Dialética Transcendental Prof. Suderlan Tozo Binda.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
O CRITICISMO DE IMMANUEL KANT ( )
Advertisements

Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÌ Comp. Curricular: Ciência Política e Teoria do Estado Professor: Dr. Dejalma.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA.
John Locke Empirismo.
Racionalismo René Descartes.
Filosofia moderna Kant (Idealismo)
Immanuel Kant e o Criticismo
O QUE É METAFÍSICA.
Filosofia Platônica Prof. Fábio Mesquita.
KANT e SUA CRÍTICA.
O que é Pesquisa Científica?
KANT: Faculdades Sensibilidade Entendimento Razão.
Psicologia das faculdades
Platão ( a.C.) Família aristocrática ateniense
A filosofia está na história e tem uma história!
Aula 7 Kant e o criticismo.
Os Pré-Socráticos ou Filósofos cosmológicos ou Naturalistas
Teorias do conhecimento
Fases: Pré- Crítica – Inserido na tradição do sistema metafísico;
Teoria e prática da argumentação
Revisão: Baixa Idade Média (Filosofia Medieval)
Immanuel Kant
3.3.4 ARISTÓTELES de Estagira ( C.) p. 19
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO (PPGD/UFBA) MESTRADO EM DIREITO PÚBLICO Disciplina: Metodologia da Pesquisa.
A lógica UNIDADE 4.
As possibilidades e os limites da razão
FILOSOFIA 3ª SÉRIE E.M. IDEALISMO ALEMÃO.
René Descartes Meditações.
Filosofia Contemporânea
Immanuel Kant.
KANT.
CAESP – Filosofia – 2A e B – 20/05/2015
Empirismo David Hume (1711 – 1776).
Aula: Tomás de Aquino.  Período da escolástica  Características: - Surgimento das universidades (Ex: Oxford). Surgiram com o objetivo de culturalizar.
René Descartes ..
ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA: AULA 2
O PENSAMENTO MODERNO: RACIONALISMO X EMPIRISMO
Aula 9 – Kant e o criticismo
Racionalismo.
Kant O que posso saber? (teoria do conhecimento)
Teoria do conhecimento II
Immanuel Kant
Santo Agostinho d.C.) Crer para compreender.
Professor: Suderlan Tozo Binda
Estética Transcendental (Formas a Priori)
O CAMPO DA RELIGIÃO Prof. Helder Salvador. É só com a filosofia moderna que se começa tratar a religião, e com isto também a fé cristã, filosoficamente,
O verdadeiro conhecimento
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
LUDWIG FEUERBACH Deus é a essência do homem projetada em um imaginário ser transcendente. Também os predicados de Deus (sabedoria, potência,
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
História da Filosofia Moderna I Prof. Suderlan Relação de: Sujeito e objeto Realista: Consciência = substância = sujeito (em si) capta o significado do.
A Crise do Positivismo Suderlan Tozo Binda. O POSITIVISMO Iniciemos com uma citação de Marcuse: – “ Desde a primeira vez em que foi usado, provavelmente.
A Crítica Do Juízo A posição da terceira Crítica em relação às duas anteriores.
Prof. Suderlan Tozo Binda
A CRÍTICA DA RAZÃO PRÁTICA Kant. I – A razão não é somente teórica, mas também é prática: A razão não é somente capaz de conhecer;  A razão é também.
A doutrina da ciência e a estrutura do idealismo fichteano
John Locke ( ).
Hartmann III Possível, necessário, contingente. Hartmann começa examinando os vários significados de: –Contingente –Necessário –Possível.
RELAÇÕES ENTRE IDEIAS E DADOS DE FATO
INATISMO Quando viveu De 1632 a † 1704
A DOUTRINA DO CONHECIMENTO
Prof. SuderlanTozo Binda
Eu Penso ou Apercepção transcendental
KARL JASPERS
Professora luciana miranda
Capítulo 4 – Filosofar é conhecer
O PENSAMENTO MODERNO: RACIONALISMO X EMPIRISMO O FUNDAMENTO DA FILOSOFIA CARTESIANA – René Descartes, o pai da Filosofia Moderna Direito 5º Ano Professor:
Kant e a Filosofia Crítica
A DIMENSÃO RELIGIOSA Análise e compreensão da experiência religiosa.
Transcrição da apresentação:

Dialética Transcendental Prof. Suderlan Tozo Binda

A dialética transcendental “Chama-se dialética transcendental a crítica do intelecto e da razão em relação ao seu uso hiperfísico, a fim de desvelar a aparência falaz de suas infundadas presunções e reduzir as suas pretensões de descobertas e ampliação de conhecimentos, que ele se ilude de obter graças aos princípios transcendentais, ao simples julgamento do intelecto puro e à sua preservação das ilusões sofísticas”.“Chama-se dialética transcendental a crítica do intelecto e da razão em relação ao seu uso hiperfísico, a fim de desvelar a aparência falaz de suas infundadas presunções e reduzir as suas pretensões de descobertas e ampliação de conhecimentos, que ele se ilude de obter graças aos princípios transcendentais, ao simples julgamento do intelecto puro e à sua preservação das ilusões sofísticas”.

A faculdade da razão e suas ideias A dialética transcendental: –‘Estuda a razão e suas estruturas’ Razão: –É o intelecto quando vai além do horizonte da experiência possível. Por sua natureza busca ir além da experiência possível (por sua necessidade estrutural) –É a faculdade do incondicionado = metafísica.

Intelecto Razão Voltado para o finito (julgar) Voltada para o infinito (pensar) = silogizar Silogismo Opera com conceitos e juízos puros, Não com intuições.

Dedução da tábua dos silogismos a tábua dos conceitos puro da razão T.S T.C.P.R Categórico Hipotético Disjuntivo Ideia psicológica = alma Ideia cosmológica = mundo Ideia teológica = Deus Citação em Reale, 898/9.

A psicologia racional e os paralogismos da razão Paralogismo:Paralogismo: –Raciocínio involuntariamente falso. AlmaAlma –O primeiro incondicionado –Sujeito absoluto do qual derivariam todos os fenômenos psíquicos internos Silogismo:Silogismo: –Em que o termo médio é usado ilicitamente em dois significados diferentes

Exemplos O termo médio são subreptícios = ilícitos: –A alma é simples –A alma não é simples –Logo... – outro exemplo: »O cão ladra. »Ora, o cão é uma constelação, »Logo, uma constelação ladra.

“Na psicologia racional esse paralogismo consiste no fato de que se parte do Eu Penso e da autoconsciência, ou seja, da unidade sintética da apercepção, transformando-se em unidade ontológica substancial”.

A cosmologia racional e as antinomias da razão Antinomias: Conflitos entre as leis puras da razão Mundo: ‘ segundo incondicionado ’ Quando a razão quer passar: Da consideração fenomênica do mundo À consideração numênica –Tese e antítese se anulam: »São válidas ao nível da razão pura.

O mundo deve ser pensado metafisicamente como finto ou infinito? Decompõe-se em partes simples e indivisíveis ou não? As suas causas últimas são todas de tipo mecanicista e, portanto, necessárias, ou existem nele também causas livres? O mundo supõe uma causa última incondicionada e absolutamente necessária ou não? As antinomias são estruturais e insolúveis, pois sem a experiência A razão oscila entre um conceito e outro. Citação Reale, 901.

A teologia racional e as provas da existência de Deus Deus –‘Terceiro incondicionado’ (ideal absoluto) ‘Esse ideal que formamos com a razão, enquanto sua existência, nos deixa na total ignorância’. Provas ou caminhos para provar a existência de Deus: –1) prova ontológica –2) prova cosmológica –3) prova físico-teleológica

1) a prova ontológica a priori: –Parte do conceito de Deus como absoluta perfeição para deduzir a sua existência Cai na ilusão transcendental de trocar o predicado lógico pelo real O conceito perfeito pode ser alcançado pela razão, e, como lembra Kant, é necessário à razão; Porém, não se pode extrair a existência real de tal conceito, porque a proposição que afirma a existência de alguma coisa não é analítica, mas sintética.

Prova cosmológica: –Parte da experiência e infere Deus como causa O princípio que leva a inferir do contingente uma sua causa só tem significado no mundo sensível. Prova físico-teleológica: –Parte da variedade, da ordem, da finalidade e da beleza do mundo, remonta a Deus como ser último e supremo Pode demonstrar quando muito a existência de um arquiteto.