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LITERATURA – LINGUAGEM
E RECURSOS
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Poderes da Literatura Inventar uma nova realidade;
Despertar sensações e emoções; Jogar com os signos verbais e visuais e com os sentidos; Denunciar opressões e atrocidades; Instigar a reflexão sobre a existência humana e o mundo.
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Literariedade O texto literário, de um modo geral, escapa da previsibilidade cotidiana, do senso comum e das formas já desgastadas de comunicação, como os clichês. Ao se desvencilhar do convencional, o autor cria uma trama estética, que não dispensa os elementos linguísticos disponíveis, mas os organiza de uma maneira mais particular e complexa.
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Podemos pensar o texto literário como aquele que é singular, aquele que desautomatiza o objeto artístico e exige do leitor um pacto ficcional. Facilidade e transparência não são objetivos da literatura, mas estranheza, obscuridade, polifonia e polissemia. A literatura promove a multiplicação de sentidos e fomenta interpretações diversas.
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Explicação de poesia sem ninguém pedir
Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica, mas atravessa a noite, a madrugada, o dia, atravessou minha vida, virou só sentimento. PRADO, Adélia. Poesia Reunida. São Paulo: Siciliano, 1991.
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No poema de Adélia Prado, o trem de ferro extrapola a sua funcionalidade e passa a representar as idas e vindas de pessoas queridas. O sujeito poético é marcado por essas travessias, sensibiliza-se com a simplicidade da vida corrente. Note como o lirismo nos leva a buscar novas significações para o que é aparentemente corriqueiro.
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Conotação O sentido conotativo ou figurado é aquele que modifica e/ou amplia, em um determinado contexto, o sentido literal do termo utilizado. Em textos não-literários, predomina o sentido denotativo da palavra, o que não quer dizer que um jornalista não possa utilizar também a conotação.
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Obviamente os textos literários se valem mais das metáforas, metonímias e alegorias do que os textos jornalísticos, por exemplo. Mas não podemos engessar o conhecimento e acreditar que as figuras de linguagem só são usadas em textos literários. Articulistas contemporâneos, como Arnaldo Jabor e Marcelo Coelho, costumam também utilizar os recursos típicos da literatura.
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Da mesma maneira, mesmo sabendo que a objetividade é típica da linguagem não- literária, há toda uma literatura atual influenciada pela imprensa. Portanto, devemos também ficar atentos aos contextos de produção e veiculação dos textos. A arte do século 20 e 21 vem brincando com essas fronteiras de linguagem. Veja o que fez Manuel Bandeira:
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Poema tirado de uma notícia de jornal
João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
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O poeta retirou a notícia do jornal e a versificou, alterando, assim, não apenas o suporte de edição, como o pacto de leitura. Ao esvaziar a função utilitária da linguagem e extrapolar a ideia de noticiar um fato, Bandeira revela o lirismo na morte de João Gostoso, cúmplice e antítese da vida festejada: bebeu/cantou/dançou.
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Fonte: ABAURRE, Maria Luiza; PONTARA, Marcela. Literatura Brasileira
Fonte: ABAURRE, Maria Luiza; PONTARA, Marcela. Literatura Brasileira. Tempos, Leitores e Leituras. São Paulo: Editora Moderna, deira04.html#poema
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