Praguicidas Classificação:

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
IMPACTO AMBIENTAL DAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS NO AR, ÁGUA E SOLO
Advertisements

DOENÇAS CAUSADAS PELOS AGROTÓXICOS
Queda do nível de glicose circulante no sangue. menor que 50 mg/dl
Monitoria de Bioquímica e Laboratório Clínico
PRONTO SOCORRO Profª. e Enfª. Carla Gomes SSF.
SINTOMAS E EFEITOS DO CALOR
SINTOMAS E EFEITOS DO CALOR
PRAGUICIDAS Dr. Jefferson Benedito Pires de Freitas
Capa “O ambiente e as doenças do trabalho” Curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho Jefferson Benedito Pires de Freitas.
DESEQUILÍBRIOS ELETROLÍTICOS
O Amoníaco, a Saúde e o Ambiente
Centro de Ciências da Saúde Faculdade de Medicina Departamento de Medicina Preventiva Disciplina Saúde e Trabalho.
Agrotóxicos Armando Meyer NESC/UFRJ. É veneno ou remédio? Pesticidas Praguicidas Defensivos agrícolas Agrotóxicos.
INSETICIDAS Organoclorados.
INTOXICAÇÕES PELO INSETICIDA FOSFINA
O Aldicarb e o "Chumbinho"
INTOXICAÇÕES PELO INSETICIDA BROMETO DE METILA
Polineuropatias Periféricas
DISTÚRBIO HIDRO-ELETROLÍTICO E ÁCIDO-BÁSICO
Aula: Intoxicações e Envenenamentos
Toxicologia Conceito:
Doenças relacionadas à água
O que é a doença renal crónica?
Questões obstetrícia 2 SES 2011.
Exposição Ocupacional ao Calor
Sistema Respiratório.
Plantas Venenosas Olá turma, na nossa aula de hoje nós vamos conhecer alguns tipos de plantas venenosas, prestem muita atenção porque esse conteúdo é muito.
POLINEUROPATIA PERIFÉRICA
CHOQUE Choque é a situação de falência do sistema cardiocirculatório em manter a distribuição de sangue oxigenado para os tecidos. Tratar-se de uma condição.
Ao final desta lição você devera ser capaz de:
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Reunião Mensal Anátomo-Patológica
Déficit de volume plasmático
INSETICIDAS DERIVADOS DO PÍRETRO
Cetoacidose Diabética
Diagnóstico e manejo da anafilaxia Anne K. Ellis, James H. Day
REAÇÕES ADVERSAS AOS MEDICAMENTOS
GONORREIA Causador: Neisseria gonorrhoeae
ENVENENAMENTO POR PESTICIDAS E PLANTAS TÓXICAS
INTOXICAÇÃO EXÓGENA AGROTÓXICOS 1.
Quais são as funções do rim?
Influenza / Gripe → DIAGNÓSTICO ETIOLÓGICO (CID-10: J.09 a J.11)
INSETICIDAS/HERBICIDAS FUNGICIDAS/ RATICIDAS
Hayza Fernandes Felinto
Cefaléias Dra Norma Fleming.
Metais pesados Chumbo inorgânico - Saturnismo
Distribuição de uma droga no organismo
A unidade intermediária e a criança com problemas geniturinários
G.R.E.S. Unidos do Controle Químico... Bases do Controle Químico 1.mudanças do comportamento e hábitos alimentares da espécie 2.potencial biótico.
Alterações do equilíbrio ácido – base Seminário Orientado nº05
Eclâmpsia Tarcisio Mota Coelho.
PRAGUICIDAS Aula teórica Profª Larissa Comarella.
INTOXICAÇÃO EXÓGENA: PLANTAS
Distúrbios Hidroeletrolíticos
Disenteria Bacilar.
Gases irritantes e tóxicos
Sintomas Clínicos Locais dor aguda com irradiação e prurido Eritema e edema progressivo necrose Gerais (natureza diversas) Urticária Tontura, desmaio,
Anfíbios Venenosos Prof. Agueda
Botulismo Definição: Doença Neuroparalítica Severa
Intoxicações comuns em Clínica Médica
Seminário Orientado 10 Universidade de Coimbra Faculdade de Medicina Bioquímica I  Gonçalo Engenheiro  Ana Rita Facão  Pedro Faustino  João Felgueiras.
Distúrbios Hidroeletrolíticos
COMPLICAÇÕES RELACIONADAS À ANESTESIA
7º ano- Ciências Professora Vanesca- 2016
Distúrbio ácido-básico Enf a Rita Nascimento. Quanto maior for a concentração dos íons de hidrogênio mais ácido será a solução e menor será o pH. Quanto.
Cefaléias na infância e adolescência Aline Sacomano Arsie.
HIPERGLICEMIA E HIPOGLICEMIA
SOLVENTES e DOMISSANITÁRIOS Profa.Carmen Ildes Rodrigues Fróes Asmus Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Estudos.
Transcrição da apresentação:

Praguicidas Classificação: Por função: inseticidas, fungicidas, rodenticidas,etc Por grupo químico (carbamatos, organofosforados, organoclorados, bipirídicos, etc.) por tipo de efeito (inibidores da acetilcolinesterase, anticoagulantes, etc.) de acordo com o perigo (DL50)

Inseticidas Organofosforados e Carbamatos Inibidores da acetilcolinesterase Absorção respiratória e dérmica (couro cabeludo) QC - miose intensa, diplopia, sialorréia, sudorese, tosse produtiva e broncoespasmo. Ainda pode haver náuseas, vômitos, dores em cólicas, diarréias, disúria e dispnéia intensa e colapso respiratório. Também pode ocorrer a síndrome nicotínica: fasciculação muscular, cãimbras, dores musculares, elevação da pressão arterial e a síndrome neurológica: confusão mental ,ansiedade, anorexia, ataxia, convulsões, depressão cardio-respiratória e coma.

Laboratório Atividade de colinesterase baixa. TTO Atropina (2 a 4 mg IM ou EV e de sucessivamente 1 a 2 mg a cada 10 a 30 min.) até reverter o quadro. Controlar a atropinização até ceder o quadro agudo. Se há contaminação cutânea, lavar a pele e cabelos do paciente ao entrar no PS. Evolução Em geral boa. Mantém por até 4 semanas, sudorese, insônia, náuseas, vômitos e ataxia em casos graves. Alguns organofosforados podem causar a síndrome tardia com neuropatia periférica sensitivo motora de rápida instalação. (MMII mais freqüente)

Piretrinas e Piretróides (SBP, Protector) Inseticidas naturais obtidos a partir de vegetais Pouco perigosos para mamíferos e aves (DL50 > 2 g/Kg) QC - É neurotóxico. Bloqueia canais de Na+ de neurônios produzindo hiperexitabilidade dos neurônios. Em doses muito elevadas (raras) levam a hipersensibilidade a estímulos sensoriais com tremores, salivação excessiva, coreoatetose, paralisia, cefaléia intensa, tonturas, fadiga, vertigens, perda de consciência, fasciculações musculares, cãibras, a até convulsões Em uso normal pode causar, após exposições elevadas, parestesias cutâneas especialmente na face, com sensação de queimação e prurido.

Sensibilização Na prática o principal problema é a sensibilização (alergias) aos piretros, já que são macromoléculas orgânicas. As atopias podem se manifestar principalmente como asma brônquica, rinites e dermatites.. TTO Sintomático

Organoclorados Podem ser derivados de: clorobenzeno (DDT, DDD, metoxicloro) ciclohexano (BHC, lindano) ciclodieno (aldrin, dieldrin, endrin, heptaclor, clordano) Pouco tóxico agudamente, mas grande persistência ambiental (POPs)- Proibidos no Brasil e quase todo mundo (Basiléia) QC: (Intx. aguda) tonturas, desorientação, hiperexcitabilidade, parestesias de língua, lábio, mãos e face até tremores musculares, convulsões e depressão respiratória

Pentaclorofenol(pó da China) e nitrofenóis Fungicidas Pentaclorofenol(pó da China) e nitrofenóis Desacoplam a fosforilação oxidativa =  ATP QC: Baixas doses: fraqueza muscular, anorexia e letargia Doses altas: hipertermia, sudorese, desidratação, irritação da pele (se há absorção cutânea) e mucosas. Coma, convulsões e morte TTO: Sintomático, com banho de água fria

Herbicidas Bipirídicos (Paraquat e diquat) Formam radicais livres com o O2 e levam a uma agressão tissular maciça. O paraquat tem DL 50 de 125 mg/Kg p/ ratos e de 40 mg/Kg para homem. Dias após a ingestão fibrose pulmonar maciça progressiva levando a uma parenquimatização com bronquite terminal proliferativa, alveolite obliterativa, hemorragia e edema pulmonar QC: cefaléia e hiperestesia, tremores, cólicas com diarréias hemorrágicas, proteinúria, oligúria ou anúria, dispnéia intensa e morte. TTO: terra de Füller - tratamento sintomático e corticóides e antibióticos. Hemodiálise e exsangüíneo transfusão

Rodenticidas Anticoagulantes Podem ser derivados de: cumarínicos ( cumacloro – Warfarin®, o cumafeno – Fumarin®, cumafuril – Racumin®) indantiona (difacinona – Ramik® pindona – Pival®) São inibidores competitivos da Vitamina K anticoagulação QC: Vômitos, hemorragias nasal e gástrica, hematúria, enterorragia, petéquias hemorrágicas TTO: Vitamina K e transfusões de sangue nos casos graves

Fluoroacetato de sódio (1080) Sal branco muito solúvel na água. Proibido no Brasil DL50 é de 5 mg/Kg - Cerca de 350 mg (1/4 de colher de café) podem matar um adulto de 70 Kg. Biotransformado a fluorcitrato  Ciclo de Krebbs QC: Parestesias e fraqueza intensa, sensação de dispnéia, vômitos, diarréia, tremores generalizados, confusão mental, incoordenação motora. Evolui em horas p/ arritmias graves, paralisia flácida total, convulsões, acidose, metabólica e parada respiratória. Hipokalemia intensa. TTO: respiração assistida, tratamento da acidose e reposição de potássio.