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A palavra mágica Carlos Drummond Andrade

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Apresentação em tema: "A palavra mágica Carlos Drummond Andrade"— Transcrição da apresentação:

1 A palavra mágica Carlos Drummond Andrade
Certa palavra dorme na sombra de um livro raro. Como desencantá-la? É a senha da vida a senha do mundo. Vou procurá-la. Vou procurá-la a vida inteira no mundo todo. Se tarda o encontro, se não a encontro, não desanimo, procuro sempre. Procuro sempre, e minha procura ficará sendo minha palavra.

2 ALFABETIZAÇÃO, CULTURA E LINGUAGENS
O que é alfabetização? O que é cultura? O que é linguagem? Como estas palavras (conceitos) se entrecruzam nas práticas pedagógicas? Por que meu aluno não consegue??? Todo ser humano aprende. Todo ser humano é capaz de aprender! Fazer o que? Tem gente que nasceu para pegar no pesado mesmo, não para o estudo!

3 …MAS O QUE É ALFABETIZAÇÃO?
Um conceito histórico, portanto, criado e resignificado por sujeitos localizados em espaçostempos diferentes. Antiguidade Clássica – Grécia/Roma – prevalecia a oralidade; muitos liam; pouca importância da escrita; Idade Média – cultura letrada cai em desuso; escrita profana e sagrada; rígida censura e controle pelo clero; Reforma protestante – contato direto homem/Deus via leitura; ler e realizar operações matemáticas básicas; escrita reduzida a saber assinar o nome; Revolução Francesa – alfabetização universal – ler, escrever, fazer operações básicas – conquista de cidadania;

4 Alfabetização Jesuíta – catequese – ratio studiorium; reação a reforma;
Proclamação da República – ideiais iluministas, positivistas; educar o cidadão (ordem) para industrialização (progresso); utopias da modernidade; -Métodos sintéticos: soletração; fônico; silabação; -Métodos analíticos: método João de Deus (Silva Jardim); palavração – base moderna linguística; didática subordinada à linguística; 1890 – Escola-Modelo anexa a escola Normal de São Paulo; institucionalização do método analítico (debate: parte da palavra, da frase ou do texto?) O que é o todo?

5 1910 – o termo “alfabetização” começa a ser usado como referência ao ensino inicial da leitura e escrita; 1920 – métodos mistos ou ecléticos; relativização da importância do método: fundamentação na psicologia; 1934 – Lourenço Filho – testes ABC para verificação da maturidade necessária ao aprendizado da leitura e escrita; difusão da ideia de prontidão, período preparatório; Questões de didática subordinadas às de ordem psicológica; Construtivismo – o sujeito constroi o conhecimento em relação com o objeto; Interacionismo – o sujeito constroi o conhecimento na relação com o outro em relação ao objeto;

6 O “outro” em nossa sociedade ocidental é entendido como o louco, a criança, o selvagem, o estrangeiro, o delinqüente, o marginalizado, o deficiente, entre os outros que não correspondem à norma desta sociedade... e temos a necessidade destes “outros”, pois “o louco confirma e reforça nossa razão; a criança, a nossa maturidade; o selvagem, a nossa civilização; o marginalizado, a nossa integração; o estrangeiro, o nosso país; e o deficiente, a nossa normalidade” (Larrosa, 2003, p. 68).

7 Quem é nosso aluno? O que temos que ensinar? Como podemos ensinar?
PARA QUE? COMO? O QUE? QUEM? Quem é nosso aluno? O que temos que ensinar? Como podemos ensinar? Para que ensinamos?

8 QUEM? COMO? PRA QUE? SABERES E NÃO SABERES POR QUE? Para quem?
“O aluno é muito faltoso. Apesar de todo material fornecido: cadernos encapados e etiquetados, lápis, apontador, borracha, quase nunca comparece com os mesmos. O caderno já foi diversas vezes “arrumado”, mas retorna sempre rasgado, sujo, sem capa. Os trabalhos não seguem uma ordem, denunciando a dificuldade da própria organização e percepção espacial do aluno. Demonstra pouco interesse pelas atividades desenvolvidas e encontra-se muito aquém do desenvolvimento do grupo, o que veio ao longo do período se agravando pela sua ausência constante. Apresentou poucos avanços percebidos no período: continua reconhecendo poucas letras e não atribui sentido a sílabas, não lê – nem mesmo de memória – as palavras exaustivamente expostas e trabalhadas como vocabulário de referência. Tenho tido dificuldade de atender suas necessidades particulares pela falta oportunidade de dar continuidade ao trabalho de recuperação paralela. Quando consigo iniciar alguma estratégia, retomar individualmente trabalhos desenvolvidos, o aluno some dois, três dias e retorna completamente desvinculado de tudo que foi vivido e desenvolvido pelo grupo. Não obtive até o momento avanços significativos no campo da leitura e escrita. É uma criança que inspira preocupação.” POR QUE? COMO? PRA QUE? Para quem?

9 ALFABETIZAÇÃO: Contra quem, a favor de quem?
Contra o que e a favor de que? PACTOS DE MEDIOCRIDADE PACTOS DE SOLIDARIEDADE

10 “O enfoque da cultura começa quando o homem ordinário se torna o narrador, quando define o lugar (comum) do discurso e o espaço (anônimo) de seu desenvolvimento”. (Certeau:2004, p.63)

11 “O papel da escola é ensinar, educar, colaborar com a criança
“O papel da escola é ensinar, educar, colaborar com a criança. Entender que nem toda criança é igual. Que tem seus problemas com pai e mãe, às vezes até alguns traumas, e ajudar. Conversando com os pais. Ter bons professores. O papel maior da escola é ensinar seus alunos a ter um bom futuro. Entender que nunca é demais estudar e ser educado. Que só através da educação e do estudo a gente abre vários caminhos para um futuro feliz. E que para ser campeão basta seguir os ensinamentos do dia a dia. Não ficar desanimado e desistir no meio do caminho. A escola e os professores têm um papel muito importante na vida de seus alunos. O maior é dar bons exemplos.”(Francisca)

12 “O aluno Leonardo que eu chamei a minha mesa e estava fazendo um trabalho com ele e chegou uma mãe e a mãe perguntou pra mim: “ – Aline ele não reconhece as letras do nome?”. Era justamente o nome que ele estava montando. E eu falei “ – Não ele não está reconhecendo, ora ele escreve o nome sem apoio, mas inverte tudo e ora ele consegue escrever com apoio e mesmo com apoio tem dias que ele não escreve.” E a mãe falou: “ – Engraçado eu já encontrei com ele na Lan House e ele mexe nos computadores, ele joga nos computadores da lan house...e como Aline, que ele não está aprendendo a ler?” Eu falei : “ – É eu também estou me perguntando, agora a senhora trouxe uma coisa que eu não tinha conhecimento, e eu mais do que nunca me pergunto, porque o Leonardo não está aprendendo a ler?” E é uma coisa que eu tenho me defrontado desde que a mãe do Fernando comentou isso comigo. Que eu até comentei de pegar o teclado do computador para ver se ele joga, se ele esta familiarizado com aquele teclado e começar a perguntar para ele o que tem no teclado...sei lá partir daquele teclado ali que ele acessa sempre, que ele tem acesso aquele teclado e tentar fazer alguma nova experiência com ele, já que eu não tenho dado conta, com as coisas que eu tenho feito em sala com ele …”

13 A PALAVRA É UMA CONSTRUÇÃO HITÓRICA E SOCIAL…
AS LINGUAGENS SÃO CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS E SOCIAIS… A PALAVRA EXISTE NA INTERAÇÃO COM AS LINGUAGENS DO MUNDO…O COMPLEXO E FLUIDO CONTEÚDO DAS PALAVRAS É IMPRIMIDO PELO COMPLEXO E FLUIDO MUNDO DAS LINGUAGENS QUE SÃO CRIADAS E RESIGUINIFICADAS NAS RELAÇÕES. APRENDER A PALAVRAMUNDO É APRENDÊ-LA NA RELAÇÃO COM AS LINGUAGENS DO MUNDO, É APRENDÊ-LA NO PLURAL: NOS MUNDOS DAS CULTURAS, COM OS SUJEITOS DE CULTURAS E LINGUAGENS DIVERSAS: AS IMAGENS, AS MÚSICAS, AS POESIAS, AS RECEITAS, AS CARTAS DE AMOR, O ORKUT, O , O PANFLETO, A CARTILHA SINDICAL E A LISTINHA DO MERCADO, A NOVELA E O TEATRO, AS HISTÓRIAS DA VOVÓ E OS “CAUSOS” DE COMPADRE…

14 BIBLIOGRAFIA – SUGESTÃO DE LEITURAS
Mello, Marisol Babenco de. Diferentes lógicas no ensinar e no aprender: por uma pedagogias das ausências. In Garcia, Regina Leite e Zaccur, Edwiges (org). Alfabetização: reflexões sobre saberes docentes e saberes discentes. São Paulo: Cortez, 2008. Perez, Carmen Lucia Vidal. Alfabetização um conceito em movimento. In Garcia, Regina Leite e Zaccur, Edwiges (org). Alfabetização: reflexões sobre saberes docentes e saberes discentes. São Paulo: Cortez, 2008. Mortatti, Maria do Rosário Longo. História dos métodos de alfabetização no Brasil. Conferencia/seminário: Alfabetização e letramento em debate. Brasília, 2006. CITAÇÃO: CERTEAU, Michel de. A invenção do Cotidiano. Rio de Janeiro: Ed.Vozes, 2004.


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