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ENDEMIAS E EPIDEMIAS PASS V

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Apresentação em tema: "ENDEMIAS E EPIDEMIAS PASS V"— Transcrição da apresentação:

1 ENDEMIAS E EPIDEMIAS PASS V
Docente: Médica especialista em Medicina da Família e Comunidade Lisete Fronza 2015

2 O PROCESSO EPIDÊMICO Determinada doença, em relação a uma população, pode ser caracterizada como: inexistente presente em casos esporádicos presente em níveis endêmicos presente em níveis epidêmicos

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4 O PROCESSO EPIDÊMICO Hipócrates em um trabalho clássico denominado “Dos Ares, Águas e Lugares”, buscou apresentar explicações, com fundamento no racional e não no sobrenatural, a respeito da ocorrência de doenças na população. Para tanto fez o uso dos termos: Endemeion: no sentido de “habitar” o lugar, nele se instalando por longo tempo; Epidemeion: no sentido de “visitar”, salientando o caráter de temporalidade, de provisório.

5 TRÍADE EPIDEMIOLÓGICA

6 Vamos as notícias... Em 1991 na Bahia foram notificados e confirmados laboratorialmente casos de coqueluche. Em 1992, um morador do Ceará foi hospitalizado com suspeita de cólera, e confirmado laboratorialmente como portador do vibrio chorelae Qual das duas situações podemos considerar uma Epidemia ?

7 Endemia → Ocorrência coletiva de uma determinada doença que, no decorrer de um largo período histórico, acomete grupos humanos em espaços delimitados, mantendo a sua incidência constante, permitidas as flutuações de valores, como as variações sazonais; → é uma doença habitualmente presente em uma população definida;

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10 Limite Superior da Faixa Endêmica/
NÍVEL ENDÊMICO Quando um agravo mantém padrões regulares de variação de sua frequência, como as flutuações sazonais em agrupamentos humanos distribuídos em espaço e período delimitados. Limite Superior da Faixa Endêmica/ Limiar Epidêmico

11 FAIXA ENDÊMICA É o espaço nos limites do qual as medidas de incidência podem flutuar sem que delas se possa inferir ter havido qualquer alteração sistêmica na estrutura epidemiológica condicionante do processo saúde- doença considerado. Faixa de ocorrência endêmica (limite superior = X + 1,96 S ) (limite inferior =X – 1,96 S ) ao nível de significância 5%

12 FAIXA ENDÊMICA Mantida a estrutura epidemiológica sem alteração, se espera que 97,5% dos coeficientes de incidência observáveis ao longo de um ciclo anual devem situar-se dentro da faixa de incidência normal;

13 Sazonalidade O perfil dos agravos à saúde numa população pode ser constante durante o ano, mas pode também apresentar marcadas oscilações de frequências durante o ano, o que denomina-se variações sazonais Várias doenças infecciosas possuem sazonalidade em relação a estações do ano, Outros agravos podem apresentar sazonalidade em relação a outros fatores como períodos de festas, feriados, períodos de colheitas agrícolas.

14 Sazonalidade Para se ter a variação habitual de um agravo deve-se construir o DIAGRAMA DE CONTROLE; Variação ocorre dentro do período de 1 ano; Exemplos: 1.Mortalidade por doença CV e doença resp.(↑ inverno e ↓ verão); 2. Picada de cobra e escorpião (↑ em períodos chuvosos) 3. Quadro de GECA infantil (etiologia e forma de transmissão- ↑ no verão – protozoários e bactérias, ↑ no inverno- vírus(transmissão resp.) 4. Dengue(↑ períodos chuvosos/verão)

15 nov/dez jan/fev

16 EPIDEMIA Alteração, espacial e cronologicamente delimitada, do estado de saúde-doença de uma população, caracterizada por uma elevação progressivamente crescente, inesperada e descontrolada dos coeficientes de incidência de determinada doença, ultrapassando e reiterando valores acima do limiar epidêmico preestabelecido.

17 Vítimas da epidemia do Tifo nos campos de concentração
no final da 2º Guerra Mundial.

18 Cuidado: não confundir
Epidemia com Endemia →O fato de existir um número elevado de casos de uma doença não significa necessariamente que uma epidemia esteja configurada. Ex: Há dezenas de milhares de novos casos de acidente vascular cerebral (AVC) no Brasil por ano, mas o país não vive uma “epidemia” de AVCs. Olhando para trás no tempo, encontra-se sempre um número grande de casos de AVC todo ano no país.

19 EPIDEMIA Excesso de casos quando comparada à frequência habitual de uma doença em uma localidade; O aparecimento de um caso autóctone em determinado local, há muitos anos livre de uma determinada doença representa uma epidemia Ex1: Há muitos anos não ocorre um único caso humano de peste bubônica no Município de Santos (SP), pela ausência de roedores infectados. Um único caso autóctone = epidemia

20 EPIDEMIA Ex.2 Sarampo no RGS (17/03/2015)
Suspeita de sarampo em Porto Alegre gera emissão de alerta epidemiológico Caso suspeito foi notificado por uma hospital privado no dia 7 de março. Paciente retornou de Miami recentemente, onde há surto de sarampo(caso alóctone).

21 EPIDEMIA O mais importante é o caráter desse aumento:
– Descontrolado, brusco, significante, temporário. Se, em uma dada região, inexiste determinada doença e surgem dois ou poucos casos, pode-se falar em epidemia, dado o seu caráter de surpresa. – Ex.: O aparecimento de dois casos de SARAMPO em uma região que, há muitos anos, não apresentava um único caso.

22 POR QUE ACONTECE UMA EPIDEMIA?
Casos importados X população com grande número de suscetíveis; Casos importados X condição ambiental favorável; Contato acidental com agentes infecciosos, toxinas ou produtos químicos; Modificações na estrutura epidemiológica;

23 Curva Epidêmica A curva epidêmica é a representação gráfica geral de uma situação epidêmica incidência máxima coef. incidência nível epidêmico limiar epidêmico nível endêmico tempo progressão regressão egressão

24 Curva Epidêmica EGRESSÃO inicia no surgimento dos primeiros casos e termina quando a incidência for nula ou quando o processo se estabilizar num dado patamar de endemicidade, caracterizando uma endemia. PROGRESSÃO : ramo ascendente da curva epidêmica, termina quando o processo epidêmico atinge seu clímax”. REGRESSÃO é a última fase na evolução de uma epidemia

25 CURVA EPIDÊMICA

26 Exemplo

27 Como calcular o nível endêmico de uma doença e diagnosticar a ocorrência de uma epidemia

28 DIAGRAMA DE CONTROLE Representação gráfica da distribuição da média mensal e desvio-padrão dos valores da frequência (incidência ou casos) observada, em um período de tempo sequencial; Informa a variação habitual de uma doença ou agravo durante este período analisado objetivando estabelecer e implementar medidas profiláticas que possam manter a doença sob controle; Para construção do diagrama é necessário os dados de frequência da doença por vários anos, não podendo computar os anos em que houve epidemia.

29 DIAGRAMA DE CONTROLE Composto graficamente por três linhas:
É o acompanhamento gráfico do processo saúde-doença; Composto graficamente por três linhas: Limite superior do canal endêmico (1) Limite Inferior do canal endêmico (2) Valor Central (índice endêmico)

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31 A dengue passou a ser epidêmica

32 DENGUE – DIAGRAMA DE CONTROLE, PARANÁ – 2011*
FONTE: SESA/SVS/Sala de Situação da Dengue

33 I I P > 4,00% Casos Autóctones
MUNICÍPIOS COM ALTO RISCO PARA OCORRÊNCIA DE EPIDEMIAS DE DENGUE SEGUNDO ÍNDICE DE INFESTAÇÃO PREDIAL E CIRCULAÇÃO VIRAL - PARANÁ * I I P > 4,00% Casos Autóctones (circulação viral) Variação de 1 a 36 casos FONTE: SESA/SVS/Sala de Situação da Dengue

34 Para tanto pode-se usar:
DIAGRAMA DE CONTROLE - Como Construir Deve ter-se previamente uma série histórica sem anos epidêmicos; Para cada mês determina-se o valor central, o limite superior e inferior; Para tanto pode-se usar: 1- a mediana e frequências inframáximas e supramínimas; 2- ou pode-se usar a média e desvio padrão.

35 Séries Históricas Para a identificação precisa de um diagrama de controle pressupõe a disponibilidade, em tempo oportuno, de séries históricas rigorosamente atualizadas e, portanto, a existência de sistemas específicos de vigilância. É também importante, para garantir a comparabilidade dos dados de uma série histórica, que a definição de caso, assim como as técnicas laboratoriais utilizadas para o diagnóstico da doença em questão, não tenham variado no tempo.

36 Mediana, InfraMax e SupraMin
Toma-se a série histórica do mês que se vai calcular: JANEIRO Ordena-se de modo decrescente: 11, 10, 9, 8, 7, “6”, 6, 5, 5, 4, 2 O índice endêmico será a mediana (está entre aspas) : 6 O limite superior será o valor inframáximo da série (o valor imediatamente abaixo do máximo) : 10 O limite inferior será o valor supramínimo da série (o valor imediatamente acima do mínimo) : 4 O uso deste valores inframax e supramin é para descartar possíveis valores extremos discrepantes (p.ex. no caso de inclusão de um ano epidêmico na série histórica) Ano 1960 1961 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 Incid 2 4 8 9 6 7 5 10 11

37 Faixa Endêmica

38 USAR MÉDIA E DESVIO PADRÃO
Calcular incidência média mensal referente aos anos anteriores ao que se quer analisar, normalmente 10 anos, com comportamento sem grandes flutuações; Calcular, ano a ano o desvio padrão mensal para levar em conta a dispersão dos valores observados em relação a incidência média obtida; Com esses valores, incidência média Mensal e Desvio padrão mensal estabelece-se um intervalo de variação quer será considerado normal.

39 DEFINIR UMA SÉRIE HISTÓRICA
É necessário verificar o comportamento da doença ao longo dos anos anteriores.

40 OBTENÇÃO DA INCIDÊNCIA MÉDIA PARA CADA MÊS DO ANO
Necessário para interpretar o comportamento mensal de uma doença ao longo de um período de vários anos. Exemplo de cálculo de Incidência média: março 0,15 0,17 0,12 0,08 0,10 0,18 0,14 0,29 setembro 0,19 0,07 0,05 0,11 0,21 IM( mar): 0,15+0,17+0,12+0,08+0,10+0,18+0,14+0,14+0,29= 9 (nº de anos avaliados) 1,37= 9 0,15 IM( Set): 0,19+0,07+0,15+0,05+0,11+0,10+0,19+0,21+0,18 = 9 (nº de anos avaliados) 1,25= 9 0,14

41 CÁLCULO DO DESVIO PADRÃO MENSAL
x= incidência mensal n= anos analisados

42 COM O DESVIO PADRÃO MENSAL CALCULA-SE O LIMITE SUPERIOR ENDÊMICO E O LIMITE INFERIOR ENDÊMICO
Como é calculado: Com as médias, se obtém os desvios da média, e a soma (∑) dos quadrados destes desvios, dividido pelo total de casos (n) é chamada de Variância. O desvio padrão é calculado como a raiz quadrada da variância. O intervalo entre estes dois valores é conhecido como limite endêmico ou faixa endêmica. Incidência máxima esperada= Incid. Média+ 1,96 DP Incidência Mínima esperada= Incid. Média – 1,96 DP Isso deve ser feito mensalmente para podermos formar o gráfico Espera-se que um provável gravo seja observado com uma probabilidade de 97,5% dentro da faixa endêmica caso a estrutura epidemiológica seja mantida.

43 LIMITE SUPERIOR ENDEMICO PARA JAN=
Média jan + 1,96DP= 0,14 +1,96x 0,06 = 0,26

44 Média da incidência é o índice epidêmico

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47 Identificando Epidemias
Tendo-se o diagrama de controle de um agravo em relação a uma população torna-se possível identificar uma epidemia no momento em que a incidência da doença ultrapassa o limite superior da faixa endêmica convencionada (também denominado de Limiar Epidêmico)

48 Curva Epidêmica Limiar Epidêmico

49 TIPOS DE EPIDEMIAS Quanto à Fonte:
Comum: pontual (Intoxicação alimentar) persistente ( Febre Tifóide) Propagada (de contato ou contágio) Quanto ao Tempo: Lenta (AIDS, intox. por agrotóxicos) Explosiva (Intoxicação alimentar por água ou alimento)

50 EPIDEMIA EXPLOSIVA

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53 EPIDEMIA PROGRESSIVA Surto de Sarampo No. de Casos
Dias do Mês

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55 Curva Epidêmica do Surto de Hepatite A no Município de São Pedro, DIR XV Piracicaba, Nov a Fev. 2002

56 Surto Epidêmico Ou simplesmente surto, é uma ocorrência epidêmica restrita a um espaço extremamente delimitado: colégio, quartel, edifício, bairro, etc. Ex.: “Maria Tifosa” (cozinheira portadora de salmonella typhi, EUA). Não se deve utilizar este termo quando a epidemia abranger agregações geográficas iguais ou maiores que um município.

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58 Casos de Febre Tifóide No. de Casos
Semanas Epidemiológicas

59 Surto de Doença Meningocócica em Corupá- SC 1997-2002

60 1- controle da doença clínica, sequelas;
APÓS A NOTIFICAÇÃO DA SUSPEITA DE DOENÇA MENINGOCÓCICA AO SERVIÇO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA INICIOU-SE O PROCESSO DE INVESTIGAÇÃÔ: IMPLEMENTAÇÃO DO CONTROLE E MEDIDAS DE PREVENÇÃO 1- controle da doença clínica, sequelas; 2-Controle da infecção, interrompendo sua cadeia; 3-Controle da presença do agente causal;

61 EBOLA Doença viral; Na África Ocidental (março a outubro matou pessoas); Taxa de Letalidade alta.

62 Vamos as notícias... Em 1991 na Bahia foram notificados e confirmados laboratorialmente casos de coqueluche. Em 1992, um morador do Ceará foi hospitalizado com suspeita de cólera, e confirmado laboratorialmente como portador do vibrio chorelae Qual das duas situações podemos considerar uma Epidemia ?

63 Pandemia É a ocorrência epidêmica caracterizada por uma larga distribuição espacial, atingindo várias nações, podendo passar de um continente a outro. Trata-se de um processo de massa limitado no tempo mas ilimitado no espaço. Ex. Sétima pandemia de cólera: Celebres (Austrália-1961)India(1964)  Oriente Médio (1965)Africa (1970) Europa (1970) EUA (1991) América Latina (1991)

64 Pandemia A existência de um grande número de pessoas suscetíveis aliada a condições determinadas por movimentos migratórios, facilidade de transporte, concentração de indivíduos etc. pode determinar um processo epidêmico caracterizado por uma ampla distribuição espacial da doença, atingindo diversas nações ou continentes.

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66 No dia 1/06/2009 a OMS declarou que a gripe suína/gripe A pelo vírus H1N1 passou a ser
grau 6. Naquele momento tinha notificação de casos com 141 mortes.

67 Gripe H1N1 no Brasil em 2009.

68 Vigilância Epidemiológica
A descrição do comportamento das endemias e elaboração de seus diagramas de controle são funções de grande importância da vigilância epidemiológica, sendo necessário para isso a efetiva notificação, por parte dos profissionais de saúde, dos casos (confirmados ou suspeitos) de agravos passíveis de surtos ou epidemias. Obs.: Grande parte do conhecimento médico em doenças infecciosas e não infecciosas vem dessas Bases de Dados.

69 Vigilância Epidemiológica
Ao identificar precocemente uma epidemia (ou uma suspeita) torna-se possível diminuir os danos da doença na população através de várias medidas de controle (isolamento, quarentena, atenção aos contactantes) e profilaxia (quimioprofilaxia), além de medidas de prevenção de novas epidemias (vacinação, melhorias sanitárias, controle de vetores, campanhas educacionais, etc)

70 CÓLERA- endêmica em vários países
→Em 1991 epidemia na região norte e nordeste óbitos no Br; →A partir de 2006 não houve notificação de mais nenhum caso autóctone no Brasil.


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