A apresentação está carregando. Por favor, espere

A apresentação está carregando. Por favor, espere

Brasília, 01 de dezembro de 2016

Apresentações semelhantes


Apresentação em tema: "Brasília, 01 de dezembro de 2016"— Transcrição da apresentação:

1 Brasília, 01 de dezembro de 2016 www.paulomargotto.com.br
HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA - SES/DF ARTIGO DE MONOGRAFIA APRESENTADO AO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM PEDIATRIA DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA -HMIB/SES-DF MANEJO DE PACIENTES COM GASTROENTERITE ADMITIDOS NO PRONTO SOCORRO DO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASILIA, DE MAIO A AGOSTO DE 2016 Mariana Bomfim Teixeira Orientadora: Dra Yanna Aires Gadelha Mattos Brasília, 01 de dezembro de 2016

2 INTRODUÇÃO GASTROENTERITE Causa infecciosa do trato gastrointestinal (bactérias, vírus, parasitas)¹ Diminuição da consistência das fezes e/ou aumento da frequência de evacuações.¹ A gastroenterite aguda (GECA) pode durar de 7 até 14 dias.

3 INTRODUÇÃO GASTROENTERITE É uma das principais causas de procura à emergência pediátrica.² São estimadas cerca de 1,5 milhão de mortes por GECA em todo o mundo – segunda causa de mortalidade infantil em âmbito mundial. 4 Maior prevalência em países em desenvolvimento. 4

4 INTRODUÇÃO ETIOLOGIA Mais de 90% dos casos tem etiologia viral (Norovírus, adenovírus entérico, rotavírus, astrovírus). 6 De um modo geral, o Rotavírus é o agente mais prevalente, porém o Norovírus está se tornando mais comum nos países com alta cobertura de vacina contra Rotavírus. Apenas de 1 a 5% são de origem bacteriana. 6 E. coli, Salmonella, Shigella, Staphylococcus, Aeromonas, Plesiomonas, Yersinia e Campylobacter.

5 INTRODUÇÃO A maioria é auto-limitada, se resolvendo com medidas simples. 8 A terapia de reidratação oral (TRO) pode resolver cerca de 90% dos casos de desidratação. A real indicação de terapia de reidratação venosa (TRV) se restringe em torno de 10 a 33% dos casos, em média. 9

6 INTRODUÇÃO Sinais e Sintomas Diarreia Febre Desidratação

7 INTRODUÇÃO Tratamento Visa principalmente: Correção da desidratação!
Correção de distúrbios hidroeletrolíticos! Prevenção da desnutrição! Quando bem instituído reduz drasticamente a mortalidade!!!! 10

8 OBJETIVOS Identificar as condutas tomadas frente aos casos de diarreia aguda admitidos no serviço de emergência pediátrica do HMIB, com ênfase na forma em que foi instituída a terapia de reidratação Confrontar a síntese dos dados com a produção científica que aborda o assunto.

9 MÉTODOS Delineamento do Estudo:
Estudo observacional, transversal, descritivo, retrospectivo. População: Crianças com idade até 12 anos, com diagnóstico principal de GECA, internadas no HMIB entre maio e agosto de 2016.

10 an MÉTODOS Instrumento utilizado:
Análise de prontuário eletrônico, Trackare, buscando os seguintes dados: - Gênero, idade, dias de internação, grau de desidratação, tipo de terapia de reidratação instituída, prescrição de antibióticos, probióticos, zinco e antieméticos Análise descritiva dos dados: Programa Excel 2010.

11 an MÉTODOS Critérios de Exclusão: Pacientes fora da faixa etária.
Pacientes que foram internadas com diagnóstico principal de GECA, porém diagnosticadas, no decorrer da internação, com outras patologias que justificassem o quadro de diarreia e vômitos.

12 RESULTADOS 302 crianças foram admitidas no HMIB com diagnóstico de GECA durante o período do estudo. 23 foram excluídas do estudo pois durante a internação, foram diagnosticadas outras patologias que cursavam com vômitos e/ou diarreia, mas não se tratavam de GECA. Restaram, então, 279 crianças, as quais foram incluídas no estudo.

13 RESULTADOS Perfil da População:

14 RESULTADOS Perfil da População:

15 RESULTADOS Grau de Desidratação

16 RESULTADOS Tipo de Hidratação Instituída

17 RESULTADOS Prescrição de Antieméticos

18 RESULTADOS Prescrição de Antibióticos

19 RESULTADOS Prescrição de probióticos

20 RESULTADOS Prescrição de Zinco

21 DISCUSSÃO

22 DISCUSSÃO A faixa etária predominante é de crianças menores que 2 anos, correspondendo a 46,6% dos pacientes; este dado pode ser explicado pelo fato de que as crianças menores são mais susceptíveis a desidratação ou outras complicações. 11 A elevada incidência de desidratação em crianças menores de 6 meses pode estar relacionada com uma maior exposição ao rotavirus. Nos países em desenvolvimento é mais perceptível a relação da idade jovem (menores que 6 meses) e a persistência e severidade da diarreia. 2 A classificação quanto ao grau de desidratação é de suma importância e deve ser uma das primeiras atitudes a serem tomadas no atendimento da criança com diarreia, e é perceptível que em muitas vezes não há este cuidado em se classificar 12.

23 DISCUSSÃO Os pacientes considerados hidratados deveriam receber prescrição de soro de reidratação oral (TRO) após cada episódio de perda (vômitos ou diarreia), sem indicação de internação na maioria das vezes. Nosso resultado foi contraditório em relação à recomendação, sendo praticamente 1/3 dos admitidos, foram submetidos ao tratamento intra-hospitalar, mesmo sendo considerados hidratados2.

24 DISCUSSÃO - As recomendações de internação em pacientes com GECA são: presença de choque, desidratação grave, alterações neurológicas, vômitos incoercíveis ou intratáveis, falha na reidratação oral, ou suspeita de condição cirúrgica.2’12. Indicações inapropriadas de internação dos pacientes com GECA são comuns, mesmo em países desenvolvidos. Um estudo realizado na Itália, abrangendo 31 hospitais 13, mostrou que mais de 50% dos pacientes admitidos com GECA não tinham real indicação de internação.

25 DISCUSSÃO Desidratação moderada foi mencionada em 8,6%, e desidratação grave em apenas 3,2%. Apesar desta pequena parcela de pacientes classificados como graves, houve uma maioria de pacientes que receberam hidratação venosa em algum momento da internação, correspondendo a 96%. Dados da literatura vão contra estas condutas, na medida em que mostram que a reidratação oral pode solucionar cerca de 90% dos casos de desidratação, com grande eficácia.9 A TRO se mostra tão eficaz quanto a TRV em resolver os casos de desidratação leve e moderada, devendo ser a primeira escolha nestes casos. Além de ser relacionada a menor tempo de internação, a menos efeitos adversos como hiperidratação, ou flebite, e a um menor custo, também é menos traumática para a criança. 2’9

26 DISCUSSÃO A TRV deve ser indicada apenas nos casos de falha da TRO ou em casos de desidratação grave, desidratação com alteração do nível de consciência ou acidose grave. Quando a TRO não é viável, a reidratação por sonda nasogástrica é preferível à TRV. 12’14. No presente estudo, a reidratação por sonda nasogástrica não foi usada como alternativa nos casos de falha de TRO.

27 DISCUSSÃO Neste estudo, 10% dos pacientes receberam antibioticoterapia, uma porcentagem maior do que a esperada de acordo com as recomendações pela literatura. A etiologia viral é mais comum nos casos de GECA, correspondendo a mais de 90% dos casos, porém pode ser difícil de caracterizar.15

28 DISCUSSÃO Febre alta e persistente e diarreia com sangue ou muco, podem sugerir infecção bacteriana. Menos de 5% das GECAS em crianças são de origem bacteriana, além disso, a maioria das infecções bacterianas não requerem tratamento com antibióticos, e apenas medidas de suporte são suficientes.16’6 A antibioticoterapia deve ser considerada em casos moderados e severos ou contra patógenos específicos.2 A OMS recomenta o uso de antimicrobianos nos casos mais graves de diarreia aguda, associadas à Shigella (ciprofloxacina, ceftriaxona) e na cólera (tetraciclina, eritromicina).

29 DISCUSSÃO - É importante dizer que a prescrição de antibióticos sem indicação pode elevar o risco de síndrome hemolítico-urêmica quando prescritos a portadores de Escherichia coli. - Além disso, uso de antibióticos contribui para o desenvolvimento de cepas de microorganismos resistentes, implicando risco de iatrogenia e de colite pseudomembranosa, além de desequilíbrio da microbiota intestinal. 2’17

30 DISCUSSÃO Em relação ao uso de probióticos, vários ensaios clínicos randomizados que estudaram gastroenterite aguda, mostrou redução na duração da diarreia.2’17 A pequena utilização dos probióticos no HMIB (apenas 3,9%) talvez possa ser explicada pela não disponibilidade na farmácia deste hospital e pelo seu custo, visto que a população atendida neste hospital é, na sua maioria, de baixa renda.

31 DISCUSSÃO O uso de antieméticos, pode ser benéfico em caso de vômitos intensos. Para vômitos esporádicos, não são recomendados. 19. No estudo, notamos que os antieméticos foram prescritos para 40,9% dos pacientes, sendo a Ondasetrona a mais prescrita. Esta medicação, por via oral ou endovenosa, pode ser prescrita, reduzindo o risco de desidratação e tempo de hospitalização, em pacientes que apresentam importantes episódios de vômitos. Não se encontra na literatura, uma boa evidência científica que embase o uso de outros antieméticos nos quadros de GECA. 2’20

32 DISCUSSÃO Nos quadros de GECA, é recomendado o ZINCO uma vez ao dia, durante 10 a 14 dias.2 Já se sabe que a suplementação com zinco reduz a morbidade entre as crianças menores de cinco anos. 21 Além disso, reduz a incidência de diarreia durante os 3 meses seguintes. 18 A OMS recomenda a terapia de zinco de rotina para crianças com diarreia, independente da causa.21 Não houve prescrição de Zinco nos prontuários analisados.

33 CONCLUSÃO - O trabalho possibilitou o conhecimento das condutas que estão sendo realizadas nos casos de GECA admitidos no HMIB. O número de internações, talvez sem indicação apropriada, e de terapias de reidratação endovenosas excessivas são importantes para a racionalização da terapia instituída. Sabemos que quando há superlotação do serviço e algumas vezes falta de estrutura ou de profissionais para atender a demanda, podem dificultar condutas adequadas, mas de qualquer forma, o conhecimento da patologia e do seu tratamento, recomendado pela literatura é fundamental para tentar implantar medidas que possibilitem terapias adequadas, reduzindo a morbimortalidade, e os custos no tratamento.

34 Referências

35 Referências

36 Referências 16- Thielman NM & Guerrant RL . Acute infectious diarrhea. N Engl J Med 350: 38-47, 2004. 17- Preidis GA, Hill C, Guerrant RL, Ramakrishna BS, Tannock GW, Versalovic J. Probiotics, enteric and diarrheal diseases, and global health. Gastroenterology. 2011;140(1):8-14. 18- Carter B, Fedorowictz Z. Antiemetic treatment for acute gastroenteritis in children: an updated Cochrane systematic review with meta-analysis and mixed treatment comparison in a Bayesian framework. BMJ Open. 2012;2 19- Freedman SB, Tung D, Cho d, Rumantir M, Chan KJ. Time-series analysis of ondansetron use in pediatric gastroenteritis. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2012;54: 20- Lamberti LM, Fischer Walker CL, Chan KY, Jian W-Y, Black RE. Oral Zinc Supplementation for the Treatment of Acute Diarrhea in Children: A Systematic Review and Meta-Analysis. Nutrients. 2013;5(11): 21- Fontaine O. Effect of zinc supplementation on clinical course of acute diarrhoea. J. Health Popul. Nutr. 2001;19:339–346

37 OBRIGADA


Carregar ppt "Brasília, 01 de dezembro de 2016"

Apresentações semelhantes


Anúncios Google