Fotografar com a Caixa com furo de agulha e como improvisar uma Câmara-Escura Autor: Pedro Martins.

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Transcrição da apresentação:

Fotografar com a Caixa com furo de agulha e como improvisar uma Câmara-Escura Autor: Pedro Martins

1. Na câmara escura, só iluminada com a luz vermelha, cortamos o papel fotográfico da mesma dimensão da face interior da caixa (oposta à face que tem o furo), onde irá ser colocado. Ter atenção para que a parte sensível do papel/em geral a mais brilhante fique virado para fora. Podemos usar fita-cola dupla-face, para ajudar a manter o papel, direito e sem cair. Nota: o papel deverá ser médio, semi-mate RC (grau 3) ou multigrade, mas qualquer papel fotográfico P.B. (preto / branco) também serve. 2. Fechar a caixa e vedar a tampa com fita isoladora preta. Ter atenção se o furo também está vedado. É muito importante, verificar se a caixa do papel fotográfico ficou bem fechada. Agora já podemos acender a luz normal e sair da câmara-escura. 3. Já no exterior, à luz do dia escolhemos o assunto a fotografar e fazemos o enquadramento. Que motivos devem ou não ficar na imagem ? (por exemplo com a ajuda da 1ª caixa construída com fundo em papel vegetal, podemos visualizar o enquadramento). Para fixar bem a caixa, de maneira a não oscilar com o vento, podemos usar uma pedra ou outro peso, que colocamos em cima da caixa.

4. De seguida, destapamos o orifício/obturador, durante uns segundos. Quantos? Só com tentativa e erro. Deve-se fazer várias fotos anotando o tempo de exposição de cada uma, e ver qual é que resultou melhor; ou seja, ficou mais bem exposta, sem luz de mais ou de menos. Podemos dar contudo algumas dicas: Para um tempo limpo, fazer uma 1ª foto com 10" de exposição, a 2ª com 20", a 3ª com 40"... Se o tempo estiver encoberto, as exposições poderão ter vários minutos (tudo vai depender da luminosidade, e da altura do dia...). Em interiores o tempo de exposição pode atingir vários minutos. 5. Voltamos à câmara escura, só com a luz vermelha acesa, e vamos revelar o papel que já está impressionado com a luz. O que sai revelado é um negativo (a imagem sai com a cor ao contrário, o que é branco sai preto, ou seja as relações claro-escuro são inversas ao motivo fotografado). Nota: se o papel ficou muito escuro é porque o obturador esteve tempo demais aberto e entrou luz demais, se ficou muito claro é porque teve pouco tempo de exposição e entrou pouca luz.

Como improvisar uma Câmara-Escura 1. Numa arrecadação ou casa-de-banho desactivada, isolamos todas as janelas e frinchas das portas com cartolina preta e fita isoladora, ou tapamos com flanela preta (é importante que não haja nenhuma entrada de luz, por pequena que seja)

2. Vamos precisar de uma lâmpada vermelha (lâmpada de segurança) que não impressiona (altera) o papel fotográfico. 3. Para os Fotogramas, também de uma lâmpada normal 15 W ou 25 W, colocada num tubo de cartolina preta, tipo projector, para direccionar melhor a luz sobre a mesa, ligada a um fio com interruptor. Entre os 50 e 75 cm da mesa (quanto mais alta estiver, mais tempo de exposição vai ser preciso dar). 4. Sobre uma mesa de apoio grande, colocar três recipientes rectangulares de plástico: a. para o líquido revelador b. para o banho de paragem c. para o fixador Outros materiais para uma câmara-escura: Um alguidar com água para lavagem do papel / uma esponja / uma toalha para limpar as mãos / um relógio / 3 pinças de plástico / um termómetro / recipientes tipo garrafas, de preferência opacos, para guardar os líquidos, que podem ser utilizados mais de uma vez / um vidro de 3 ou 4mm, tamanho A4

Como revelar Na câmara-escura só com a luz vermelha acesa, destapamos a caixa, tiramos a folha de papel fotográfico. Põe-se o papel dentro do líquido revelador e agita-se ligeiramente, virando o papel, durante 1´e 30" ou 2´, até aparecer a imagem. A seguir passa para o tabuleiro onde é aplicado um banho de paragem (parar o efeito do revelador), durante 10 a 15 Seg. agitando suavemente a tina. Depois passa-se para o tabuleiro do fixador (que irá fixar definitivamente a imagem) durante 2 minutos, agitando suavemente a tina. Segue-se a lavagem que é feita numa tina ou alguidar, e pode-se acabar a lavagem em água corrente no lavatório da sala, durante 5´a 10´, (as temperaturas de todos os químicos deverão estar a 20º centígrados) Materiais necessários para revelar. revelador universal, para papel (adquirido numa loja de fotografia). para o banho de paragem (banho stop), pode-se utilizar água com um pouco de vinagre, ou usar o químico próprio. fixador universal (também se adquire em lojas de fotografia). todos os outros materiais já enumerados, a utilizar na câmara-escura Nota: os produtos químicos de revelação em geral, vem com instruções de utilização, tempos e quantidades de diluição com água... Todos estes produtos podem ser comprados em pó e diluídos em água (esta versão é a mais económica), ou podem vir em líquido (embalagens de meio litro) também para diluir com água

Como obter a imagem em positivo, igual à realidade? Método molhado Assim que se acaba de revelar/lavar o papel fotográfico (negativo), volta-se à câmara-escura, só com a luz vermelha, põe- se dentro do alguidar com água limpa. Cortamos outra folha de papel virgem, sensivelmente das mesmas dimensões ou um pouco maior, e pomos num alguidar com água durante 2 a 3 minutos para os papéis se tornarem maleáveis e aderentes.

Continuando na câmara-escura, retiram-se da água os dois papéis e colocam-se as faces impressionáveis (brilhantes) viradas uma para a outra, retirando-se o excesso de água dos papéis com uma esponja seca. Para aderirem melhor pode colocar-se um vidro sobre elas. O negativo fica por baixo e o papel virgem por cima. Acende-se a luz branca sobre a mesa onde está o vidro, durante aproximadamente 5, 10 e 15 segundos, sobre pequenas tiras de papel, que servem de indicadores de qual a melhor exposição à luz (que tempo escolher em relação ao contraste pretendido).

Depois é só revelar o papel que recebeu a imagem. Se os 15 segundos não foram suficientes para impressionar o positivo, dar 30 ou mais...O tempo de exposição é muito variável, depende não só da lâmpada e da distância desta ao papel, como das características do negativo, aqui mais uma vez, só fazendo experiências se consegue o melhor resultado. Repete-se as fases da revelação, deste positivo. Para secar a fotografia final, pode-se passar com uma esponja seca por cima da foto e pendurá-la num fio a secar. Pode-se fazer várias cópias com o mesmo negativo, repetindo o processo. Uma alternativa para conseguir um positivo (e aqui deixamos o artesanal um pouco de lado) é fazer um scanner do negativo, e com qualquer programa de imagem poderemos obter positivos de variados tamanhos.

Fotografias Panorâmicas Pode conseguir-se este efeito panorâmico ou grande angular, com as caixas fotográficas, desde que se utilize uma lata redonda, ou cortar a folha de papel com um tamanho superior à largura da caixa, o que obrigará o papel a encurvar (pode ser côncavo ou convexo...) A distância do papel ao furo (distância focal) deverá ser mais curta, assim temos como exemplo: 1. uma distância focal de 12cm, provocará um ângulo de 40º a 50º 2. uma distância de 8 cm dá cerca de 60º 3. uma distância de 6 cm dá cerca de 80º