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Inativação do Cromossomo X
Roberto T. Sant´Anna Disciplina de Genética Humana, 2003
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Introdução Por que? Mulheres possuem 2 cromossomos X, enquanto os homens possuem 1, então elas teriam uma expressão duas vezes maiores dos genes deste cromossomo Compensação da dosagem de genes ligados ao X entre homens (XY) e mulheres (XX)
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Quando? A inativação do X tem início no período embrionário, por volta do 13º ao 16º dias de vida embrionária (blastocisto)
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Visualização do X inativo
Corpúsculo de Barr Visualização do X inativo
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Características do processo
A inativação do X é um processo: Randômico: o X de origem paterna e materna têm a mesma probabilidade de serem alvos de inativação Fixado: uma vez que um cromossomo X é inativado, o padrão de inativação é transmitido a todos os descendentes clonais daquela célula Evento muito estável Determina mosaicismo somático
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Exemplo do resultado da expressão randômica de genes de diferentes cromossomos X
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Centro de Inativação do X (Xic)
Organiza o processo de inativação do X. Região de DNA que se encontra na banda 13q do cromossomo X (Xq13). XIST (X inactivation specific transcript) é o gene fundamental no mecanismo de inativação do X Tsix: região regulatória presente em Xic
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Processo de inativação do X
XIST é necessário e suficiente para que ocorra a inativação do X. Nas primeiras linhagens celulares, o gene XIST é expresso em níveis baixos em ambos os cromossomos X, até que ocorra a escolha do cromossomo X a ser inativado
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A partir da definição do cromossomo X a ser inativado:
X inativo: o gene XIST é expressado. É apenas transcrito, não sendo traduzido em proteína e o RNAm produzido envolve o cromossomo X inativo. A expressão do gene XIST determina o silenciamento dos outros genes deste cromossomo. X ativo: gene XIST encontra-se inativo.
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O gene XIST induz a inativação do X em células embrionárias, mas não é capaz de induzir o processo de inativação em células somáticas O processo de inativação do X inicia na vida embrionária, por ação do gene XIST, mas deve ser mantido através de mecanismos específicos de manutenção do padrão de inativação nas linhagens celulares subseqüentes.
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Manutenção A ausência de hipoacetilação e metilação fazem com que a inativação seja reversível. A metilação é um dos processos mais importantes na manutenção do cromossomo X inativo, ocorrendo após o silenciamento de genes através da ação de XIST.
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Uma vez estabelecida a inativação de um dos X de uma célula, esta pode ser mantida sem a presença de XIST. A metilação também está relacionada à expressão do XIST. No cromossomo X ativo o gene XIST encontra-se hipermetilado, o que determina a ausência de sua expressão neste gene.
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O processo é incompleto
Há genes que escapam da inativação: Região pseudoautossômica (homologia com cromossomo Y) Região pericentromérica 30% dos genes do braço curto Alguns genes apresentam inativação variável entre diferentes indivíduos: Outros mecanismos de compensação de dosagem
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Falhas na inativação X Em células embrionárias após o 13º-16º a não inativação de um dos cromossomos X é um evento letal. Em células somáticas é um evento raro, podendo ocorrer em células normais ou neoplásicas.
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Lyonização seletiva: preconiza inativação do cromossomo X que tem uma mutação.
Lyonização negativa: preconiza a inativação do X que não tem uma mutação, mantendo ativo o X mutado: heterozigotas desenvolvem hemofilia, DMD. Mutação em XIST: proporciona alteração no processo aleatório. Células de tecido extra-embrionário: somente X de origem paterna é inativado.
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Gametogênese No processo de formação dos gametas femininos (oocitogênese), há a reativação do cromossomo X previamente inativo em suas células diplóides somáticas A reativação ocorre simultaneamente à diminuição da expressão do gene XIST
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