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Módulo II norovírus ALKA

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Apresentação em tema: "Módulo II norovírus ALKA"— Transcrição da apresentação:

1 Módulo II http://www.youtube.com/watch?v=kPwrMxtoY70 norovírus ALKA
Usos Múltiplos da Água e Impactos Ambientais H) Relação da poluição e contaminação da água com a saúde ambiental; região, bacia, cidade, saúde ocupacional, epidemiologia, gestão ambiental I) Caracterização da eutrofização nos corpos d’água e a problemática das algas; estudo de caso da RMSP, problemas da grande metropolis, impermeabilização, J) Causas e problemas resultantes da eutrofização e a contaminação das águas; fontes de poluição e o impacto no ecossistema aquático, estado trófico, toxinas L) Programa de monitoramento, gerenciamento e redução da eutrofização. - fontes e consumo de fósforo, monitoramento de mananciais, floração, mitigação Instrutor e elaborador do conteúdo dos itens H/L: Engenheira Ana Lúcia Silva, Divisão de Controle da Qualidade – TCC, Sabesp norovírus ALKA norovírus advice true

2 Saúde Ambiental é a parte da Saúde Pública que se ocupa das formas de vida, das substâncias e das condições em torno do homem que podem exercer alguma influência sobre a saúde e o bem-estar. (OMS-Organização Mundial de Saúde) Texto adaptado de: “A cidade, o conhecimento e a saúde pública”, Jorge Wilheim. “A saúde pública é por excelência um campo que pressupõe um sujeito – a população, um tempo, e um ambiente – a região, a bacia, a cidade. Para quem, quando e aonde.” A saúde pública é por si mesma um campo de estudo transdisciplinar, onde uma série de conhecimentos são exigidos para que todo o seu universo de interesse seja melhor compreendido, como por exemplo: engenharia, biologia, química, geografia, ciências sociais, antropologia, medicina, etc. Dada esta complexidade a saúde pública se divide em algumas sub-áreas, entre elas a de saúde ambiental. Outras áreas da saúde pública são: saúde ocupacional, epidemiologia, etc.

3 No ambiente, os processos de produção e de
desenvolvimento social e econômico interferem nas relações que se desenvolvem nos ecossistemas, ao determinarem e contribuírem para a existência de condições ou situações de risco que influenciam o padrão e os níveis de saúde das populações a partir de diferentes fontes e modalidades de poluição e de contaminação. A poluição ambiental no mundo A UNEP publicou em 1997 o relatório GEO-1 (Global Environment Outlook), onde informa que todas as regiões do mundo apresentam problemas relacionados com a água de subsuperfície e/ou de superfície. Ainda segundo o relatório, cerca de 1.7 bilhão de pessoas, mais que um terço da população mundial, estão sem o suprimento de água potável. Além disso, estima-se que um quarto da população irá sofrer com a diminuição crônica da disponibilidade de água ao longo do século 21. O desenvolvimento e o eficiente monitoramento dos recursos hídricos são prioridades no Oeste da Ásia, África, Ásia e Pacífico. Na Europa e na América do Norte os pontos mais importantes são a proteção dos recursos hídricos contra a contaminação, acidificação e eutrofização. O suprimento de água em regiões onde estão localizadas megalópoles é uma preocupação constante, principalmente devido à necessidade da proteção das águas de subsuperfície, proteção contra a salinização do suprimento de águas-doces e contra o acomodamento dos solos. Mais de 1.5 bilhões de pessoas dependem das águas subterrâneas para beber. Segundo o relatório do World Institute Resources, a qualidade da água superficial melhorou na Europa e nos Estados Unidos nos últimos 20 anos (em especial com relação às concentrações de nitrogênio e fósforo). Apesar disso, ainda há muito comprometimento da qualidade destas águas. Vide Ibiza No resto do mundo, houve um aumento da deterioração, em parte devido à intensificação da prática agrícola e das áreas industriais e urbanas. Blooms algais e eutrofização vêm sendo documentadas com maior freqüência nos últimos anos e o maior problema ainda é com relação à mortalidade e morbidade causada por contaminação fecal em países sub-desenvolvidos.

4 O conceito de gestão integrada de recursos naturais é fundamental para regular a relação social e individual do homem com a natureza, destacando-se as dimensões: ecológica, ambiental, social, política, demográfica, cultural, institucional e espacial. A gestão do meio ambiente e suas interfaces A forte concentração de renda, a existência de um alto percentual da população em estado de pobreza, além das grandes desigualdades regionais, são fatores que se associam na composição das principais forças motrizes que podem resultar no desencadeamento de condições propícias à contaminação ambiental, assim como, no aumento da demanda para os serviços de saúde ambiental. Os indicadores de desenvolvimento, tais como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) apresentado no relatório da Organização das Nações Unidas - ONU e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD (OPS, 1998), revelam essas desigualdades, que se observam nas diferentes regiões geopolíticas do país, determinantes do quadro de desigualdade sanitária. Hoje, segundo dados da ONU, quase metade da humanidade vive nas cidades, e a população urbana está crescendo duas vezes e meia mais rapidamente que a rural. No Brasil, dados do censo demográfico de 2000 (IBGE, 2001) mostram uma grande concentração de pessoas nos centros urbanos em todas as regiões. Fonte: GEO-2002, IBAMA.

5 "Devo reconhecer que não via no início muito mérito no IDH em si, embora tivesse tido o privilégio de ajudar a idealizá-lo. A princípio, demonstrei bastante ceticismo ao criador do Relatório de Desenvolvimento Humano, Mahbub ul Haq, sobre a tentativa de focalizar, em um índice bruto deste tipo - apenas um número -, a realidade complexa do desenvolvimento e da privação humanos. (...) Mas, após a primeira hesitação, Mahbub convenceu-se de que a hegemonia do PIB (índice demasiadamente utilizado e valorizado que ele queria suplantar) não seria quebrada por nenhum conjunto de tabelas. As pessoas olhariam para elas com respeito, disse ele, mas quando chegasse a hora de utilizar uma medida sucinta de desenvolvimento, recorreriam ao pouco atraente PIB, pois apesar de bruto era conveniente. (...) Devo admitir que Mahbub entendeu isso muito bem. E estou muito contente por não termos conseguido desviá-lo de sua busca por uma medida crua. Mediante a utilização habilidosa do poder de atração do IDH, Mahbub conseguiu que os leitores se interessassem pela grande categoria de tabelas sistemáticas e pelas análises críticas detalhadas que fazem parte do Relatório de Desenvolvimento Humano.“ Amartya Sen, Prêmio Nobel da Economia em 1998, no prefácio do RDH de 1999.

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14 ALTERAÇÃO MEIO AMBIENTE
A gestão do meio ambiente e suas interfaces A introdução de poluentes químicos na água, com efeitos devastadores na população que a consome e nas espécies que fazem parte da cadeia alimentar humana, é tema de grande preocupação atualmente. O homem está ameaçando sua própria existência. A partir dos seus atos coloca em risco real e próximo a continuidade da espécie humana. POLUIÇÃO ALTERAÇÃO MEIO AMBIENTE

15 Gastos com os principais programas de saúde ambiental no Brasil
Poluentes químicos ambientais Entre as diversas situações de risco para a saúde, originadas por processos produtivos, deve-se destacar a contaminação por agentes químicos. Isto porque são em número elevado e, para a grande maioria deles, ainda não estão disponíveis conhecimentos toxicológicos, ecotoxicológicos, metodologias e tecnologias, tanto para o diagnóstico destas situações, como para o desenvolvimento de atividades de vigilância que visem sua prevenção e controle. A partir da Segunda Guerra Mundial, diversos produtos químicos foram sintetizados, observando-se um grande crescimento e desenvolvimento da indústria química. Interessa à saúde a grande produção de biocidas, entre outras substâncias químicas utilizadas para controle de pragas e de vetores. O uso destas substâncias, que se intensificou com a mecanização da lavoura, propiciou, além do êxodo rural e concentração de propriedades, um processo intenso de exposição das populações a esses agentes. Também a desordenada ocupação dos solos urbanos, com cidades sem infra-estrutura de saneamento ambiental, propicia a proliferação de pragas, induzindo suas populações à utilização de biocidas em seus lares, sem que sejam consideradas as susceptibilidade individuais para essas exposições. Entre os poluentes químicos, pelos seus impactos negativos à saúde humana, destacam-se os agrotóxicos, o chumbo e o mercúrio. (Fonte GEO-2002)

16 Principais fontes de poluição ambiental no Brasil:
Agrotóxicos Biocidas para combate a vetores e endemias Queima de lixo tóxico Disposição inadequada de lixo Queimadas Uso e ocupação do solo desordenado Falta de saneamento básico Poluentes químicos ambientais As estratégias básicas de gestão dos recursos naturais têm repercussão sobre a saúde dos seres vivos e, portanto, da saúde humana. Nelas, ressalta-se a garantia de alimento saudável e de medicamento. Essas questões estão diretamente relacionadas à agricultura, à pesca, à proteção da flora e da fauna, incluindo os microorganismos. Mesmos os organismos patogênicos (para plantas, animais e seres humanos) devem ser manipulados dentro de conceitos ecológicos corretos, isto é, de forma integrada e sistêmica, e não de forma isolada, dentro de análises monocausais, cuja estratégia é sua eliminação (erradicação), como espécie. A agricultura orgânica e o manejo integrado de pragas, no Brasil, ainda são incipientes. Como consequência, temos um risco químico presente em todo o meio ambiente, cadeia alimentar e nos alimentos, cujo impacto para a saúde não tem sido alvo de sistemática avaliação, nem dos programas de vigilância à saúde.

17 Rios afluentes de mananciais da RMSP Afluentes do Guarapiranga
Tendências na qualidade da água Os grandes problemas de qualidade da água no Brasil relacionam-se com o tipo de uso e ocupação do solo, desflorestamento, poluição do ar e contaminação por resíduos gerados por indústrias e urbanização, fontes pontuais e/ou difusas. Como o país encontra-se em fase de desenvolvimento, prevê-se um aumento gradual da poluição concomitantemente com o não cumprimento de legislações e o não cuidado com o meio ambiente. A luta interna entre os que defendem a sustentabilidade versus o crescimento econômico chega a parecer a luta do bem contra o mau, embora ambos busquem a mesma coisa: melhora da qualidade de vida da população. O verdadeiro desafio é conciliar ambos de modo a se obter o máximo possível de cada lado. E seria tal fato possível? A exemplo de alguns países, citamos a Suécia que vem aplicando técnicas de educação ambiental junto à comunidade e instituições privadas e obtendo grande sucesso através da ONG TNS (The Natural Step), e sua filosofia já se espalha pelo mundo todo, incluindo Inglaterra, USA, Austrália, entre outros. O TNS surgiu na Suécia e foi criado por pessoas da sociedade civil e privada que buscavam conciliar o lado econômico com a sustentabilidade do meio ambiente. Empresas como McDonald’s, Nike, Eletrolux e grandes redes hoteleiras já aplicam tais conceitos. Fotos SABESP. Billings – Rio Grande

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19 A Região Metropolitana de São Paulo
Estudo de caso: A Região Metropolitana de São Paulo Relação da poluição e contaminação da água com a saúde ambiental: estudo de caso na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) A Região Metropolitana de São Paulo ocupa, aproximadamente, uma área menor que 0,1% da superfície do Brasil e abriga mais de 10% de sua população, constituindo hoje uma das maiores aglomerações urbanas do planeta. Essa concentração populacional está inserida no contexto da América Latina caracterizado pelo intenso processo de adensamento urbano durante o século XX. O tecido urbano é ampliado através do crescimento contínuo das áreas já urbanizadas e através de ocupação em “saltos”, com abertura de novas frentes nas periferias distantes, na forma de invasões, loteamentos clandestinos, freqüentemente assentados sobre áreas públicas, áreas de proteção aos mananciais, áreas alagadiças, próximas a fontes de poluição, de risco geológico e delicadas sob o ponto de vista ambiental. A urbanização avança de forma centrífuga e predatória sobre os recursos naturais, criando: i) áreas centrais de grandes densidades com graves problemas ambientais, de saúde e segurança pública; ii) áreas periféricas que concentram pobreza, segregação espacial, poluição, violência, epidemias, entre outros problemas e iii) áreas intermediárias com grandes vazios urbanos voltados à especulação imobiliária, aguardando a contemplação pela valorização decorrente de investimentos públicos oriundos das conquistas de lutas das populações segregadas nas periferias distantes, objetivando equipamentos e serviços públicos como redes de abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica, vias públicas, linhas de transporte, entre outros itens. Texto extraído de: Joaquim de Britto C. Neto (A aplicação do conceito de reserva da biosfera em áreas urbanas – UNESCO, 2002/2003)

20 Expansão da mancha urbana na RMSP
1881 Relação da poluição e contaminação da água com a saúde ambiental: a história da ocupação inicial na RMSP Jesuítas e índios desembarcaram em 1554 de suas canoas no rio Tamanduateí, aos pés de uma colina achatada; subiram pela encosta, hoje provavelmente a General Carneiro, e perceberam tratar-se de uma plataforma extensa, em aclive suave, limitada por dois vales (Tamanduateí e Anhangabaú) que facilitariam a defesa da Vila que lá virima a fundar. Durante três décadas São Paulo ficou basicamente limitada a esta colina achatada, pois a economia regional não motivava o crescimento populacional. Mas a região ao redor foi gradualmente sendo retalhada por chácaras e fazendolas. Até 1890 o reflexo urbano sobre saúde limitava-se à qualidade da água consumida, às doenças urbanas típicas, como o tifo e demais doenças decorrentes da ignorância e do saneamento precário, e à ocorrência de epidemias tais como a da gripe que proliferam onde há concentração de pessoas. Texto extraído de: Jorge Wilheim - A cidade, o conhecimento e a saúde pública.

21 Expansão da mancha urbana na RMSP
“O que é uma cidade se não o seu povo?” – William Shakespeare Quando o ouro se esgotou no final do século XVIII teve início o ciclo paulista do açúcar, que se espalhou pelo interior da província, e a cidade de São Paulo tinha a finalidade de escoar a produção para o porto de Santos. Em 1828 instalou-se a primeira faculdade de direito, e isto deu um novo impulso de crescimento à cidade, com o fluxo de estudantes e professores juntamente com o crescimento da produção do café nas regiões de Campinas e Rio Claro. Neste período a província começou a receber grande quantidade de imigrantes, dos quais muitos se fixaram na capital, e as primeiras indústrias começaram a se instalar. O auge do período do café é representado pela construção da segunda Estação da Luz no fim do século XIX. Neste período, o centro financeiro da cidade desloca-se de seu centro histórico (região chamada de "Triângulo Histórico") para áreas mais a Oeste. O Vale do Rio Anhangabaú é ajardinado e a região do outro lado do rio passa a ser conhecida como Centro Novo. Os melhoramentos realizados na cidade pelos administradores João Theodoro e Antônio Prado contribuem para o clima de desenvolvimento: estudiosos consideram que a cidade inteira foi demolida e reconstruída. 1905

22 Expansão da mancha urbana na RMSP
Os problemas das grandes metrópoles Com o crescimento industrial da cidade, no século XX, a área urbanizada da cidade passou a aumentar, sendo que alguns bairros residenciais foram construídos em lugares de chácaras. O grande surto industrial se deu durante a Segunda Guerra Mundial, devido à crise na cafeicultura e às restrições ao comércio internacional, o que fez a cidade ter uma taxa de crescimento muito elevada até os dias atuais. 1914

23 Expansão da mancha urbana na RMSP
Os problemas das grandes metrópoles Com a explosão demográfica e a expansão territorial tornou-se mais complexo o transporte urbano. A falta de visão e planejamento adiou por 50 anos a construção do metrô. Em 1920 já havia esta proposta! 1930

24 Expansão da mancha urbana na RMSP
A era dos automóveis Após a década de 50 a motorização intensa, acelerada pela implantação da indústria automobilística no país, face à ausência de alternativas em transporte público suficiente, acarretaram conhecidas dificuldades ambientais. Surge assim, no campo da saúde pública, um fato novo: a poluição atmosférica causada por veículos e seus combustíveis, que se acrescentaria à já existente poluição das águas por esgotos domésticos e outras fontes pontuais. 1952

25 Expansão da mancha urbana na RMSP
A coleta e tratamento de esgoto A coleta e o tratamento de esgoto, assim como a coleta e destinação final do lixo foram sendo relegadas a baixa prioridade. Neste caso existe uma explicação de ordem cultural: em países de território grande, aparentemente infinito, de baixa densidade, supõe-se que a natureza seja capaz de digerir quaisquer resíduos. Assim o lixo e o esgoto poderiam ser levados para fora de nossas casas e entregues à digestão natural, matos e córregos. A segunda explicação é de natureza política: trata-se de obras caras, invisíveis e menos demandadas pela população. Podem, portanto, ser adiadas... 1962

26 Expansão da mancha urbana na RMSP
Saúde ambiental: poluição atmosférica e a contaminação de corpos d’água. O Brasil tem conseguido diminuir a poluição atmosférica produzida por automóveis e pelas indústrias, em especial em São Paulo, através de iniciativas da CETESB e a ação O Programa Nacional do Álcool, Pró-álcool, foi uma iniciativa contra o problema de poluição atmosférica datado de 1975, e é o maior programa de aplicação comercial de biomassa para produção e uso de energia do mundo. Desde 1979, 5,4 milhões de carros a álcool foram produzidos no Brasil. Além disso, a gasolina brasileira contém 25% de álcool. As emissões de gases de efeito estufa evitadas pelo álcool de cana-de-açúcar e pelo bagaço no Brasil foi de 21,49 MtCO2 por ano, de 1980 a 1990. O Programa de Controle das Emissões de Veículos Atmosféricos, PROCONVE, é considerado o programa de controle de poluição atmosférica de fontes móveis mais bem-sucedido do mundo. Os fabricantes de veículos vêm cumprindo as exigências determinadas e a redução média de gases de escapamento obtida na RMSP foi de 15,8% para CO, 15,2% para HC e 21,4% para NOx. Estes valores chegarão a 51,2% para CO, 45,3% para HC e 46,3% para NOx até O desenvolvimento tecnológico alcançado no Brasil foi imenso: a gasolina possui os menores teores de enxofre, não utiliza MTBE (aditivo de gasolina extremamente perigosa ao meio ambiente e que vem causando vários danos ambientais em alguns países) e é de alta eficiência, sendo utilizada por carros de corrida da Fórmula 1, como a McLaren. 1972

27 Expansão da mancha urbana na RMSP
A impermeabilização da cidade A região de metropolitana de São Paulo é a maior área impermeabilizada do mundo! Além da pavimentação das vias e escassez de parques, há de se acrescentar a inadequada ocupação das várzeas (que pertencem aos regimes de rios) e os loteamentos, em boa parte irregulares, através de lotes diminutos, totalmente construídos e pavimentados. Sujeita ao regime torrencial de chuvas no verão, a cidade tem seus inúmeros vales anualmente inundados, pois não há solo para absorção natural das águas que correm ladeira abaixo. Percebe-se o grave equívoco da criação das avenidas de fundo de vale, as quais deveriam ser mantidas como área verde, apta a uma absorção das águas e sua devolução ao sistema hídrico superficial ou subterrâneo. 1983

28 Expansão da mancha urbana na RMSP
O amadurecimento da consciência ambientalista O Brasil foi sede da Conferência “Rio 92”, onde 170 países se dispuseram pela primeira vez a discutir o meio ambiente no mundo. Segundo o relatório GEO-2002, IBAMA, tal fato contribuiu para que no país fosse disseminada a consciência da importância do meio ambiente, e um conjunto de ações fosse implementada visando o desenvolvimento sustentável, por parte de vários segmentos da sociedade: governo, empresariado e sociedade civil. A partir daí observa-se que pela primeira vez na história nacional passa-se a pensar em racionalizar o uso dos recursos naturais. A criação em 1999 da Secretaria de Qualidade Ambiental nos Assentamentos Humanos objetivou equalizar harmonicamente a questão ambiental com os problemas econômicos e sociais do país e, paralelamente, prevenir e corrigir as causas de contaminação e degradação do meio urbano. O Ministério do Meio Ambiente concluiu que a grande concentração de problemas urbanos estava na área de gestão dos resíduos sólidos, especialmente no que diz respeito à destinação final. O Brasil vem conduzindo ações que visem a proteção do meio ambiente, relacionadas aos movimentos transfronteiriços, de resíduos perigosos ao meio ambiente e à saúde humana e redução e eliminação de emissões de substâncias orgânicas persistentes, seguindo convenções internacionais como a da Basiléia, de 1989, de Roterdã, 1998 e a de Estocolmo, de 2001. 1995

29 Veja ‘Tratamento d’água’

30 Impactos da expansão da mancha urbana na RMSP
Os impactos de uma má gestão ambiental na região A Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo abrange uma área de ha, e incluindo a área urbana, o total de ha. Essa área envolve 73 municípios. As regiões do Cinturão Verde abrigam as mais importantes áreas de mananciais de águas para o suprimento da Cidade de São Paulo, que podem vir a ser sensivelmente comprometidos, com a alteração da composição destas regiões. Parque Estadual Albert Löfgren Parque Estadual da Cantareira Parque Estadual do Jaraguá Reserva Florestal do Morro Grande Parque Estadual do Jurupará Parque Estadual da Serra do Mar Estação Ecológica de Itapeti Caso continue o avanço sobre o cinturão verde, entre os muitos impactos resultantes temos: O decréscimo da qualidade de vida, o qual é evidente; aumenta a concentração de renda e a exclusão social; diminui o IDH (índice de desenvolvimento humano). Piora a qualidade de vida em 76 dos 96 distritos da Cidade de São Paulo, nos últimos dez anos. Tais distritos, geograficamente, estão nas áreas periurbanas próximas ao Cinturão Verde. A insustentabilidade leva a deseconomia do aglomerado urbano. Segundo o índice Kumazaki, os custos diretos e indiretos da destruição do tecido verde ascendem a US$ 100 bilhões no período de 1990 a 2000. Expande-se a ilha de calor do centro em direção à periferia. No presente século, a cidade experimentará picos de temperatura de 40oC. A sobrecarga da matriz energética obrigará a instalação de termoelétricas ou “mini breeders” para propiciar conforto térmico e condições de habitabilidade ao aglomerado urbano com custos superiores a US$ 10 bilhões. As enchentes avançarão em ritmo catastrófico, para controlá-las hoje são necessários investimentos de R$ 9 bi; Com a degradação do Cinturão Verde esta cifra aumenta. Reserva da biosfera no Estado de São Paulo

31 Eutrofização é o aumento da concentração de nutrientes, especialmente fósforo e nitrogênio, nos ecossistemas aquáticos, que tem como conseqüência o aumento de suas produtividades. A eutrofização em corpos d’água Eutrofização é o aumento da concentração de nutrientes, especialmente fósforo e nitrogênio, nos ecossistemas aquáticos, que tem como conseqüência o aumento de suas produtividades. Como decorrência deste processo, o ecossistema aquático passa da condição de ultraoligotrófico, oligotrófico, mesotrófico para eutrófico ou mesmo hipereutrófico. A classificação em diversos graus de trofia de um sistema tem por finalidade classificar corpos d'água, ou seja, avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento excessivo das algas, ou o potencial para o crescimento de macrófitas aquáticas. Fonte: ESTEVES, F.A. Fundamentos de Limnologia. Rio de Janeiro, Editora Interciência/FINEP, 1998, 602 p.

32 Eutrofização natural: processo lento e contínuo, "envelhecimento natural" do lago. Ocorre principalmente pela erosão natural do solo. Eutrofização artificial: induzida pelo homem, também denominada de artificial, cultural ou antrópica, "envelhecimento precoce". Os nutrientes podem ter diferentes origens, como: efluentes domésticos, efluentes industriais e/ou atividades agrícolas, entre outras. A eutrofização em corpos d’água A eutrofização pode ser natural ou artificial. A eutrofização natural é um processo lento e contínuo, que resulta do aporte de nutrientes trazidos pelas chuvas e pelas águas superficiais que erodem e lavam a superfície terrestre, e corresponde ao que poderia ser chamado de "envelhecimento natural" do lago. Quando ocorre artificialmente, ou seja, quando é induzida pelo homem, a eutrofização é denominada de artificial, cultural ou antrópica. Neste caso, os nutrientes podem ter diferentes origens, como: efluentes domésticos, efluentes industriais e/ou atividades agrícolas, entre outras. Este tipo de eutrofização é responsável pelo "envelhecimento precoce“ de ecossistemas lacustres. A eutrofização artificial é um processo dinâmico, no qual ocorrem profundas modificações qualitativas e quantitativas nas comunidades aquáticas, nas condições físicas e químicas do meio e no nível de produção do sistema, podendo ser considerada uma forma de poluição. A evolução de um lago do estado oligotrófico para eutrófico pode ser considerada como exemplo de sucessão ecológica, visto que o lago oligotrófico, do ponto de vista ecológico, já se encontra no estádio de clímax. A eutrofização artificial das águas continentais está relacionada com o aumento da população, da industrialização, do uso de fertilizantes químicos na agricultura e com a produção, desde 1945, de produtos de limpeza contendo compostos polifosfatados. Todos estes fatores resultam na liberação de nutrientes, como fosfato e nitrogênio, que são compostos eutrofizantes . A importância destes elementos como desencadeadores do processo de eutrofização resulta de sua atuação como fatores limitantes na produção primária de ecossistemas, por estarem relacionados com o processo fotossintético (ESTEVES, 1988).

33 Poluição industrial e rural Dinâmica do corpo d’água
Uso e ocupação do solo Poluição industrial e rural Fontes de poluição causadoras de eutrofização em lagos Existem várias fontes artificiais de fósforo e nitrogênio para os ecossistemas aquáticos: • efluentes domésticos, contendo principalmente detergentes sintéticos, constituídos de uma mistura de várias substâncias, conhecidas como agentes tensoativos; • efluentes industriais, sendo as principais fontes as indústrias de processamento de alimentos; • efluentes agropastoris, representados pelos excrementos de animais e mais significativamente, pela adubação (superfosfatos); • chuvas, principalmente em regiões de intensa poluição atmosférica. Dinâmica do corpo d’água

34 Condições hidrológicas Morfometria do reservatório
Fontes – Pontuais Esgotos domésticos Esgotos industriais Micronutrientes pH da água Alcalinidade da água A eutrofização e seu impacto no ecossistema aquático A eutrofização também afeta os consumidores primários e secundários, especialmente zooplâncton e peixes, em função do aumento da produção primária; também para eles, ocorrem mudanças na composição específica e na densidade de cada espécie. Muitas espécies apresentam redução no número de indivíduos ou desaparecem totalmente, sendo substituídas por outras que passam a dominar quantitativamente. Estudos realizados com populações de peixes têm sido realizados principalmente em regiões temperadas, e têm evidenciado drástica alteração na composição específica dessas comunidades, especialmente com relação a espécies que necessitam altas concentrações de oxigênio. Desde o início de seu desenvolvimento, a Limnologia tem se preocupado em identificar organismos e variáveis ambientais que possam caracterizar ecossistemas aquáticos quanto ao seu estado trófico. Apesar de intensas pesquisas, nenhum organismo e nenhuma variável ambiental foram encontrados, que fossem exclusivos para um determinado tipo de ecossistema aquático (oligotrófico, mesotrófico ou eutrófico). Além disto, a utilização de indicadores de estado trófico tem sua maior aplicação em nível regional, não tendo, portanto, aplicação universal. Desta maneira, os indicadores mais utilizados na classificação trófica de lagos de regiões temperadas (análise qualitativa de organismos, biomassa e produção primária do fitoplâncton, assim como concentração de fosfato e nitrogênio, não podem ser utilizados diretamente em regiões tropicais (ESTEVES, 1998). Disponibilidade de luz Corpos D’água Corpos D’água Nutrientes Nitrogênio Fósforo Temperatura Condições hidrológicas Morfometria do reservatório EUTROFIZAÇÃO Fontes - Não pontuais Escoamento superficial Transporte de solo Intemperização de rocha Fonte: ABIPLA

35 Estado trófico do lago Ultraoligotrófico – muito pobre em nutrientes
Oligotrófico – pobre em nutrientes Mesotrófico – nível intermediário de produtividade primária Eutrófico – alta produtividade primária, variação sazonal de qualidade, variações de oxigênio dissolvido. Hipereutrófico – ambiente totalmente desequilibrado Estado Trófico Oligotrófico - Corpos de água limpos, de baixa produtividade, em que não ocorrem interferências indesejáveis sobre os usos da água. Mesotrófico: Corpos de água com produtividade intermediária, com possíveis implicações sobre a qualidade da água, mas em níveis aceitáveis, na maioria dos casos. Eutrófico: Corpos de água com alta produtividade em relação às condições naturais, de baixa transparência, em geral afetados por atividades antrópicas, em que ocorrem alterações indesejáveis na qualidade da água e interferências nos seus múltiplos usos. Hipereutrófico: Corpos de água afetados significativamente pelas elevadas concentrações de matéria orgânica e nutrientes, com comprometimento acentuado nos seus usos, podendo inclusive estarem associados a episódios florações de algas e de mortandade de peixes e causar conseqüências indesejáveis sobre as atividades pecuárias nas regiões ribeirinhas. Fonte: Site CETESB

36 INDICADORES DE EUTROFIZAÇÃO Concentração de fósforo total
Concentração de clorofila-a Transparência na coluna d’água Índice do estado trófico O Índice do Estado Trófico normalmente adotado é o índice clássico introduzido por Carlson modificado por Toledo et al. (1983) e Toledo (1990) que, através de método estatístico baseado em regressão linear, alterou as expressões originais para adequá-las a ambientes subtropicais. Este índice utiliza três avaliações de estado trófico em função dos valores obtidos para as variáveis: transparência (disco de Secchi), clorofila a e fósforo total. Os valores de transparência muitas vezes não são representativos do estado de trofia, pois esta pode ser afetada pela elevada turbidez decorrente de material mineral em suspensão e não apenas pela densidade de organismos planctônicos. Nesse índice, os resultados correspondentes ao fósforo, IET(P), devem ser entendidos como uma medida do potencial de eutrofização, já que este nutriente atua como o agente causador do processo. A avaliação correspondente à clorofila a, IET(CL), por sua vez, deve ser considerada como uma medida da resposta do corpo hídrico ao agente causador, indicando de forma adequada o nível de crescimento de algas que tem lugar em suas águas. E um corpo hídrico, em que o processo de eutrofização encontre-se plenamente estabelecido, o estado trófico determinado pelo índice da clorofila a certamente coincidirá com o estado trófico determinado pelo índice do fósforo. Já nos corpos hídricos em que o processo esteja limitado por fatores ambientais, como a temperatura da água ou a baixa transparência, o índice relativo à clorofila a irá refletir esse fato, classificando o estado trófico em um nível inferior àquele determinado pelo índice do fósforo. Além disso, caso sejam aplicados algicidas, a conseqüente diminuição das concentrações de clorofila a resultará em uma redução na classificação obtida a partir do seu índice.

37 Índice do estado trófico
IET(P) = 10 { 6 - [ ln ( 80,32 / P ) / ln 2 ] } IET(CL) = 10 { 6 - [ ( 2,04 - 0,695 ln CL ) / ln 2 ] } Variação sazonal x índice do estado trófico Em virtude da variabilidade sazonal dos processos ambientais que têm influência sobre o grau de eutrofização de um corpo hídrico, esse processo pode apresentar variações no decorrer do ano, havendo épocas em que se desenvolve de forma mais intensa e outros em que pode ser mais limitado. Em geral, no início da primavera, com o aumento da temperatura da água, maior disponibilidade de nutrientes e condições propícias de penetração de luz na água, é comum observar-se um incremento do processo, após o período de inverno, em que ele se mostrava menos intenso. Nesse sentido, a determinação do grau de eutrofização médio anual de um corpo hídrico pode não identificar de forma explícita as variações que ocorreram ao longo do período anual, assim também serão apresentados os resultados mensais para cada ponto amostral. Fonte: CETESB

38 Fonte: Abipla, IBGE, IPT, Anda e CENA/USP
Remoção de fósforo em ETE Algumas das estações de tratamento de esgoto na Europa, Japão e América do Norte tratam o efluente para remover o fósforo antes do descarte. Isso tem sido feito tipicamente por precipitação com sais de ferro ou alumínio. No entanto, esta técnica é bastante instável e muito dispendiosa. As estações de tratamento de esgoto são fontes potenciais de fósforo para reuso, já que a maioria não possui tratamento para remoção de fósforo. Fonte: Abipla, IBGE, IPT, Anda e CENA/USP

39 Bloom algal - Excessivo crescimento de plantas microscópicas, tais como, as águas azuis, que ocorrem em corpos de água, dando origem geralmente à formação de flocos biológicos e elevando muito a turbidez As toxinas presentes na água são provenientes das células das cianobactérias após sua decomposição. Em alguns casos, essas toxinas podem estar presentes na água após os tratamentos de água bruta, o que pode agravar seus efeitos crônicos. Florações: causas e conseqüências Floração é um crescimento excessivo de algas podendo-se observar alterações na coloração da água: manchas de cor vermelha, marrom ou azul-esverdeada. - O que causa a ocorrência de florações? O excesso de nutrientes e/ou períodos de calmaria após chuvas ou ventos fortes. - Quais as suas conseqüências? Algumas espécies de algas microscópicas produzem toxinas que causam riscos à saúde humana e ambiental, como: danos ao sistema neurológico ou ao fígado, gastroenterites, doenças respiratórias, alergias, irritação da pele e olhos. Podem ainda causar mortandades de peixes e outros organismos.   Florações no Estado de São Paulo No ambiente marinho a maioria das florações tóxicas é de dinoflagelados ou diatomáceas mas também podem ocorrer florações de cianofíceas. No Estado de São Paulo foram registradas recentemente ocorrências de florações da cianofícea Trichodesmium erythraeum, que se estendeu por todo o litoral paulista, das diatomáceas Hemiaulus sp, também por todo o litoral paulista e Anaulus sp., na região de Santos. Fonte: CETESB Fonte: ABIPLA

40 O monitoramento de mananciais
A capacidade das algas de produzir toxinas está aliada a fatores ambientais ainda pouco conhecidos (CARMICHAEL, 1986), e também à fase de crescimento celular. Uma mesma espécie pode ou não produzir toxinas, sendo que, na fase estacionária de crescimento algáceo, há uma diminuição da síntese de toxinas em relação à fase exponencial de crescimento (AGUIAR & AZEVEDO, 1991). Portanto, apenas a identificação microscópica por si só não é suficiente para julgar se uma determinada espécie ou cepa de uma floração é tóxica ou não (ZAGATTO & ARAGÃO, 1992; ZAGATTO et al., 1997). Assim, quando da ocorrência de florações, sobretudo se as cianofíceas forem predominantes, é extremamente importante e necessário se proceder à determinação de sua toxicidade, conforme o esquema proposto por ZAGATTO & ARAGÃO (1992), em função da necessidade de se atender a esse problema, sobretudo no Estado de S. Paulo.

41 86% dos pacientes sofreram perturbações visuais e outros sintomas
Em fevereiro de 1996, houve crise de hepatite aguda em um centro de hemodiálise em Caruaru, no Brasil 86% dos pacientes sofreram perturbações visuais e outros sintomas muitos apresentaram falhas no funcionamento do fígado 50 pacientes morreram. Esta ocorrência se deveu ao tratamento insuficiente: No manancial Na água na clínica de diálise. O problema associado às algas e a liberação de toxinas. Com relação às florações, em que geralmente há dominância de uma espécie, é extremamente importante destacar que, muitas vezes, podem acarretar riscos à saúde, seja humana ou de animais que se utilizam da água para dessedentação. Exemplos dessas ocorrências podem ser citados, como florações ocorridas em lagos dentro do município de S. Paulo (Parque Zoológico do Estado), em que florações de Microcystis foram responsáveis pela mortandade de aves (CETESB, 1980). Na ocorrência de florações, em geral há predominância de cianofíceas, sendo que muitas espécies são tóxicas, tendo sido reportados, na literatura, em várias partes do mundo, casos de intoxicações, inclusive humanas, causadas pela ingestão de águas contendo algas tóxicas ou toxinas liberadas pelas florações. Estas toxinas são geralmente solúveis em água e são liberadas para o ambiente durante a lise celular. Quantidades letais e subletais de toxinas tornam-se disponíveis durante o período de crescimento máximo das algas, especialmente quando o "bloom" se acumula na superfície d'água e é consumido pelos animais (CARMICHAEL et alii, 1988). Mortandades de patos, porcos, cães, vacas e bezerros, ovelhas, cavalos, aves, peixes e outros animais têm sido registrados no mundo todo, devido à ingestão de águas com florações (HAMMER, 1968;RICHARD et alii, 1983; GALEY et alii, 1987; COOD et alii, 1989; FALCONER, 1989). Com o aumento da eutrofização das águas, tem aumentado também a ocorrência de florações e, conseqüentemente, o número de casos de intoxicações (CARMICHAEL et alii, 1988). Um exemplo recente ocorrido no Brasil foi o de Caruaru, em Pernambuco, com a ocorrência de mortes de pacientes de hemodiálise, pelo uso de água em que havia ocorrido floração de cianofíceas, e na qual se detectou presença de toxinas dessas algas (microcistinas); o caso foi registrado e noticiado inclusive em nível internacional (CARMICHAEL, 1996). Fonte: ABIPLA

42 Monitoramento: Classificar as algas Contagem de número de células Ensaio de toxicidade Gestão das informações geradas: Avaliação da necessidade de controle (aplicação de algicida) Avaliação de necessidade de remoção (carvão ativado em pó) A SABESP realiza trabalho em conjunto com VISA e Centros de hemodiálise. O monitoramento de mananciais Outro teste, de extrema importância para a análise do processo de eutrofização, é o bioensaio (teste de potencial de crescimento algal). Este teste envolve o crescimento de uma linhagem de algas numa amostra a ser testada, sob condições de laboratório controladas. O princípio deste ensaio é baseado no fato de que qualquer elemento que estimula o desenvolvimento do fitoplâncton a um nível maior que o obtido no controle é considerado limitante. Os resultados permitem avaliar o nível trófico ou nutricional de corpos d'água, fornecendo um resposta mais completa do que qualquer série de análises físicoquímicas poderia fornecer. Alguns resultados de estudos utilizando este tipo de teste foram obtidos no Reservatório de Barra Bonita (SP), evidenciando, por exemplo, que nem sempre há correlação entre os níveis de nutrientes mensurados nas amostras de água filtrada e o crescimento algáceo sustentado por essas amostras (RAMOS et alii, 1986). Em síntese, as principais análises a serem consideradas, para avaliar o nível de eutrofização de um corpo d'água, são: • físico-químicas: fósforo, nitrogênio, cor, turbidez, transparência, matéria orgânica, temperatura, teor de oxigênio dissolvido, sulfetos, contaminantes inorgânicos e orgânicos sintéticos, na água ou, caso possível, no sedimento; • biológicas: fitoplâncton, clorofila, toxicidade de algas, zooplâncton, bentos, testes de potencial de crescimento algal.

43 Programas de monitoramento, gerenciamento e redução da eutrofização.
Redução do teor de fósforo nos detergentes brasileiros Através de um esforço conjunto entre a CETESB e outros órgãos ambientais, em 29 de abril de 2005 foi assinada resolução que diminui o teor de fósforo na formulação de detergentes. Em países como Canadá e Japão é proibida a adição de fósforo em detergentes.

44 Medidas mitigadoras do processo de eutrofização
Gerenciamento integrado Desvio das fontes para locais fora da bacia Manipulação do lago ou reservatório – aplicação de algicidas, aeradores artificiais, etc. Controle das cargas nas fontes Tratamento terciário em ETE. Remoção de sedimentos Medidas mitigadoras do processo de eutrofização Diversas outras medidas podem ser tomadas, com o objetivo de reduzir a velocidade do processo de eutrofização para, em seguida, promover a recuperação de ecossistemas lacustres. A construção de canais de desvio de efluentes tem sido utilizada com algum sucesso, em vários lagos na América do Norte e Europa. Este método consiste, basicamente, em desviar os agentes eutrofizantes através de canais em torno do lago, e lançá-los posteriormente em áreas de maior fluxo de água, como rios. Este processo é mais eficaz quando as causas principais são esgotos domésticos e industriais, cuja origem é de fácil identificação (ESTEVES, 1998). retirada seletiva de massas d'água (através de comportas de superfície e fundo): é um processo dos mais antigos e de mais baixo custo. Para o emprego deste método, deve haver duas condições: existência de condições morfológicas para que se possa estabelecer o princípio dos vasos comunicantes, e alta taxa de renovação da água. aeração: a recuperação de um lago por meio de aeração pode ocorrer de duas maneiras: por meio da introdução de ar comprimido ou por aeração de toda a coluna d′água. retirada do sedimento por sucção: é um método ideal para lagos rasos Entretanto, é de alto custo, o que representa uma dificuldade. Por outro lado, a dragagem tem efeitos a longo prazo. retirada de macrófitas aquáticas e biomassa planctônica: consiste na remoção mecânica da biomassa, aérea e subterrânea. sombreamento: com o uso de anteparos, corantes, ou árvores plantadas nas margens; naturalmente, é um método possível somente para pequenos corpos d'água. redução do tempo de residência da água: Este método tem como limitação a disponibilidade de água; além disso, o controle e fluxo de água que entra no lago deve ser preciso, visando minimizar os efeitos negativos do excesso de biomassa da água, a jusante.

45 Medidas mitigadoras do processo de eutrofização
Gerenciamento integrado 6. Retirada de macrófitas aquáticas 7. Retirada da biomassa algal 8. Sombreamento do espelho d’água 9. Redução do tempo de residência da água 10. Uso de produtos químicos 11. Cobertura do sedimento 12. Construção de pré-represas Oxidação química do sedimento: com a introdução de solução de ferro na sua forma trivalente (FeCl3 – cloreto férrico), ocorre a precipitação de fosfatos e a formação de H2S. A solução de FeCl3 é introduzida no lago através de um aparelho que é movimentado sobre o sedimento de maneira que a maior parte deste entre em contato com a solução. Os fosfatos podem ser precipitados tanto por coprecipitação, como por adsorção a hidróxido de ferro. A introdução de FeCl3 faz baixar o pH do sedimento (≅ pH 3). Sob esta condição ocorre a formação de H2S, que se perde para a atmosfera; • neutralização do pH do meio através da adição de cal [Ca(OH)2], utilizando-se o mesmo equipamento usado para a adição de FeCl3. A neutralização é fundamental para o sucesso do próximo estágio; • oxidação da matéria orgânica através de NO3- e o desenvolvimento do processo de desnitrificação. emprego de herbicidas/algicidas: pode ser usado o sulfato de cobre, que é muito efetivo no controle de cianofíceas; entretanto, sua eficiência se reduz, após repetidas aplicações. floculação: faz-se, mais comumente, através da pulverização da água com compostos como sulfato de alumínio ou sais de ferro, cálcio ou zinco; o efeito ocorre através da precipitação direta de algas, ou dos nutrientes, como o fosfato. inativação de nutrientes por precipitação: este processo se mostra muito eficiente em pequenos corpos d'água. O efeito do sulfato de alumínio pode ser: através da retirada do fosfato da coluna d'água, e controlando a sua liberação no sedimento. cobertura do sedimento: pode ser efetuada com material com propriedades de adsorver nutrientes, como por exemplo argilas. c.métodos biológicos (controle biológico). O controle pode ser realizado através de dois processos básicos: através da atuação de herbívoros (zooplâncton, moluscos e peixes - Fig. 14), e por meio da atuação de agentes patogênicos (fungos, bactérias e vírus), sendo este último ainda muito incipiente.

46 Rede de monitoramento da SABESP – Sistema Cantareira
JA Próximo à barragem Jaguari JA Canal de ligação entre as represas Jaguari/Jacareí JC Próximo à barragem Jacareí JC Meio do corpo d'água, margem esquerda à montante da barragem de Jacareí JC Meio do corpo central da represa de Jacareí JC Corpo principal da represa, à montante do braço do Túnel 7 JC Braço do desemboque do Rio Jacareí JC Próximo ao Túnel 7 JJ Efluente da Represa Jacareí JJ Efluente da Represa Jaguari JJ Rio Jaguari, Montante da Represa JJ 206 A - Rio Jaguari, Jusante de Extrema ( Ponte Torta) JJ 206 B - Rio Jaguari, Montante de Extrema,Jusante Camanducaia JJ Rio Jacareí, Montante da Represa Jacareí JJ Ribeirão Barrocão JJ Rio Camanducaia Próximo a Junção com rio Jaguari JJ 212 E - Rio Camanducaia Montante da Cidade de Camanducaia CA Efluente da Represa CA Próximo à barragem Cachoeira CA Braço do desemboque do Túnel 6 CA Meio do corpo principal da represa CA Braço do Rio Cachoeira CA Córrego Cachoeira de Cima CA Rio Cachoeira, Montante da Represa CA Ribeirão Birizal CA Desemboque do Túnel Sete

47 Rede de monitoramento da SABESP – Sistema Cantareira
AT Efluente da Represa AT Próximo à barragem Atibainha AT Início do braço próximo à barragem AT Braço do Túnel 5 AT Meio do corpo principal entre a barragem e desemboque do Túnel 6 AT Próximo ao desemboque do Túnel 6 AT Córrego Tranqueira AT Ribeirão Moinho AT Rio Atibainha, Montante da Represa AT 301 – Desemboque do Túnel 6 ( transferência da represa Cachoeira ) PC Efluente da Represa Paiva Castro PC Canal da Esi, Montante do Túnel 3 PC Próximo à barragem Paiva Castro PC Entrada do braço Santa Inês PC Meio do corpo d'água, próximo a linha de transmissão PC Início do represamento, próximo desemboque canal Juqueri PC Rio Juqueri, Montante do Canal Juqueri PC Rio Pinheiros, Montante do Canal Juqueri PC Rio Itaim, Montante do Canal Juqueri PC Canal Juqueri, Montante da represa Paiva Castro PC 217 A - Ribeirão Barreiro PC Ribeirão São Pedro PC Efluente do Túnel 5 AC Emboque do Túnel 2 ( Águas Claras)

48  pontos no reservatório  pontos nos tributários
Rede de monitoramento da SABESP – Sistema Guarapiranga GU Córrego ( 2 ) - Av. Robert Kennedy / Av. Alcindo Ferreira GU Rio Bonito + Rio das Pedras GU Córrego São José GU Córrego Tanquinho GU Rio Parelheiros GU Ribeirão Santa Rita GU Rio Embu-Guaçu GU Rio Mombaça GU Rio Embu-Mirim GU Ribeirão Itupu GU Córrego Guavirutuba GU Captação da Represa Guarapiranga GU Córrego - Golfe Clube Guarapiranga GU Córrego - Bairro Crispim GU Próximo à barragem Guarapiranga GU Meio do corpo d'água , antes da zona de captação GU Braço dos Rib. Itupu e Guavirutuba GU Meio do corpo d'água, próximo ao deemboque do Rio Bonito GU Meio do braço do Rio Embu-Mirim GU Meio do braço do Rio Embu-Guaçu GU Meio do braço do Rio Parelheiros GU Meio do corpo d'água, próximo a ilha dos Eucaliptos  pontos no reservatório  pontos nos tributários

49 Consequências da eutrofização artifical
A eutrofização artificial pode ser considerada como uma reação em cadeia de causas e efeitos bem evidentes, cuja característica principal é a quebra da estabilidade do ecossistema (homeostase). A homeostasia em ecossistemas aquáticos caracteriza-se pelo equilíbrio entre a produção de matéria orgânica e o seu consumo e decomposição. Com o rompimento do estado de equilíbrio, devido à eutrofização artificial, o ecossistema passa a produzir mais matéria orgânica do que é capaz de consumir e decompor. Este desequilíbrio ecológico é acompanhado de profundas modificações no metabolismo de todo o ecossistema. Durante o processo, observa-se um aumento na concentração de quase todos os elementos químicos essenciais à produtividade primária, sendo o fosfato o mais importante (ESTEVES, 1998). Como numa reação em cadeia, o aumento na concentração de fosfato tem efeitos diretos sobre a densidade de organismos fitoplanctônicos e, conseqüentemente, sobre a produção primária do sistema. Segundo LUND (1965), 1 µg/l P é capaz de produzir 15 milhões de algas do gênero Asterionella. O aumento na concentração de fosfato não implica somente no aumento da produção do fitoplâncton, mas também em mudanças qualitativas nesta comunidade. Em lagos em adiantado estado de eutrofização observa-se, nos meses mais quentes do ano, alta densidade de algas, formando florações ("blooms"), com geralmente uma espécie predominante, o que é uma das características mais evidentes do processo.

50 PRINCIPAIS PROBLEMAS DEVIDO À EUTROFIZAÇÃO
Sabesp adota novas tecnologias e garante qualidade à água distribuída A Sabesp garante à população que a água proveniente da represa Guarapiranga, assim como de todos os outros sistemas de abastecimento nos 366 municípios operados pela Empresa, é apropriada ao consumo, pois atende aos padrões de qualidade e potabilidade exigidos pelo Ministério da Saúde e Vigilância Sanitária. Porém, em certas épocas do ano (principalmente no verão, graças às temperaturas mais elevadas) podem ocorrer alterações no gosto e odor desta água provocadas pela proliferação de algas na represa Guarapiranga. Isto ocorre devido ao comprometimento do manancial, resultante dos esgotos clandestinos e lixo lançados nas represas, provenientes das habitações precárias e sem infra - estrutura na região da Guarapiranga. Mesmo com os avanços do Programa Guarapiranga, o intenso crescimento da metrópole está dia após dia, comprometendo o Guarapiranga, que é o segundo maior manancial de abastecimento público da Região Metropolitana de São Paulo, responsável pela água de 3,5 milhões de pessoas. Em busca de novas técnicas e alternativas para resolver a questão de gosto e odor na água, a Sabesp realizou estudos e projetos, inclusive com a ajuda de consultorias internacionais.Durante a execução das pesquisas, concluiu-se que uma das maneiras de melhorar a qualidade do produto seria utilizando o carvão ativado em pó, desde a captação de água do Guarapiranga. O carvão em pó é produzido a partir da madeira, casca de coco ou carvão betuminoso. O termo ativado justifica-se pela queima do produto para retirada da matéria orgânica e formação de poros com grande capacidade de fixar substâncias. O carvão em pó também é eficiente na absorção de gases e, por isso, é usado em máscaras e na indústria de alimentos e bebidas. Desde 1977, a Sabesp utiliza o carvão ativado na produção de água tratada. Nesta época, as florações de algas tornaram-se mais intensa e os trabalhos eram feitos de forma mais simplificada. Fonte: SABESP Sistema de aplicação de carvão ativado - Guarapiranga

51 PRINCIPAIS PROBLEMAS DEVIDO À EUTROFIZAÇÃO
Programa Guarapiranga (1992 a 1998) Objetivo principal: garantia da qualidade da água para abastecimento da RMSP através da melhoria da qualidade ambiental e sanitária da Bacia do Guarapiranga. Custos: Serviços de água e esgoto – U$ milhões Coleta e disposição final do lixo Recuperação urbana – U$ milhões Proteção ambiental – U$ milhões Gestão ambiental – U$ milhões Programa Guarapiranga O Programa Guarapiranga é um trabalho conjunto entre Estado e Prefeituras, com recursos do BIRD . Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento, e tem como objetivo principal garantir o abastecimento de água para o Sistema Adutor Metropolitano mediante recuperação sanitária e ambiental da bacia superficial do Guarapiranga. Trata-se da mais importante intervenção planejada pelo Estado na Bacia, envolvendo um grande número de atividades, sejam obras, projetos ou sistemas de gerenciamento. Além disso, o Programa, juntamente com as informações do Diagnóstico, serviram de embasamento para a definição de linhas de ação em relação à Bacia. Contou com diversas coordenações e diretorias responsáveis pela execução do Programa nos seguintes órgãos: Unidade de Gerenciamento do Programa - UGP Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SMA Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo - CDHU Secretaria de Habitação do Município de São Paulo - SEHAB. A formulação do programa começou em 1990 por iniciativa da SABESP, sendo apresentada em 1991 para o BIRD que aprovou sua concepção e solicitou seu aprofundamento. O Programa foi avaliado por diversas missões oficiais do BIRD entre maio de 1991 e fevereiro de 1992, quando teve sua fórmula oficialmente aprovada. Neste mesmo período foi aprovado o seu EIA/RIMA como um todo junto ao CONSEMA. O programa teve início em dezembro de 1992, com prazo de término em 1997, sendo prorrogado para final de 1998.

52 OBRIGADO!


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