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22. – Os sacramentos de iniciação cristã (I)- Baptismo, Confirmação… Encontros de Formação Cristã Paróquia de Santa Maria de Carreço «1212. Através dos.

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1 22. – Os sacramentos de iniciação cristã (I)- Baptismo, Confirmação… Encontros de Formação Cristã Paróquia de Santa Maria de Carreço «1212. Através dos sacramentos da iniciação cristã – Baptismo, Confirmação e Eucaristia são lançados os alicerces de toda a vida cristã. «A participação na natureza divina, dada aos homens pela graça de Cristo, comporta uma certa analogia com a origem, crescimento e sustento da vida natural. Nascidos para uma vida nova pelo Baptismo, os fiéis são efectivamente fortalecidos pelo sacramento da Confirmação e recebem na Eucaristia o Pilo da vida eterna Assim. por estes sacramentos da iniciação cristã, eles recebem cada vez mais riquezas da vida divina e avançam para a perfeição da caridade» …». (Código de Direito canónico, cânone 840)

2 22ª sessão – Os sacramentos de iniciação cristã (I): Baptismo, Confirmação… Sumário: 1.Os sacramentos de iniciação cristã 2. O Baptismo 2.1 – O seu nome 2.2 – Dimensão histórica do Baptismo 2.3 - Dimensão teológica do Baptismo 2.4 – Dimensão ritual e litúrgica do Baptismo 2.5 – Dimensão jurídica do Baptismo 2.6 – Dimensão vivencial do Baptismo 3. A Confirmação 3.1 – O seu nome 3.2 – Dimensão histórica da Confirmação 3.3 - Dimensão teológica da Confirmação 3.4 – Dimensão ritual e litúrgica da Confirmação 3.5 – Dimensão jurídica da Confirmação 3.6 – Dimensão vivencial da Confirmação 4. Bibliografia recomendada (EFC 22)

3 1. Os sacramentos de iniciação cristã

4 1- Os sacramentos da iniciação cristã 1- Os sacramentos da iniciação cristã Os sacramentos da iniciação cristã são: Baptismo, Confirmação e Eucaristia. Estes são os três primeiros sacramentos e profundamente implicados uns nos outros. A prática pastoral não ajudou muito a sua compreensão e vivência da sua unidade profunda, pela sua desarticulação. De facto, são um todo: transformados em homens novo (Baptismo), confirmados, animados e fortalecidos pelo memo Espírito (Crisma), formamos um só Corpo (Eucaristia), que comunitariamente vive e testemunha no mundo a mesma Boa Nova do Reino. Nos primeiros tempos do cristianismo, estes três sacramentos eram recebidos durante a mesma celebração, ordinariamente na Vigília Pascal, com a presença amiga e festiva de toda a comunidade cristã.

5 2. O sacramento do Baptismo

6 2 – O sacramento do Baptismo 2.1 – O nome do sacramento 2 – O sacramento do Baptismo 2.1 – O nome do sacramento A palavra baptismo provém do grego «baptizein», que significa «mergulhar», «imergir» ou «submergir repetidamente» na água. A «imersão» na água simboliza a sepultura do catecúmeno na morte de Cristo, de onde sai pela ressurreição com Ele, como «nova criatura». Também é chamado «banho de regeneração e da renovação no Espírito Santo» (Tt 3, 5); ou «iluminação», o baptizado «depois de ter sido iluminado» (Heb 10, 32), tornou-se «filho da luz» e ele próprio «luz» (Ef 5, 8).

7 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica A)NO AMBIENTE NÃO-BÍBLICO: os banhos sagrados eram usuais no Egipto, Babilónia, Índia, nos rios Nilo, Eufrates e Ganges, respectivamente. A eficácia prendia- se com a limpeza das impurezas, o aumento da força vital e o dom da imortalidade. I. ANTECEDENTES B) NO ANTIGO TESTAMENTO: o banho de água é meio legal de purificação para pessoas impuras (Lev 14, 8; Num 19, 19); por vezes, deviam ser lavados objectos antes de serem utilizados novamente (Lev 11, 32-40).

8 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica C) NOS AMBIENTES DO JUDAÍSMO: este tipo de cerimónia foi utilizada pelos gnósticos mandeus (seita herético- judaica), os membros de Qumram (discute-se se seria necessário baptismo para entrar nesta comunidade) e pelos prosélitos judeus (ou plenos; não judeus que se convertiam ao judaísmo). I. ANTECEDENTES (continuação) D) O BAPTISMO DE JOÃO: modelo mais imediato do baptismo cristão. Significava a conversão e o perdão dos pecados, e a vontade de fazer parte do novo povo de Deus. Contudo, João baptiza em água e Jesus no Espírito Santo (Act 1, 5).

9 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica A)O BAPTISMO DE JESUS. Embora o próprio Jesus não tenha baptizado, ao fazer-se baptizar, Jesus dá um novo sentido ao baptismo de João, além do baptismo de conversão para o perdão dos pecados (Mc 1, 4). II. A INSTITUIÇÃO DO BAPTISMO - Carácter de INCORPORAÇÃO que S. Jerónimo define assim: «Ao entrar nas águas do Jordão, Jesus mergulha nelas a humanidade inteira».Deu-nos o exemplo… - Carácter de FILIAÇÃO: a frase «Este é o Meu Filho muito amado» (Mc 1, 11) manifesta que o Pai reconhece o Seu Filho eterno no homem Jesus. - Carácter de CONFIRMAÇÃO: a palavra do Pai sobre o Seu Filho confirma que o homem Jesus é o Messias, o enviado; Jesus vai começar a Sua vida pública.

10 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica B) A PÁSCOA. O verdadeiro baptismo de Jesus é a Sua Páscoa: «mergulho» na morte e na ressurreição de entre os mortos. «Podeis beber o cálice que Eu vou beber e receber o baptismo que Eu vou receber?», pergunta Jesus aos Seus discípulos. S. Paulo, deduzirá o seguinte: «Ignorais, porventura, que todos nós, que fomos baptizados em Jesus Cristo, fomos baptizados na Sua morte? Pelo baptismo, sepultámo-nos juntamente com Ele, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, mediante a glória do Pai, assim caminhemos nós também numa vida nova (Rom 6, 3-4). II. A INSTITUIÇÃO DO BAPTISMO (continuação) C) A MISSÃO: antes de deixar os discípulos, o Senhor ressuscitado envia- os em missão, dizendo-lhes: «Ide, pois, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo» (Mt 28, 19).

11 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica Depois da ressurreição baptiza-se com um sentido superior ao de João: a conversão não será a lei, mas ao próprio Jesus. Nos Actos dos Apóstolos e Paulo dizem-nos que se baptiza «em nome de Jesus», em coerência com a sua pregação na totalidade; mas impõe-se a fórmula trinitária de Mt 28,19, como vimos. III. O PRINCÍPIO DA IGREJA É pelo anúncio da ressurreição de Jesus e pelo Baptismo que a Igreja começa, no dia de Pentecostes (Act 2, 14-41); trata- se de um baptismo colectivo de adultos judeus. Outros exemplos: o baptismo do eunuco etíope, por Filipe, um dos sete (Act 8, 20- 39); Cornélio e toda a sua casa (Act 10, 47-48); o carcereiro de Paulo e «todos os seus» (Act 16, 33), em que se pensa que terão sido baptizadas também as crianças.

12 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica A Didaché (100) dá-nos um primeiro testemunho do rito baptismal: «No que se refere ao baptismo, deveis baptizar assim: depois de antes lhe terdes comunicado tudo isto (refere-se ao caminho da morte e ao caminho da vida), baptizai-o em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e, naturalmente, em água viva (corrente). Mas se não tens água viva, baptiza com qualquer outra água. Se não podes com fria, com água quente. Se não tens nada disso, então derrama três vezes água sobre a cabeça em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Mas antes do baptismo devem fazer um jejum preparatório tanto o que administra o baptismo como o que o recebe, e até, se possível, todos os outros. Mas pede ao baptizando que jejue um ou dois dias antes». III. O PRINCÍPIO DA IGREJA (continuação)

13 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica Desde meados do séc. II, temos, com S. Justino (na Tradição Apostólica de Hipólito), o testemunho de que se organizam a preparação para o baptismo e a sua celebração. O aumento do nº de candidatos, o risco de apostasia ou heresia decorrentes das perseguições ou das seitas levarão a igreja a reforçar as exigências da formação dos catecúmenos. Nasce assim o itinerário da INICIAÇÃO CRISTÃ: IV. O CATECUMENADO (sécs. II ao VI) 1) A PREPARAÇÃO REMOTA. A investigação sobre a vida e o ofício dos candidatos; a admissão do candidato na presença dum padrinho que o acompanhará durante os dois ou três anos de preparação; as catequeses: ensinamentos sobre a história da salvação feita por clérigo ou leigo; a participação na liturgia da palavra da assembleia dominical.

14 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica 2) A PREPARAÇÃO PRÓXIMA. Quando se aproximam as festas pascais, o catecúmeno realiza a última etapa da sua preparação (é o fundamento da nossa Quaresma) por uma série intensiva de reuniões: a inscrição do nome (o candidato é apresentado ao bispo pelo seu padrinho; o bispo escolhe-o em nome do Senhor); as catequeses sobre a Escritura e o Credo feitas pelo bispo; a entrega do Credo (Transmissão do Símbolo), depois do Pai-nosso que deverão ser aprendidos de cor. IV. O CATECUMENADO (continuação) 3) A PREPARAÇÃO ÚLTIMA. Nas horas que precedem a vigília pascal, efectuam-se os últimos preparativos: a entrega (redditio) do Credo e do Pai-nosso; o Effeta (abre-te) lembra a cura do surdo-mudo por Jesus (Mc 7, 32-35); a renúncia ao demónio; a unção com óleo pré-baptismal, sinal de força para o combate; a oração sobre a água que o bispo pronuncia; o Baptismo.

15 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica 4) O BAPTISMO propriamente dito. Os eleitos despiam-se e faziam uma fila um a um, voltados para o Ocidente (o Ocaso, símbolo da morte), renunciavam a Satanás, às suas obras e às suas pompas. Acompanhados por diácono ou diaconisa desciam ao três degraus que conduzem ao fundo da piscina. O baptizado volta o seu rosto para o Oriente (símbolo do Senhor ressuscitado, que é a vida) e ouviam-se as perguntas: Crês em Deus Pai? Crês em Jesus Cristo? Crês no Espírito Santo? A cada uma das perguntas, o candidato respondia Creio! e era submergido na água. O novo baptizado emerge, então, da água do Baptismo. IV. O CATECUMENADO (continuação) 5) OS RITOS COMPLEMENTARES. O crisma, unção com o óleo santo e sinal de consagração; a imposição das mãos do bispo para o dom do Espírito Santo (Confirmação); a entrega da túnica branca que o baptizado usará durante uma semana; a Eucaristia: toda a assembleia dirige-se do baptistério para a igreja catedral onde os recém-baptizados irão comungar o Corpo e Sangue de Cristo.

16 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica 2 – O sacramento do Baptismo 2.2 – Dimensão histórica Cada vez mais cristãos adultos são baptizados; pouco a pouco, só há crianças para baptizar. Primeiramente, far-se-ão para elas adaptações no ritual da iniciação cristã: redução do tempo de preparação, substituição das catequeses pela «entrega dos Evangelhos», mudança do papel do padrinho que se torna naquele que fala em nome da criança… Mas permanecem as celebrações colectivas do baptismo que acabam na comunhão eucarística (se a criança é demasiada pequena para mastigar, o padre molha o dedo no sangue de Cristo e toca a língua do bebé). V. DO SÉC. VI AO VATICANO II Na Idade Média, o baptismo é cada vez mais cedo administrado (devido aos «grandes medos); abandona-se, pouco a pouco, o Baptismo por imersão a favor do de infusão; desaparece o catecumenado; a idade da primeira comunhão é atrasada até aos 11, 12 anos; a Confirmação passa a ser administrada após a Eucaristia, o que inverte a ordem da Iniciação; mais tarde, a primeira comunhão passa para os 7 anos (Pio X); surge a «comunhão solene».

17 2 – O sacramento do Baptismo 2.3 – Dimensão teológica 2 – O sacramento do Baptismo 2.3 – Dimensão teológica I. Dimensão trinitária: somos baptizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo; recebemos a vida divina como dom. Os principais elementos da Teologia do Baptismo são: II. Dimensão cristológica: no baptismo recebemos a graça de Cristo: somos revestidos de Cristo; iluminados por Cristo; inseridos em Cristo (a verdadeira vide); inseridos em Cristo, sacerdote, profeta e rei; baptizados na morte e ressurreição de Cristo, tornámo-nos conformes com a imagem do Filho; o baptismo é uma nova vida em Cristo (é o sacramento da VIDA NOVA).

18 2 – O sacramento do Baptismo 2.3 – Dimensão teológica 2 – O sacramento do Baptismo 2.3 – Dimensão teológica III. Dimensão pneumatológica: no baptismo renasce-se para uma vida nova pela água e pelo Espírito; somos baptizados no Espírito; é-nos concedido o Espírito; o baptizado torna-se morada do Espírito. IV. Dimensão eclesial: somos baptizados na fé da Igreja; incorporados na comunidade eclesial; o baptismo compromete-nos a sermos membros novos do povo de Deus. V. Dimensão escatológica: o baptismo é início da vida eterna; perseverando na fé baptismal, vamos ao encontro do Senhor que vem.

19 2 – O sacramento do Baptismo 2.3 – Dimensão teológica 2 – O sacramento do Baptismo 2.3 – Dimensão teológica VI. O baptismo, sacramento da fé: a fé é um dom, mas é também uma resposta que nos compromete a sermos testemunhas desta fé em todos os tempos e lugares. VIII. Outros efeitos do baptismo: o baptismo purifica e dá a vida; da escravidão do pecado passamos à liberdade dos filhos de Deus; somos fortificados contra o espírito do mal. VII. O baptismo imprime em nós o carácter baptismal indelevelmente. A nossa condição de baptizados jamais pode ser destruída, vivamos ou não o baptismo. IX. NECESSIDADE DO BAPTISMO: se não se nasce da água e do Espírito Santo não se pode entrar no reino de Deus.

20 2 – O sacramento do Baptismo 2.3 – Dimensão teológica 2 – O sacramento do Baptismo 2.3 – Dimensão teológica X. Baptizados em Igrejas não-católicas: devido à teologia subjacente ao baptismo, este é considerado válido (ou não) nas restantes confissões cristãs. Baptismos considerados válidos: Igreja evangélica, metodistas, menonitas, comunidades de Irmãos Moravos e Adventistas do Sétimo Dia. Baptismos discutíveis: Igreja Neo-apostólica e Mórmons (Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias); este último foi considerado não válido pela Congregação para a Doutrina da Fé, em 5/6/2001. Baptismos não válidos: o baptismo das Testemunhas de Jeová não é considerado sacramento. O Exército da Salvação, os Quacres e a Ciência Cristã não têm baptismo.

21 2 – O sacramento do Baptismo 2.4 – Dimensão ritual e litúrgica 2 – O sacramento do Baptismo 2.4 – Dimensão ritual e litúrgica Depois da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, existem três rituais para o Baptismo, ou, dito de outro modo, três maneiras de proceder à iniciação cristã: I. O BAPTISMO ACTUALMENTE O ritual para o BAPTISMO DOS ADULTOS. O ritual para o BAPTISMO DAS CRIANÇAS EM IDADE DE CATEQUESE. O ritual para o BAPTISMO DOS BEBÉS. O BAPTISMO DE BEBÉS: aqui coloca-se a questão, «é necessário baptizar os bebés?». No Novo Testamento não afirma nada contra nem a favor do baptismo das crianças, embora seja normal pensar que elas estavam incluídas quando se baptizavam famílias inteiras. Mas, inicialmente, este baptismo era a excepção e não a regra, ao contrário de hoje. No séc. XVI os anababptistas discutem a validade e eficácia do baptismo administrado ás crianças. A questão é complexa e pode ser repensada a nível pastoral. Há pais que baptizam os filhos e dizem que mais tarde ele pode ou não «ratificar» os dons recebidos; há outros que dizem que o próprio irá decidir quando tiver a idade suficiente; neste caso, a frequência da catequese é necessária para a escolha.

22 2 – O sacramento do Baptismo 2.4 – Dimensão ritual e litúrgica 2 – O sacramento do Baptismo 2.4 – Dimensão ritual e litúrgica O baptismo celebra-se em quatro lugares: a porta, a fonte ou pia baptismal, a Assembleia e o Altar. Cada rito tem significado e efeito próprios. II. O RITUAL DO BAPTISMO A) O Acolhimento – porta / átrio, porque ainda não faz parte do povo de Deus; imposição do nome: há uma nova missão, a de cristão; o sinal da cruz: defesa, símbolo original da oferta da vida de Cristo… B) Liturgia da Palavra: a Palavra, presença de Cristo; oração do fiéis (há a união de toda a Igreja) e ladainha (há o valor do «esbanjamento de palavras», Mt 6, 7); ritos de exorcismo (juramento solene, rito defensivo, expulsão do poder do mal, necessidade de oração, o princípio d mal está dentro de nós…); unção pré-baptismal (óleo: força, prosperidade, terapêutico…)

23 2 – O sacramento do Baptismo 2.4 – Dimensão ritual e litúrgica 2 – O sacramento do Baptismo 2.4 – Dimensão ritual e litúrgica II. O RITUAL DO BAPTISMO (continuação) C) Liturgia do sacramento. - BÊNÇÃO DA ÁGUA: simbologia da água - vida (vida, Espírito de Deus; morte- destruição, dilúvio, Mar Vermelho); banho e purificação (limpeza, frescor, higiene); morte-vida: com- ressuscitar com Cristo (imersão e emersão); banho de purificação (perdoar os pecados e restituir a pureza original). - A FONTE BAPTISMAL: água «viva», corrente, fresca, doce; efeitos: purifica-nos, regenera-nos, a morte e a ressurreição. - RENÚNCIA A SATANÁS: conversão e mudança, início de santidade, recusa do mal.

24 2 – O sacramento do Baptismo 2.4 – Dimensão ritual e litúrgica 2 – O sacramento do Baptismo 2.4 – Dimensão ritual e litúrgica II. O RITUAL DO BAPTISMO (continuação) - PROFISSÃO DE FÉ: sim, creio, individual e colectivo: Deus Pai, Jesus Cristo, Espírito Santo e Igreja. - BANHO DE ÁGUA: despir a veste (renunciar ao homem velho), sepultado com Cristo, ressuscitar com Cristo. - UNÇÃO COM O CRISMA: confirmação pelo bispo; unção profética, sacerdotal e régia significado: alguém através do qual pode agir o poder santificador de Deus. - VESTE BRANCA: «revesti-vos de Cristo» (Rom 13, 14) «vestir o homem novo» (Cl 3, 10); branco – síntese e negação de todas as cores: alegria nupcial e o luto, iniciação; pureza moral, castidade.

25 2 – O sacramento do Baptismo 2.4 – Dimensão ritual e litúrgica 2 – O sacramento do Baptismo 2.4 – Dimensão ritual e litúrgica II. O RITUAL DO BAPTISMO (continuação) - VELA (luz): fogo: luz, purificação, calor, vida; círio pascal: Jesus Cristo, luz do mundo… - PROCISSÃO ATÉ JUNTO DO ALTAR… do Baptismo a Eucaristia; da Eucaristia terrena à escatológica. D) CONCLUSÃO - ALTAR - Pai-nosso e bênção final. O altar é o símbolo terreno da felicidade de toda a vida.

26 2 – O sacramento do Baptismo 2.5 – Dimensão jurídica 2 – O sacramento do Baptismo 2.5 – Dimensão jurídica A regulamentação que procura exprimir a doutrina da Igreja sobre o baptismo em normas concretas está contida no Livro IV do Código de Direito Canónico de 1983. Eis algumas delas: Cân. 842 § 1. Quem não recebeu o baptismo não pode ser admitido validamente aos outros sacramentos. § 2. Os sacramentos do baptismo, da confirmação e da santíssima Eucaristia acham-se de tal forma unidos entre si, que são indispensáveis para a plena iniciação cristã. Cân. 845 § 1. Os sacramentos do baptismo, confirmação e ordem, já que imprimem carácter, não podem ser repetidos. § 2. Depois de feita diligente investigação, permanecendo dúvida prudente se os sacramentos mencionados no § 1 foram recebidos de facto, ou se o foram validamente, sejam conferidos sob condição.

27 2 – O sacramento do Baptismo 2.5 – Dimensão jurídica 2 – O sacramento do Baptismo 2.5 – Dimensão jurídica Cân. 851 A celebração do baptismo deve ser devidamente preparada; assim: 1° - o adulto que pretende receber o baptismo seja admitido ao catecumenado e, enquanto possível, percorra os vários graus até a iniciação sacramental, de acordo com o ritual de iniciação, adaptado pela Conferência dos Bispos, e segundo normas especiais dadas por ela; 2° - os pais da criança a ser baptizada, e também os que vão assumir o encargo de padrinhos, sejam convenientemente instruídos sobre o significado desse sacramento e aos obrigações dele decorrentes; o pároco, por si ou por outros, cuide que os pais sejam devidamente instruídos por meio de exortações pastorais, e também mediante a oração comunitária reunindo mais famílias e, quando possível, visitando- as. Cân. 854 O baptismo seja conferido por imersão ou por infusão, observando-se as prescrições da Conferência Episcopal. Cân. 861 § 1. Ministro ordinário do baptismo é o Bispo, o presbítero e o diácono, mantendo- se a prescrição do cân. 530, n. 1. § 2. Na ausência ou impedimento do ministro ordinário, o catequista ou outra pessoa para isso designada pelo Ordinário local pode licitamente baptizar; em caso de necessidade, qualquer pessoa movida por recta intenção; os pastores de almas, principalmente o pároco, sejam solícitos para que os fiéis aprendam o modo certo de baptizar.

28 2 – O sacramento do Baptismo 2.5 – Dimensão jurídica 2 – O sacramento do Baptismo 2.5 – Dimensão jurídica Cân. 864 É capaz de receber o baptismo toda pessoa ainda não baptizada, e somente ela. Cân. 865 § 1. Para que o adulto possa ser baptizado, requer-se que tenha manifestado a vontade de receber o baptismo, que esteja suficientemente instruído sobre as verdades da fé e as obrigações cristãs e que tenha sido provado, por meio de catecumenato, na vida cristã; seja também admoestado para que se arrependa de seus pecados. § 2. O adulto, que se encontra em perigo de morte, pode ser baptizado se, possuindo algum conhecimento das principais verdades da fé, manifesta de algum modo sua intenção de receber o baptismo e promete observar os mandamentos da religião cristã. Cân. 866 A não ser que uma razão grave o impeça, o adulto que é baptizado seja confirmado logo depois do baptismo e participe da celebração eucarística, recebendo também a comunhão. Cân. 867 § 1. Os pais têm a obrigação de cuidar que as crianças sejam baptizadas dentro das primeiras semanas; logo depois do nascimento, ou mesmo antes, dirijam-se ao pároco a fim de pedirem o sacramento para o filho e serem devidamente preparados para eles. § 2. Se a criança estiver em perigo de morte, seja baptizada sem demora.

29 2 – O sacramento do Baptismo 2.5 – Dimensão jurídica 2 – O sacramento do Baptismo 2.5 – Dimensão jurídica Cân. 872 Ao baptizando, enquanto possível, seja dado um padrinho, a quem cabe acompanhar o baptizando adulto na iniciação cristã e, junto com os pais, apresentar ao baptismo o baptizando criança. Cabe também a ele ajudar que o baptizado leve uma vida de acordo com o baptismo e cumpra com fidelidade as obrigações inerentes. Cân. 874 § 1. Para que alguém seja admitido para assumir o encargo de padrinho, é necessário que: 1° - seja designado pelo baptizando, por seus pais ou por quem lhes faz as vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo; 2° - Tenha completado dezasseis anos de idade, a não ser que outra idade tenha sido determinada pelo Bispo diocesano, ou pareça ao pároco ou ministro que se deva admitir uma excepção por justa causa; 3° - seja católico, confirmado, já tenha recebido o santíssimo sacramento da Eucaristia e leve uma vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir; 4° - não tenha sido atingido por nenhuma pena canónica legitimamente irrogada ou declarada; 5° - não seja pai ou mãe do baptizando. § 2. O baptizado pertencente a uma comunidade eclesial nãocatólica só seja admitido junto com um padrinho católico, o qual será apenas testemunha do baptismo.

30 2 – O sacramento do Baptismo 2.6 – Dimensão vivencial 2 – O sacramento do Baptismo 2.6 – Dimensão vivencial O agir deve ser consequência lógica do ser; isto é, o nosso comportamento deve estar de acordo com aquilo que somos e devemos ser. Se quero ter um comportamento cristão, primeiro devo conhecer o que é ser cristão; e depois, agir em consequência na mentalidade, nos sentimentos, nas atitudes, nas relações, na vida concreta. Se desejarmos possuir uma verdadeira espiritualidade baptismal, ou um modo de proceder e ser de acordo com o que somos como baptizados, temos de agir segundo aquilo que o Baptismo está destinado a fazer em nós, exigindo de nós uma resposta: a)A fé e as exigências da fé. Se baptizados em crianças, os padrinhos e os pais emprestam-nos a sua fé e nela somos baptizados. Ao tornarmo-nos responsáveis pertence-nos ter conhecimento e adesão pessoal à fé, da qual devemos saber dar razão. b)Uma novidade de vida. Uma nova forma de viver, como filhos de Deus, irmãos de Cristo, membros responsáveis do Seu Corpo, com consciência de «Ser» e «fazer» Igreja, completando a obra salvífica de Deus, exercendo o nosso sacerdócio, santificando o trabalho, as coisas, a vida, o mundo inteiro (=sacerdotes); anunciando a Boa Nova (=profetas); instaurando o Reino (=reis). Não é a mesma coisa «ter sido baptizado» e «viver» como baptizado: eu sou baptizado, e não dizer que «fui baptizado».

31 3. O sacramento da Confirmação

32 3 – O sacramento da Confirmação 3.1 – O nome do sacramento 3 – O sacramento da Confirmação 3.1 – O nome do sacramento Teve vários nomes ao longo do tempo, o que se deve ao facto de, em diversos momentos históricos, ter variado a opinião sobre qual era o rito que se deveria considerar essencial e distintivo. «Confirmação» deriva do latim confirmatio, que significa fortalecimento. No Ocidente, encontramos também estes nomes: consignatio (sinal da cruz feito com a mão), chrismatio - crisma (unção com óleo perfumado e consagrado), manus impositio (imposição das mãos sobre a cabeça). Como termo técnico, «Confirmação» aparece pela primeira vez no Concílio de Riez (439). No Oriente, chama-se-lhe «sfragis» (selo) ou «myron» (crisma perfumado).

33 3 – O sacramento da Confirmação 3.2 – Dimensão histórica 3 – O sacramento da Confirmação 3.2 – Dimensão histórica A)NO NOVO TESTAMENTO: alguns textos do livro dos Actos testemunham, no tempo apostólico, a existência dum rito ainda muito rudimentar: oração, imposição das mãos e comunicação do Espírito Santo (Act 8, 14-17; 19, 6). 14*Quando os Apóstolos, que estavam em Jerusalém, tiveram conhecimento de que a Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João. 15Estes desceram até lá e oraram pelos samaritanos para eles receberem o Espírito Santo. 16*Na verdade, não descera ainda sobre nenhum deles, pois tinham apenas recebido o baptismo em nome do Senhor Jesus. 17*Pedro e João iam, então, impondo as mãos sobre eles, e recebiam o Espírito Santo. Act 8, 14-17

34 3 – O sacramento da Confirmação 3.2 – Dimensão histórica 3 – O sacramento da Confirmação 3.2 – Dimensão histórica B) NA IGREJA PRIMITIVA: visto que a Confirmação estava unida aos ritos de iniciação (baptismo-confirmação- eucaristia), não é fácil nem talvez justificado determinar a qual dos sacramentos se refere uma determinada cerimónia. C) AO LONGO DOS TEMPOS: o ritual da Confirmação teve, ao longo da história, numerosas mudanças, mas o significado foi sempre a comunicação do Espírito Santo. As variações estiveram relacionadas com o desaparecimento da imposição das mãos e a introdução da unção com óleo e mais tarde com a recuperação daquele rito. A fórmula do sacramento também sofreu variações.

35 3 – O sacramento da Confirmação 3.2 – Dimensão histórica 3 – O sacramento da Confirmação 3.2 – Dimensão histórica Até ao princípio do séc. III, não encontramos claramente a oração e a imposição das mãos como rito que comunica a plenitude do Espírito. Já então se traça o sinal da cruz sobre a testa (signatio). O rito é denominado «selo» (signaculum). No Oriente, tinham-se fundido numa única cerimónia a unção, a imposição das mãos e a signação. Pouco a pouco, a unção foi substituindo a imposição das mãos e ficou como rito fixo com o nome de «sfragis» (selo). No séc. V, introduz-se no Ocidente a unção frontal, e a imposição das mãos fica em segundo plano. No séc. XI, forma-se a liturgia própria deste sacramento e sua celebração é atribuída ao bispo, como ministro ordinário. A unção na testa com óleo perfumado e benzido (crisma) e a consignação (unção em forma de cruz) eram já um só rito.

36 3 – O sacramento da Confirmação 3.2 – Dimensão histórica 3 – O sacramento da Confirmação 3.2 – Dimensão histórica No séc. XIII, menciona-se a bofetada (alapa) como cerimónia secundária de provável origem germânica: a sua finalidade devia ser gravar na memória acontecimentos ou factos importantes. Na Alta Idade Média, procurando a unificação dos ritos, impôs-se a unção com o crisma e a fórmula «Eu te assinalo com o sinal da cruz e te confirmo com o crisma da salvação, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo». A imposição das mãos desaparece. S. Tomás de Aquino apresenta como essencial a imposição das mãos que começa a fazer-se ao mesmo tempo que a unção. Só a partir de 1752, é que volta a ser obrigatória a discutida imposição das mãos. Assim o repete o Código de Direito Canónico de 1917 (cân. 780). Na actualidade, está em vigor o ritual renovado por Paulo VI (1971), no qual se determina que será a unção com crisma sobre a testa impondo as mãos e dizendo: «recebe por este sinal o dom do Espírito Santo».

37 3 – O sacramento da Confirmação 3.2 – Dimensão histórica 3 – O sacramento da Confirmação 3.2 – Dimensão histórica SEPARAÇÃO DA CONFIRMAÇÃO DO BAPTISMO. A imposição das mãos passou a realizar-se num tempo diferente do do baptismo, de vido a vários motivos, ocorridos no Ocidente e não no Oriente: a) O baptismo de necessidade, o das crianças e o dos hereges. Quando a urgência não permitia realizar o cerimonial completo, omitia-se a Confirmação b) Os presbíteros foram pouco a pouco assumindo as funções do bispo e também a de baptizar. Reservou-se então ao bispo a imposição das mãos, como a alguém que vinculava à Igreja universal. c) A teologia também contribui para esta separação, visto que se aprofundava as diferenças entre ambos.

38 3 – O sacramento da Confirmação 3.3 – Dimensão teológica 3 – O sacramento da Confirmação 3.3 – Dimensão teológica I. A Confirmação renova no baptizado o mistério do Pentecostes. Pentecostes é a festa da invasão dos Apóstolos pelo Espírito Santo: para os baptizados é um Pentecostes pessoal, actualizado para cada um de nós, querendo fazer em nós o que o Pentecostes fez nos Apóstolos e o Baptismo no Jordão fez em Jesus Cristo; acabam os medos e as hesitações para testemunharmos que Jesus está vivo! II. A Confirmação aperfeiçoa a obra do baptismo através do do Espírito: o Espírito é dado para que cheguemos à perfeita maturidade em Cristo; o Espírito, recebido como selo espiritual, completa em nós a semelhança com Cristo e une-nos mais fortemente como membros vivos ao corpos místico da Igreja; somos confirmados pelo dom do Espírito.

39 3 – O sacramento da Confirmação 3.3 – Dimensão teológica 3 – O sacramento da Confirmação 3.3 – Dimensão teológica III. No sacramento da Confirmação o Espírito é conferido de modo especial: recebe-se a força do Espírito; somos confirmados com a riqueza dos dons do Espírito paráclito; recebe-se a plenitude do Espírito; o Senhor enche-nos do Espírito do seu santo temor. IV. Na Confirmação o dom do Espírito é recebido para: levar ao mundo o testemunho do Senhor crucificado e ressuscitado; difundir o perfume de Cristo para o crescimento espiritual da Igreja; servir os irmãos como fez Jesus Cristo; aproximar-se do altar do Senhor, participar da sua mesa e, na assembleia dos irmãos, dirigir-se a Deus chamando-o de Pai.

40 3 – O sacramento da Confirmação 3.3 – Dimensão teológica 3 – O sacramento da Confirmação 3.3 – Dimensão teológica V. Resumo dos efeitos: a)Vincula-nos mais firmemente à Igreja e une-nos mais a Cristo, enriquecendo-nos com uma força especial do Espírito Santo. b)É a «confirmação» da vida baptismal, com maior obrigação de defender e de difundir a fé, como testemunhas de Cristo, pela palavra e pelas acções. c)É um novo «Pentecostes» para cada cristão no qual recebemos a fortaleza, para podermos realizar a nossa missão na Igreja e no mundo; esse fortalecimento interior realiza-se mediante os sete dons do Espírito Santo (sabedoria, inteligência, conselho, ciência, fortaleza, piedade e temor de Deus). d)Enraiza-nos mais profundamnete na filiação divina, que nos permite dizer: «Abba, Pai!» (Rm 8, 15). e)Marca-nos com o selo indelével do carácter. Aperfeiçoa o sacerdócio comum dos fiéis, recebido no Baptismo.

41 3 – O sacramento da Confirmação 3.3 – Dimensão teológica 3 – O sacramento da Confirmação 3.3 – Dimensão teológica VI. Confirmação: o sacramento da maturidade cristã. Toda a pessoa nasce com duas dimensões fundamentais, as quais vão-se desenvolvendo a medida que crescemos. Somos tanto mais adultos quanto mais a dimensão social se acentuar em nós. No plano sobrenatural, temos a maturidade cristã. O Baptismo vai mais na linha da apropriação individual do mistério de Cristo; a Confirmação acentua mais directamente a participação na missão de Cristo e da Igreja, isto é, a dimensão social. O Crisma acentua mais a dimensão social e eclesial da fé, pelo que se chama de sacramento da maturidade cristã. Uma criança, ao ser confirmada, não significa que viva automaticamente a sua fé como pessoa adulta, mas fica capacitada para o desempenho e a vivência social da fé. Trata-se de um «sim» pessoal do cristão à manifestação de Deus em Jesus.

42 3 – O sacramento da Confirmação 3.4 – Dimensão ritual e litúrgica 3 – O sacramento da Confirmação 3.4 – Dimensão ritual e litúrgica Consagração do santo crisma: antecede a Celebração da Confirmação, mas, de certo modo, faz parte dela. É o bispo que, em Quinta-feira Santa, no decorrer da missa crismal, consagra o santo crisma para toda a sua diocese. Nas Igrejas do Oriente, esta consagração é mesmo reservada ao Patriarca. RITUAL DA CELEBRAÇÃO DA CONFIRMAÇÃO: 1. RENOVAÇÃO DAS PROMESSAS BAPTISMAIS Terminada a homilia, o Bispo senta-se de mitra e báculo e interroga os confirmandos; estes de pé, respondem conjuntamente. Bispo: Renunciais a Satanás, a todas as suas obras e a todas as suas seduções? Confirmandos: Sim, renuncio. Bispo: Credes em Deus Pai todo poderoso, criador do céu e da terra? Confirmandos: Sim, creio.

43 3 – O sacramento da Confirmação 3.4 – Dimensão ritual e litúrgica 3 – O sacramento da Confirmação 3.4 – Dimensão ritual e litúrgica RITUAL DA CELEBRAÇÃO DA CONFIRMAÇÃO (continuação): Bispo: Credes em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que nasceu da Virgem Maria, padeceu e foi sepultado, ressuscitou dos mortos e está à direita do Pai? Confirmandos: Sim, creio. Bispo: Credes no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e que hoje, pelo sacramento da Confirmação, de modo singular vos é comunicado, como aos Apóstolos no dia do Pentecostes? Confirmandos: Sim, creio. Bispo: Credes na santa Igreja católica, na comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne e na vida eterna? Confirmandos: Sim, creio. O Bispo faz sua esta profissão, proclamando a fé da Igreja: Esta é a nossa fé. Esta é a fé da Igreja, que nos gloriamos de professar em Jesus Cristo, Nosso Senhor. E a asssembleia dos fiéis dá o seu assentimento, respondendo: Amen. Se parecer oportuno, a fórmula "Esta é a nossa fé..." pode ser substituída por outra ou por um cântico em que a comunidade exprima unanimemente a sua fé.

44 3 – O sacramento da Confirmação 3.4 – Dimensão ritual e litúrgica 3 – O sacramento da Confirmação 3.4 – Dimensão ritual e litúrgica 2) IMPOSIÇÃO DAS MÃOS. Em seguida, o Bispo depõe o báculo e a mitra e (tendo junto de si os presbíteros que se lhe associam), de pé e de mãos juntas, voltado para o povo, diz: OREMOS irmãos, a Deus Pai todo poderoso, para que, sobre estes seus filhos adoptivos, que pelo Baptismo já renasceram para a vida eterna, derrame agora o Espírito Santo, que os fortaleça com a abundância dos seus dons e, pela sua unção espiritual, os torne imagem perfeita de Cristo, Filho de Deus. Todos oram, em silêncio, durante algum tempo. Seguidamente, o Bispo (e os presbíteros que se lhe associam) impõem as mãos sobre todos os confirmandos. O Bispo, sozinho, diz: Deus todo poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, pela água e pelo Espírito Santo, destes uma vida nova a estes vossos servos e os libertastes do pecado, enviai sobre eles o Espírito Santo Paráclito; dai-lhes, Senhor, o espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de conselho e de fortaleza, o espírito de ciência e de piedade, e enchei-os do espírito do vosso temor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Todos: Amen.

45 3 – O sacramento da Confirmação 3.4 – Dimensão ritual e litúrgica 3 – O sacramento da Confirmação 3.4 – Dimensão ritual e litúrgica O SIGNIFICADO DA IMPOSIÇÃO DAS MÃOS. O bispo estende as mãos sobre o grupo dos confirmandos, gesto que, desde o tempo dos Apóstolos, é sinal do dom do Espírito. 3) CRISMAÇÃO. Neste momento, o Bispo senta-se, recebe a mitra, e um diácino apresenta-lhe o santo Crisma. Os confirmandos aproximam-se um por um do Bispo; ou, se parecer oportuno, o próprio Bispo se aproxima de cada um dos confirmandos. Aquele que apresentou o confirmando, põe a mão direita sobre o ombro do confirmando e diz o nome deste ao Bispo, ou o próprio confirmando diz expontaneamente o seu nome. O Bispo humedece o polegar da mão direita no Crisma e traça o sinal da cruz na fronte do confirmando, dizendo: (NOME), RECEBE, POR ESTE SINAL, O ESPÍRITO SANTO, O DOM DE DEUS! E o confirmado responde: Amen. O Bispo acrescenta: A paz esteja contigo. Confirmado: Amen. Se alguns presbíteros ajudam o Bispo na administração do sacramento, todas as âmbulas do santo Crisma são apresentadas pelo diácono ou pelos ministros ao Bispo, que as entrega a cada um dos prebíteros, à medida que dele se aproximam. Os confirmandos aproximam-se do Bispo ou dos presbíteros; ou, se parecer oportuno, o Bispo de mitra e báculo e os presbíteros a proximam-se dos confirmandos, que são ungidos pela forma acima descrita. Durante a unção, pode cantar-se algum cântico apropriado. Após a unção, o Bispo (e os presbíteros) lavam as mãos.

46 3 – O sacramento da Confirmação 3.4 – Dimensão ritual e litúrgica 3 – O sacramento da Confirmação 3.4 – Dimensão ritual e litúrgica O SIGNIFICADO DA CRISMAÇÃO. Na simbologia bíblia e antiga é rica de significados: o óleo é sinal de abundância, alegria, purificação, torna ágil, é sinal de cura, torna radiante de beleza, saúde e força. Todos estes significados se encontram na vida sacramental. A unção antes do Baptismo, com o óleo dos catecúmenos, significa purificação e fortalecimento; a unção dos enfermos exprime cura e conforto. A unção com o santo crisma depois do Baptismo, na Confirmação e na Ordenação, é sinal duma consagração. Pela Confirmação, os cristãos (os ungidos), participam mais na missão de Cristo e na plenitude do Espírito de que Ele é repleto, a fim de que toda a sua vida espalhe «o bom odor de Cristo». Jesus é o Cristo, que significa o «ungido». 4) ORAÇÃO UNIVERSAL segundo fórmula estipulada no ritual ou outra.

47 3 – O sacramento da Confirmação 3.4 – Dimensão ritual e litúrgica 3 – O sacramento da Confirmação 3.4 – Dimensão ritual e litúrgica CONFIRMAÇÃO NOUTRAS IGREJAS. As Igrejas orientais e não só as ortodoxas, mas também as católicas de rito oriental unidas à de Roma, administram ao mesmo tempo os três sacramentos que representam a incorporação duma criança na Igreja. No Oriente, o presbítero que baptiza é o mesmo que confirma ou crisma, e na mesma celebração; no Ocidente, o ministro ordinário é o Bispo; o presbítero também o pode celebrar, desde que autorizado. Nas Igrejas protestantes a prática é a seguinte: preparar-se durante dois anos e, ao fazer os 14, numa celebração comunitária solene realizam-se estes ritos. Depois da pregação, vem uma recordação do baptismo e a profissão de fé. Logo após, uma admoestação a seguir Cristo e a incorporar-se na comunidade; depois uma oração de súplica pelo confirmando, dá-se a bênção ou Confirmação propriamente dita, com a imposição das mãos pelo pároco com uma oração de bênção numa fórmula trinitária. Daí por diante, o jovem cristão é considerado membro pleno da Igreja e é-lhe dado o direito de participar plenamente na Ceia do Senhor, embora raras vezes de celebre a seguir.

48 3 – O sacramento da Confirmação 3.5 – Dimensão jurídica 3 – O sacramento da Confirmação 3.5 – Dimensão jurídica Alguns cânones sobre este sacramento: Cân. 879 O sacramento da confirmação, que imprime carácter, e pelo qual os baptizados, continuando o caminho da iniciação cristã, são enriquecidos com o dom do Espírito Santo e vinculados mais perfeitamente à Igreja, fortalece-os e mais estritamente os obriga a serem testemunhas de Cristo pela palavra e acção e a difundirem e defenderem a fé. Cân. 880 § 1. O sacramento da confirmação é conferido pela unção do crisma na fronte, o que se faz pela imposição da mão e pelas palavras prescritas nos livros litúrgicos aprovados. § 2. O crisma a se utilizar no sacramento da confirmação deve ser consagrado pelo Bispo, mesmo que o sacramento seja administrado por um presbítero. Cân. 882 O ministro ordinário da confirmação é o Bispo; administra validamente este sacramento também o presbítero que tem essa faculdade em virtude do direito comum ou de concessão especial da autoridade competente.

49 3 – O sacramento da Confirmação 3.5 – Dimensão jurídica 3 – O sacramento da Confirmação 3.5 – Dimensão jurídica Cân. 889 § 1. É capaz de receber a confirmação todo o baptizado ainda não confirmado, e somente ele. § 2. Excepto em perigo de morte, para alguém receber licitamente a confirmação, se requer, caso tenha uso da razão, que esteja convenientemente preparado, devidamente disposto, e que possa renovar as promessas do baptismo. Cân. 890 Os fiéis têm a obrigação de receber tempestivamente esse sacramento; os pais, os pastores de almas, principalmente os párocos, cuidem que os fiéis sejam devidamente instruídos para o receberem e que se aproximem dele em tempo oportuno. Cân. 892 Enquanto possível, assista ao confirmando um padrinho, a quem cabe cuidar que o confirmando se comporte como verdadeira testemunha de Cristo e cumpra com fidelidade as obrigações inerentes a esse sacramento. Cân. 893 § 1. Para que alguém desempenhe o encargo de padrinho, é necessário que preencha as condições mencionadas no cân. 874. § 2. É conveniente que se escolha como padrinho quem assumiu essa missão no baptismo.

50 3 – O sacramento da Confirmação 3.6 – Dimensão vivencial 3 – O sacramento da Confirmação 3.6 – Dimensão vivencial O que supõe, o que exige de nós como resposta? 1.Que sejamos «testemunhas»: é alguém que confirma, pela palavra e pela vida, a verdade de alguém ou de alguma coisa; ser testemunha da fé e de Cristo é alguém que, pela sua vida, palavras e obras, revela e confessa a presença de Cristo na sua vida e no mundo. 2. Que sejamos «apóstolos» e «profetas»: como educadores dos irmãos na fé; profeta é aquele que cheio de Deus e em nome de Deus: anuncia aos homens a Palavra de Deus; vive o que proclama; denuncia os erros contrários a essa palavra; podendo até morrer por aquilo que anuncia. 3. Que sejamos «mártires»: literalmente, significa o mesmo que testemunha: mártir vem do grego e testemunha, do latim. No sentido corrente é aquele que testemunha e confessa a sua fé em Cristo dando por Ele a própria vida, se necessário. 4. É necessário crer no grande dom do Espírito Santo.

51 4. Bibliografia recomendada (E.F.C. 22)


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