.
Doenças que podem ser evitadas pelo simples hábito de lavar as mãos
Projeto Terapêutico Singular
MORMO.
Casos clínicos Neurologia
Muitas vezes nem precisamos de palavras para identificar uma situação.
Transcrição da apresentação:

HANSENÍASE

ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS Doença infecto-contagiosa; Evolução lenta; Sinais e sintomas dermato-neurológicos; Lesões de pele e nervos periféricos; Olhos, mãos e pés.

AGENTE ETIOLÓGICO. Mycobacterium leprae ou Bacilo de Hansen; Alta infectividade e baixa patogenicidade; Fonte de infecção: homem.

MODO DE TRANSMISSÃO Via: vias aéreas superiores; Período de incubação: longo (2 a 7 anos); Todas as idades (menos comum nas crianças); Ambos os sexos (homem>mulheres). Risco de doença é influenciado por: Condições individuais, níveis de endemia, condições socioeconômicas e condições precárias de vida (agrupamentos populacionais).

MODO DE TRANSMISSÃO DA HANSENÍASE O modo exato de transmissão ainda é desconhecido; A forma mais aceita é a transmissão por CONTATO entre pacientes bacilíferos que não estejam em tratamento e pessoas sãs, através das VIAS RESPIRATÓRIAS.

Como é transmitida a Hanseníase? M.leprae Seres humanos Como é transmitida a Hanseníase? A transmissão da Hanseníase se dá através da respiração. A fonte de contágio é um portador de hanseníase multibacilar que não esteja em tratamento. Meio ambiente A Hanseníase pode ser curada. O tratamento com a poliquimioterapia mata a bactéria e interrompe a disseminação da doença

O que é a hanseníase? Doença infecciosa crônica, causada por uma bactéria Mycobacterium leprae; Afeta principalmente a pele e os nervos periféricos; Progride lentamente com um período médio de incubação de 3 anos. epiderme derme nervo subcutâneo

O que é hanseníase? Hanseníase tem cura. Pode afetar todas as idades e ambos os sexos. A detecção precoce dos casos, o tratamento com a poliquimioterapia podem evitar a instalação de incapacidades e deformidades na Hanseníase Os portadores de Hanseníase podem ter uma vida normal Hanseníase tem cura.

CONTEXTO BIOPSICO-SOCIAL Estigma e preconceitos

HANSENÍASE A hanseníase afeta a humanidade desde tempos bíblicos. Ocorre em todos os continentes. Está associada a uma imagem terrível na memória da humanidade – ESTIGMA relacionado à LEPRA: mutilação, rejeição e exclusão social.

PAÍSES MAIS ENDÊMICOS DE HANSENÍASE Detecção de casos novos Prevalência (casos por 10.000) Detecção de casos novos (casos por 100.000) Índia 384.240 (3,8) 559.938 (55,2) Brasil 77.676 (4,6) 41.070 (24.,1) Myanmar 10.389 (2,3) 10.286 (22,1) Madagascar 8.662 ( 5,4) 8.445 (53,0) Nepal 7.984 (3,4) 8.020 (34,4) Moçambique 7.834 (4,0) 6.617 (33,6) TOTAL 496.785 (3,9) 634.376 (49,2) Fonte: Relevé Epidemiologique Hebdomadaire, nº 1,4 Janvier 2002

O Brasil ocupa o 2° lugar do mundo em número absoluto de casos de hanseníase, sendo o 1° das Américas. É uma doença endêmica em todo o território nacional. META: ELIMINAÇÃO

Prevalência/10mil habitantes 5,1 – 15,0 3,1 – 5,0 1,1 – 3,0 0,1 – 1,0 < 0,1 1998

DIAGNÓSTICO DE HANSENÍASE O diagnóstico da hanseníase é CLÍNICO, baseado em sinais e sintomas. Pode-se usar, subsidiariamente, exames complementares, como a baciloscopia ou a biópsia.

HANSENÍASE: RISCOS A mortalidade na hanseníase não é considerada importante; O que é relevante é fazer o DIAGNÓSTICO PRECOCE para PREVENIR as seqüelas !

HANSENÍASE: RISCOS DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO TARDIOS êê SEVERAS INCAPACIDADES FÍSICAS E SOCIAIS

CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DA HANSENÍASE Lesões cutâneas com alteração de sensibilidade Comprometimento de troncos nervosos periféricos, e perda da sensibilidade em palmas e plantas Baciloscopia positiva OMS/MS

Podem ser claras, vermelhas ou acobreadas Como diagnosticar hanseníase? Lesões cutâneas de hanseníase: Podem ser claras, vermelhas ou acobreadas

Podem aparecer em qualquer local do corpo e são persistentes Como diagnosticar hanseníase? Lesões cutâneas de hanseníase: Podem aparecer em qualquer local do corpo e são persistentes

Podem ser planas ou elevadas Geralmente não doem e não coçam Como diagnosticar hanseníase? Lesões cutâneas de hanseníase: Podem ser planas ou elevadas Geralmente não doem e não coçam

Não tem sensibilidade ao calor, dor ou toque Como diagnosticar hanseníase? Lesões cutâneas de hanseníase: Não tem sensibilidade ao calor, dor ou toque

Como diagnosticar hanseníase? Lesões cutâneas de hanseníase: Nódulos eritematosos ou cor da pele, ou espessamento difuso, brilhante, liso da pele.

Principais nervos periféricos acometidos na Hanseníase O ulnar, o tibial posterior e o fibular são os nervos mais freqüentemente comprometidos na hanseníase. O comprometimento nervoso é observado quando houver: Espessamento Dor espontânea ou à palpação Alteração da função sensitivo-motora da área de inervação. Facial Auricular Radial Mediano Ulnar Radial cutâneo Fibular Tibial posterior

HANSENÍASE - ANESTESIA

Como classificar a hanseníase? A hanseníase pode ser classificada em paucibacilar ou multibacilar de acordo com o número de lesões cutâneas

COMO CLASSIFICAR A HANSENÍASE? CLASSIFICAÇÃO OPERACIONAL: PAUCIBACILAR (PB): de 01 a 05 lesões MULTIBACILAR (MB): mais de 05 lesões

HANSENÍASE TUBERCULÓIDE O grau de resistência ao bacilo é grande. Essa forma caracteriza-se por máculas ou placas em pequeno número, forma e tamanho variados, bem delimitadas e de tom castanho, podendo ser cheias ou apresentando um bordo mais ou menos elevado e o centro plano e hipocrômico. Há alterações acentuadas de sensibilidade nas lesões e pode haver acometimento de troncos nervosos superficiais ou profundos, mas, geralmente, em pequeno número. A baciloscopia é negativa.

HANSENÍASE TUBERCULÓIDE                                 HANSENÍASE TUBERCULÓIDE                                                                                                                                                                                                           Placa ovalar bem delimitada, eritêmato-acastanhada (pardacenta), com o centro plano, eritêmato-hipocrômico.

HANSENÍASE DIMORFA O grau de resistência ao bacilo é intermediário e espectral. Há casos que são muito semelhantes aos tuberculóides tanto do ponto de vista clínico; Nos dimorfos, a cor das lesões assume um tom ferruginoso característico e o comprometimento dos nervos periféricos, em geral, é grande, provocando incapacidades graves.

HANSENÍASE VIRCHOVIANA Na pele, as lesões são polimorfas, numerosas, em geral de limites imprecisos. Há comprometimento também das mucosas, nervos, articulações, ossos e de órgãos como fígado, baço, gânglios, testículos e olhos. A baciloscopia é sempre positiva .

TRATAMENTO CLÍNICO

Esquemas de poliquimioterapia Tratamento de adulto / PB - Dose supervisionada: rifampicina e dapsona Dose auto-administrada: dapsona Tratamento completo: 6 blisteres (6 meses) Tratamento de adulto/MB - Dose supervisionada: rifampicina, clofazimina e dapsona Dose auto-administrada: dapsona e clofazimina Tratamento completo: 12 blisteres (12 meses) Gravidez e aleitamento materno não contra-indicam a administração da poliquimioterapia !

TRATAMENTO Os esquemas PQT/OMS recomendados levam à CURA ! O tratamento é GRATUITO e feito em regime AMBULATORIAL ! NÃO HÁ necessidade de internação! Para o tratamento nas unidades de atenção básica NÃO HÁ necessidade de especialistas ou de equipamentos sofisticados ! O paciente em tratamento PODE CONVIVER COM a família, no trabalho e na sociedade sem qualquer restrição!

LESÕES NEUROLÓGICAS DA HANSENÍASE Lagoftalmo unilateral - Paralisia do músculo orbicular das pálpebras, inervado por um ramo do nervo facial. É freqüente a lesão também do nervo trigêmeo, levando à anestesia da córnea.

LESÕES NEUROLÓGICAS DA HANSENÍASE Paralisia do nervo ulnar - Amiotrofia total da eminência hipotênar, parcial da tenar, com comprometimento do ramo superficial do músculo flexor curto e do adutor do polegar, paralisia dos músculos interósseos e dos dois últimos lumbricais, causando a "garra" do ulnar. Há anestesia na área inervada pelo ulnar e alterações de fibras simpáticas.

LESÕES NEUROLÓGICAS DA HANSENÍASE Paralisia dos nervos ulnar e mediano - Todos os músculos intrínsecos estão comprometidos. É característico o aplanamento completo da eminência tênar, levando ao aspecto de "mão simiesca". Esses nervos são mistos e, portanto, há sempre lesões das fibras sensitivas alterando a sensibilidade nas palmas e lesões de fibras autonômicas, causando hipo ou anidrose.

LESÕES NEUROLÓGICAS DA HANSENÍASE Paralisia do nervo radial - Aspecto de "mão caída", devido à paralisia dos músculos extensores da mão. Há também alterações sensitivas no dorso da mão.

LESÕES NEUROLÓGICAS DA HANSENÍASE Amiotrofias devidas ao comprometimento dos nervos ulnar e mediano; ulcerações traumáticas e fissuras devidas ao distúrbio de sensibilidade; e há também ressecamento das palmas das mãos.

LESÕES NEUROLÓGICAS DA HANSENÍASE Paralisia do nervo fibular - O nervo fibular inerva todos os músculos da loja ântero-externa da perna, responsáveis pela dorsi-flexão do pé e sua eversão. Esse nervo, quando lesado, leva ao pé "eqüino varo" ("caído" e voltado para dentro). As alterações da sensibilidade não são importantes.

LESÕES NEUROLÓGICAS DA HANSENÍASE Paralisia do nervo fibular Esse nervo inerva todas as estruturas da planta e do interior do pé. Na foto, observam-se duas úlceras com bordos calosos (males perfurantes plantares), devidas à insensibilidade na planta do pé; à retração dos artelhos e ao afinamento da planta pela paralisia e amiotrofia dos músculos intrínsecos; e a pele lisa e seca devida às alterações das fibras autonômicas que inervam as glândulas sudoríparas.

DIVULGAÇÃO MACIÇA divulgar maciçamente os sinais, sintomas e a cura da hanseníase para a população geral envolvendo grupos especiais como: Voluntários Amigos da Escola Pastoral da Criança Forças Armadas Movimento de Pacientes Presídios Conselhos Regionais de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Farmácia, etc Outros.