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PERCEPÇÃO ESTÉTICA Corpo, música e sensibilidade

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Apresentação em tema: "PERCEPÇÃO ESTÉTICA Corpo, música e sensibilidade"— Transcrição da apresentação:

1 PERCEPÇÃO ESTÉTICA Corpo, música e sensibilidade
Prof. Luciano Ezequiel Kaminski Colégio Estadual Pe. Cláudio Morelli (Curitiba/PR) UFPR – bolsista do programa PIBID UNIBRASIL Blog:

2 A sua música dá forma àquela angústia, àquele pavor, àquela visão clara do estado catastrófico ao qual os outros só podem escapar regredindo. (...) Todavia, somente os indivíduos são capazes de representar e defender, com conhecimento claro, o genuíno desejo de coletividade em face de tais poderes. (Adorno. O fetichismo...)

3 PLANO DE TRABALHO: 1- SENSIBILIDADE ESTÉTICA NUM PLANO ANTROPOLÓGICO 2- O PROPOSTA DE KANT 3- A TEORIA CRÍTICA (BENJAMIN E ADORNO) 4- A PERCEPÇÃO MUSICAL 5- ATIVIDADE

4 O PROBLEMA A reprodutibilidade técnica da arte pulverizou a categoria do belo kantiano. O que fazer? O que esperar? Mas qual seria uma ética passível de ser pensada a partir da leitura que Benjamin e Adorno nos permitiriam pensar? Que tipo de exigências são guardadas na escuta musical genuína?

5 as aulas de Filosofia e/ou Arte deveriam defender uma posição contrária ao consumo dos produtos midiáticos, e deveríamos defender um consumo de produtos eruditos?

6 O ARGUMENTO metodologia de ensino passa pela leitura que fazemos da filosofia relações possíveis e necessárias entre nossa vivência corpórea e a percepção/sensibilidade estética

7 CONTEXTO PRESERVAR O LUGAR DA FILOSOFIA
PRESENÇA DA EDUCAÇÃO MUSICAL NAS ESCOLAS DIÁLOGO INTERDISCIPLINAR LEITURA DE TEXTOS FILOSÓFICOS REFLEXÃO CONCEITUAL LENTA GRADUAL CONTEXTUALIZADA

8 ESTÉTICA E ANTROPOLOGIA
A presença da estética enquanto domínio próprio na filosofia está ligada a uma busca de caráter antropológico: encontrar elementos mínimos, fundamentais que tornam o ser humano possivelmente livre. Encontrar elementos que o reduzam a um ser natural ou encontrem elementos que o conduzam ao espírito, ao pensamento, à liberdade. Definir o humano em sua natureza própria.

9 KANT CONDIÇÕES DE POSSIBILIDADE DOS JUÍZOS DE GOSTO
“Ora, sobre isso funda-se o problema com o qual nos ocupamos agora: como são possíveis os juízos de gosto? Portanto, este problema concerne aos princípios a priori da faculdade de juízo pura em juízos estéticos, isto é, naqueles em que ela não tem de simplesmente subsumir (como nos teóricos) sob conceitos objetivos do entendimento e não está sob uma lei, mas em que ela é subjetivamente para si própria tanto objeto como lei.” (CFJ, §36)

10 QUALIDADE “Gosto é a faculdade de ajuizamento de um objeto ou de um modo de representação mediante uma complacência ou descomplacência independente de todo interesse. O objeto de tal complacência chama-se belo.” (§5)

11 “belo é o que apraz universalmente sem conceito.” (§9)
QUANTIDADE “belo é o que apraz universalmente sem conceito.” (§9) Ana Hatherly, A Arte do Suspenso. Lisboa, Galeria Ratton. Disponível em:

12 RELAÇÃO “Beleza é a forma da conformidade a fins de um objeto, na medida em que ela é percebida nele sem representação de um fim” (§17)

13 MODO “Belo é conhecido sem conceito como objeto de uma complacência necessária” (§22)

14 ARGUMENTO é necessário realizarmos uma incursão cognitiva e reflexiva sobre a dimensão do corpo, como condição de uma busca para a compreensão da arte, em suas várias linguagens e dimensões, a fim de que possamos criar condições para o amadurecimento cognitivo, político, moral e estético do ser humano. Sem isso, ficaria difícil pensar em uma sociedade de sujeitos livres e autônomos.

15 SCHILLER Estado estético como médium entre natureza e liberdade.
Uma aposta entusiasmada na arte. Temos um caminho comum entre praticamente todos os filósofos contemporâneo: a estética (a arte vivenciada de modo pulsante, criativo, dinâmico) é um dos caminhos, se não o caminho, de conquista da autonomia. É o meio de humanização.

16 W. BENJAMIN PERDA DA AURA EM SUAS TRÊS DIMENSÕES:
Perda de seu valor intrínseco; Perda do seu potencial arrebatador e agenciador; Distanciamento da experiência genuína. O homem moderno passa pelos fatos, mas não é atravessado pelo mundo.

17 “... falta sempre algo: o hic et nunc (o aqui e agora) da obra de arte, a unidade de sua presença no próprio local onde se encontra.” (A obra de arte na época de suas técnicas de reprodução, 1980, p. 7) “... um divórcio crescente entre espírito crítico e o sentimento de fruição.” (1980, p. 21)

18 Mas... não está tudo perdido...
a tecnologia fornece “... um levantamento da realidade incomparavelmente mais preciso.” (1980, p. 22) , “ (...) nos faz enxergar melhor as necessidades dominantes sobre nossa vida...”. “O espaço se alarga”, “o movimento que assume novas dimensões”, permite-se o “engrandecimento das coisas”, o “desvendar novas estruturas da matéria”. (1980, p. 23)

19 ADORNO “O Fetichismo na Música e a Regressão da audição”
decadência do gosto musical “A música de entretenimento preenche os vazios do silêncio que se instalam entre as pessoas deformadas pelo medo, pelo cansaço e pela docilidade de escravos sem exigências” (Fetichismo, 1999, p. 67).

20 : “A liquidação do indivíduo constitui o sinal característico da nova época musical em que vivemos.” (1999, p. 73) Os ouvintes perdem com a liberdade de escolha e com a responsabilidade não somente a capacidade para um conhecimento consciente da música – que sempre constitui prerrogativa de pequenos grupos – mas negam com pertinácia a própria possibilidade de se chegar a um tal conhecimento. Flutuam entre o amplo esquecimento e o repentino reconhecimento, que logo desaparece de novo no esquecimento. (1999, p. 89)

21 “Os ouvintes e os consumidores em geral precisam e exigem exatamente aquilo que lhes é imposto insistentemente.” (1999, p. 91) “... no fundo as pessoas percebem-se traidoras de uma possibilidade melhor, e simultaneamente percebem-se traídas pela situação reinante.” (Adorno, 1999, p. 102)

22 A arte é movimento de objetivação da irracionalidade da sociedade completamente coletivizada. A arte é denúncia da inverdade, da aparência mediocrizante. A imagem é a não redutibilidade ao efêmero, à duração divertida.

23 A MÚSICA O som e o sentido, de José Miguel Wisnik (1999)
Arte: Alexandra Badaró Kaminski

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25 “. som afinado diminui o grau de incerteza do universo
“... som afinado diminui o grau de incerteza do universo.” (Wisnik, 1999, p. 27) a música fala ao mesmo tempo ao horizonte da sociedade e ao vértice subjetivo de cada um, sem se deixar reduzir às outras linguagens. Esse limiar está fora e dentro da história. A música ensaia e antecipa aquelas transformações que estão se dando, que vão se dar, ou que deveriam se dar, na sociedade. (Wisnik, 1999:13)

26 A mutação que está implicada no surgimento do tonalismo, no entanto, leva a música a perder as suas antigas funções rituais, remetidas agora ao âmbito da contemplação estética, no contexto exclusivo da representação (o teatro de concerto será a câmara de som e silêncio adequada a esse novo estado de ritualidade em suspensão). É nesse momento que a linguagem musical, sem ter propriamente uma função ritual (suspensa no teatro da representação) e sem ser narrada por um mito, se investe internamente de estruturas míticas, “encarna” o mito na estrutura sonora, e o seu mito é o da crise e da reparação da ordem questionada e recomposta. (Wisnik, 1999:163)

27 A música, sendo uma ordem que se constrói de sons, em perpétua aparição e desaparição, escapa à esfera tangível e se presta à identificação com uma outra ordem do real: isso faz com que se tenha atribuído a ela, nas mais diferentes culturas, as próprias propriedades do espírito. O som tem um poder mediador, hermético: é o elo comunicante do mundo material com o mundo espiritual e invisível. O seu valor de uso mágico reside exatamente nisto: os sons organizados nos informam sobre a estrutura oculta da matéria no que ela tem de animado. (Não há como negar que há nisso um modo de conhecimento e de sondagem de camadas sutis da realidade). (Wisnik, 1999:28)

28 O Bater de um tambor é antes de mais nada um pulso rítmico
O Bater de um tambor é antes de mais nada um pulso rítmico. Ele emite freqüências que percebemos como recortes de tempo, onde inscreve suas recorrências e suas variações. Mas se as freqüências rítmicas foram tocadas por um instrumento capaz de acelerá-las muito, a partir de certa de dez ciclos por segundo, elas vão mudando de caráter e passam a um outro patamar, o da altura melódica. A partir de um certo limiar de freqüência (em torno de quinze ciclos por segundo, mas estabilizando-se só em cem e disparando em direção ao agudo até a faixa audível de cerca de 15 mil hertz), o ritmo “vira” melodia. (Wisnik, 1999:20)

29 DO PULSO AO TOM Campo das durações, produzem ritmos. Periodicidade e regularidade, sucessão, repetição produzem uma dança dos sons. campo das alturas. Sons em frequências regulares que nossos ouvidos captam. Camadas de ar agitadas em frequências que produzem sons afinados.

30 A MÚSICA OBEDECE AO PRINCÍPIO DE PULSAÇÃO. Isto é, corpo. Corpo e tempo. Ritmo e natureza.

31 CONCLUSÃO A ética do comprometimento com o corpo. Comprometimento que significa compreendê-lo, pensar nele e com ele. Uma infusão ao corpo, uma inflexão, mais do que uma reflexão teórica. Redimensionar a sensibilidade para além de uma capacidade longínqua de apreciação da arte.


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