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PublicouBenedicto de Figueiredo Castilho Alterado mais de 8 anos atrás
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O ENFRENTAMENTO DE MUNDOS QUE OCORRE EM 1492 NA AMÉRICA ESPANHOLA E EM 1500 NA AMÉRICA PORTUGUESA, É MAIS DO QUE UM CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES É UM EMBATE ENTRE MODOS DE PRODUÇÃO ANTAGÔNIGOS, EM ESPECIAL JUNTO AOS POVOS BRASILEIROS
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NO BRASIL CONVIVIAM CERCA DE 500 POVOS DISTINTOS – EM SUA GRANDE MAIORIA NÔMADES – ALGUMAS COMUNIDADES SEDENTÁRIAS E QUE DOMINAVAM TÉCNICAS AGRÍCOLAS COMO OS POVOS TUPI – OS PRIMEIROS CONTATOS DOS PORTUGUESES FORAM COM OS POVOS TUPI DA COSTA – TUPINAMBÁ E TUPINIQUIM
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EM UM PRIMEIRO MOMENTO O CONTATO SE DÁ DE FORMA PACÍFICA POR MEIO DE ESCAMBO – PAU-BRASIL EM TROCA DE UTENSÍLIOS IMPORTANTISSIMOS PARA OS POVOS INDÍGENAS – EM ESPECIAL INSTRUMENTOS DE METAIS E SE CONSTROEM ALIANÇAS CONTRA INIMIGOS COMUNS – EM UM SEGUNDO MOMENTO A TRAGÉDIA DA ESCRAVIDÃO
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CONFEDERAÇÃO DOS TAMOIOS – 1556 - 1567 NA REGIÃO DA BAIA DA GUANABARA – MILHARES DE TUPINAMBÁ SE LEVANTAM CONTRA A COROA PORTUGUESA E POR POUCO NÃO LIQUIDAM A NASCENTE CIDADE DE PIRATINGA AS MARGENS DO CAUDALOSO RIO TIETÊ, A FUTURA CIDADE DE SÃO PAULO.
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A ATOMIZAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS, SUAS RIXAS TRADICIONAIS E A ESTRATÉGIA DO CONQUISTADOR EM DIVIDI-LOS IMPOSSIBILITOU GRANDES ALIANÇAS EM RELAÇÃO A CONQUISTA E AS FRENTES DE EXPLORAÇÃO CAPITALISTA QUE LENTAMENTE IAM AVANÇANDO EM DIREÇÃO AOS SERTÕES BRASILEIROS
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O MOVIMENTO INDÍGENA COMO NÓS CONHECEMOS SE INAUGURA NA DÉCADA DE 70 – COM O APOIO DE SETORES PROGRESSISTAS DA IGREJA CATÓLICA, EM PLENA DITADURA MILITAR – COM AS ASSEMBLÉIAS GUARANI-KAIOWÁ NO MATO GROSSO DO SUL
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No início da década de 70 a igreja lança o documento “I-Juca Pirama, aquele de deve viver”
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A partir das assembléias Guarani,da criação da ATY GUASU no Mato Grosso do Sul, outros povos começam a se organizar na luta territorial e por suas reservas naturais – e, também se inicia a repressão sistemática.
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Liderança Kaingang, primeiro vereador indígena do Brasil, assassinado 1980 em Manguerinha, por colonos e empresários do ramo de madeira
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Agente de saúde Guarani Kaiowá – executado em sua casa a mando de ruralista locais
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- A redemocratização do Brasil; - Ascensão dos povos indígenas; - Reconhecimento das formas tradicionais de organização; - Os povos Jê no palco político – Xavante e Kayapó; - Necessidade de uma entidade nacional: UNI; CAPOIB (Conselho das Articulações dos Povos Indígenas do Brasil), fenômeno Ailton Krenak;
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Atualmente existem no Brasil aproximadamente 1.200 entidades indígenas, que vão desde associações locais – limitadas a comunidade, a entidades de caráter regional, estadual e nacional, destas entidades as mais importantes são a COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira), CAPOIB (Conselho das Articulações dos Povos Indígenas do Brasil), APIR (Associação dos Professores Indígenas de Roraima), UNI/AC (União das Nações Indígenas do Acre) e outras.
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- Como articular as formas tradicionais de representação com as novas formas advindas do mundo não-índio? - Como manter a legitimidade das representações indígenas em lógicas distintas? - A questão dos velhos (xamõi), do conselho (yvyrayjá) e da representação mais ampla/geral?
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- Como se dá a representação a partir de etnias distintas com suas lógicas e visões de mundo distintas? - As representações também devem ser étnicas? - A recente cisão da APIR/Sul (Associação do Povos Indígenas da Região Sul) – Kaingang/Guarani – ressurgimento da Neemboaty Guasu Guarani com autonomia
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Os povos indígenas – por meio de suas lideranças políticas – estão começando a rediscutir seus projetos étnicos a partir de projetos históricos mais amplos e classistas, a questão da terra indígena e reconhecimento dos direitos indígenas passam pela vitória de projetos históricos não-índios. Os indígenas começam a procurar partidos políticos do campo progressistas.
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A questão da terra continua sendo o grande problema dos povos indígenas – algumas comunidades indígenas perderam praticamente todo o seu território tradicional devido ao avanço das frentes contato civilizatórias oriundas da lógica de acumulação do capital. Atualmente a disputa mais violenta se dá no Mato Grosso do Sul com os Guarani Kaiowá.
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“Pouco a pouco nós Guarani estamos percebendo que a causa da miséria dos nossos povos é a mesma causa da miséria dos não- índios, e que a luta dos povos indígenas e mesma luta dos camponeses, trabalhadores e dos pobres da terra”
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No anos de 2007 foram assassinadas 98 lideranças indígenas na luta pela terra, e, em 2008 perderam a vida 53 lideranças, em sua grande maioria membros das comunidades Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul, na disputa pelo reconhecimento de suas terras tradicionais ocupadas pelo agro- negócio.
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- Borges, Paulo H. Porto. O movimento indígena no Brasil: histórico e desafios. São Paulo: Revista Princípios, n. 80,2005. - Todas imagens com exceção dos slides 09 e 12 são de autoria de Paulo H. Porto Borges.
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