SUPORTE NUTRICIONAL: impacto na evolução do paciente grave

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Transcrição da apresentação:

SUPORTE NUTRICIONAL: impacto na evolução do paciente grave melhor evolução da doença de base com maior sobrevida e menor ônus hospitalar. escolha da terapia nutricional a ser realizada, bem como sua via de administração deve levar em conta o quadro clínico e as condições gerais do paciente. A via oral/enteral de oferta de nutrientes, mais fisiológica, é a preferível. Portanto, sempre que possível, deve-se utilizar o trato gastrointestinal. Quando este não puder ser utilizado, a via parenteral está indicada, tanto no sentido de suplementar a nutrição enteral, como quando esta não consegue suprir toda a demanda de nutrientes, de que o paciente necessita. a oferta calórica deverá atender às necessidades basais do paciente a protéica fornecer material plástico para síntese protéica. Minerais, vitaminas e água deverão ser ajustados às necessidades e ao quadro clínico do paciente em questão.

O paciente, em terapia intensiva, freqüentemente, encontra-se em estado hipermetabólico, decorrente do trauma, sepse ou de qualquer outro quadro de gravidade. ( mobilização de energia para estimular a função imune e o reparo dos tecidos lesados, às custas do consumo de massa magra e aumento na perda urinária, de nitrogênio.) Os aminoácidos são mobilizados do músculo esquelético, tecido conjuntivo e intestino para: promover a cicatrização das feridas síntese hepática de proteínas de fase aguda, tornarem-se substrato para a gliconeogênese.(2,3) A síntese de albumina diminui, compensando a maior síntese de substâncias nitrogenadas, denominadas proteínas de fase aguda, entre elas: proteína C reativa, mucoproteínas, fibrinogênio, transferrina, ceruloplasmina,e fatores do complemento. O papel desses elementos encontra-se apenas parcialmente elucidado, mas acredita-se que, em sua maioria, tenham a função de amenizar as repercussões da invasão bacteriana, do choque e das lesões teciduais. Diversas proteínas da fase aguda comportam-se como antiproteases e opsoninas, outras auxiliam na coagulação sanguínea e algumas parecem contribuir com a cicatrização das feridas.

Terapia nutricional: Prevenir a deterioração do estado nutricional, e é efetiva para minimizar as complicações devido ao jejum prolongado. Nessa condição, a atrofia da mucosa intestinal contribui para o aumento da permeabilidade e translocação bacteriana da luz para os linfonodos mesentéricos. perda ponderal>10% do peso, antes da doença, pode comprometer a habilidade do paciente em combater infecções e: a terapia nutricional está indicada Identificação da desnutrição proteicocalórica depende: da história clínica / exame físico, Perda ponderal, Medidas antropométricas [peso, altura comprimento do braço (Cob), circunferência média do braço (Cb) e prega tricipital (Pt)], índice de massa corporal (peso/altura2 = kg/m2), circunferência muscular do braço [Cb (cm) - p x Pt (cm)], reserva de gordura do braço [Pt/Cob2 = mm/dm2]: ´podem estar alterados devido ao excesso de água corpórea, secundário,por exemplo, à hipoalbuminenia. Concentrações séricas de albumina / transferrina e índice nutricional de risco

Fatores de riscos que predispõem à desnutrição protéica e calórica · Problemas clínicos: Cirurgia recente ou trauma Sepse Doença crônica Efeitos de radio ou quimioterapia · Distúrbios gastrointestinais: Anorexia, outros transtornos alimentares; disfagia; náusea recorrente, vômitos, ou diarréia profusa Pancreatite, doença inflamatória intestinal, fístulas gastrointestinais Síndrome do intestino curto · Problemas psicossociais: Alcoolismo Uso de drogas Pobreza Isolamento · Dietas anormais: Dieta restrita Recente diminuição na ingestão alimentar

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Oferta calórica é calculada em relação ao valor estimado para o metabolismo basal (GEB), considerando-se o peso atual do paciente sem acrescentar fatores de correção ao valor encontrado Equação de Harris – Benedict • Para mulheres, GEB(kcal/dia) = 655,1+ 9,6 x Peso (em kg) + 1,85 x Altura (em cm) – 4,68x Idade (em anos). • Para homens, GEB (kcal/dia) = 66,47 + 13,75 x Peso (em kg) + 5 x Altura (em cm) – 6,76 x Idade (em anos). Não respondem a cálculos estimados, pacientes com insuficiência de múltiplos órgãos, com suporte nutricional prolongado, ou pacientes com insuficiência respiratória, aguda, em ventilação artificial, recomenda-se o uso de calorimetria indireta. Nessa situação, o GEB é igual a 3,9 x Vo2 +1,1 x Vco2.

Instituir terapia nutricional, após estabilização hemodinâmica do paciente, se: • paciente sem nutrição há sete dias com índice de massa corporal (IMC) >18 kg/m2; • paciente sem nutrição há mais de três dias, se IMC < 18 kg/m2; • estimativa da duração da doença, que impossibilita a ingestão, via oral, de alimentos, acima de 10 dias; • pacientes com perda ponderal, aguda, maior que 10%; pacientes de alto risco – com infecção grave, queimado, com traumatismo grave.

Se o trato gastrointestinal (TGI) estiver funcionante,fornecer nutrição enteral; usar sonda em posição gástrica, se o risco de aspiração for baixo; caso contrário, usar sonda em posição jejunal. Sempre monitorizar a presença de resíduos gástricos, observando o surgimento de distensão abdominal, diarréia e anormalidades hidroeletrolíticas. Se TGI não estiver funcionante (íleo paralítico , obstrução intestinal, hemorragia gastrointestinal), iniciar NPT via cateter central. Nessa situação, monitorizar a glicemia, distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos além das condições gerais do paciente.

Alguns pacientes com TGI funcionante não irão ou não conseguirão comer: obstrução orofaríngea ou esofagiana e ainda os pacientes portadores de seqüela neurológica, para os quais a alimentação nasogástrica ou nasojejunal pode estar indicada.(7) A via utilizada para terapêutica nutricional deverá, sempre que possível, ser enteral, em virtude de ser mais fisiológica e de menor custo.

Nutrição Parenteral (NP) Solução ou emulsão, contendo carboidratos, aminoácidos, lipídios, água, vitaminas e minerais, administrada por via intravenosa, com a finalidade de fornecer aos pacientes os nutrientes em quantidades necessárias para a síntese e/ou a manutenção dos tecidos, órgãos ou sistemas. Planejar NP é um processo que deve ser seguido passo a passo levando-se em conta as necessidades energéticas, protéicas, vitamínicas e eletrolíticas. O primeiro passo é definir, por meio dos cálculos expostos, metas para a oferta energética, e distribuir as calorias entre carboidratos, proteínas e lipídios.

Nutrição Parenteral (NP) proteínas, no paciente em estado grave, têm sido discutidas, sugerindo: de 1,0 - 2,0 g/kg/dia, de acordo com a condição clínica e o estado catabólico lipídios são de 1-2 g/kg/dia. Quando a solução de lipídios não puder ser adicionada à NP na fórmula 3:1(glicose; aminoácidos e lipídios na mesma solução) os lipídios devem ser ofertados 2-3x/semana, para fornecer ácidos graxos essenciais, prevenindo sua deficiência. maior parte das calorias, em geral, é obtida com oferta de glicose. Para evitar: hiperglicemia e a sobrecarga pulmonar pelo excesso de produção de CO2: a taxa de infusão de glicose em, no máximo, 5mg/kg/min (Vig-velocidade de infusão da glicose). quadros de má absorção e grande perda hidroeletrolítica, podem ocorrer alterações de eletrólitos e minerais como Na+, K+, Ca++, Mg++, PO4, Cl-. Deve-se corrigir eletrólitos de acordo com necessidades diárias recomendadas. Em caso de perdas excessivas ou retenção anormal pelo intestino ou rins, prescrições precisam ser individuais, com monitorização constante.

Nutrição Parenteral (NP) soluções de NP devem ser mantidas em: recipientes apropriados temperatura entre 2° e 8°C, durante o armazenamento e/ou transporte por período máximo de 24 h. administração deve ser realizada, preferencialmente, com bomba de infusão à temperatura ambiente

Apresentado na Aula: ( deste slide em diante) Sem alimentos: Estado pos-absortivo: 5 a 6hs pos refeição Jejum: 10 a 14hs pos refeiçao Glicemia de jejum nl: 72 a 108 Taxa de uso de glicose: 1,8 a 2,6mg/kg/dia Níveis letais para perda de peso: Perda de 40% do peso; IMC: 13 em homens e 11 em mulheres

Apresentado na Aula: Avaliação da nutrologia: Pode usar intestino com segurança: NÃO: Parenteral_ cateter central SIM: pergunta: ingestão VO 2/3 das necessidades? NÃO: Enteral SIM: VO

IMC: 15 a 18 e albumina <3: iniciar parenteral IMC: 15 a 18 e albumina <3: iniciar parenteral...se por pouco tempo até pode usar acesso periférico, porém, passar ½ das necessidades calculadas. IMC<15: iniciar logo parenteral...quanto pior estado nutricional...indica mais precoce

Parenteral Usar equação Harris – Benedict. Após calculo das necessidades diárias de calorias. ( 70 % glicose, 30 % lipídeos) Proteínas: 1g/kg/dia Glicose : máx: 5mg/kg/dia ( evitar hiper) Lipídeos: máx: 1g/kg/dia

Enteral: Monomérica ou hidrolizada: ( pré-digerida para facilitar absorção). Cuidado com osmolaridade: pode piorar diarréia...iniciar aos poucos: 300ml/24hs...e ver se vai aumentando!!! Indicações: Subnutrição, Diarréia, Facilitar absorção

Enteral Taxa de infusão: 60 a 100ml/h Necessidades diárias: Água:30 a 35ml/kg GEB ou 30 a 35 Kcal/kg Em desnutridos usar peso atual, em obesos peso ideal! Prot: 0,8 a 1,2 g/kg/dia Se der proteína sem fonte calórica adequada: a proteína é usada como fonte de energia e não para sintese proteica

Usa-se a naso-entérica no estômago na maioria das vezes Usa-se a naso-entérica no estômago na maioria das vezes...não indica no estômago em: idoso, DM, torpor, diminuição da consciência

Indicações sonda: Desnutrição prot-calórica/ diminuida ingesta por 5 a 7 dias; Bem nutridos com diminuiçao da ingesta por 10 dias; Disfagia grave; Ressecção maciça do delgado; Fistula entero-cutânea de baixo débito.

Enteral e Parenteral Iniciar com 1/3 do total de caloria calculado...3º dia: 2/3....5º dia: todo!!Se for ocorrendo bem!!!

Sd realimentação: Alt metab decorrente da oferta excessiva de nutrientes... Conseq: Retém agua ( falencia cardiaca) Depleta eletrolito Hiperglicemia Arritmia Diarréia ( diminui capacidade digestiva e absortiva)