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Inspiração Bíblica Curso Panorama Bíblico Paróquia São Jorge.

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1 Inspiração Bíblica Curso Panorama Bíblico Paróquia São Jorge

2 Introdução A Sagrada Escritura é um escrito sobrenatural Por três motivos: Sua origem divina – inspiração Seu conteúdo – contém a verdade revelada Sua finalidade – escrito para a nossa salvação A Dei Verbum (DV 11) faz três afirmações fundamentais: Deus é autor da Sagrada Escritura Deus inspirou os autores humanos Os livros inspirados ensinam a verdade Natureza da inspiração e verdade da Sagrada Escritura 11. As coisas reveladas por Deus, contidas e manifestadas na Sagrada Escritura, foram escritas por inspiração do Espírito Santo. Com efeito, a santa mãe Igreja, segundo a fé apostólica, considera como santos e canônicos os livros inteiros do Antigo e do Novo Testamento com todas as suas partes, porque, escritos por inspiração do Espírito Santo (cfe. Jo 20,31; 2Tm 3,16; 2Pe 1,19-21; 3,15-16), têm Deus por autor, e como tais foram confiados à própria Igreja. Todavia, para escrever os livros sagrados, Deus escolheu e serviu-se de homens na posse das suas faculdades e capacidades, para que, agindo Ele neles e por eles, pusessem por escrito, como verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que Ele queria. E assim, como tudo quanto afirmam os autores inspirados ou hagiógrafos deve ser tido como afirmado pelo Espírito Santo, por isso mesmo se deve acreditar que os livros da Escritura ensinam com certeza, fielmente e sem erro a verdade que Deus, para nossa salvação, quis que fosse consignada nas sagradas Letras. Por isso, “toda a Escritura é divinamente inspirada e útil para ensinar, para corrigir, para instruir na justiça: para que o homem de Deus seja perfeito, experimentado em todas as obras boas” (2Tm 3, 15-17).

3 Introdução DV 11 sintetiza a doutrina atual da Igreja sobre a inspiração: Afirma o fato da inspiração A sacralidade dos livros A participação humana Esta doutrina é fruto da reflexão da Igreja ao longo dos séculos As coisas reveladas por Deus, contidas e manifestadas na Sagrada Escritura, foram escritas por inspiração do Espírito Santo a santa mãe Igreja, segundo a fé apostólica, considera como santos e canónicos os livros inteiros do Antigo e do Novo Testamento com todas as suas partes Deus escolheu e serviu-se de homens na posse das suas faculdades e capacidades

4 Natureza da Inspiração Por outra parte o autor bíblico (o hagiógrafo) não deve ser entendido como os autores modernos, que simplesmente criam a obra literária A maioria dos escritos bíblicos tem uma longa pré- história, de tradições orais, documentos escritos, re- elaborações, redações, acréscimos, retoques etc. O processo se completa com a formação de conjuntos de livros que mutuamente se complementam, como a Lei (o Pentateuco), os escritos sapienciais etc.

5 Natureza da Inspiração Deste modo a “inspiração” compreende todo um processo no qual intervieram muitas pessoas Seria mais exato falar em “obra inspirada” do que em “autor inspirado”: todos os que contribuíram de forma decisiva ao “resultado final” do livro participam do “carisma” da inspiração A inspiração dos vários livros se insere num processo maior, que é toda a Revelação

6 Natureza da Inspiração A Bíblia é um conjunto de escritos de natureza variada: composta ao longo de mais de mil anos por autores muito diferentes entre si, alguns conhecidos, a maioria desconhecidos inseridos na sua cultura, lugar e tempo que no seu trabalho agiram conscientemente, como todo autor humano Por isto ela pode ser pesquisada com ajuda das ciências humanas, da linguagem, da história, da etnologia, da antropologia etc. Precisa ter isto presente para compreender a verdadeira natureza da inspiração

7 Natureza da Inspiração Perspectivas para a reflexão Alguns pontos devem ser sublinhados para situar a inspiração bíblica na sua própria dinâmica O carisma da inspiração não é um absoluto. Ela está ao serviço da Revelação e faz parte do seu processo, que recorre toda a história da salvação Por “Palavra de Deus” entendemos não apenas a Bíblia escrita. É a Palavra eterna do Pai, encarnada em Jesus Cristo, é a palavra dos profetas e testemunhas do Evangelho, é a Palavra proclamada e atualizada na vida da Igreja A Palavra escrita não pode ser fossilizada. Não é palavra do passado, da origem: é palavra viva hoje

8 Natureza da Inspiração A Revelação acontece por meio de “fatos e palavras” Os fatos não se repetem, as palavras sim A inspiração é o carisma que, através das palavras, nos permite entrar em contato com os fatos, em especial o evento Cristo A palavra inspirada deve ser entendida como diálogo. Só atinge o seu objetivo quando há repercussão na vida do dia-a-dia O carisma da inspiração confere à Bíblia a função de revelar e comunicar o mistério cristão: o mesmo Espírito que fez surgir a Palavra prossegue a sua obra de revelar o Cristo e implantar o seu Reino.

9 A verdade da Bíblia Nos antigos manuais a questão da “inerrância” da Escritura era tratada como conseqüência da inspiração, por tanto a continuação O Concílio Vaticano II trouxe uma mudança fundamental: em vez de “inerrância” (em negativo) fala-se em “verdade” da Escritura (em positivo) Isto situa a questão, não mais como apêndice da inspiração, mas relacionada com o cânon e a hermenêutica O cânon é que trata da Bíblia como norma da fé e considera a Bíblia toda como uma unidade: uma só verdade, não muitas

10 A verdade da Bíblia Mas descobrir qual é essa única verdade é tarefa da hermenêutica: entender o quê que a Bíblia (Deus e os hagiógrafos) quer nos dizer a)O conceito da “inerrância” A “inerrância”, ou ausência de erro, nunca entrou nos documentos dos Concílios Os teólogos trataram dela por motivo das divergências entre o texto bíblico e as ciências

11 A verdade da Bíblia b)A “verdade sem erro para a nossa salvação” A afirmação da verdade (mais do que não-erro) da Bíblia não é novidade Já Santo Agostinho (†430) escreveu: † “O Senhor, a través da Escritura queria fazer cristãos, não cientistas” † “O Espírito de Deus, que falava por meio dos autores sagrados, não quis ensinar aos homens coisas que em nada aproveitariam para a salvação deles” Santo Tomás (†1274), comentando Gn 1, diz que quando há dúvidas sobre várias interpretações, devem ser descartadas aquelas que a razão demonstra serem insensatas, para não expor a Palavra de Deus ao ridículo

12 A verdade da Bíblia c)A posição da Dei Verbum abandona a categoria de “inerrância” essa revela uma concepção intelectualista é um conceito duas vezes negativo: in-errância, como dizer “não-não verdade” mais do que excluir o erro, na Bíblia vem nos revelar “a verdade sem erro”e destaca que o objetivo dessa verdade é a nossa salvação Destaca também que o “sem erro” não se limita às “questões de fé e costumes”, mas ao conjunto da revelação bíblica que tem por finalidade, toda ela, a nossa salvação E assim, como tudo quanto afirmam os autores inspirados ou hagiógrafos deve ser tido como afirmado pelo Espírito Santo, por isso mesmo se deve acreditar que os livros da Escritura ensinam com certeza, fielmente e sem erro a verdade que Deus, para nossa salvação, quis que fosse consignada nas sagradas Letras (DV 11)

13 A verdade da Bíblia A este respeito o Concílio cita novamente 2Tm 3,15: “TODA a Escritura...” As palavras da Escritura contêm afirmações que são também objeto da filosofia, da história, das ciências, que as estudam com critérios científicos próprios Na Bíblia TODAS as afirmações são válidas pelo fato de estarem a serviço da revelação de Deus e da salvação: esta é a VERDADE delas: umas vezes visam a salvação de forma direta e explícita outras de forma mais relativa, indireta, progressiva

14 A verdade da Bíblia No parágrafo 12, a DV coloca em relação a verdade da Escritura e a sua hermenêutica ou interpretação Do momento que Deus se revela através de mediadores humanos, para captar a verdade bíblica é necessário interpretar corretamente o que os autores humanos quiseram expressar Isto tem algumas implicações no que se refere à verdade bíblica: † É imprescindível pesquisar os gêneros literários e chegar a conhecer o pensamento e intenção do autor † Mas o autor humano não tem a visão mais ampla e profunda que tem Deus: só Deus sabe a onde Ele “quer chegar”: principalmente o AT deve ser visto “em perspectiva” Como, porém, Deus na Sagrada Escritura falou por meio dos homens e à maneira humana, o intérprete da Sagrada Escritura, para saber o que Ele quis comunicar-nos, deve investigar com atenção o que os hagiógrafos realmente quiseram significar e que aprouve a Deus manifestar por meio das suas palavras (DV 12).

15 A verdade da Bíblia O texto do Concílio distingue: “O que os autores quiseram significar” “E que aprouve a Deus manifestar” Por tanto, a “intenção do autor” é um critério hermenêutico decisivo Mas deve ser visto dentro da totalidade da “intenção de Deus”: ela também é critério hermenêutico fundamental A revelação do AT tem necessariamente caráter preparatório e progressivo E tem logicamente coisas “temporais e imperfeitas” Tais livros, apesar de conterem também coisas imperfeitas e transitórias, revelam, contudo, a verdadeira pedagogia divina (DV 15)

16 A verdade da Bíblia Conclusão: a verdade bíblica, grega ou semítica? Em hebraico “verdade” ( ۥ ĕmet) tem o sentido de “fidelidade”; ela se opõe, não ao erro, mas à infidelidade, no contexto da Aliança Já em grego a verdade tem a ver com a essência, a natureza e o conhecimento O conceito semítico de verdade é religioso, o grego é intelectual e profano

17 A verdade da Bíblia É verdade que na Bíblia o conceito de verdade é religioso e não puramente intelectual: “fazer a verdade”, “caminhar na verdade” Mas os textos mais recentes do AT, e o NT falam também da “verdade revelada” e da doutrina que é transmitida, oposta principalmente à mentira e às “fábulas” As Cartas pastorais falam dos “doutores de mentira” (1Tm 4,2), que voltaram as costas à verdade (Tt 1,14), infiéis à Igreja, coluna e fundamento da verdade (1Tm 3,15)

18 A verdade da Bíblia Verdade grega e verdade semítica não estão em contradição, nem se excluem mutuamente Pode-se dizer que S.João faz a síntese entre os dois conceitos: A verdade plenamente revelada é Cristo Ele enviará o Espírito de verdade, para que os discípulos cheguem à verdade plena (Jo 16,13). “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8,32) “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”: em Cristo encontramos a verdade plena, que Deus quis nos revelar “para a nossa salvação” (DV 11).

19 Cronograma

20 Tarefa de Casa Um pequeno resumo de um capítulo da DV: 1 2 3 4 5 6


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