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IDENTIDADE DAS CEBS Movidos pelo espírito missionário de Pe. Ibiapina, Pe. Cicero e dos Beatos Zé Lourenço e Maria Araujo, no seguimento a Jesus Cristo,

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Apresentação em tema: "IDENTIDADE DAS CEBS Movidos pelo espírito missionário de Pe. Ibiapina, Pe. Cicero e dos Beatos Zé Lourenço e Maria Araujo, no seguimento a Jesus Cristo,"— Transcrição da apresentação:

1 IDENTIDADE DAS CEBS Movidos pelo espírito missionário de Pe. Ibiapina, Pe. Cicero e dos Beatos Zé Lourenço e Maria Araujo, no seguimento a Jesus Cristo, as CEBs realizarão seu 13º. Intereclesial na Diocese do Crato-CE. D. Fernando Panico, bispo da diocese de Crato, será o nosso anfitrião. Em 2014, a Diocese do Crato celebrará o seu centenário de criação. Conhecemos a riqueza desta igreja particular que compreende uma área de km² com 920 mil habitantes, organizada em 49 paróquias e 914 comunidades eclesiais de base.

2 Um pouco de história das CEBs no Brasil.
Gênese das CEBs. Gestação: Nascimento: Batismo: 1968. Confirmação: 1979. Maturidade: 1982. - “Um novo modo de ser Igreja” (CNBB, Doc. 25). - “Um modo novo de toda a Igreja ser” (6º. Intereclesial das CEBs – Trindade –Go – 1986). - “O modo normal de toda a Igreja ser” (D. Pedro Casaldáliga –2000). - CEBs são instância primeira da Igreja: expressão originante (cf. At 2,412-47; 4,32-35).

3 1.2. Encontros intereclesiais das CEBs no Brasil.
Os Encontros Intereclesiais de CEBs mostram a caminhada das CEBs e seus temas mostram como elas se inserem na realidade da vida do povo. I – Vitória-ES - Uma Igreja que nasce do Povo pelo Espírito de Deus. II – Vitória-ES - Igreja, Povo que caminha. III – João Pessoa-PR - Igreja, Povo que se liberta. IV – Itaici-Indaiatuba-SP - Igreja, Povo oprimido que se organiza para a libertação. V – Canindé-CE - Igreja, Povo unido, semente de uma nova sociedade. VI – Trindade-GO - Cebs, Povo de Deus em busca da Terra Prometida.

4 1.2. Encontros intereclesiais das CEBs no Brasil.
Os Encontros Intereclesiais de CEBs mostram a caminhada das CEBs e seus temas mostram como elas se inserem na realidade da vida do povo. VII – Duque de Caxias-RJ - Cebs, Povo de Deus na América Latina a caminho da libertação. VIII – Santa Maria RS - Cebs, Povo de Deus renascendo das culturas oprimidas. IX – São Luís-MA - Cebs, Vida e Esperança nas massas. X – Ilhéus-BA - Cebs, Povo de Deus, 2000 anos de caminhada. XI – Ipatinga-MG - Cebs, espiritualidade libertadora: Seguir Jesus no compromisso com os excluídos. XII – 2009 – Porto Velho-Ro – CEBs: Ecologia e Missão – Do ventre da terra, o grito que vem da Amazônia. XIII – 07-11/01/2014 – Crato-CE – Tema: Justiça e profecia a serviço da vida – Lema: CEBs, romeiras do Reino no campo e na cidade (em preparação).

5 RUMO AO 13º. INTERECLESIAL DAS CEBs
O13° Intereclesial de CEBs se realizará nos dias 7 a 11 de janeiro de 2014, na cidade do Juazeiro do Norte, diocese de Crato. Tema: JUSTIÇA E PROFECIA A SERVIÇO DA VIDA Lema: CEBs, ROMEIRAS DO REINO NO CAMPO E NA CIDADE.

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7 ESPITUALIDADE DAS CEBS
RUMO AO 13º. INTERECLESIAL DAS CEBs

8 CEBs : Elementos fundamentais.
JESUS CRISTO São evangélicas IGREJA UNIVERSAL PASTORES CEBs Ligação canônica Eclesialidade Catolicidade MUNDO SOCIEDADE Compromisso social

9 1. Auto - definição de eclesiais.
São eclesiais, porque são comunidades. Igreja é essencialmente comunidade. Na América Latina, envolvem os pobres e reinventam a Igreja. Há uma centralidade dos pobres. Gustavo Gutiérrez fala em irrupção dos pobres na Igreja e na sociedade.

10 “O que é uma CEB”? O que é preciso para se ter uma CEB?

11 1º. Elementos materiais (corpo).
1) Grupo de fiéis batizados (suficientemente desen- volvido) e que celebra ( celebração ou culto regular , semanalmente, quinzenalmente) com ou sem eucaristia. 2) Integrado por gente das classes populares (pobres), tendo pessoas de outras classes , mas não majoritariamente. A CEB tem sua identidade histórica nos pobres em sentido sociológico e, desta forma, o sentido de “ base ” veicula as seguintes características em sua constituição: pobre popular (rosto do povo), celular, leiga, de luta, cristológica. 3) Em torno da Palavra de Deus (Bíblia): a Palavra faz parte constituinte de uma comunidade de base. A Bíblia é a companheira da CEB.

12 2º. Elementos formais (alma).
1) Partilha da Palavra em confronto com a vida. Podemos nos perguntar: Como temos lido a Palavra de Deus frente à realidade? Temos feito a leitura orante da Bíblia? 2) Participação nos serviços ( ministérios ) : coordenação, liturgia, catequese, canto. As CEBs são participantes. 3) Compromisso no social: A Palavra de Deus induz à ação. Podemos lembrar aqui a grande novidade da Igreja na América Latina : A entrada ( inserção ) de cristãos e cristãs na luta política de libertação dos pobres e excluídos (Ligação Fé-Vida). Podemos nos perguntar: Como vai nossa fé? Como vai nosso compromisso? Como vão nossas lutas?

13 2. Relação fundante das CEBs – Identidade originária: Jesus Cristo (Puebla, 641).
- A ligação com Jesus Cristo é a ligação constitutiva: Por causa da palavra de Jesus Cristo. Por causa do Espírito de Jesus Cristo. Por causa do seguimento de Jesus Cristo. Jesus é o fundamento estrutural das CEBs. A realidade fundacional das CEBs é Jesus Cristo. São Paulo fala que não há outro fundamento ! Isto está presente já no 1º. Intereclesial: Igreja que nasce do Povo pelo Espírito de Deus. Por isso, são evangélicas. São realidade mistérica. As Cebs são uma experiência cristã integral.

14 2. Relação fundante das CEBs – Identidade originária: Jesus Cristo (Puebla, 641).
- Qual a característica específica das CEBs na A m é r i c a L a t i n a ? Primeiramente é ter seu fundamento em J e s u s C r i s t o . Segundo, aprofundar a presença do Espírito e buscar o aprofundamento da Trindade ( já presente no 6º. Intereclesial – Trindade – Este tema foi indicado com muita insistência no Congresso Continental de Teologia, em São Leopoldo-RS).

15 3. Compromisso social. Luta pela libertação em todos as dimensões : econômica , política , cultural, erótico-sexual, pedagógica, litúrgica, ecológica. Luta pela justiça. Defesa da vida das pessoas e da natureza. Luta sempre a partir da fé, visando a libertação.

16 4. Relação com os pastores.
É a micro-Igreja na macro-Igreja. As CEBs estão na Igreja Católica mas com abertura para a ecumenicidade. As CEBs em relação com as outras CEBs: Com as paróquias, para transformá-las em redes de comunidades, com formas alternativas de organização (em forma de rede – paróquias sem matriz). Abertura para outros movimentos de Igreja ( como os carismáticos, buscando criar formas de comunhão!).

17 5. Ligação com a Igreja Universal.
As CEBs não devem se preocupar em ser o único modo novo de ser Igreja, (no sentido de uma uniformidade), pois isto parece ser impossível do ponto de vista sociológico e não desejável do ponto de vista teológico, pois o pluralismo é saudável! Neste sentido, as CEBs “devem fortalecer sua catolicidade prática, jamais considerando-se ‘como o destinatário único ou como o único agente de evangelização’, mas sempre abertas à universalidade que requer qualquer tarefa de anúncio do Evangelho” (FAUSTINO TEIXEIRA).

18 ECLESIALIDADE DAS CEBs
As CEBs, instância primeira da Igreja, começam com a primeira geração cristã como modo revelado da Igreja ser. São sua expressão originante (At 2,42-47; 4,32-35). Medellín acolhe o modelo de instância eclesial primeira que se desenvolve nas experiências pioneiras, inicialmente no Brasil e, logo em seguida, em muitos países da América Latina e do Caribe.

19 ECLESIALIDADE DAS CEBs
Medellín é um marco referencial para a consolidação das CEBs na América Latina e Caribe como experiência eclesial genuína deste Continente. Medellín as reconhece como “primeiro e fundamental núcleo eclesial, que deve, em seu próprio nível, responsabilizar-se pela riqueza e expansão da fé, como também pelo culto que é sua expressão. É ela, portanto, célula inicial de estruturação eclesial e foco de evangelização e atualmente fator primordial de promoção humana e desenvolvimento” (Medellín, 15. Pastoral de Conjunto, nº.10).

20 ECLESIALIDADE DAS CEBs
As CEBs surgem em um contexto de opressão. A partir da vivência comunitária, os cristãos e cristãs, movidos pela fé, começam a compreender a situação de violência que causa a morte dos povos latino-americanos e caribenhos e descobrem que a justiça é condição imprescindível da paz (Medellín, Paz,16).

21 MISSÃO DAS CEBs Unindo fé e vida, os cristãos e cristãs entram na luta política de libertação dos pobres, buscando no seguimento de Jesus forças para lutar pela transformação social. Esse processo é bem descrito por Gustavo Gutiérrez:

22 MISSÃO DAS CEBs "A inserção nas lutas populares pela libertação tem sido - e é - o início de um novo modo de viver, transmitir e celebrar a fé para muitos cristãos da América Latina. Provenham eles das próprias camadas populares ou de outros setores sociais, em ambos os casos observa-se - embora com rupturas e por caminhos diferentes - uma consciente e clara identificação com os interesses e combates dos oprimidos do continente. Esse é o fato maior da comunidade cristã da América Latina nos últimos anos. Esse fato tem sido e continua sendo a matriz do esforço de esclarecimento teológico que levou à teologia da libertação" (Gustavo Gutiérrez).

23 MISSÃO DAS CEBs As CEBs são Igreja a partir da base. Buscam responder as questões vindas do cotidiano. São Igreja em nosso tempo. Por isso, muitas vezes, foram e são incompreendidas, como o próprio Jesus e as primeiras comunidades cristãs em seu tempo. Isto aconteceu e acontece com as CEBs do Brasil, quer do ponto de vista sócio-político, como também do ponto de vista eclesial.

24 MISSÃO DAS CEBs “As CEBs, célula inicial de estruturação eclesial (Md 15,10, DAp, 197), buscam ser comunidades enraizadas na prática histórica de Jesus de Nazaré, filho de Maria (Gal 4,4) e bebem do testemunho das primeiras comunidades cristãs (At 2,42-47; 4,32-35). Como Jesus, assumem a opção pelos pobres (Mt 9,35-36; Lc 4,14-30; Mt 11,2-6; Lc 7,18-23) e a partir deles anunciam o evangelho do Reino a todos, oferecendo a salvação como desejo de Deus Pai (1Tim 2,4), colaborando na construção da fraternidade e sororidade na humanidade. Seguindo os passos de Jesus, as CEBs testemunham que a vida deve brilhar em primeiro lugar (Jo 10,10) e por sua causa, muitos e muitas foram até o martírio, para defendê-la em nome da Justiça do Reino” (D.Moacyr Grechi).

25 MISSÃO DAS CEBs Seguindo a prática de Jesus de Nazaré, as CEBs se espelham na Palavra de Deus e a têm como companheira da caminhada. Retomam a memória do êxodo (Êx 3,7-10) que aponta sempre para a Terra Prometida, Presença do Reino como antecipação da vida em plenitude que começa na Terra e indica, na esperança, o céu.

26 MISSÃO DAS CEBs As CEBs se comprometem com o anúncio do Reino de Deus e sua justiça (Mt 6,33) e entram na luta de libertação dos pobres e excluídos, buscando construir um outro mundo possível. Esta entrada dos cristãos e cristãs se dá nos mais diferentes instrumentos criados pela criatividade da sociedade organizada e nas quais os membros das CEBs buscam contribuir com sua participação e apoio.

27 MISSÃO DAS CEBs A ação política dos cristãos e cristãs deve se pautar pela opção pelos pobres, pois o essencial é salvar a pessoa humana, especialmente a pessoa humana que está sendo excluída, pois Deus clama por meio dos excluídos: "Descobrir nos rostos sofredores dos pobres o rosto do Senhor (Mt,25,31-46) é algo que desafia todos os cristãos a uma profunda conversão pessoal e eclesial"[1]. A opção pelos pobres é, em última instância, uma opção teológica [1] Santo Domingo, 178; cf. Puebla,

28 MISSÃO DAS CEBs A opção pelos pobres tem estado no cenário da Igreja de América Latina e Caribe durante as últimas décadas e continua sendo a pedra de toque da Igreja:“A opção pelos pobres é uma das características que marca a rosto da Igreja latino-americana e caribenha” (Aparecida,391). Na Conferência de Aparecida ela volta com maior intensidade, novo aprofundamento e novas exigências frente ao novo contexto sócio-histórico e recebe um novo reforço com a palavra de Bento XVI: “A opção preferencial pelos pobres está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, enriquecendo-nos com sua pobreza. Esta opção nasce de nossa fé em Jesus Cristo, o Deus feito humano, que se fez nosso irmão (cf. Hb )”(Aparecida, 392).

29 MISSÃO DAS CEBs A opção política dos cristãos/ãs deve, pois, decorrer dessa opção teológica e cristológica e são chamados a transformar esta realidade injusta e fazer com que esta opção se torne radicalmente política, ao preservar o humano que está sendo destruído na pessoa dos pobres e excluídos. Esta é a razão da entrada dos cristãos e cristãs na luta política de libertação dos pobres, realizando o que as CEBs chamam da ligação entre fé e vida.

30 Fé Mística Espiritualidade
Encontro pessoal com Deus-Pai-Mãe-Mulher-Negro como sentido último Motivação Fé Mística Espiritualidade Prática Vivência: a) Conversão Práxis b) Celebração Memória Entrada numa grande “Tradição” Jesus Cristo Êxodo

31 Cultura Saber Ideologia Decisões Poder Política
Vida Decisões Poder Política Economia (Ter)

32 Pobres Classes Populares: Camponês (a) Operários (a)
Encontro pessoal com Deus-Pai-Mãe-Mulher-Negro como sentido último Cultura Saber Ideologia Motivação Fé Mística Espiritualidade Vida Prática Vivência: a) Conversão Práxis b) Celebração Decisões Poder Política Entrada numa grande “Tradição” Jesus Cristo Êxodo Memória Economia (Ter) Dom Graça Presente Pobres Classes Populares: Camponês (a) Operários (a)

33 FÉ E VIDA A grande novidade da(s) Igreja(s) na América Latina e Caribe é a entrada dos cristãos e cristãs na luta política de libertação dos pobres e excluídos.

34 Ligação FÉ e VIDA. Novo Modo: Viver Transmitir Celebrar
LUTAS POPULARES Novo Modo: Viver Transmitir Celebrar FÉ - América Latina e Caribe “Esse é o fator maior da comunidade cristã da América Latina nos últimos anos. Esse fato tem sido e continua sendo a matriz do esforço de esclarecimento teológico que levou à Teologia da Libertação” (Gustavo Gutiérrez)

35 FÉ E VIDA Entrada nos movimentos populares de reivindicações.
b) Entrada e participação nos movimentos específicos: - Luta pela Terra: ocupações com a participação ativa das CEBs. - Luta das mulheres: Grupo de mulheres da periferia. - Luta dos povos indígenas. - Luta dos negros. - Luta pela defesa da natureza (ecologia). Entrada no movimento sindical: a grande questão da luta ideológica e a primazia do trabalho sobre o capital. Entrada nos partidos políticos com proposta popular.

36 FÉ E VIDA e) Participação nos Conselhos de cidadania.
f) Participação nas Pastorais sociais: Pastoral da saúde, da criança, da mulher marginalizada, dos negros, da terra, operária, dos pescadores, carcerária. g) Entrada na luta dos direitos da terra e dos bens comuns universais.

37 A mística e a Espiritualidade da Libertação a partir da experiência das CEBs.
Com a entrada dos cristãos e cristãs na luta política de libertação dos pobres e excluídos na América Latina e Caribe, o Espírito suscitou uma nova experiência eclesial, definida pela ligação fé-vida, e que gerou: Um novo modo de viver a fé: A Igreja assume os novos desafios do mundo de hoje. Os cristãos e cristãs, movidos/as pelo Espírito do Ressuscitado, abrem-se para os problemas do mundo.

38 FÉ E VIDA b) Um novo modo de transmitir a fé: Uma nova leitura da Bíblia a partir do pobre-excluído (classe), a partir da mulher (gênero), a partir das diferentes culturas (etnias), a partir dos idosos, jovens, crianças (geração) e a partir da defesa da natureza (ecologia). Encontramos também no interior de todo esse processo uma nova forma de fazer teologia e uma nova catequese, fazendo a ligação fé-vida e muito mais martirial. c) Um novo modo de celebrar a fé: A partir da ligação fé - vida , a liturgia expressa-se a partir das diferentes culturas (inculturação) e celebra as lutas em defesa da vida, com grande respeito pela alteridade.

39 FÉ E VIDA A participação nestas lutas acarreta muitas perseguições entre os pobres e entre aqueles e aquelas que, por livre opção, mesmo sendo de outras classes sociais, assumem o lado dos pobres e excluídos. Por isso, em toda a América Latina e Caribe, encontramos mártires que vão, como Jesus de Nazaré, até o extremo do derramamento do sangue. São trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade, indígenas, negros e negras, advogados, religiosas e religiosos, padres, bispos. Muitos destes/as mártires são saídos das CEBs e expressam a dimensão profética da/s Igreja/s.

40 FÉ E VIDA No assumir destas lutas, os pobres vão se tornando os novos protagonistas da história. Invisibilizados durante séculos, se fazem presentes em vários países latino-americanos e caribenhos e indicam a necessidade de mudanças estruturais, tanto ao nível da sociedade, como também ao nível da Igreja e apontam para a possibilidade de um outro mundo possível, para que haja vida e vida abundante para todos os seres humanos e também vida para toda a natureza.

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42 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
DESAFIOS DO CONTEXTO. Vivemos em uma sociedade complexa que desafia nossa aposta pela educação popular e nossa opção de vida marcada pelos valores do Reino de Deus, manifestados na pessoa e na prática de Jesus de Nazaré que apontam para a realização de uma vida humana plena.

43 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
O sistema neoliberal feito ideologia-cultura nos coage para a privatização da vida, dos nossos anseios, compromissos, opções, serviços. Ele faz pensar que não há que fazer em relação à corrupção, à desigualdade social, à privação de direitos, à exploração do capital e a muitos problemas econômicos e sociais, porque são estruturais, fazem parte do sistema da vida, e que sejam de outra maneira não depende de nós (Lucho Torres Bedoya).

44 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
Além do mais, essa ideologia nos convence de que, apesar dos inevitáveis males que traz, o mercado de consumo e o progresso tecnológico visam a qualidade de vida para todos, inclusive para os pobres. Deste modo, a ideologia moderna neoliberal faz dos problemas sociais e econômicos assuntos da esfera privada. Nesta lógica autoritária, o serviço aos pobres, aos injustiçados, aos marginalizados, passou a ser um assunto privado, particular, seja individual ou institucional (Lucho Torres Bedoya).

45 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
A melhor pregação de Jesus é a constituição de comunidades eclesiais e ecológicas de base coerentes com sua prática e sua pedagogia. Essa proposta se encontra presente na comunidade de At 2,42-47; 4,32-35.

46 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
Neste sentido, “a convivência numa comunidade é necessariamente formadora. Ela consolida e faz crescer a vocação. Sem convivência comunitária é muito difícil nascer, crescer e desabrochar uma autêntica vocação segundo o rumo da Boa Nova que Jesus nos trouxe, pois a comunidade é a amostra grátis da Boa Nova do Reino” (Curso de Verão-2008).

47 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
Práxis ministerial das CEBs: Igualdade evangélica baseada na fraternidade, onde há ministérios colegiados, exercidos com circularidade e com trabalho em equipe. Nas CEBs, há uma superação do sexismo e do machismo (cf. As CEBs hoje, pesquisa do ISER).

48 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
Em busca de uma nova estruturação eclesial. Quatro eixos que sustentam o edifício eclesial: 4.1. Palavra: Os membros das CEBs lêem e interpretam a Bíblia e à luz da Palavra de Deus falam de seus problemas e assim operam no mundo do trabalho, da política e da cultura (Cf. CNBB, Doc. 40). 4.4. Atividade no mundo através da missão: Articulando-se com os movimentos populares, sindicatos, partidos políticos, fazem o exercício de apropriação de parcelas de poder e da produção de novos bens eclesiais, a partir de uma concepção de Igreja Povo de Deus.

49 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
4.3. Sacramentos: As CEBs sabem celebrar a vida, as lutas e, simbolicamente, alimentam a utopia do Reino. 4.4. Organização: Organizam em distintas funções os serviços internos, elegem sua equipe de coordenação, elaboram a consciência crítica sobre os problemas e, democraticamente, procuram soluções comunitárias.

50 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
A prática pastoral visa a construção de um novo modelo eclesial na perspectiva da eclesiologia do Vaticano II – IGREJA POVO DE DEUS – e que, na América Latina e Caribe, se configura a partir da experiência eclesial das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), visando, à luz da evangélica opção pelos pobres, promover a pessoa, renovar a comunidade e participar da construção de uma sociedade justa e solidária, a caminho do Reino definitivo.

51 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
Transformação social: Em busca de um novo Projeto de Nação. a) Radicalização da Democracia. Radicalizar a democracia significa apostar na capacidade das pessoas de serem construtoras do conjunto da vida social. Radicalizar significa ir às raízes. Mexer no mais profundo. Ir até o tutano. Isto exige a democratização de todas as dimensões da vida.

52 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
Democratizar o econômico: Isto equivale a dizer que todos devem ter acesso aos bens necessários à vida e isto exige a democratização da propriedade, das águas, dos meios de comunicação, da informação, do conhecimento. O direito ao trabalho, à produção e reprodução da vida, à moradia fazem parte da democratização do econômico.

53 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
Democratização do político: Esta exige a desconcentração e descentralização da política, da terra, das águas, dos meios de comunicação. Indica o valor da participação e da ação política de cada cidadão e cidadã no que se refere ao bem comum, ao bom e justo funcionamento da vida na cidade. Política vem da palavra grega "polis" que significa cidade. Política é, pois, o governo da cidade. E todos são responsáveis por ela.

54 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
Democratização do social: Isto significa abolir qualquer tipo de exclusão e apartação social que fere a dignidade da pessoa como filha do mesmo Pai-Mãe Comum, que é Deus. Democratização do cultural: Isto equivale a dizer que temos que respeitar a diversidade das culturas e as diferentes etnias que compõem a vida em sociedade.

55 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
b) Construção Coletiva. A construção coletiva indica que todos podem participar, dando sua contribuição para o todo. Isto exige o respeito pelas diferenças que vão enriquecendo o conjunto da sociedade. Indica que tudo pode ser mudado e nada está colocado como acabado. Mostra também que é necessário ligar o individual com o coletivo, construindo instâncias de decisão onde o poder possa ser partilhado. Aquí é bom lembrar que temos que pensar globalmente e agir localmente.

56 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
c) Cidadania Ativa. Não podemos ficar apenas com os direitos que outros nos garantiram. Além de defender os direitos adquiridos, a cidadania ativa aponta para a conquista de novos direitos. Mostra a importância da luta pelo direito a ter direitos! Para se conseguir esta cidadania ativa é preciso criar novos espaços de participação na sociedade e na Igreja. É preciso buscar um controle por parte da população organizada de todas as instâncias de decisão.

57 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
d) Inversão de Prioridades. O mero crescimento econômico não resolve o problema das grandes maiorias excluídas. Hoje há muita produção de bens, mas há mais gente excluída da participação nestes bens. A inversão de prioridades aponta na direção do valor da vida de todos e não apenas dos já integrados. Temos que pensar numa sociedade da qual ninguém seja excluído! Que todos tenham o direito de viver. Para isso é preciso mudar a forma de aplicação dos recursos.

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59 Ações concretas 1. Repensar as relações econômicas existentes
1.a. Criando novas estruturas de produção 1.b. Mudando a estrutura jurídica e tributária 2. Repensar o Direito à Propriedade 3. Reforma político Partidária 4. Agir nos espaços de cidadania e criar outros 4.a. OP – Controle das finanças 4.b. CAC – Controlar o Legislativo 4.c. Conselhos Paritários – Definir as Políticas Públicas 5. Fortalecer os que já existem e criar novos Movimentos Sociais 6. Direitos dos grupos étnicos

60 Alguns pontos que precisam de melhor aprofundamento, análise e definição
1. Sociedade do Bem Viver 2. Sociedade do Pertencimento

61 SUMAK KAWSAY: Sociedade do Bem Viver
Esperanza Martínez é bióloga equatoriana e fundadora da ONG ambiental Acción Ecológica, com sede em Quito, no Equador. IHU On-Line – Como o "bem viver" (sumak kawsay) nos ajuda a compreender e a viver uma nova relação com a terra e com a natureza?

62 SUMAK KAWSAY: Sociedade do Bem Viver
Esperanza Martínez – “A proposta do bem viver provém de um sujeito histórico, cujos vínculos com a terra e a natureza não estão quebrados, mesmo apesar de todo o sofrimento histórico, do despojo e da destruição da natureza: os índios. O bem viver, para eles, é mais do que viver melhor, ou viver bem: o bem viver é viver em plenitude. De fato, o termo utilizado não é "alli kawsay" (alli = bem; Kawsani = viver), mas sim "sumak Kawsay" (sumak = plenitude; kawsani = viver).

63 SUMAK KAWSAY: Sociedade do Bem Viver
Só o fato de nos atrevermos a pensar que a meta é a plenitude e que a plenitude supõe relações de harmonia, não de hostilidade; condições de saúde, não de doença; relações de solidariedade, não de competição, nos leva a repensar a nós mesmos com a natureza e a superar a ideia cultivada na modernidade e santificada pela ciência ocidental (a religião) de que a natureza é algo hostil, que devemos dominar para sobreviver, e que aqueles que sobreviverão sempre serão os mais fortes. Duas coisas são centrais no bem viver: o sentido de pertença à natureza e o sentido da comunidade”.

64 SUMAK KAWSAY: Sociedade do Bem Viver
IHU On-Line – A senhora diz que há "uma grande diferença em como a sociedade capitalista se aproxima da natureza e como os indígenas fazem isso". Em traços gerais, quais são essas diferenças? Esperanza Martínez – Para os índios, a natureza é um sujeito, não um objeto. Os índios reconhecem que a natureza está viva e têm um sentido de pertença, reconhecem a si mesmos como filhos da Mãe Terra (a Pachamama). Têm uma maior compreensão sobre os ciclos da vida das diferentes espécies, e por isso aplicam diferentes práticas e restrições. Sua visão de longos prazos compreende o ciclo da vida.

65 SUMAK KAWSAY: Sociedade do Bem Viver
Para a sociedade capitalista, a natureza é um objeto de propriedade que temos o direito de explorar e destruir para o nosso benefício exclusivo. Importam apenas os ganhos rápidos. Acredita-se que é a tecnologia que irá reparar qualquer problema. E, embora haja respostas de preocupação pelos impactos e as desordens ambientais, estes continuam sendo vistos como algo distante.

66 SUMAK KAWSAY: Sociedade do Bem Viver
De todas as formas, foi filtrado, sim, em todos os níveis, inclusive em muitos setores indígenas, o sentido de riqueza e pobreza próprias do capitalismo, porque, quando se fala desses termos, a referência imediata é o dinheiro. O sumak kawsay permite ir além dessas noções – riqueza e pobreza –, porque o fato é que a geração da riqueza provoca pobreza para a maioria. Inclusive a noção de explorar a natureza para pagar a dívida social acaba por destruir as bases de subsistência da população local e, portanto, acaba por aumentar os sujeitos dessa mesma dívida social. É um círculo vicioso que se quebra quando são colocados no centro das decisões a sustentabilidade, a saúde, a solidariedade, isto é, o sumak kawsay.

67 SUMAK KAWSAY: Sociedade do Bem Viver
A produção de alimentos é a atividade prioritária dos povos e dos países, e é verdade que a modernidade introduziu técnicas e produtos que desempenharam um papel na alimentação e na agricultura. Na maioria dos casos, as empobreceram, e principalmente perdeu-se o controle sobre o processo. As sementes híbridas, os agroquímicos, as monoculturas determinaram que se perca a soberania alimentar.

68 SUMAK KAWSAY: Sociedade do Bem Viver
O mais grave é que são desprezadas e desconhecidas as tecnologias de culturas que fizeram avanços impressionantes nessas questões: o manejo da água, o cultivo em terraços, a associação e a rotação de cultivos, a domesticação das plantas são invenções geniais dos índios.

69 SUMAK KAWSAY: Sociedade do Bem Viver
IHU On-Line – Na cosmovisão indígena, incluindo o bem viver, como se dá a relação com o sagrado e o transcendente? Esperanza Martínez – Para os índios, a natureza está impregnada do sagrado. Os rituais, as restrições são o resultado do conhecimento e do respeito à natureza. Quando se bebe chicha, o primeiro gole é dado à terra. Os mitos, lendas e rituais que foram proscritos pelas religiões dominantes são agora reconhecidos como práticas de convivência pacífica e harmônica.

70 SUMAK KAWSAY: Sociedade do Bem Viver
Sem dúvida, na cosmovisão indígena há muitos saberes que, sendo expressões do sagrado e do transcendente, revelam um profundo conhecimento científico da vida, de seus ciclos naturais, de suas reações de adaptação e de transformação. É um pensamento construído por gerações que aprenderam a viver na e com a natureza e para e por ela.

71 SUMAK KAWSAY: Sociedade do Bem Viver
IHU On-Line – O bem viver, recentemente, entrou no debate político sobre as Constituições do Equador e da Bolívia. O que significa o resgate dessa ideia no atual momento político e histórico de América Latina? Esperanza Martínez – Foi dito que, na América Latina, estamos saindo da longa noite neoliberal, que inclui a decomposição dos Estados e a privatização de tudo... Foi dito que parte dos ventos de mudança é recuperar o papel dos Estados e tirar o poder das transnacionais. Nesse contexto, os movimentos sociais de vários países deram passos importantes e conseguiram colocar novas agendas. Mas, claro, o poder, no sentido amplo do que implica, continua atuando e acomodando-se às novas circunstâncias.

72 SUMAK KAWSAY: Sociedade do Bem Viver
O debate político ao redor do sumak kawsay implica, ou deveria implicar, o repensamento do modelo econômico. Não é suficiente controlar as transnacionais (porque elas podem mudar sua forma de atuar e utilizar as próprias empresas nacionais). É preciso passar de um modelo baseado na ideia de exploração da natureza para um de convivência, de sustentabilidade, de soberanias, de solidariedade. O sumak kawsay convida a repensar o padrão tecnológico basado no petróleo, no monopólio da tecnologia, e recuperar, reconstruir ou inventar uma tecnologia que construa soberania.

73 SUMAK KAWSAY: Sociedade do Bem Viver
Mas, do ponto de vista do debate político, acredito que é central o reconhecimento do sujeito histórico que construiu e defendeu essas posições: os povos indígenas. Isso deveria significar um giro de timão completo, porque, de uma prática de invisibilização, desprezo ou medo, se deveria passar para um verdadeiro diálogo intercultural. No entanto, na prática, mesmo agora que temos esse presente do sumak kawsay e os direitos da natureza, os povos ou organizações, não só da América Latina, mas também do mundo inteiro, quando defendem essas visões, continuam sendo reprimidos e criminalizados. Ainda falta muito a ser feito.

74 Sociedade do Pertencimento
“Não há, nas cosmovisões africanas, ninguém que não pertença. O fato de pertencer é a raiz e a essência do ser... Todo o sistema da sociedade africana e sua ordenação jurídica se baseiam neste paradigma do pertencimento. Todas as pessoas têm alguém a quem pertence e que deveria colher os benefícios de sua vida, ou assumir as responsabilidades que provêm dessa vida” (5ª.SSB, p 88).

75 Sociedade do Pertencimento
“Segundo este princípio, a pessoa nasce com uma trajetória de vida previamente estipulada e marcada pelo pertencimento. O seu viver decorrerá conforme este princípio. Neste viver, a pessoa terá a tarefa de construir a existência harmônica ao seu redor: Consigo mesma, com a divindade, com o outro, com a coletividade. É o fundamento religioso da relacionalidade humana” (5ª.SSB, pp 88-89).

76 Sociedade do Pertencimento
“A responsabilidade de construção da harmonia do viver estende-se à organização social como extensão da comunidade, exigindo uma sólida preparação: notamos que a participação da vida de comunidade, quer esta seja no âmbito da parentela, quer no da vida pública, é considerada como um dever preciso e como um direito de todos. Mas ao exercício desse direito se chega somente depois duma preparação amadurecida através duma série de iniciações com o fito de formar o caráter dos jovens candidatos e instruí-los sobre as tradições e normas consuetudinárias” (5ª.SSB, p 89).

77 Por uma Reforma do Estado com Participação Democrática
Documento da CNBB – 91

78 Porque o documento Para colocar em debate propostas de reformas que fazem necessárias, diante da abrangência que os problemas atuais requerem

79 Introdução A crise financeira que eclodiu em setembro de 2008.
O sistema produtivista e consumista assumido pelo capitalismo. A crise civilizacional O Imperativo da vida plena para todos Para desafiar a crise sistêmica não basta meias-medidas . O debate sobre a Reforma do Estado

80 Crise Política e Democratização do Estado
Não apenas no Brasil, mas em todo mudo, há um processo de desvalorização e deslegitimação dos governos. A economia como uma armadilha do capital. A velocidade dos fluxos de informação, de consumo e de produção, contrasta a lentidão do estado O Estado tem sido gravemente debilitado pelo pensamento neoliberal.

81 O Estado como construção Histórica
O estado Nacional vem de um processo histórico. A ética da modernidade tem como prevalência o ter sobre o ser. O Brasil nasce de uma empreitada comercial A complexa relação entre o publico e privado O papel dos movimentos sociais desde a metade do século passado. A luta pelo retorno da democracia, começaram a ganhar força , na década de 70.

82 A Sociedade em mudança exige novas estruturas
No surgimento de novos grupos sociais, as novas perguntas não obtêm as respostas adequadas. Novos Sujeitos exigem novas estruturas A democracia tem seu ponto alto, quando o eleitor aperta a tecla “confirma”. A democracia representativa, apresentada como a única forma de participação do povo. O caráter de sujeito a todos os povos (indígenas, ribeirinhos, campesinas, quilombolas) superando o tratamento tutelar.

83 Encontrar Saídas O Povo não é um massa inerte, a ser manipulado.
Ampliar o conjunto de sujeitos políticos com vez e voz. É a mudança de pratica e não apenas de discurso que vai criar uma nova confiança no agente político. Exigir dos agentes políticos no executivo conduta ética nas ações publicas, nos contratos assinado e demais relações com os poderes econômicos. Que o judiciário ultrapasse a rigidez da letra, para chegar ao calor do rosto que pede justiça. Por fim a busca de privilégios pelo agente político A solução passa por uma nova postura ética dos indivíduos

84 Democratizar o Estado e ampliar a participação popular
Democracia participativa em complemento a representativa. A luta pela “constituição cidadã” como proposta de instrumento da democracia participativa. Os conselhos paritários como forma de participação popular. O orçamento participativo Valorizar os grupos de acompanhamento dos poderes (morosidade processuais ) Este é um processo que se faz caminhando.

85 Passos Práticos As praticas de cidadania são sinais de esperança.
Os organismos, que tem como missão a devesa dos empobrecidos. A pratica das comunidades eclesiais de base Rever o processo econômico e o processo de mercantilização da vida. Exigir uma política centrada nos interesses da sociedade e não do capital financeiro. Ampliar as oportunidades de trabalho

86 Passos Práticos Fortalecer exigências éticas em defesa da vida e do meio ambiente Democratizar o acesso à terra e ao solo urbano O planeta como responsabilidade humana Uma nova economia, um outro consumo Democratizar a comunicação e a informação Reforma política com participação popular

87 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
Desafio para a construção de um novo modelo de sociedade a partir das relações entre Estado, Mercado e Sociedade Civil: O novo modelo social é construído com a participação cidadã e controle público, tendo em mente as grandes opções de um novo projeto de nação, como os indicados pela CNBB, Doc. 82.

88 PROJETO DE NAÇÃO As grandes opções do Projeto de Nação:
Democratizar o Estado e ampliar a participação popular. Rever o modelo econômico e o processo de mercantilização da vida. Ampliar as oportunidades de trabalho. Fortalecer as exigências éticas em defesa da vida. Reforçar a soberania nacional. Democratizar o acesso à terra e ao solo urbano. Proteger o meio ambiente e a Amazônia. (CNBB, Eleições 2006: Orientações, Doc. 82)

89 Mercado Sociedade Civil
Socialismo ESTADO Mercado Sociedade Civil

90 Estado Sociedade Civil
Neoliberalismo MERCADO Estado Sociedade Civil

91 Nosso Desafio SOCIEDADE CIVIL Mercado Estado

92 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
Instrumentos práticos para a implementação deste novo modelo social. Fórum Social Mundial: Um outro mundo é possível. Campanha da Fraternidade: Temas a partir das necessidades do povo. É importante notar que a grande maioria das pastorais sociais nasceu dos temas das Campanhas da Fraternidade. Grito dos excluídos: Nova forma de celebrar a luta pela independência nacional. Encontros Intereclesiais de CEBs em nível nacional e latino-americano. Assembléia Popular Mutirão por um novo Brasil: Propostas a partir das assembléias populares e da 4ª. Semana Social Brasileira, retomada pela 5ª. Semana Social Brasileira. Romarias da Terra, das Águas, dos Trabalhadores/as.

93 DESAFIOS ENFRENTADOS PELAS CEBS
g) Escolas de formação política: Escola de fé e política, ética e cidadania, incentivando a participação nos partidos ligados à luta popular. h) Participação nos sindicatos e luta contra o desemprego. i) Fóruns das Pastorais Sociais. j) Fórum da Reforma Agrária. k) Fortalecimento da comunicação alternativa: Rádios comunitárias, jornais alternativos (Correio da Cidadania, Brasil de Fato), boletins. l) Campanhas nacionais: Pela Auditoria Cidadã da Dívida, Campanha da valorização do salário mínimo, Marcha das Mulheres.

94 O REINO DE DEUS E A MISSÃO A SERVIÇO DA VIDA PLENA
A Doutrina Social da Igreja nos convida a fazermos uma análise da realidade e frente a esta análise tomar uma posição. Atualmente, podemos dizer que há uma clara indicação que devemos buscar caminhos de superação do neoliberalismo e fazer uma crítica contra este sistema hegemônico no mundo atual e que se apresenta como a “única alternativa”:

95 O REINO DE DEUS E A MISSÃO A SERVIÇO DA VIDA PLENA
Aspecto econômico: A Primazia do trabalho sobre o capital. A finalidade fundamental da produção não é o mero aumento dos produtos, nem o lucro ou a dominação, mas o serviço do ser humano (GS,64). Controle do capital financeiro.

96 O REINO DE DEUS E A MISSÃO A SERVIÇO DA VIDA PLENA
Podemos recordar o texto de Gregório de Nissa (330 d.C.) sobre os Usurários: “Talvez tu dês esmolas. Mas, de onde as tiras, senão de teus roubos cruéis, do sofrimento, das lágrimas, dos suspiros do povo? Se o pobre soubesse de onde vem a tua esmola, ele a recusaria, porque teria a impressão de morder a carne de seus irmãos e de sugar o sangue de seu próximo. Ele te diria estas palavras corajosas: “Não sacies a minha sede com as lágrimas dos meus irmãos; não dês ao pobre o pão endurecido com os soluços de meus companheiros de miséria. Devolve ao teu semelhante aquilo que lhe roubaste. E eu te serei muito agradecido. De que vale consolar um pobre, se tu fazes outros cem?”

97 O REINO DE DEUS E A MISSÃO A SERVIÇO DA VIDA PLENA
B) Aspecto político: A A misericórdia sempre será necessária, mas não deve contribuir para criar círculos viciosos que sejam funcionais para um sistema econômico injusto. A Política como a melhor forma de se fazer caridade: A ordem justa da sociedade e do Estado é tarifa principal da política. Repensar o papel do Estado e a discussão de um projeto de nação (cf. CNBB, Doc. 82) Exigência de políticas públicas nos campos da saúde, educação, segurança alimentar, previdência social, acesso à terra e à moradia, criação de empregos e apoio à economia sócio-solidária.

98 O REINO DE DEUS E A MISSÃO A SERVIÇO DA VIDA PLENA
C) Aspecto Social: Luta contra a exclusão social que considera os pobres como supérfluos e descartáveis. Levar em consideração o desemprego estrutural que destrói a dignidade pessoal, a visão de futuro e a quebra da solidariedade. Preocupação e cuidado com os rostos concretos de antigas e novas pobrezas: moradores de rua, migrantes, enfermos, dependentes de substâncias químicas, presos, mulheres excluídas por questões de gênero, etnia e situação sócio-econômica, crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social. Preocupação com o crescimento da violência e sua superação.

99 O REINO DE DEUS E A MISSÃO A SERVIÇO DA VIDA PLENA
D) Aspecto cultural: Construção da convivência humana com respeito às diferenças: comunhão de diferentes e iguais. Importância do diálogo ecumênico e inter-religioso na construção da paz:”O diálogo inter-religioso e a luta pela defesa da vida e da natureza é o desafio de todas as Igrejas e de todas as religiões, pois não haverá paz no mundo, se não houver paz entre as religiões” (Hans Küng). Consciência de uma América Latina e Caribe pluriétnico e multicultural.

100 O REINO DE DEUS E A MISSÃO A SERVIÇO DA VIDA PLENA
E) Aspecto ambiental: Exigência da superação sistema capitalista e busca da construção de um modo de produção sócio-ecológico. Necessidade de uma consciência planetária: “O Conceito de consciência articula o autoconhecimento (quem somos nós), o conhecimento experiencial da realidade (o que é o mundo onde vivemos) e o critério ético para o agir transformador (em que esse mundo deve ser mudado). No caso, consciência planetária, trata-se de perceber, nas complexas relações entre cada ser vivo e o meio-ambiente, que não há indivíduo isolado e que toda vida depende de múltiplas relações” (Pedro de Oliveira).

101 O REINO DE DEUS E A MISSÃO A SERVIÇO DA VIDA PLENA
“A ecologia é mais que técnica e gerenciamento racional e sustentável de escassos recursos da natureza. Ela é antes arte e novo modo de relacionar-se com a natureza e com a realidade social. A ecologia em suas várias vertentes – a ambiental, a social, a mental e a integral –, tão bem assimiladas pela Carta da Terra, nos fez ver a natureza e o universo como sistemas onde cada elemento está ligado ao outro. Assim o físico, o mineral, o vegetal, o biológico, o consciente e o espiritual não formam realidades justapostas e paralelas. Elas estão interconectadas umas com as outras, se pressupõem, se compõem e se complementam. Todas elas são momentos de um vasto processo de evolução que já dura bilhões de anos” (Leonardo Boff, XX Curso de Verão. 2007).

102 Desafios para o século XXI.
Retomamos a palavra de D. Pedro Casaldáliga, o profeta da justiça e da esperança: “O Século XXI ou será místico ou não será humano. O Século XXI cristão optará pelos excluídos ou não será cristão. O Século XXI cristão ou será ecumênico ou não será eclesial. O Século XXI ou será ecológico ou simplesmente não será”. Esta afirmação de D. Pedro indica que devemos incorporar ao projeto da nova sociedade e, portanto, de um mundo novo possível, o místico, a opção pelos excluídos, o ecumenismo e o ecológico. São desafios que devemos enfrentar com muita ousadia, criatividade e esperança.

103 COMO TRABALHAR? “ SE QUISERES FAZER PLANEJAMENTO PARA UM ANO: PLANTE CEREAIS. SE QUISERES FAZER PLANEJAMENTO PARA TRINTA ANOS: PLANTE ÁRVORES. SE QUISERES FAZER PLANEJAMENTO PARA CEM ANOS: ORGANIZE E MOTIVE A ORGANIZAÇÃO DO POVO”. (Provérbio Chinês)

104 COMO TRABALHAR? “GENTE SIMPLES, FAZENDO COISAS PEQUENAS, EM LUGARES POUCO IMPORTANTES, CONSEGUE MUDANÇAS EXTRAORDINÁRIAS”. (Provérbio Africano)


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