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Os Lusíadas.

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1 Os Lusíadas

2 Os Lusíadas Pode ler-se na História da Literatura Portuguesa (de António José Saraiva e Óscar Lopes, 17.ª edição, Porto Editora, 1996): O tema geral escolhido por Camões para o seu poema foi toda a história de Portugal, como se vê pelo próprio título: Os Lusíadas. Esta palavra (neologismo inventado por André de Resende) designa os Portugueses, que a erudição humanística assim nobilitava como descendentes de Luso, filho ou companheiro de Baco. O próprio autor explicita o seu propósito, ao afirmar que canta «o peito ilustre lusitano».

3 Luís Vaz de Camões Luís de Camões foi enterrado no Convento de Sant’Ana. Um amigo, D. Gonçalo Coutinho, inscreveu na lápide da sepultura que reservara para o poeta: “Aqui jaz Luís Vaz de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo. Viveu pobre e miseravelmente e assim morreu.” Túmulo de Luís de Camões. Mosteiro dos Jerónimos (onde se supõe que estão os restos mortais do poeta desde 1880).

4 Os Lusíadas Epopeia publicada em 1572 10 cantos
8816 versos, todos decassílabos 1102 estrofes oitavas Esquema de rimas:ABABABCC

5 Os Lusíadas (1572) O poema se organiza tradicionalmente em cinco partes: 1. Proposição (Canto I, Estrofes 1 a 3) Apresentação da matéria a ser cantada: os feitos dos navegadores portugueses, em especial os da esquadra de Vasco da Gama e a história do povo português. 2. Invocação (Canto I, Estrofes 4 e 5) O poeta invoca o auxílio das musas do rio Tejo, as Tágides, que irão inspirá-lo na composição da obra. 3. Dedicatória (Canto I, Estrofes 6 a 18) O poema é dedicado ao rei Dom Sebastião, visto como a esperança de propagação da fé católica e continuação das grandes conquistas portuguesas por todo o mundo. 4. Narração (Canto I, Estrofe 19 a Canto X, Estrofe 144) A matéria do poema em si. A viagem de Vasco da Gama e as glórias da história heróica portuguesa. 5. Epílogo (Canto X, Estrofes 145 a 156) Grande lamento do poeta, que reclama o fato de sua “voz rouca” não ser ouvida com mais atenção.

6 A armada de Vasco da Gama partiu do Restelo no dia 8 de Julho de 1497 e chegou a Calecute, na Índia, no dia 20 de Maio de 1498.

7   Resumo do enredo       Portugal, como foi visto anteriormente, passava por um momento de grandiosidade diante das demais nações européias. Esse momento era ainda mais valorizado pelo espírito de nacionalismo que surgia nos séculos XV e XVI. Motivados com a liderança nas grandes navegações, foram várias as tentativas de fazer uma epopéia sobre o assunto e, com isso, registrar para a posteridade esse momento de glória.

8 RESUMO Canto I: proposição/invocação/dedicatória ao rei Dom Sebastião/narração Estrofe 19: começa a narração em Moçambique (Concílio dos Deuses:Júpiter,Vênus, Marte, Baco(Oriente)) Canto II:Mombaça ( armação de Baco)/Chega a Melinde Canto III: Vasco da Gama é o narrador. Conta ao rei a história de Portugal. Episódio de Inês de Castro.

9 Canto IV: Começa a narrar sua viagem
Canto IV: Começa a narrar sua viagem. Episódio do Velho do Restelo(condena a cobiça). Canto V: Viagem pela costa oeste da África. Fogo de Santelmo e tromba marinha. Cabo das Tormentas. Episódio do Gigante Adamastor( que amava Tétis, ninfa do mar). Canto VI: viagem prossegue. Tempestade amenizada por Vênus. Canto VII:Chegada a Calicute. Paulo da Gama narra um trecho. Canto VIII: Baco apronta, e o samorim duvida de Vasco.

10 Canto IX: Dois portugueses são feitos reféns em terra, por isso Vasco “segura” dois ricos comerciantes indianos que ali se encontravam. O samorim resolve, depois de ouvir conselhos, devolver os marinheiros, e o mesmo faz Vasco. Assim, reúnem as especiarias e iniciam a volta. Vênus oferece um banquete na Ilha dos Amores.Ui. Canto X: Tétis faz previsões sobre as glórias do povo português e depois conduz Vasco ao alto de um morro, onde lhe mostra “a máquina do mundo”. Epílogo: 12 últimas estrofes: lamento sobre a realidade narrada e a realidade social que o cerca.

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12 *       1. As – ar - mas – e os – ba – rões – a – ssi – na – la - dos A       2. Que da ocidental praia lusitana B       3. Por mares nunca dantes navegados, A       4. Passaram ainda muito além da Taprobana, B       5. E em perigos e guerras esforçados A       6. Mais do que prometia a força humana, B       7. E entre gente remota edificaram C       8. Novo reino, que tanto sublimaram; C

13 A morte de Inês de Castro

14 O EPISÓDIO DE INÊS DE CASTRO
Camões, como outros artistas que retrataram a morte de Inês de Castro, prefere a imagem da espada encravada no peito, sem dúvida, mais lírica, à do degolamento:       Tais contra Inês os brutos matadores,       No colo de alabastro, que sustinha       As obras com que Amor matou de amores       Aquele que depois a fez rainha,       As espadas banhando e as brancas flores       Que ela dos olhos seus regadas tinha,       Se encarniçavam, férvidos e irosos,       No futuro castigo não cuidosos.

15 Tu, só tu puro Amor, com força crua,
Que os corações humanos tanto obriga Deste causa à molesta morte sua, Como se fora pérfida inimiga. Se dizem, fero Amor, que a sede tua Nem com lágrimas tristes se mitiga, É porque queres, áspero e tirano Tuas aras banhar em sangue humano.

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17 O lirismo dentro da obra épica
Os Lusíadas é uma obra de caráter épico onde o universo masculino é o predominante. Assim, todo o episódio de Inês de Castro entra em perfeito contraste com a restante obra. Neste episódio a personagem central é feminina e o lirismo presente nos sonetos camonianos é transposto para estas estâncias. Luís de Camões consegue estabelecer com o leitor um contacto inquestionavelmente emotivo. com os versos O desespero que Camões coloca nas falas de Inês (inventadas por si) faz com que um universo de terror progrida e “arraste” consigo o próprio leitor. Existem momentos em que o leitor é levado a sentir compaixão e levado também a partilhar o sofrimento das personagens da tragédia, a piedade perante tal destino trágico instala-se dando assim origem à Catarse.

18 O velho do Restelo

19 —"Ó glória de mandar. Ó vã cobiça Desta vaidade, a quem chamamos Fama
—"Ó glória de mandar! Ó vã cobiça Desta vaidade, a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C'uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas! — "Dura inquietação d'alma e da vida, Fonte de desamparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de impérios: Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo dina de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana!

20 O velho do Restelo

21 EPISÓDIO DO VELHO DO RESTELO
A cena mostra, logo de início urna massa aflita e desesperada com a partida de seus filhos e esposos. As mulheres, chorando, representam toda a multidão que ficava em terra firme vendo seus queridos partirem para o desconhecido:       Em tão longo caminho e duvidoso,       Por perdidos as gentes nos julgavam;       As mulheres c’um choro piedoso,       Mães, esposas, irmãs, que o temeroso       Amor mais desconfia, acrescentavam       A desesperação e frio medo       De já nos não tornar a ver tão cedo       Qual via dizendo: — “Ó filho, a quem eu tinha       Só para refrigério e doce amparo       Desta cansada já velhice minha,       Que em choro acabará penoso e amaro       Porque me deixas, mísera e mesquinha?       Porque de mi te vás, á filho caro,       A fazer funéreo enterramento       Onde sejas de peixes mantimento?

22 A fala do velho do Restelo pode ser interpretada como a sobrevivência da mentalidade feudal, agrária, oposta ao expansionismo e às navegações, que configuravam os interesses da burguesia e da monarquia. É a expressão rigorosa do conservadorismo. Certo é que Camões, mesmo numa epopéia que se propõe a exaltar as Grandes Navegações, dá a palavra aos que se opõem ao projeto expansionista. Portanto, O Velho do Restelo representa a oposição passado x presente, antigo x novo. O Velho chama de vaidoso aqueles que, por cobiça ou ânsia de glória, por sua audácia ou coragem, se lançam às aventuras ultramarinas. Simboliza a preocupação daqueles que antevêem um futuro sombrio para a Pátria.

23 MAR PORTUGUÊS   Ó mar salgado, quanto do teu sal  São lágrimas de Portugal!  Por te cruzarmos, quantas mães choraram,  Quantos filhos em vão rezaram!  Quantas noivas ficaram por casar  Para que fosses nosso, ó mar!  Valeu a pena? Tudo vale a pena  Se a alma não é pequena.  Quem quer passar além do Bojador  Tem que passar além da dor.  Deus ao mar o perigo e o abismo deu,  Mas nele é que espelhou o céu.  Fernando Pessoa

24 Gigante Adamastor

25 GIGANTE ADAMASTOR O gigante chama os portugueses de ousados e afirma que nunca repousam e que tem por meta a glória particular, pois chegaram aos confins do mundo. Repare na ênfase que se dá ao fato de aquelas águas nunca terem sido navegadas por outros: o gigante diz que aquele mar que há tanto ele guarda nunca foi conhecido por outros. E disse: "Ó gente ousada, mais que quantas No mundo cometeram grandes cousas, Tu, que por guerras cruas, tais e tantas, E por trabalhos vãos nunca repousas, Pois os vedados términos quebrantas E navegar nos longos mares ousas, Que eu tanto tempo há já que guardo e tenho, Nunca arados d’estranho ou próprio lenho:

26 Não acabava, quando uma figura Se nos mostra no ar, robusta e válida, De disforme e grandíssima estatura; O rosto carregado, a barba esquálida, Os olhos encovados, e a postura Medonha e má e a cor terrena e pálida; Cheios de terra e crespos os cabelos, A boca negra, os dentes amarelos.

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28 No plano histórico, simboliza a superação pelos portugueses do medo do “Mar Tenebroso”, das superstições medievais que povoavam o Atlântico e o Índico de monstros e abismos. Adamastor é uma visão, um espectro, uma alucinação que existe só nas crendices dos portugueses. É contra seus próprios medos que os navegadores triunfam.

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30 Vasco da Gama quando chegou às Índias.

31 Ilha dos amores

32 ILHA DOS AMORES Vênus imagina um meio de recompensá-los por todas as dificuldades enfrentadas com um prêmio. Auxiliada por Cupido prepara-lhes uma ilha maravilhosa onde as mais belas ninfas esperarão por eles. Camões mostra o local como um verdadeiro paraíso: Nesta frescura tal desembarcaram Já das naus os segundos argonautas, Onde pela floresta se deixavam Andar as belas deusas, como incautas Algüas doces cítaras tocavam, Algüas harpas e sonoras flautas; Outras, cos arcos de ouro, se fingiam Seguir os animais que não seguiam. (...) Duma os cabelos de ouro o vento leva Correndo, e de outra as flaldas delicadas. Acende-se o desejo, que se cava Nas alvas carnes, súbito mostradas.

33 Mas cá onde mais se alarga, ali tereis Parte também, co pau vermelho nota; De Santa Cruz o nome lhe poreis; Descobri-la-á a primeira vossa frota. Ao longo desta costa, que tereis, Irá buscando a parte mais remota O Magalhães, no feito, com verdade Português, porém não na lealdade.

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35 Todo o episódio tem um carácter simbólico.
Em primeiro lugar, serve para desmitificar o recurso à mitologia pagã, apresentada aqui como simples ficção, útil para "fazer versos deleitosos". Em segundo lugar, representa a glorificação do povo português, a quem é reconhecido um estatuto de excepcionalidade. Pelo seu esforço continuado, pela sua persistência, pela sua fidelidade à tarefa de expansão da fé cristã, os portugueses como que se divinizam. Tornam-se assim dignos de ombrear com os deuses, adquirindo um estatuto de imortalidade que é afinal o prémio máximo a que pode aspirar o ser humano. De certo modo, podemos dizer que é o amor que conduz os portugueses à imortalidade. Não o amor no sentido vulgar da palavra, mas o amor num sentido mais amplo: o amor desinteressado, o amor da pátria, o amor ao dever, o empenhamento total nas tarefas colectivas, a capacidade de suportar todas as dificuldades, todos os sacrifícios.

36 Voltando aos comentários que se podem tecer a respeito do epílogo da obra, é perceptível certo tom melancólico nas palavras do poeta que, prevendo o fim dos bons tempos de Portugal, aproveita para fazer sua “voz rouca” ser ouvida novamente ao criticar a corte que cercava D.Sebastião e a perda dos bons costumes da sociedade, a corrupção que por sua vez levaria o país ao “caos”, como se pode notar na estrofe 145 “No mais, Musa, no mais, que a lira tenho Destemperada e a voz enrouquecida, E não do canto, mas de ver que venho Cantar a gente surda e endurecida. O favor com quem mais se acende o engenho Não no dá a pátria, não, que está metida No gosto da cobiça e na rudeza Dua austera, apagada e vil tristeza.”.

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47 Pensar o texto, planejar
1º passo Pensar o texto, planejar Tempo estimado no dia da prova: de 15 a 20 minutos

48 Análise da proposição ENEM 2011: Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação,redija texto dissertativo argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema VIVER EM REDE NO SÉCULO XXI: OS LIMITES ENTRE O PÚBLICO E O PRIVADO, apresentando proposta de conscientização social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

49 Análise da proposição Com base nos textos apresentados e, eventualmente, em experiências pessoais, escreva um texto dissertativo em prosa, obedecendo à norma padrão do português do Brasil, que deverá ter como tema: DO BULLYING AO MOBBING: COMO TRATAR COMPORTAMENTOS AGRESSIVOS ENTRE COLEGAS?

50 DO BULLYING AO MOBBING: COMO TRATAR COMPORTAMENTOS AGRESSIVOS ENTRE COLEGAS?

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