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PESCA EM ÁGUAS PROFUNDAS XLIII VOZ DE DEUS
AS CRIANÇAS NO MEIO DE NÓS
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Aconteceu durante uma das proclamações do Evangelho no posto de saúde municipal do conjunto habitacional Paraíso dos Pássaros, Paróquia de Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, Val-de-Cães, Belém, Amazônia do Brasil.
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O corredor do posto estava lotado, uns 80 pacientes mais ou menos, com destaque para duas crianças, um menino de 8 e uma menina de 5 anos, que também estavam sentados no banco.
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A passagem evangélica era de Marcos, aquela em que Jesus num dia de sábado na sinagoga cura um homem de mão mirrada (3,1-12). Naquele tempo, em Israel, não se podia trabalhar, nem curar e muito menos salvar alguém em dia de sábado. Não sei se hoje ainda é assim!
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Fazia silêncio no momento, coisa difícil de acontecer devido às conversas no corredor e ao entra-e-sai constante de gente. Todos estavam atentos ao Evangelho como a saborear cada palavra pronunciada...
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Na sinagoga, Jesus, observando os olhares carregados de expectativa, chama o homem deficiente para o meio do salão e pergunta a todos ali presentes: - É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal?...
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- Fazer o bem!!!... Exclamaram uníssonas as duas crianças nem bem eu terminei de falar. Fiquei admirado com aquela reação inusitada da multidão, pois somente as duas crianças responderam à pergunta de Jesus. Olhei satisfeito para os doiszinhos que me sorriam cativantes à minha frente. Jesus conclui a pergunta: - Salvar uma vida ou deixá- la morrer?
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- Salvar uma vida. Exclamaram de novo as crianças
- Salvar uma vida!!!... Exclamaram de novo as crianças. O público adulto, calado e aparvalhado, só fazia olhar os doiszinhos...
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A atitude dessas duas crianças pode ser uma resposta ao nosso comportamento omisso e indiferente aos acontecimentos, que nos impõe uma existência acomodada, vazia e degradante.
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Há momentos em nossa vida, como neste caso, em que o Espírito Santo só falta materializar-se chamando-nos a atenção para o que acontece ao nosso derredor e arrabalde.
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Sua luz revela a miséria, doença, fome, violência, traficância, injustiça, manipulações psico-sociais, falcatruas política e econômica, libertinagem, enfim, a escravidão de todo tipo de malfeitorias, como a exigir-nos uma reação contrária e imediata.
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Orienta-nos a abrir a porta da redoma que nos envolve para, libertos, participar da luta por uma vida digna onde todos os homens tenham as mesmas chances de progredir.
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Estimula-nos a pregar de cima dos telhados e em todas as paragens da terra, in-can-sa-vel-men-te, o amor a Deus acima de tudo e ao próximo como a nós mesmos, e praticá-los, sim, pra-ti-cá-los, para não permitir ao adversário, que é astuto e insaciável, a usurpação do trono de Deus no coração humano.
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O Espírito Santo fala na linguagem de todos os corações, entretanto, quem o escuta e participa realmente são os pequeninos, os humildes... Ele é o mesmo Pai, o mesmo Cristo, o mesmo Trino, que ama todos os homens, mas principalmente as crianças, porque são inocentes, puras... Por isso, as crianças não se desviam do caminho de Deus por si mesmas, o desvio é oriundo do relacionamento com o homem adulto já maculado pelas coisas do mundo. Ai daquele que promove a perda de uma criança! Vai se ver com Jesus Cristo.
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Eliezer de Oliveira Martins
Evangelizar as famílias, com especial atenção às crianças, é a necessidade premente da Igreja de todos os tempos. Quando isto acontece verdadeiramente, no céu os anjos fazem festa e o Criador sorri alegre porque sabe que o sacrifício do seu Filho não foi em vão, as crianças respondem por Ele. Eliezer de Oliveira Martins Obs: O autor é diácono da Arquidiocese de Santa Maria de Belém do Grão Pará, Amazônia do Brasil. Esses fatos são uma adaptação dos narrados em link FONTE DE VIDA. Musical: Only A Memory, Yanni
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