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A vida nas cidades se transformou numa mercadoria

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Apresentação em tema: "A vida nas cidades se transformou numa mercadoria"— Transcrição da apresentação:

1 A insuportável vida nas cidades: é possível garantir às pessoas o seu direito à cidade?

2 A vida nas cidades se transformou numa mercadoria
A vida nas cidades se transformou numa mercadoria. O espaço público se fragmentou, se privatizou, a segregação se impôs. Bairro rico de um lado, com todos os tipos de serviços públicos disponíveis. Bairros pobres e favelas de outro, ocupações com habitações precárias autoconstruídas, sem esgoto e muitas vezes sem água.

3 Por que falar de cidades?

4 Como contextualizar A herança que João Paulo Alberto Coelho Barreto, o João do Rio ( ), deixou para a literatura brasileira está na maneira como usou a crônica urbana e a reportagem para registrar o Rio de Janeiro de seu tempo. No seu segundo livro, A Alma Encantadora das Ruas (1908), o escritor mostrou-se o mais perfeito retratista das transformações pelas quais a então capital do país passava. A Paris-modelo estava muito distante da realidade pintada por João do Rio: a belle époque carioca tinha menos virtudes do que queriam os propagandistas. Descrever a vida carioca implicava não esconder os problemas da urbanização, como a miséria e a formação das favelas. A cada texto do livro, João do Rio revela um domínio raro de descrição. No antológico A Rua, ele faz um belo e comovente tributo às ruas da sua cidade e de como elas parecem impregnadas de sentidos próprios, de uma vida particular: "Oh! Sim, as ruas têm alma. Há ruas honestas, ruas ambíguas, ruas sinistras, ruas nobres, delicadas, trágicas, depravadas, puras, infames, ruas sem história, ruas tão velhas que bastam para contar a evolução de uma cidade inteira".

5 As cidades são o principal local onde se dá a reprodução da força de trabalho. Nem toda melhoria das condições de vida é acessível com melhores salários ou com melhor distribuição de renda. Boas condições de vida dependem, frequentemente, de políticas públicas urbanas – transporte, moradia, saneamento, educação, saúde, lazer, iluminação pública, coleta de lixo, segurança. Ou seja, a cidade não fornece apenas o lugar, o suporte ou o chão para essa reprodução social. Suas características e até mesmo a forma como se realizam fazem a diferença.

6 Mas a cidade também não é apenas reprodução da força de trabalho
Mas a cidade também não é apenas reprodução da força de trabalho. Ela é um produto ou, em outras palavras, um grande negócio, especialmente para os capitais que embolsam, com sua produção e exploração, lucros, juros e rendas. Há uma disputa básica, como um pano de fundo, entre aqueles que querem dela melhores condições de vida e aqueles que visam apenas extrair ganhos.

7 Uma opção de recorte A mobilidade urbana é, dentre todos os problemas urbanos, o que mais altera o comportamento das pessoas.

8 Greve da meia-passagem Ano: 1979
Três aumentos nas passagens em apenas um ano. Em 1979, os estudantes de São Luís (Maranhão) foram para as ruas pedir o meio passe estudantil. No dia 17 de setembro, mais de 15 mil pessoas se reuniram na Praça Deodoro. Taxados de “marginais” e de “subversivos”, estudantes encontraram forte repressão da polícia. Pelo menos 50 pessoas foram admitidas em hospitais públicos, 300 pessoas foram presas e mais de 1000 detidas. Mas a manifestação colheu frutos: em 1º de outubro a lei da meia passagem foi sancionada.

9 No fim da tarde da última quinta-feira 20, estudantes paulistanos voltaram às ruas para protestar contra o recente reajuste na passagem dos coletivos da cidade de R$2,70 para R$3. A marcha, que segundo a Polícia Militar contou com mais de 3 mil pessoas, teve início na praça do Ciclista às 18h, percorreu toda a extensão da Avenida Paulista e terminou na praça Oswaldo Cruz por volta das 20h30. Não houve confronto entre policiais e manifestantes. “O Movimento Passe Livre (MPL) acredita que o transporte não pode ser tratado como mercadoria. Ele é um direito essencial e não deveria sequer ter tarifa”, dizia o manifesto distribuído pelos militantes da organização.

10 Veja abaixo como é calculada a tarifa, segundo o consultor: - 50% é gasto com funcionários; - 20% com combustível; - 10% com renovação e manutenção da frota; - 10% com o lucro; - 5% com gastos administrativos; - 5% com depreciação.

11 Na tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o Clio Renault, um dos carros mais baratos do Brasil, tem um modelo que custa R$ ,00(0 km).Em 60 meses e com uma prestação de R$ 654,50,muitos brasileiros hoje podem comprá-lo.

12 Como fugir ao senso comum?
Uns dos principais problemas apontados para esta situação são os incentivos exacerbados e a valorização do transporte individual ao longo das últimas décadas. Com o crescimento urbano acelerado a partir dos anos 50, as cidades passaram a ter “sistemas de mobilidade de baixa qualidade e alto custo”. Leia-se: muito carro. Entre 1977 e 2005, o uso do transporte público nas grandes regiões metropolitanas do Brasil caiu de 68% para 51%. Já a utilização do automóvel foi crescente, passando de 32% para 49%, o que gerou mais gastos, mais consumo de energia, mais poluição, mais congestionamento e mais acidentes. De menos? Só qualidade de vida.

13 Se o ritmo de venda de veículos continuar como está, as frotas deverão dobrar até 2025;
- Entre 1992 e 2008, o tempo médio de deslocamento entre casa e trabalho da população das dez principais regiões metropolitanas do país subiu aproximadamente 6%; - O Brasil tem poucos trens e metrôs. Apesar disso, a demanda dos sistemas ferroviários urbanos aumentou mais de 30% na última década; - Os automóveis recebem até 90% dos subsídios dados ao transporte de passageiros no Brasil, 12 vezes mais que o transporte público; - O Índice de Mobilidade médio da população das metrópoles brasileiras é de 1,86 viagens/habitante/dia. Países desenvolvidos têm o dobro da mobilidade; - O transporte privado, considerado em cidades com mais de 60 mil habitantes, emite 15 vezes mais poluentes que o transporte público; - Os automóveis consomem 68% da energia total usada nos deslocamentos nessas cidades. O transporte coletivo, 32%.

14 Consequências: Mobilidade limitada e rotina de restrições
Os congestionamentos limitam o direito de ir e vir, que está previsto na Constituição. Em São Paulo, cidade brasileira que mais sofre com o problema, o colapso total do trânsito está previsto para De acordo com um levantamento feito pelo Ibope no início de 2008, 63% dos paulistanos gastam entre 30 minutos e 3 horas nos deslocamentos para a escola, universidade ou trabalho. Como falta infraestrutura adequada no transporte de massa (segundo o Ibope, 54% estão totalmente insatisfeitos com o transporte coletivo), o morador da metrópole adotou soluções individuais para o problema de locomoção. Resultado: o paulistano vive uma rotina cheia de restrições, pois o tráfego pelas ruas em várias partes do dia é quase inviável. Além de diminuir a velocidade média dos carros e ônibus, os congestionamentos retardam os serviços de emergência, como o deslocamento de ambulâncias e veículos do Corpo de Bombeiros.

15 · Órgãos genitais: passam a receber menos sangue
· Órgãos genitais: passam a receber menos sangue. O homem fica com dificuldade de ereção e a mulher pode perder o desejo sexual. · Cérebro: a pressão intracraniana sobe e a cabeça dói. A concentração e a memória ficam prejudicadas pela ação dos hormônios do stress, que ainda levam a uma sensação de exaustão, gerando agressividade. · Músculos: se contraem ao máximo e começam a liberar na corrente sanguínea uma série de substâncias inflamatórias. · Pulmões: a respiração acelera e esses órgãos passam a funcionar a toda velocidade. Com o tempo, a sensação de cansaço é inevitável. · Coração: começa a bater rapidamente e de maneira descompassada. Os vasos sanguíneos se contraem e a pressão arterial sobe. O risco de infarto e derrame cresce. · Sistema digestivo: o estômago passa a fabricar suco gástrico além da conta, o que pode levar à gastrite e à úlcera. Já o intestino praticamente trava. O resultado é a prisão de ventre.

16 Propostas de intervenção
Restringir o crédito e a venda de automóveis; Priorizar o pedestre e o ciclista, pois 40,2% dos deslocamentos no país não são motorizados. Utilizar os BRT´s(Bus rapid transit:é um modelo de transporte coletivo de média capacidade que visa combinar faixas de circulação exclusivas, estações e ônibus de alta qualidade, para atingir o desempenho e qualidade de um sistema de metrô, com a simplicidade, flexibilidade e custo de um sistema de ônibus); Reduzir a velocidade nas ruas dos bairros para que os ciclistas tenham segurança para circular; Incentivar o home office e a descentralização das empresas, o que permitiria o acesso a pé;

17 Implantar pedágios nas regiões mais movimentadas, como nos centros das cidades;
Restringir as vagas de estacionamento, evidentemente aliado a uma melhoria do transporte público; Bloquear avenidas nos fins de semana, transformando-as em áreas de lazer; Incentivar a produção local de alimentos, o que diminuiria o número de caminhões circulando pelas cidades; Integrar a gestão dos vários tipos de transportes.


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