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Da extração do pau-brasil às relações entre índios e europeus e às forças de trabalho ameríndia e africana por Raphael Rocha de Almeida Revisado por Sara.

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1 Da extração do pau-brasil às relações entre índios e europeus e às forças de trabalho ameríndia e africana por Raphael Rocha de Almeida Revisado por Sara Aredes, Silvia Drumond e Elaine Campos

2 Mapa Terra Brasilis Este mapa apresenta uma das primeiras atividades econômicas do Brasil Colonial. Observe: Quem são as personagens presentes na imagem? O que essas personagens estão fazendo no território ? No oceano (parte inferior do mapa, veja a seta), há um desenho. Que desenho é este? Qual a relação desse desenho (veja a seta) com as atividades realizadas pelos personagens presentes no interior do mapa? Qual é a atividade a que o mapa se refere? Qual seria o possível destino do produto retirado do continente?

3 Relacione a atividade apresentada no mapa à esquerda com a Carta de Pero Vaz de Caminha, escrivão da esquadra de Pedro Álvares Cabral, que “descobriu” o Brasil em 1500: Senhor [El-Rei D. Manuel], [...] E hoje que é sexta-feira, primeiro dia de maio, saímos em terra com nossa bandeira; e fomos desembarcar no rio acima [...] Até agora não podemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de metal [....] Contudo a terra em si é de muitos bons ares, frescos e temperados como dos de Entre-Douro e Minho [...] Em tal maneira é graciosa que, querendo a aproveitar-se há nela tudo, por causa das águas que tem! [...] Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. Carta de Pero Vaz de Caminha, 01/05/1500

4 Observe a imagem: Cenas da expedição do Coronel Afonso Botelho de Sampaio Souza FONTE: BELUZO, Anna Maria de Moraes. O Brasil dos viajantes. São Paulo: Objetiva/ Fundação Odebrecht, 1999, p. 230.

5 Atividade: Quais são as personagens presentes na imagem?
Com base em que elementos é possível diferenciar as personagens? Com base na imagem e nas informações obtidas nas atividades anteriores, construa uma hipótese em resposta à seguinte pergunta: como os europeus conseguiam extrair madeira das terras brasileiras?

6 Atividade: Leia o texto a seguir, extraído do livro de Jean de Léry, publicado pela primeira vez em 1578.

7 Diálogo com um velho tupinambá (cerca de 1557)
"Os nossos tupinambás muito se admiram dos franceses e outros estrangeiros se darem ao trabalho de ir buscar o seu arabutam. Uma vez um velho perguntou-me: Por que vindes vós outros, mairs e perôs [franceses e portugueses] buscar lenha de tão longe para vos aquecer? Não tendes madeira em vossa terra? Respondi que tínhamos muita mas não daquela qualidade, e que não a queimávamos, como ele o supunha, mas dela extraíamos tinta para tingir, tal qual o faziam eles com os seu cordões de algodão e suas plumas. Retrucou o velho imediatamente: e porventura precisais de muito? - Sim, respondi-lhe, pois no nosso país existem negociantes que possuem mais panos, facas, tesouras, espelhos e outras mercadorias do que podeis imaginar e um só deles compra todo o pau-brasil com que muitos navios voltam carregados. - Ah! retrucou o selvagem, tu me contas maravilhas, acrescentando depois de bem compreender o que eu lhe dissera: Fonte: LÉRY, Jean de. Viagem à terra do Brasil. trad. Sérgio Milliet. Belo Horizonte: Itatiaia: São Paulo: EDUSP, 1980, p

8 Continuação do diálogo:
Mas esse homem tão rico de que me falas não morre? - Sim, disse eu, morre como os outros. Mas os selvagens são grandes discursadores e costumam ir em qualquer assunto até o fim, por isso perguntou-me de novo: e quando morrem para quem fica o que deixam? - Para seus filhos se os têm, respondi; na falta destes para os irmãos ou parentes mais próximos. [...] continuou o velho, que, como vereis, não era nenhum tolo, agora vejo que vos outros mairs sois grandes loucos, pois atravessais o mar e sofreis grandes incômodos, como dizeis quando aqui chegais, e trabalhais tanto para amontoar riquezas para vossos filhos ou para aqueles que vos sobrevivem! Não será a terra que vos nutriu suficiente para alimentá-los também? Temos pais, mães e filhos a quem amamos; mas estamos certos de que depois de nossa morte a terra que nos nutriu também os nutrirá, por isso descansamos sem maiores cuidados”. Fonte: LÉRY, Jean de. Viagem à terra do Brasil. trad. Sérgio Milliet. Belo Horizonte: Itatiaia: São Paulo: EDUSP, 1980, p

9 Com base no diálogo escolha as respostas para completar o quadro:
Atenção: siga a ordem das opções disponíveis! Índios Franceses Utilidade da madeira: Índios Franceses Utilidade da madeira Vender Vender A razão (ou o porquê) do trabalho Lenha para aquecer e extrair tinta Lenha para aquecer e extrair tinta A razão (o porquê) do trabalho: A visão do outro Índios Franceses A visão do outro: Garantir a subsistência Garantir a subsistência Índios acham os franceses Franceses acham os índios Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Diferentes e Loucos Diferentes e discursadores Iguais Iguais

10 Com base no diálogo escolha as respostas para completar o quadro:
Atenção: siga a ordem das opções disponíveis! Índios Franceses Utilidade da madeira: Índios Franceses Utilidade da madeira Vender Vender A razão (ou o porquê) do trabalho Lenha para aquecer e extrair tinta Lenha para aquecer e extrair tinta Resposta ERRADA!! A razão (o porquê) do trabalho: A visão do outro Índios Franceses A visão do outro: Garantir a subsistência Garantir a subsistência Índios acham os franceses Franceses acham os índios Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Diferentes e Loucos Diferentes e discursadores Iguais Iguais

11 Com base no diálogo escolha as respostas para completar o quadro:
Atenção: siga a ordem das opções disponíveis! Índios Franceses Utilidade da madeira: Índios Franceses Lenha para aquecer e extrair tinta Utilidade da madeira Vender Acertou!!! Vender A razão (ou o porquê) do trabalho Lenha para aquecer e extrair tinta Lenha para aquecer e extrair tinta A razão (o porquê) do trabalho: A visão do outro Índios Franceses A visão do outro: Garantir a subsistência Garantir a subsistência Índios acham os franceses Franceses acham os índios Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Diferentes e Loucos Diferentes e discursadores Iguais Iguais

12 Com base no diálogo escolha as respostas para completar o quadro:
Atenção: siga a ordem das opções disponíveis! Índios Franceses Utilidade da madeira: Índios Franceses Lenha para aquecer e extrair tinta Utilidade da madeira Vender Acertou!!! Vender A razão (ou o porquê) do trabalho Lenha para aquecer e extrair tinta Lenha para aquecer e extrair tinta Resposta ERRADA!! A razão (o porquê) do trabalho: A visão do outro Índios Franceses A visão do outro: Garantir a subsistência Garantir a subsistência Índios acham os franceses Franceses acham os índios Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Diferentes e Loucos Diferentes e discursadores Iguais Iguais

13 Com base no diálogo escolha as respostas para completar o quadro:
Atenção: siga a ordem das opções disponíveis! Índios Franceses Utilidade da madeira: Índios Franceses Lenha para aquecer e extrair tinta Utilidade da madeira Vender Acertou!!! Vender Vender Acertou!!! A razão (ou o porquê) do trabalho Lenha para aquecer e extrair tinta Lenha para aquecer e extrair tinta A razão (o porquê) do trabalho: A visão do outro Índios Franceses A visão do outro: Garantir a subsistência Garantir a subsistência Índios acham os franceses Franceses acham os índios Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Diferentes e Loucos Diferentes e discursadores Iguais Iguais

14 Com base no diálogo escolha as respostas para completar o quadro:
Atenção: siga a ordem das opções disponíveis! Índios Franceses Utilidade da madeira: Índios Franceses Lenha para aquecer e extrair tinta Utilidade da madeira Vender Acertou!!! Vender Vender Acertou!!! A razão (ou o porquê) do trabalho Lenha para aquecer e extrair tinta Lenha para aquecer e extrair tinta Resposta ERRADA!! A razão (o porquê) do trabalho: A visão do outro Índios Franceses A visão do outro: Garantir a subsistência Garantir a subsistência Índios acham os franceses Franceses acham os índios Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Diferentes e Loucos Diferentes e discursadores Iguais Iguais

15 Com base no diálogo escolha as respostas para completar o quadro:
Atenção: siga a ordem das opções disponíveis! Índios Franceses Utilidade da madeira: Índios Franceses Lenha para aquecer e extrair tinta Utilidade da madeira Vender Acertou!!! Vender Vender Acertou!!! A razão (ou o porquê) do trabalho Lenha para aquecer e extrair tinta Lenha para aquecer e extrair tinta A razão (o porquê) do trabalho: A visão do outro Diferentes e loucos Índios Franceses A visão do outro: Garantir a subsistência Garantir a subsistência Índios acham os franceses Franceses acham os índios Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acertou!!! Diferentes e Loucos Diferentes e discursadores Iguais Iguais

16 Com base no diálogo escolha as respostas para completar o quadro:
Atenção: siga a ordem das opções disponíveis! Índios Franceses Utilidade da madeira: Índios Franceses Lenha para aquecer e extrair tinta Utilidade da madeira Vender Acertou!!! Vender Vender Acertou!!! A razão (ou o porquê) do trabalho Resposta ERRADA!! Lenha para aquecer e extrair tinta Lenha para aquecer e extrair tinta A razão (o porquê) do trabalho: A visão do outro Diferentes e loucos Índios Franceses A visão do outro: Garantir a subsistência Garantir a subsistência Índios acham os franceses Franceses acham os índios Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acertou!!! Diferentes e Loucos Diferentes e discursadores Iguais Iguais

17 Com base no diálogo escolha as respostas para completar o quadro:
Atenção: siga a ordem das opções disponíveis! Índios Franceses Utilidade da madeira: Índios Franceses Lenha para aquecer e extrair tinta Utilidade da madeira Vender Vender Acertou!!! Vender Acertou!!! A razão (ou o porquê) do trabalho Lenha para aquecer e extrair tinta Lenha para aquecer e extrair tinta A razão (o porquê) do trabalho: A visão do outro Diferentes e discursadores Diferentes e loucos Índios Franceses A visão do outro: Garantir a subsistência Garantir a subsistência Índios acham os franceses Franceses acham os índios Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Diferentes e Loucos Acertou!!! Diferentes e discursadores Acertou!!! Iguais Iguais

18 Com base no diálogo escolha as respostas para completar o quadro:
Atenção: siga a ordem das opções disponíveis! Índios Franceses Utilidade da madeira: Índios Franceses Lenha para aquecer e extrair tinta Utilidade da madeira Vender Acertou!!! Vender Acertou!!! Vender A razão (ou o porquê) do trabalho Lenha para aquecer e extrair tinta Lenha para aquecer e extrair tinta Resposta ERRADA!! A razão (o porquê) do trabalho: A visão do outro Diferentes e discursadores Diferentes e loucos Índios Franceses A visão do outro: Garantir a subsistência Garantir a subsistência Índios acham os franceses Franceses acham os índios Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Diferentes e Loucos Acertou!!! Acertou!!! Diferentes e discursadores Iguais Iguais

19 Com base no diálogo escolha as respostas para completar o quadro:
Atenção: siga a ordem das opções disponíveis! Índios Franceses Utilidade da madeira: Índios Franceses Lenha para aquecer e extrair tinta Utilidade da madeira Vender Vender Acertou!!! Vender Acertou!!! A razão (ou o porquê) do trabalho Lenha para aquecer e extrair tinta Lenha para aquecer e extrair tinta Garantir a subsistência A razão (o porquê) do trabalho: A visão do outro Diferentes e discursadores Diferentes e loucos Índios Franceses A visão do outro: Acertou!!! Garantir a subsistência Garantir a subsistência Índios acham os franceses Franceses acham os índios Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Diferentes e Loucos Acertou!!! Diferentes e discursadores Acertou!!! Iguais Iguais

20 Com base no diálogo escolha as respostas para completar o quadro:
Atenção: siga a ordem das opções disponíveis! Índios Franceses Utilidade da madeira: Índios Franceses Lenha para aquecer e extrair tinta Utilidade da madeira Vender Acertou!!! Vender Vender Acertou!!! A razão (ou o porquê) do trabalho Lenha para aquecer e extrair tinta Lenha para aquecer e extrair tinta Garantir a subsistência Resposta ERRADA!! A razão (o porquê) do trabalho: A visão do outro Diferentes e discursadores Diferentes e loucos Índios Franceses A visão do outro: Acertou!!! Garantir a subsistência Garantir a subsistência Índios acham os franceses Franceses acham os índios Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acertou!!! Diferentes e Loucos Diferentes e discursadores Acertou!!! Iguais Iguais

21 Com base no diálogo escolha as respostas para completar o quadro:
Atenção: siga a ordem das opções disponíveis! Índios Franceses Utilidade da madeira: Índios Franceses Lenha para aquecer e extrair tinta Utilidade da madeira Vender Acertou!!! Vender Vender Acertou!!! A razão (ou o porquê) do trabalho Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Lenha para aquecer e extrair tinta Lenha para aquecer e extrair tinta Garantir a subsistência A razão (o porquê) do trabalho: A visão do outro Diferentes e discursadores Diferentes e loucos Índios Franceses A visão do outro: Acertou!!! Acertou!!! Garantir a subsistência Garantir a subsistência Índios acham os franceses Franceses acham os índios Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Acumular a riqueza para transmiti-las aos descendentes Diferentes e Loucos Acertou!!! Acertou!!! Diferentes e discursadores Segue Iguais Iguais

22 Atividade: Escreva um pequeno texto comparando a posição do índio com a do francês nos seguintes aspectos: Utilidade madeira retirada da terra. O trabalho. A riqueza.

23 Indique, no mapa abaixo, utilizando a seta, qual era o destino do pau-brasil extraído do Brasil colonial.

24 Errado! Escolha novamente.

25 Certo! Continuar

26 Discurso de Momboré-Uaçu (ancião que assistiu à colonização portuguesa em Pernambuco, na segunda metade do século XVI), feito nos idos de 1612, diante de índios e franceses, no Maranhão Vi a chegada dos portugueses em Pernambuco e Potiú. Eles começaram como vocês, franceses, fazem agora. Inicialmente, os portugueses só comercializavam, não fixavam residência. Nessa época dormiam livremente com as moças, o que os nossos companheiros de Pernambuco achavam muito honroso. Mais tarde, disseram que nos devíamos acostumar a eles, que precisavam construir fortalezas, para se defenderem, e edificar cidades para morarem conosco. Parecia que desejavam que constituíssemos uma só nação. Depois, começaram a dizer que não podiam tomar as moças sem mais aquela, que Deus somente lhes permitia possuí-las por meio do casamento e que elas não podiam casar sem que elas fossem batizadas. E para isso eram necessários padres. Mandaram vir os padres e estes ergueram cruzes e principiaram a instruir os nossos e batizá-los. Mais tarde afirmaram que nem eles nem os padres podiam viver sem escravos para servir e para eles trabalharem. E assim, nos vimos obrigados a fornecer-lhes escravos. Mas não satisfeitos com os escravos capturados na guerra, quiseram também os nossos filhos e acabaram escravizando toda a nação. Nossa nação foi tratada com tirania e crueldade de tal maneira que os que ficaram livres foram forçados a deixar a região. Fonte: D’ABEVILLE, Claude. História da Missão dos Padres Capuchinhos na Ilha do Maranhão e terras circunvizinhas. Belo Horizonte: Itatiaia: São Paulo: Edusp, 1975, p (TEXTO ADAPTADO POR L. C. VILLALTA).

27 Discurso de Momboré-Uaçu (continuação)
Assim aconteceu com os franceses: da primeira vez que vieram para cá, [cerca de quarenta anos atrás], só quiseram fazer comércio. Como portugueses, vocês não recusavam tomar nossas filhas e nós nos julgávamos felizes quando elas tinham filhos. Nesta época, vocês não falavam em se fixar por aqui, contentando-se em vir para cá uma vez por ano. Agora vocês já falam em se estabelecer por aqui, em construir fortalezas contra nossos inimigos. Para isso trouxeram um chefe e padres. Nós estamos satisfeitos, mas os portugueses fizeram o mesmo. Depois da chegada dos padres, vocês levantaram cruzes como os portugueses. Agora começaram a catequizar e a batizar, como os portugueses fizeram. Dizem que não podem mais tomar nossas filhas sem casar e sem batizá-las. O mesmo disseram os portugueses. Como os portugueses, vocês, a princípio, não queriam escravos. Agora, pedem escravos. Não creio que vocês têm a mesma intenção que os portugueses. Digo apenas o que vi simplesmente com meus olhos. Fonte: D’ABEVILLE, Claude. História da Missão dos Padres Capuchinhos na Ilha do Maranhão e terras circunvizinhas. Belo Horizonte: Itatiaia: São Paulo: Edusp, 1975, p (TEXTO ADAPTADO POR L. C. VILLALTA). Para voltar às atividades sobre o texto de J. Monteiro

28 Portugueses versus franceses
Abaixo, do lado esquerdo, você vê as etapas dos contatos dos portugueses com os índios em Pernambuco e, do lado direito, dos franceses com os índios no Maranhão, conforme o relato feito por Momboré-Uaçu, em Essas etapas estão fora da ordem temporal em que se deram. Identifique, através de números, numa folha de papel, a ordem temporal correta das etapas dos contatos mencionados acima: Franceses ( )Catequização e batismo. ( )Comércio e relações sexuais livres com as índias. ( )Pedidos de escravos aos índios. ( )Construção de fortalezas para habitar com os índios, trazendo chefes e padres. Portugueses ( ) Uso de índios aliados como escravos. ( ) Vinda de padres e introdução do batismo e do casamento. ( ) Construção de fortalezas e casas para moradias. ( ) Comércio sem se fixar no território. ( ) Uso de índios inimigos como escravos. Confira sua resposta!

29 Para pensar... Os franceses se diferenciavam dos portugueses em relação às expectativas e as práticas referentes ao Brasil e seus habitantes? Com base no Discurso de Momboré Uaçu, descreva algumas práticas comuns de portugueses e franceses em relação ao indígena.

30 Extração do pau-brasil
Linha do tempo 1600 1601 1700 1701 1800 c. 1557: diálogo de Léry com velho tupinambá, no RJ c.1612: discurso de Mamboré-uaçu no MA 1500: Carta de Caminha Extração do pau-brasil c : Escravização legal do índio* Desde c. 1532: Agromanufatura do açúcar Desde c (e até 1888): Escravidão negra no Brasil * Em , D. João permitiu a escravização dos índios, nas proximidades do Rio de Janeiro, por guerra justa.

31 Controvérsia historiográfica
Ao longo dos anos, os negros africanos foram introduzidos como força de trabalho. Tradicionalmente, diz-se que o trabalho indígena foi aos poucos substituído pelo dos negros escravos. Veja a seguir as explicações de alguns autores sobre essa questão.

32 Gilberto Freire Segundo Gilberto Freire, autor de Casa Grande & Senzala, publicado em 1933, o trabalho indígena foi substituído pelo escravo negro porque a cultura indígena era, na época da chegada dos portugueses, “uma das mais rasteiras” e atrasadas do continente. Na sua opinião, a tentativa de inserir o índio na lavoura açucareira revelou-o como: “o trabalhador banzeiro e moleirão que teve de ser substituído pelo negro. Este, vindo de um estágio de cultura superior ao do americano, correspondia melhor às necessidades brasileiras de intenso e contínuo esforço físico.” (p. 158)

33 Atividade Houve substituição do trabalho indígena pelo do negro, segundo Gilberto Freire? Por quê? Qual a opinião de Gilberto Freire sobre o indígena?

34 Sérgio Buarque de Holanda
Leia, abaixo, a opinião de Sergio B. de Holanda, presente em Raízes do Brasil, publicado em 1936, sobre o tema em questão: “Pode dizer-se que a presença do negro representou fator obrigatório no desenvolvimento dos latifúndios coloniais. Os antigos moradores da terra [os índios] foram, eventualmente, prestimosos colaboradores na indústria extrativa, na casa, na pesca, em determinados ofícios mecânicos e na criação do gado. Dificilmente se acomodavam, porém, ao trabalho acurado e metódico que exige a exploração dos canaviais. Sua tendência espontânea era para atividades menos sedentárias e que pudessem exercer sem regularidade forçada e sem vigilância fiscalização de estranhos. Versáteis ao extremo, eram-lhe inacessíveis certas noções de ordem, constância e exatidão (...). O resultado eram incompreensões recíprocas que, por parte dos indígenas, assumiam quase sempre a forma de uma resistência obstinada, ainda quando silenciosa e passiva, às imposições da raça dominante” (48)

35 Atividade Houve substituição do trabalho indígena pelo do negro, segundo Sérgio Buarque de Holanda? Por quê? Qual a diferença entre a opinião de Freire e a de Sérgio Buarque de Holanda a respeito do índio?

36 Fernando Antônio Novais
Voltar a Atividade final Fernando Antônio Novais, no seu trabalho Estrutura e Dinâmica do Antigo Sistema Colonial, publicado nos anos 1970, oferece outra importante explicação sobre a substituição do trabalho indígena pelo negro. Para Novais, a introdução do escravo africano não pode ser explicada pela “inadaptação” do indígena. Em vários momentos, a mão-de-obra indígena foi utilizada. Mas a “preferência” pelo negro africano está relacionada com o trafico negreiro. O tráfico de escravos era um “importante setor de comércio colonial” e proporcionava enormes lucros e acumulação de capital, principalmente por parte dos mercadores metropolitanos. Esses interesses dos mercadores levaram à substituição.

37 Atividade Houve substituição do trabalho indígena pelo do negro, segundo Fernando Antônio Novais? Por quê? O autor Fernando Antônio Novais concorda com Sérgio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre? Explique.

38 John Manuel Monteiro Voltar a Atividade final John Manuel Monteiro, no seu livro Negros da Terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo, publicado em 1994, demonstra que, durante todo o século XVII, os colonos da região de São Paulo e de outras vilas circunvizinhas utilizaram com grande intensidade a mão-de-obra indígena, em várias atividades agrícolas, principalmente a cultura do trigo. Esses índios eram capturados em expedições, que ficaram conhecidas como bandeiras, que os colonos de São Paulo faziam pelo interior do território: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande Sul, Paraguai, Goiás, Mato Grosso e Minas Gerais.

39 Atividade Houve substituição do trabalho indígena pelo do negro, em São Paulo até o final do século XVII, segundo John Manuel Monteiro? O que acontecia em São Paulo?

40 Fonte: Monteiro, John. Negros da Terra, p. 80.
Proprietários e índios, região de São Paulo, , segundo inventários de bens Fonte: Monteiro, John. Negros da Terra, p. 80.

41 Atividade final Com base no gráfico anterior, em qual período histórico os colonos de São Paulo mais se utilizaram de escravos indígenas? Existe alguma semelhança entre a opinião de Novais e de John Manuel Monteiro? Qual? Compare a situação relatada por Momboré-Uaçu, em 1612, no Maranhão, com as afirmações de John Monteiro sobre o trabalho indígena em São Paulo, de todo o século XVII.

42 Para você pensar... Os índios na América portuguesa foram, em todos os lugares e períodos, substituídos pelos negros? Explique. Eles só foram utilizados como mão de obra na extração do pau-brasil? Explique. Na sua opinião, quais foram os motivos para a substituição do índio pelo negro nos lugares que isso ocorreu?

43 Nação Neste caso, a palavra significa o conjunto de aldeias indígenas que são unidas por alianças militares e matrimoniais e, ainda, por costumes e língua. As alianças eram facilmente rompidas.

44 Jean Baptiste Debret Ele chegou ao Brasil em 1816, membro de uma missão francesa contratada para introduzir o ensino de artes plásticas no então Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, tendo permanecido aqui até As imagens por ele produzidas nesse período foram publicadas entre , na França, na obra Viagem pitoresca e histórica ao Brasil.

45 Johan Moritz Rugendas Nasceu em Augsburg, 1802 e morreu em Weilheim, em Desenhista e pintor, descendente de família de artistas, estudou no ateliê de Albrecht Adam. Incentivado pelos relatos de viagem de Spix e Martius e pela exposição, em Viena, dos desenhos de Thomas Ender feitos no Brasil, integrou-se à expedição de Langsdorf. Desembarcou no Rio de Janeiro em Em 1825, retornou à Europa. Voltou a viajar pela América entre 1831 e 1846, percorrendo diversos países, inclusive o Brasil. Registrou diversas cidades mineiras, destacando sempre o trabalho escravo na região. Foi artista de grande prestígio na Corte, tendo pintado, além de cenas de florestas, vários retratos da família imperial e de outras personalidades brasileiras. É autor de Viagem Pitoresca À Terra do Brasil, publicada em 1835.

46 Thomas Ender Nasceu em Viena (Áustria) em 1793 e morreu em Pintor e aquarelista, iniciou seus estudos artísticos aos 12 anos, na Academia de Artes de Sant’Ana. Dedicou-se primeiramente a pintura histórica e depois a de paisagem. Uma premiação aos 19 anos lhe valeu o convite para participar, com pintor de paisagens, da Missão Austríaca. Chegou ao Brasil em 1817, acompanhado de outros naturalistas. O período de cerca de 10 meses passado no Brasil resultou em produção de mais de 600 desenhos documentais e paisagísticos sobre o país. Em 1818, iniciou viagem ao interior em companhia de Spix e Martius, mais adoeceu ao chegar a São Paulo retornando em seguida à Áustria. De 1819 a Na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro há também o álbum de pequenos desenhos de viagem.

47 Lopo Homem com Pedro e Jorge Reine
Cartógrafo oficial do rei na corte de Dom Manuel, ativo na função entre 1517 e Seus dados biográficos são quase desconhecidos. É autor do Atlas Miller, com Pedro e Jorge Reinel, o mais importante Atlas português produzido no século XVI.

48 Jean de Léry Jean de Léry pertencia a uma família de burgueses. Ainda muito jovem, com dezoito anos, tornou-se um estudante de teologia. Era um seguidor de Jean Calvino, sendo, portanto, um calvinista, um protestante. Em novembro de 1556, o autor e mais 13 calvinistas embarcaram para a França Antártica, colônia francesa estabelecida na baía de Guanabara. No Brasil, o autor veio a se desentender com o chefe da Colônia, Villegagnon. Por esse motivo, acabou por abandonar a ilha em que se instalara a Colônia e foi para o continente. Em 1558, Léry voltou à França. Depois foi à Genebra, na Suíça, completar seus estudos sobre teologia. Presenciou a guerra entre católicos e protestantes na França, reprovando a destruição das igrejas pelos protestantes. Desanimou-se com os horrores da guerra e ficou enojado de fazer qualquer propaganda religiosa. Foi neste clima que escreveu Viagem à Terra do Brasil. Morreu em Berna, na Suíça, em 1611. Clique aqui para retornar ao texto

49 Os franceses no Brasil Durante os primeiros anos do período colonial, foi freqüente a presença de franceses no litoral do Brasil, envolvendo-se na extração do pau-brasil. Os franceses estabeleceram duas colônias no Brasil, ambas fracassadas: a França Antártica, na Baía de Guanabara, entre 1555 e 1560 e a França Equinocial, no Maranhão, na segunda década do século XVII. O Rio de Janeiro foi alvo de um ataque de corsários franceses, aos 12 de setembro de 1711, sob o comando de Duguay-Trouin. As tropas portuguesas e os moradores abandonaram cidade do Rio de Janeiro no dia 21 do mesmo mês, incentivados pelo governador Castro Morais. Os invasores encontraram a cidade deserta e a saquearam. Como não acharam ouro, ameaçaram destruí-la. O governador, para impedir que isso acontecesse, negociou um resgate, no valor de 610 mil cruzados. Ao final do século XVIII, a França era um mito na cabeça de alguns habitantes da América portuguesa. Em Minas Gerais, os chamados Inconfidentes sonharam que a França os apoiaria no movimento contra o governo português. Os envolvidos nas Inconfidências do Rio de Janeiro e da Bahia sonharam com uma invasão francesa, pensando que com essa viriam também as idéias de liberdade e igualdade da França revolucionária (sobre isso, veja as Inconfidências Mineira, Carioca e Baiana, também neste CD-ROM ou no endereço Clique acima para voltar ao Diálogo com o velho tupinambá Clique aqui para voltar ao Discurso de Mamboré-uaçu

50 Confira a sua resposta! Franceses (3)Catequização e batismo.
Portugueses (5) Uso de índios aliados como escravos. (3) Vinda de padres e introdução do batismo e do casamento. (2) Construção de fortalezas e casas para moradias. (1) Comércio sem se fixar no território. (4) Uso de índios inimigos como escravos. Franceses (3)Catequização e batismo. (1)Comércio e relações sexuais livres com as índias. (4)Pedidos de escravos aos índios. (2)Construção de fortalezas para habitar com os índios, trazendo chefes e padres.


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